#####################

ARTE O GLOBO
A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
18/09/2013 | |
CGU aponta que verba do Trabalho foi para pedetistas
Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) revela que uma entidade contratada pelo Ministério do Trabalho repassou dinheiro a militantes do PDT de Santa Catarina sem comprovar se os serviços contratados haviam sido prestados. O ex-presidente da Juventude do partido John Sievers Dias, que aparece na lista como assistente de programação, acusa o ministro Manoel Dias (PDT-SC) de armar o esquema. Dias nega
Auditoria da CGU comprova repasse a militante do PDT
Lista mostra que ex-presidente da Juventude do partido em SC recebeu salário por ONG com convênio do Ministério do Trabalho
Fábio Fabrini
Andreza Matais / Brasília
Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) revela que uma entidade contratada pelo Ministério do Trabalho e Emprego repassou dinheiro a militantes do PDT catarinense sem comprovar se, de fato, os serviços foram prestados.
A lista incluí o ex-presidente da Juventude do partido em Santa Catarina, John Sievers Dias, que, em entrevista ao Estado, disse que o ministro Manoel Dias (PDT-SC) montou esquema para que funcionários da legenda recebessem da Agência de Desenvolvimento do Vale do Rio Tijucas e Rio Itajaí Mirim (ADRVale), detentora de convênios com a pasta.
A CGU fiscalizou convênio firmado pelo Trabalho com a agência em 2007, por meio do qual recebeu R$ 6,9 milhões para projeto de qualificação de trabalhadores. De acordo com o relatório obtido pelo Estado, a entidade não comprovou a contratação de ao menos 55 profissionais para atividades ligadas aos cursos oferecidos. Para os auditores do órgão, isso "impossibilita evidenciar que os valores pagos a esses profissionais contratados estejam amparados em documentação idônea ou que os mesmos tenham efetivamente prestado seus serviços".
Da relação, constam pessoas enquadradas como vigilantes, auxiliares de serviços gerais, instrutores e coordenadores. Sievers aparece em documentos fornecidos pela ADRVale como "assistente de programação". Segundo ele, na verdade, trabalhava para a Universidade Leonel Brizola, responsável pela formação da militância do PDT.
Além de Sievers, figura na lista, como "auxiliar administrativo", Fábio da Silva Pereira Machado. Ele é filiado ao partido e, segundo Sievers, também foi indicado por Dias para receber "salário" da entidade.
A lista de profissionais apresentada pela ADRVale tem inúmeras coincidências com o quadro de militantes do PDT. Ao menos 17 são filiados ao partido em Santa Catarina ou eram em 2008, época em que, segundo Sievers, houve a ordem para que pedetistas recebessem na condição de "funcionários fantasmas" da entidade.
Um deles é André Tomé Igreja, que tem carteira do PDT desde 2007 e, atualmente, ocupa o cargo de coordenador-geral de Parcerias Empresariais no Ministério do Trabalho. Da lista de contratados também constam coordenadores do partido em Santa Catarina e até candidatos, como Caubi dos Santos Pinheiro, que concorreu a uma vaga de vereador em Guaramirim (SC) no ano passado. Segundo os documentos da ADRVale, ele trabalhava como "vigilante".
Ao Estado, Sievers disse ter sido chamado por Manoel Dias, ou "Maneca", a uma conversa em 2008, na qual acertou com representantes da ADRVale o pagamento mensal de cerca de R$ 1,3 mil pelos serviços que ele prestava à Universidade Leonel Brizola. Na época, Dias era presidente do PDT-SC e comandava ainda a instituição de formação da militância. Também teria participado do encontro o atual chefe de gabinete do ministro, Rodrigo Minotto.
Segundo o relato de Sievers, ainda filiado ao partido, coube a ele telefonar para uma funcionária da entidade, que anotou seus dados para os pagamentos, que teriam ocorrido entre fevereiro e agosto daquele ano. "O Maneca até olhou pra nós e disse: "Resolvido?". Ele falou em torno de R$ 1.300 por mês. Nós entramos em contato lá. Foi com uma menina, que acredito que era uma secretária. Ela pediu nome, RG, conta bancária. A partir daquele momento, no começo de mês, a gente ligava todo mês e cobrava", contou.
Dias e Minotto informaram ao Estado que "não havia fontes de recursos" para Sievers, porque o trabalho dele era "de militante". Em nota, eles disseram que a ADRVale não tinha nenhuma relação com o PDT.
A agência, no entanto, era dirigida por dois filiados ao no Estado, Osmar Boos e Militino Angioletti, que se desvincularam da sigla em julho. O Ministério do Trabalho firmou ao todo seis convênios com a entidade, que recebeu R$ 11,3 milhões em recursos. As parcerias são do período em que Carlos Lupi (PDT-RJ) comandava a pasta.
adicionada no sistema em: 18/09/2013 04:07
|
18/09/2013 | |
Debate: A decisão trará prejuízo para o Brasil?
