Eleições de 2014
Autor(es): Rubem Azevedo Lima |
Correio Braziliense - 10/12/2012 |
As estrepulias de Lula, no episódio do escritório presidencial de São Paulo, podem ser o fim do teflon que o protegia de todos os pecados, em termos políticos.
Suas relações com a ex-secretária do escritório presidencial paulistano, Rose- Mary Noronha, seriam responsáveis por essa mudança. Boa parte do mulherio que o apoiava eleitoralmente parece condenar seu procedimento, desrespeitoso com Marisa, a esposa traída. O eleitorado total do país é de 140,6 milhões de pessoas, sendo 67,5 milhões do sexo feminino e 62,9 milhões do sexo masculino, mas 52% das mulheres têm instrução superior e, dos homens, só 47%. Será natural, pois, que essa eleitora, mais informada, ao votar, considere bem as circunstâncias de seu candidato, como as que Lula fez à sua mulher. Engraçado: numa viagem a Cuba, em comitiva de que faziam parte deputados, professores, jornalistas e empresários, Lula portou-se como vigilante de procedimentos maritais. Vejam só: Fidel indagou se o deputado Bocayuva Cunha não viria ao encontro. Lula disse que ele estava com uma “piranha”, passeando em Havana. Um jornalista explicou que era uma parenta de Bocayuva, pessoa respeitável. Lula duvidou. O jornalista: “Você campanou os dois?” Fidel indagou o que era campanar. Ao saber o que era, riu-se de Lula, que, sem jeito, calou-se, mas não gostou. Lula sempre acha que tem razão. Lula deve estar furioso com FHC, que lançou a candidatura presidencial de Aécio Cunha, por achar que ele está em nocaute, na lona do processo da Operação Porto Seguro. Dizem que ele não perde o que Jorge Bastos Moreno revela, no Globo, sem problema: as aventuras picarescas do ex-presidente Figueiredo com empresária paulista, a quem ele chamava de “namorada”. Essa nunca o atazanou em porto algum, pedindo-lhe cargos. Na TV Globo, toca-se música para Gabriela, de Jorge Amado, atrair os camaradas de folia e outros personagens. Esses, como Lula, queriam tudo, menos perder eleições. Agora, uma ex-vereadora de Brasília pode liquidar suas esperanças. P.S. Adeus, Oscar, com quem corri, da Quadra 16 à Praça 21 de Abril, atrás do peão que via sua filha de short, na sala sem cortina (‘TV de candango’). Ele sumiu na noite e nós, sem voz, mal falamos um ao outro. Que pena.
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(*) Os Novos baianos.
''Acabou chorare no meio do mundo Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa''.
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