terça-feira, abril 03, 2007

CONTROLADORES DE VÔOS: O VÔO (OVO) NA PÁSCOA!

Governo tenta tomar o controle das negociações com controladores de vôo

Após acordo firmado na última sexta-feira -- que pôs fim ao motim dos controladores de tráfego aéreo --, o governo tenta tomar o controle das negociações com a categoria e, para isso, afirma que não é possível dialogar sob constantes ameaças. "Fica muito difícil negociar com constantes ameaças do movimento e com ameaças de fazer greve, de transformar a Páscoa em um inferno", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, após reunião com representantes dos controladores --civis e militares. O encontro durou pouco mais de uma hora. Os controladores saíram sem falar com a imprensa. O ministro nega que tenha feito um acordo com o movimento para a não-punição dos envolvidos no motim de sexta-feira --que suspendeu decolagens e praticamente paralisou todo o espaço aéreo brasileiro por aproximadamente cinco horas. Segundo ele, foi firmado apenas um compromisso de se cancelar algumas transferências e que isso foi feito com autorização do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito. A Folha Online apurou que o início da reunião foi tensa, mas que, ao final, os controladores se comprometeram a não promover nova paralisação durante o feriado prolongado da Páscoa. A questão da anistia não teria sido tratada. Quanto à desmilitarização, um projeto de lei complementar passaria o controle do tráfego aéreo da Aeronáutica para o Ministério da Defesa. Uma medida provisória criaria os cargos civis da nova estrutura. No entanto, ainda não há prazo definido para o processo. Para o ministro, o mais importante é estabelecer o diálogo com todas as partes para que a mudança na estrutura do controle do tráfego aéreo possa ser feita. "Vamos negociar, falar com as partes envolvidas, mas não com a faca no pescoço. "Bernardo disse, ainda, que o país viveu na sexta-feira uma situação atípica e que foi feito o necessário para garantir que o tráfego aéreo no país fosse retomado. Agora, as negociações serão feitas sob orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --que viajava aos Estados Unidos quando ocorreu a paralisação. Ana Paula Ribeiro, Folha Online, Brasília.

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