Roberto Giannetí da Fonseca
Sim.
Foi um absurdo suspender a visita. A decisão empurra o diálogo bilateral para uma agenda negativa e prejudica a parte positiva, centrada na discussão de temas multilaterais, como o necessário impulso à Organização Mundial do Comércio (OMC), na maior parceria entre Brasil e EUA e no debate sobre questões de propriedade intelectual. O fato de haver espionagem não traz surpresa nenhuma. Infelizmente, a espionagem é a regra do jogo atualmente. O importante seria saber se, a partir da espionagem realizada, houve dano ao interesse do Brasil. Até agora, isso não foi evidenciado.
A decisão do Palácio do Planalto demonstrou uma visão muito miúda da relação bilateral. A visita de Estado da presidente Dilma Rousseff abriria a possibilidade de, finalmente, os dois países assinarem um acordo de eliminação da bitributação. O Brasil poderia ser retirado da lista de observação da seção especial 301, que trata da pirataria. O setor privado dos dois países já tinha uma pauta pronta para dar impulso a partir de outubro, agenda que será atrasada por causa da suspensão. A presidente Dilma foi mal aconselhada e tomou uma decisão ruim.
Rubens Ricupero
Não.
No fundo, a suspensão foi um bom pretexto para a presidente Dilma Rousseff porque a visita fora cogitada no começo de seu mandato, quando a abordagem prevalecente era de uma nova fase na relação entre Brasil e EUA e de superação dos atritos acumulados no governo anterior. Mas esse objetivo não foi alcançado até hoje.
Se fosse mantida, a visita seria, na verdade, uma peça de marketing, um meio de fingir que um país abraçava o outro. Essa construção falaciosa tornou-se inviável com a denúncia sobre a espionagem americana no Brasil e com a dúvida dos EUA se o País pode ou não ser considerado amigo.
Para Obama, a visita não seria relevante. Para a presidente Dilma, será um alívio não ter de ir a Washington. Ela não teria como capitalizar essa viagem. A suspensão da visita, na verdade, trará ganhos para Dilma junto a seu eleitorado, que é mais nacionalista. Se houvesse vontade política dos dois lados, haveria uma solução. Os diplomatas são criativos. Inventariam algo como a "construção do processo de confiança" bilateral, e a visita ocorreria. Não há nada a lamentar. Nada será perdido.
adicionada no sistema em: 18/09/2013 02:48
|
18/09/2013 | |
A imagem do Supremo em xeque
“Isso aqui não é um tribunal para ficar assando pizza”, afirmou ontem o ministro Gilmar Mendes, certo de que o colega Celso de Mello votará hoje a favor de novo julgamento que pode livrar Dirceu, João Paulo e Delúbio da prisão em regime fechado. Com declarações sobre a Justiça, a presidente Dilma empossou Rodrigo Janot no cargo de procurador-geral da República
Outro STF à espera de novo julgamento
Celso de Mello desempata hoje à tarde a votação sobre os embargos infringentes. Como o ministro sinalizou pela validade dos recursos, pelo menos 11 réus serão julgados novamente por uma Corte com a composição modificada
DIEGO ABREU
A provável decisão de hoje do ministro Celso de Mello no sentido de acolher os embargos infringentes dá a chance de um novo julgamento para réus do mensalão, diante de uma composição do Supremo Tribunal Federal (STF) distinta daquela que iniciou a análise do processo há pouco mais de um ano. A expectativa é de que o ministro vote pela validade do recurso que possibilita um segundo julgamento em relação aos réus que tenham recebido ao menos quatro votos pela absolvição.
