28/06/2013 - 13h52
Colaborador de Berlusconi admite "excesso" em festas de ex-premiê
DA REUTERS, EM MILÃO
FOLHA
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Um colaborador íntimo de Silvio Berlusconi disse nesta sexta-feira concordar com as descrições das festas na residência palaciana do ex-primeiro-ministro como um "excesso, abuso de poder e degradação".
O agente da indústria do entretenimento Lele Mora, uma das três pessoas acusadas de cumplicidade na prostituição de menores de idade, disse a um tribunal de Milão que havia levado mulheres jovens para as festas e recebido um empréstimo de Berlusconi.
Em sua declaração ao tribunal, ele negou que tivesse incitado as mulheres à prostituição, mas emitiu um julgamento grave sobre as noites, que Berlusconi tem repetidamente descrito como "jantares elegantes".
"Ontem eu li três palavras em um jornal que descreverem o que aconteceu e o que está sendo julgado hoje: 'excesso, abuso de poder e degradação'. É verdade, é como era", disse ele.
Na segunda (24), o tribunal de Milão condenou Berlusconi a sete anos de prisão e o proibiu de exercer cargos públicos, após condená-lo de corrupção de menores e de abuso de poder no chamado caso Ruby, que envolvia a marroquina Karima el-Mahorug.
Os promotores apresentaram provas descrevendo cenas envolvendo mulheres jovens tirando a roupa e realizando danças obscenas nas festas de Berlusconi e sendo recompensados com envelopes recheados com milhares de euros em dinheiro.
A decisão, tomada em primeira instância, ainda cabe recurso em outros dois níveis --o Tribunal de Apelações e a Corte Suprema. Ele permanecerá livre enquanto aguarda o resultado de seus recursos, que devem levar vários anos para ser concluídos.
Ele já foi condenado pelo mesmo tribunal a quatro anos de prisão por fraude fiscal na compra superfaturada de filmes americanos para uma emissora de televisão, mas a decisão foi suspensa meses depois por uma instância superior.
Após a última decisão judicial, Berlusconi chamou a sentença de violenta. "Pronunciaram uma sentença inacreditável, de uma violência que não tinha sido vista até agora, para me eliminar da vida política deste país. Resistirei a esta perseguição porque sou absolutamente inocente".
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