Depois de justes para aeroportos, ferrovias e rodovias, governo mudará regras de portos
Em Santos, trabalhadores invadem terminal e dois navios em protesto contra regime de contratação
-BRASÍLIA e SÃO PAULO-
Depois de ajustes nos programas de aeroportos, rodovias e ferrovias, o governo está revendo as condições das concessões de portos.
A consulta pública da licitação dos primeiros arrendamentos nos portos do estado do Pará e em Santos deveria ter sido concluída na terça-feira, mas ficará pronta só na próxima semana. Somente amanhã, também com alguns dias de atra! so, será conhecido o conteúdo da consulta para os terminais do Paraná e da Bahia, o segundo lote.
— A consulta pública e a audiência de Santos resultaram em mais de 3 mil contribuições, que estamos analisando. No início da semana, terminamos essa avaliação e muitas contribuições serão acolhidas — disse a ministra da Casa Civil, Gleisi Hofímann.
Nas palavras de um assessor do Palácio do Planalto, o govemo tem adotado uma avaliação de que, "se o ótimo for impossível, fiquemos com o bom" Ou seja, caminha para um programa menos audacioso, porém mais adequado ao mercado brasileiro.
Segundo um integrante da equipe econômica, como o govemo já se mostrou flexível em relação aos programas de concessões, revendo, por exemplo, critérios para leiloar rodovias e ferrovias, agora o mercado quer testar até onde poderá "puxar a corda". Para a ministra, trata-se de aperfeiçoamento dos processos.
— Primeiro, criticam que somos intransigentes, que não conversamos, e que, portanto, erramos. Depois, que voltamos atrás, não temos direção, não sabemos o que estamos fazendo. Ora, esses dois conceitos são conflitantes. Como não somos nem uma coisa nem outra, estamos exatamente no caminho em que devemos estar, lançamos propostas e fazemos a interação com todos os atores que devemos fazer. É um processo de aperfeiçoamento com interação — disse Gleisi.
Trabalhadores portuários invadiram na noite de ontem o terminal da Embraport no Porto de Santos e dois navios que estavam atracados. Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei da Silva, o protesto ocorre porque a Embraport não aceita contratar trabalhadores avulsos. A Embraport disse que solicitou a liberação das instalações. (Danilo Fariello e Lino Rodrigues)

adicionada no sistema em: 26/09/2013 02:44 |
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