A sessão do STF está marcada para começar às 14h. Ministro do Supremo desde agosto de 1989, Celso de Mello será o responsável por desempatar o placar do julgamento, que acabou suspenso na semana passada com o placar de 5 a 5. A partir de hoje, a Corte terá de se preparar para uma nova rodada de votos quanto a pelo menos 11 réus. O julgamento referente aos crimes de lavagem de dinheiro, de três condenados, e de formação de quadrilha, de outros oito, deverá ficar para 2014. O certo é que o caso voltará a ser debatido em meio a um plenário do STF diferente daquele de 2012, quando 25 dos 37 julgados acabaram condenados, sendo 11 em regime inicialmente fechado. A chegada dos ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso nos lugares dos aposentados Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto tem potencial para reverter as penas por formação de quadrilha aplicadas a réus como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Ambos foram condenados por 6 votos a 4 por esse crime. A expectativa de advogados é de que sem Ayres Britto, que votou pela condenação de ambos, e com as presenças de Barroso e Zavascki, o resultado possa ser revertido. A análise de defensores dos réus é a de que Zavascki votará pela absolvição nos casos de formação de quadrilha, uma vez que já demonstrou disposição em alterar penas definidas no ano passado. Já o voto de Barroso é uma incógnita, embora tenha pronunciado que votaria diferente da maioria dos colegas em relação a alguns réus se tivesse participado da fase principal do julgamento. Em 2012, os ministros Rosa Weber, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski absolveram os acusados do crime de quadrilha. Pela condenação, votaram Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ayres Britto. Se Barroso e Zavascki seguirem a corrente dos que livraram os réus da pena por formação de quadrilha, Dirceu e Delúbio poderão se livrar de cumprir pena em regime fechado, passando para o semiaberto, pois, nesse caso, ficariam condenados somente por corrupção ativa. Lavagem de dinheiro O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) também tem chance de passar para o regime semiaberto, no caso de, em um novo julgamento, o placar de sua condenação por lavagem de dinheiro, de 6 votos a 5, ser revertido. Os três condenados que terão direito aos infringentes por lavagem de dinheiro, caso Celso de Mello vote pela validade desse recurso, são João Paulo Cunha, João Cláudio Genu e Breno Fischberg. Já os oito réus que, nesse cenário, serão julgados novamente por formação de quadrilha são Marcos Valério, José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Kátia Rabello e José Roberto Salgado. Uma 12ª condenada pode ter direito ao recurso: trata-se da ex-diretora da agência SMP&B Simone Vasconcelos. Ela, em tese, pode recorrer aos infringentes contra a condenação por formação de quadrilha, embora não tenha recebido pena por esse crime devido à prescrição. A defesa dela, porém, argumenta que pretende questionar a dosimetria de Simone, que recebeu quatro votos por uma pena menor. 53 Quantidade de sessões realizadas entre agosto e dezembro do ano passado, na primeira fase do julgamento do mensalão no Supremo
adicionada no sistema em: 18/09/2013 02:27
|
18/09/2013 | |
Lição do mensalão
:: Edson Luiz
Hoje todos os holofotes se voltarão para o Supremo Tribunal Federal (STF), mais precisamente para o ministro Celso de Mello, o decano da Corte. Ele poderá fazer com que haja novo julgamento do processo do mensalão, se reconhecer a validade dos embargos infringentes. Até agora, a votação está empatada em cinco votos pelo conhecimento do recurso e pela negativa dele e caberá ao ministro dizer se o caso se estenderá por mais tempo ou se acaba na sessão de hoje, quando apresentará seu voto.
Em uma decisão de agosto do ano passado, Celso de Mello já havia reconhecido os embargos infringentes, quando estava sendo discutido o desmembramento do processo do mensalão. Por isso, há uma tendência de que ele volte a decidir dessa forma hoje. Entretanto, independentemente do que ele decida, o julgamento da Ação Penal nº 470 virou um marco no Judiciário brasileiro. Além de ter sido um dos mais longos, os réus não eram cidadãos comuns, mas políticos de renome na história contemporânea do país. Durante mais de um ano, os brasileiros se acostumaram com o julgamento do mensalão. Era o tema principal de todos os debates, principalmente quando se tratou das penas dos envolvidos. A população até mesmo aprendeu um pouco do jargão jurídico, como o próprio termo embargos infringentes. Ou seja, o país parou por um certo momento para ver o que ia acontecer. No início, havia até quem acreditasse que os réus não iriam ser julgados. Agora, pode ser que o julgamento se estenda mais um pouco, dependendo do voto de Celso de Mello, um dos ministros mais experientes do STF. Como bem lembrou o ex-presidente da Corte Carlos Ayres Britto, o decano é um homem com sólida formação técnica e psicológica. Por isso, espera-se uma decisão sábia, independentemente de qual seja. Pelo menos, os envolvidos na denúncia foram julgados, a maior parte condenada, e o país viu que nem só pobre senta no banco dos réus. Mesmo que alguns dos mensaleiros ganhem um regime de prisão diferenciado, como o semiaberto, o importante é que eles foram condenados.
adicionada no sistema em: 18/09/2013 02:16
|
18/09/2013 | |
18/09/2013 | |
Genoino pede prorrogação de licença e recebe apoio de Chico
O deputado federal José Genoino (PT-SP) pedirá hoje à Câmara dos Deputados a prorrogação de sua licença médica, que vence nesta quarta-feira. No pedido, apresentará atestado médico de consulta feita no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, que mostrará a necessidade da continuidade do tratamento a uma isquemia cerebral leve, sofrida em agosto.
O petista está confiante de que o ministro Celso de Mello acatará os embargos infringentes na sessão de hoje. Em conversas reservadas, admitiu estar mais otimista e mais tranquilo do que no início do julgamento dos recursos.
Na segunda-feira, ele recebeu apoio de Chico Buarque, informação confirmada pela assessoria do compositor. Em telefonema de Paris, o cantor ressaltou que confia na trajetória e na honestidade do deputado, segundo relatos de amigos do petista. O ex-ministro Nelson Jobim também manifestou apoio a ele.
adicionada no sistema em: 18/09/2013 01:23
|
18/09/2013 | |