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A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
sexta-feira, junho 21, 2013
PERDIDOS NO ESPAÇO (Fala, Dr. Smith !)
21/06/2013 - 11h56
Análise: Sem convicção, Dilma olha para o teto e lembra o Lula de 2005
EDUARDO SCOLESE
COORDENADOR DA AGÊNCIA FOLHA
COORDENADOR DA AGÊNCIA FOLHA
No auge da crise do mensalão, em 2005, o então presidente Lula fez um dos discursos mais importantes e ao mesmo tempo titubeantes de seu mandato. Foi uma fala toda lida, e a cada interrupção para respirar (foram várias), um olhar perdido para o teto da sala de reunião da Granja do Torto.
Nesta semana, a presidente Dilma aproveitou um evento oficial para falar sobre as manifestações históricas nas ruas do país. A cada interrupção do discurso, também lido, um olhar para o teto do Palácio do Planalto ("O Brasil hoje acordou mais forte" e "Essas vozes das ruas precisam ser ouvidas", disse, por exemplo).
Dilma realiza reunião com ministros sobre os efeitos dos protestos pelo país
Veja o mapa dos protestos que acontecem pelo país
Cantanhêde: Ruas em chamas; a coisa desandou
Bergamo: Alckmin propôs resistência a Haddad
Veja o mapa dos protestos que acontecem pelo país
Cantanhêde: Ruas em chamas; a coisa desandou
Bergamo: Alckmin propôs resistência a Haddad
Em situações históricas distintas, mas ao mesmo tempo adversas e de tensão, os gestos parecidos sugerem momentos de insegurança dos dois presidentes.
Em 2005, naquele dia, Lula falou o que ele e seus assessores achavam que era o mais apropriado para aquele momento, mesmo sem convicção no texto que lia ("Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, que eu me sinto traído" e "Nós temos que pedir desculpas", afirmou, por exemplo).
Reprodução/Youtube/PalaciodoPlanalto/Jorge Oliveira | ||
Dilma e Lula dirigem olhares perdidos para o teto durante discursos em momentos de crise |
Passada aquela crise, o então presidente descartou tudo o que disse naquele 12 de agosto. Lula nunca revelou quem o teria traído e passou a negar com veemência a existência do mensalão.
Assim como naquele caso de Lula, a fala de Dilma também deixou uma imagem de pouca convicção. O olhar para o teto indicou a situação de uma presidente que, em meio à crise das ruas, teve que deixar o Palácio do Planalto, pegar um voo e ouvir a opinião do ex-presidente Lula em SP.
No atual governo, sempre em meio a crises do Planalto com o Congresso, fala-se sobre a necessidade da presidente mudar sua relação com deputados e senadores. Conversar mais e tomar mais cafezinhos com eles.
Também na recente crise indígena, com uma morte em MS, lembrou-se da interlocução quase que inexistente da presidente com esses grupos.
Agora, pode ser que a atual explosão das ruas leve Dilma a começar a ouvir os movimentos populares de verdade, e não aqueles atrelados diretamente a partidos e aos sindicatos pelegos.
Saber deles as queixas reais dos grotões e das periferias, desde índios e ribeirinhos afetados por uma ferrovia do PAC até os moradores mais excluídos do simbólico barril de pólvora do entorno de Brasília.
Uma oportunidade para a presidente, quem sabe, ganhar fôlego e convicção para responder à atual conturbação das ruas diretamente para as câmeras, como faz nas propagandas do PT, e não para o teto do Planalto.
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Merval Pereira
Partidarismo rejeitado
O fato de militantes petistas com suas bandeiras terem sido rechaçados nas manifestações em diversos estados do país ontem é um bom indício de que o movimento que chegou aos corações e mentes da classe média não se deixou contaminar por partidarismos.
