22/02/2013 - 03h00
Morte de pacientes de UTI não tem razão financeira, diz apuração
CURITIBA/FOLHA DE SP
Investigação conduzida pela Prefeitura de Curitiba não apontou evidências de que tenha havido vantagem financeira com a morte de pacientes no hospital em que trabalha a médica Virgínia Helena Soares Souza, 56, presa nesta semana sob suspeita de homicídio qualificado.
Defesa de médica diz que não há prova contra ela
'Quero desentulhar a UTI', diz médica suspeita de matar
Polícia investiga formação de quadrilha em mortes em hospital
Médica é presa sob suspeita de provocar mortes de pacientes
'Quero desentulhar a UTI', diz médica suspeita de matar
Polícia investiga formação de quadrilha em mortes em hospital
Médica é presa sob suspeita de provocar mortes de pacientes
A investigação, que ocorre paralelamente à da Polícia Civil, tem o apoio de um auditor do Ministério da Saúde.
A polícia apura se a médica provocou a morte de pacientes na UTI geral do Hospital Universitário Evangélico. Ela nega as acusações.
Segundo a polícia, há indícios de que pacientes do SUS tenham sido mortos para "liberar" vagas para outros que pagariam pelo serviço. O hospital tem uma dívida de cerca de R$ 260 milhões.
Para a comissão que investiga o caso, porém, essa suspeita não se sustenta.
"A gente acredita que é uma coisa isolada, de uma das UTIs e especificamente de uma pessoa. Não é ordem superior, não é política do hospital", afirma o auditor Mário Lobato da Costa.
Ele justifica que os convênios pagam quase a mesma diária que o SUS e são muito rigorosos ao avaliar despesas.
Henry Milleo/Gazeta do Povo/Folhapress | ||
A médica Virgínia Helena Soares de Souza, médica chefe da UTI do hospital Evangélico, foi presa pela Polícia Civil |
BILHETE
Bilhete divulgado ontem pelo site G1 mostra suposto pedido de uma paciente para que fosse retirada do hospital.
Ao "Jornal Nacional", a mulher disse que ficou internada em dezembro de 2012 e ouviu a médica mandando que desligassem seus aparelhos. "Se eu não conseguisse [sobreviver], eu não tinha chance. Só que daí uma enfermeira viu que eu estava 'agoniando' e ligou de novo."
Médica há 30 anos, Virgínia chefiava o setor desde 2006. "Ela mandava e desmandava naquele lugar", afirmou à Folha um colega.
A defesa, que afirma não haver provas contra Virgínia, diz que pedirá a liberdade dela.
---
(*) Título de filme.
---
(*) Título de filme.
---
Nenhum comentário:
Postar um comentário