Lula expõe insegurança sobre aprovação da CPMF
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou, pela primeira vez publicamente, a insegurança sobre a aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), no Senado. Lula afirmou nesta terça-feira (27) que, por não saber o futuro do “imposto do cheque”, decidiu atrasar duas propostas: a reforma tributária e a nova política industrial. “Nós tínhamos o interesse de apresentar nos próximos 15 dias a política industrial, assim como queríamos apresentar a política tributária, e não vamos apresentar. E por que não? Por que eu não sei o que vai acontecer. Eu vou esperar para ver o que vai acontecer com a CPMF”, disse o presidente durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O governo não quer dois assuntos polêmicos encavalados em um momento crucial para a aprovação, no Senado, da emenda constitucional que prorroga até 2011 a CPMF. A sugestão de adiar o envio da reforma tributária foi apresentada na última reunião do conselho político do presidente. “[Os integrantes do conselho político] acharam por bem a gente não misturar o debate da política tributária com o da CPMF. Uma coisa a cada tempo”, disse o presidente para uma platéia que mistura empresários, como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf; sindicalistas, como o ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) João Felício; e representantes da sociedade, como Viviane Senna.
Promessas, mas nem tanto
O compromisso de enviar a reforma tributária até 30 de novembro foi assumido com senadores aliados em um esforço de angariar votos favoráveis à prorrogação do tributo. O adiamento parte de uma tentativa de estancar novas dificuldades e de o governo cair em uma espiral de negociação sem conclusão. O presidente não estabeleceu uma nova data para envio, limitou-se a dizer que o que vale agora é o “timming político”. O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) buscou minimizar os temores de derrota da CPMF. Segundo ele, se somar os votos que governo e oposição dizem ter, o número vai superar o total de 81 senadores. “Nós trabalhamos com a hipótese de vitória em tempo hábil”, disse o novo articulador político do Palácio do Planalto, descartando novamente a derrota ou a aprovação tardia da emenda constitucional.
Tiago Pariz Do G1, em Brasília. 2811.
Promessas, mas nem tanto
O compromisso de enviar a reforma tributária até 30 de novembro foi assumido com senadores aliados em um esforço de angariar votos favoráveis à prorrogação do tributo. O adiamento parte de uma tentativa de estancar novas dificuldades e de o governo cair em uma espiral de negociação sem conclusão. O presidente não estabeleceu uma nova data para envio, limitou-se a dizer que o que vale agora é o “timming político”. O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) buscou minimizar os temores de derrota da CPMF. Segundo ele, se somar os votos que governo e oposição dizem ter, o número vai superar o total de 81 senadores. “Nós trabalhamos com a hipótese de vitória em tempo hábil”, disse o novo articulador político do Palácio do Planalto, descartando novamente a derrota ou a aprovação tardia da emenda constitucional.
Tiago Pariz Do G1, em Brasília. 2811.
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