PF quer quebrar o sigilo de ex-assessor de Lula
Josias de Souza
Valério reiterou que parte da verba de má origem do mensalão custeou “despesas pessoais” de Lula em 2003, quando ele já era presidente. O dinheiro –cerca de R$ 100 mil, segundo Valério— foi depositado na conta de uma empresa de segurança chamada Caso, que tinha como sócio Freud Godoy. Ele também deve ser inquirido pela PF nos próximos dez dias.
Deve-se a movimentação da PF ao procurador da República Leonardo Augusto Santos Melo. Em ofício encaminhado à Superintendência da PF em Minas Gerais, no dia 22 de fevereiro, ele solicitara um detalhamento do destino de recursos movimentados no esquema do mensalão. Transcreveu trechos do depoimento de Valério –aquele de setembro. Além de Freud, a investigação envolve outros 25 destinatários de verbas –entre pessoas físicas e empresas.
Em 2005, ano em que o mensalão ganhou as manchetes, a CPI dos Correios detectara um repasse de R$ 98,5 mil da SMP&B para a firma Caso, de Godoy. O depósito foi feito no primeiro mês da gestão de Lula, em 21 de janeiro de 2003. Valério entregou à PF cópia do cheque.
Freud disse que o dinheiro custeou serviços que sua empresa prestara à campanha de Lula em 2002. Coisa não formalizada em contrato, afimou. Em resposta a Valério,o ex-assessor de Lula declarou que suas contas já foram viradas do avesso pelos órgãos de controle.
Lula evita falar sobre o assunto. Na única declaração pública que fez sobre o depoimento de Valério, ainda no ano passado, disse que ele mente.
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