Depois de uma reunião da presidente Dilma com o ex-presidente Lula em São Paulo, onde estranhamente estavam presentes o presidente do PT Rui Falcão e o marqueteiro da presidência João Santana, ficou estabelecido que o prefeito Fernando Haddad deveria reduzir os preços das passagens, e o partido entrar nas manifestações ao lado dos movimentos sociais que controla - ONGs de diversos tipos, o MST a CUT, a UNE.
Uma reunião partidária, como se vê, com a presidente da República recebendo instruções de seu tutor político, numa clara demonstração de que depende dele para se posicionar em situações de crise. A desorientação petista é tamanha que há correntes dentro do partido que pressionam o governo a dar uma guinada à esquerda para supostamente se sintonizar com esses movimentos.
Já há movimentos dentro do PT a exigir do governo que deixe de fazer superávit primário para pagar a dívida e use esse dinheiro para investimentos em saúde e educação. Ou então para que o PT deixe de lado as coalizões partidárias com o PMDB e que tais e faça uma ligação direta com as massas. Renasce em alguns setores da esquerda o sonho da democracia direta, tão em voga nos regimes bolivarianos da América Latina.
É difícil saber no que vai dar tudo isso. Não há como definir o que vai prevalecer nessas manifestações. Assim como há baderneiros infiltrados e toda uma gama de manifestantes dispostos ao vandalismo, que consideram a depredação a melhor maneira de enfrentar os governos, há também no próprio movimento do Passe Livre uma predominância de pensamento de esquerda radical. Agora que conseguiram a redução do preço das passagens, querem a tarifa zero e outras reivindicações que não estão na pauta da maioria que foi às ruas.
A tarifa zero é uma utopia do bem, que se pode tentar alcançar, e seria boa para todo mundo, embora me pareça impossível em cidades grandes como São Paulo e Rio. Mas há outras reivindicações que nada têm a ver com a grande massa que participou das manifestações, como o protesto contra o "latifúndio urbano".
E querem introduzir na pauta também a reforma agrária, uma reivindicação bastante discutível hoje no Brasil onde o agronegócio é um dos sustentáculos da economia brasileira e o latifúndio improdutivo praticamente desapareceu. Um processo de modernização agropecuária que, hoje, caracteriza o capitalismo no campo, fez com que nos últimos 30 anos o latifúndio se transformasse em grande empresa rural, tornando-se produtivo.
A maioria não está nem com os baderneiros nem com essa politização que, embora não seja partidária, é política, de grupos que lideram os movimentos. A maioria está nas ruas por causa da melhoria do dia a dia, quer que o dinheiro público seja gasto com transparência e com prioridades claras, esse é o foco central da maioria. E é por isso que as manifestações contra o aumento de ônibus cresceram se ampliaram.
Houve a adesão de um grupo grande da classe média que está sentindo os efeitos da inflação, dos péssimos serviços públicos, da opressão do Estado, que viu nessas manifestações um caminho para extravasar suas frustrações e exprimir suas reivindicações. E eles sabem porque a vida não é melhor: porque o dinheiro público é desperdiçado, roubado; os governos de maneira geral têm projetos imediatistas de poder e não projetos de longo prazo para o país.
Quem quiser levar os protestos para caminhos radicais, vai perder apoio.
OS PONTOS-CHAVE
1
O fato de militantes petistas com suas bandeiras terem sido rechaçados nas manifestações em diversos estados do país ontem é um bom indício de que o movimento que chegou aos corações e mentes da classe média não se deixou contaminar por partidarismos
2
Já há movimentos dentro do PT a exigir do governo que deixe de fazer superávit primário para pagar a dívida e use esse dinheiro para investimentos em saúde e educação. Ou então para que o PT deixe de lado as coalizões partidárias com o PMDB e que tais e faça uma ligação direta com as massas
3
A maioria não está nem com os baderneiros nem com a politização. A maioria está nas ruas por causa da melhoria do dia a dia, quer que o dinheiro público seja gasto com transparência e com prioridades claras, esse é o foco central da maioria se é o foco central da maioria.
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