Gasolina vai subir
Correio Braziliense - 16/11/2012 |
Nova York —
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, admitiu ontem que a estatal está discutindo com o governo um aumento da gasolina para reduzir a defasagem entre os preços internos e as cotações internacionais do produto. Segundo o executivo, a correção é necessária para viabilizar o programa de investimentos da empresa para o período 2012-2016, no valor de US$ 246 bilhões, mas ainda não há data prevista para o reajuste.
De acordo com Barbassa, os preços internos estão desalinhados desde o final de 2010, e esse é um dos motivos da queda de rentabilidade da Petrobras, que chegou a ter prejuízo de R$ 1,35 bilhão no segundo trimestre deste ano, o que não acontecia desde 1999. "A defasagem nunca foi tão grande como agora", disse ele, depois de fazer palestra a investidores estrangeiros em evento promovido pelo Bradesco BBI.
O executivo não detalhou qual seria o aumento necessário para reequilibrar o caixa da petroleira, nem se o realinhamento seria feito de uma só vez. Consultores independentes estimam uma diferença de 15% a 30% entre preços domésticos e internacionais.
O governo tem segurado os reajustes para evitar impacto na inflação, mas técnicos avaliam que pode haver espaço para um aumento dos combustíveis no fim deste ano, já que os Índices Gerais de Preços (IGPs) dos últimos meses têm projetado uma carestia mais controlada no futuro. De acordo com o Heron do Carmo, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), a correção poderia também ser dividida em etapas, sendo que um primeiro reajuste em dezembro teria os efeitos inflacionários diluídos entre os índices de 2012 e 2013.
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