Condenados integravam grupo de elite de Lula
O Estado de S. Paulo - 13/11/2012 |
Os condenados do núcleo político do mensalão integravam o grupo de elite do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos três primeiros anos do governo petista, o então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, era o "capitão do time", na definição do próprio Lula.
José Genoino, presidente do PT, fazia a ponte entre o Planalto e a base do partido e Delúbio Soares, tesoureiro do legenda, frequentava o Palácio da Alvorada, na condição de amigo do presidente. Sempre de óculos escuros, José Dirceu gostava de ressaltar, em discursos, os feitos do "nosso governo". À época, foi atribuído a ele o projeto de "20 anos de poder" para o grupo, um plano que, no período pós-ditadura, virou clichê nas conversas de quem chega ao poder. Metade desse projeto foi concretizado com os oito anos de Lula e com o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.
José Dirceu sempre fez questão de deixar claro nas entrevistas e encontros com políticos que era o homem forte do governo.
De 1º de janeiro de 2002, quando subiu a rampa do Planalto logo atrás de Lula, ao ser afastado da Casa Civil após os escândalos do caso Waldomiro Diniz e do mensalão, ele duelou com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pela condição de sucessor de Lula.
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