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quinta-feira, outubro 31, 2013

VIDA DE NEGO É DIFÍCIL/ É DIFÍCIL COMO O QUÊ... (Dorival Caymmi)

31/10/2013
CCJ aprova cota racial no Legislativo


A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou ontem a Proposta de Emenda à Constituição que reserva vagas a parlamentares de origem negra


Comissão aprova cota racial para legislativos


Proposta garante a negros número mínimo de vagas na Câmara, em assembleias estaduais e no DF e valeria por cinco legislaturas


Daiene Cardoso / Brasília


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou ontem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reserva vagas a pai lamentares de origem negra.

Se aprovada, a cota valerá para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do Distrito Federal por cinco legislaturas a partir da promulgação da emenda, prorrogáveis por até mais cinco legislaturas. A PEC 116 ainda passarápor uma comissão especial antes de ir à votação em dois turnos no plenário daCasa e depois seguir para a apreciação dos senadores.

A proposta é do deputado Luiz Alberto (PT-BA), que lidera a Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas.

Ela determina que o eleitor destine, além do voto às demais vagas, um voto específico para o preenchimento da cota. O critério para a candidatura é o da autodeclaração.

O porcentual das vagas dos deputados afrodescendentes deve corresponder a dois terços do porcentual de pessoas que tenham se declarado negra ou parda no último censo demográfico. O número de vagas não poderá ser menor que um quinto ou superior à metade do total de vagas disponíveis no Parlamento.

"O que se propõe aqui é dar um choque de democracia nas casas legislativas", diz a justificativa da proposta. Luiz Alberto conta que o projeto, de 2011, nasceu da dificuldade em se incluir o assunto nas discussões sobre reforma política no Parlamento.

O petista alega que, sem o financiamento público de campanha ou a inclusão de reserva de vagas, o candidato negro enfrenta mais dificuldades para levantar recursos para campanha eleitoral Não e por falta de candidatos negros o problema são as condições de disputa eleitoral. Se a candidata negra for mulher, pior ainda."

O deputado ressalta que a população negra e parda não é minoria no País e que por isso precisa garantir sua representatividade no Congresso.

Apesar de apropostater avançado na Câmara, Luiz Alberto admite que a PEC depende da pressão popular para ser promulgada no Congresso Nacional. O petista acredita que atualmente só os partidos de esquerda apoiariam o projeto, que por sua vez enfrentaria a resistência das legendas mais conservadoras. "Tendo pressão popular ela avança. Em casos de temas polêmicos, o que vale é a pressão popular", avaliou o deputado, citando como exemplo a aprovação da Lei Maria da Penha.

adicionada no sistema em: 31/10/2013 03:53

quarta-feira, julho 10, 2013

''MODINHA PARA GABRIELA'' (Dorival Caymmi)

10/07/2013 - 03h17

Alckmin quer reduzir total de secretarias em São Paulo

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
FOLHA


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), encomendou um estudo de reestruturação "radical" de seu secretariado, cujo ponto de partida é antecipar a saída de secretários que desejem disputar as eleições de 2014. Hoje, das 25 pastas, oito são comandadas por deputados.


O governador dá sinais de que deseja reduzir o número de parlamentares em sua equipe desde o fim do ano passado mas para evitar atritos com aliados havia decidido exigir a saída dos que desejam disputar reeleição só em dezembro.

Após as manifestações, no entanto, a cúpula do PSDB passou a pregar a antecipação do cronograma.

Nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra afirmaram a Alckmin que, reduzindo deputados em sua equipe neste momento, ele pode capitalizar a repulsa das ruas ao universo político e dar ao governo caráter eminentemente técnico.

Jorge Araújo/Folhapress
O governador Geraldo Alckmin e autoridades civis e militares durante desfiles de 9 de Julho em São Paulo
O governador Geraldo Alckmin e autoridades civis e militares durante desfiles de 9 de Julho em São Paulo


Além disso, os tucanos querem que o governador exiba uma reforma substanciosa antes da presidente Dilma Rousseff (PT), que está sendo cobrada pela oposição a mudar sua equipe ministerial. A medida seria, assim, "um exemplo" a ser seguido.

Alckmin encarregou o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, e seu assessor especial, João Carlos Meirelles, de elaborar proposta que combine a saída de secretários políticos com o enxugamento da estrutura do governo. O secretário de Planejamento, Julio Semeghini, também discute a reformulação.

Aparecido abriu mão da reeleição ao assumir a Casa Civil. A posição de Semeghini, que é deputado, ainda é uma incógnita no Bandeirantes. O governo trabalha com a possibilidade de fusão em pelo menos três pastas, além de fundações e empresas.

O principal entrave para a reforma no secretariado é o convencimento de aliados, a começar pelos deputados do PSDB. Alckmin tem em sua equipe nomes fortes dentro do partido, como José Aníbal (Energia) e Bruno Covas (Meio Ambiente).

Há ainda deputados de outros partidos, como Rodrigo Garcia, do DEM, que comanda a pasta de Desenvolvimento Social. A um ano de disputar sua própria reeleição, Alckmin não quer melindrar nenhum aliado.

sexta-feira, junho 14, 2013

STF/MARINA: "... VOCÊ JÁ É BONITA COM O QUE DEUS LHE DEU" (Dorival Caymmi)

...STF prestes a liberar projeto contra criação de partido de MarinaMaioria do Supremo é favorável a permitir a tramitação da proposta que inibe criação de partidos. Julgamento será concluído semana que vem

Publicação: 14/06/2013 06:02 Atualização: 14/06/2013 08:00
Ministros chegam para a sessão no STF: placar está em 5 a 2 pela revogação da liminar (Carlos Humberto/SCO/STF)
Ministros chegam para a sessão no STF: placar está em 5 a 2 pela revogação da liminar


Seis dos 10 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestaram pela derrubada da liminar do ministro Gilmar Mendes que paralisou a tramitação do projeto de lei que impõe barreiras à criação de partidos. A Corte, no entanto, adiou para a semana que vem a conclusão do julgamento do mandado de segurança proposto pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que pede a suspensão definitiva da proposta. O placar oficial é de 5 a 2 pela revogação da liminar. Na prática, porém, já há maioria para que a proposta volte a tramitar no Congresso, pois o presidente do STF, Joaquim Barbosa, adiantou como votará.

Na próxima quarta-feira, ainda votarão o ministro Celso de Mello, que já manifestou durante os debates ser favorável à manutenção da liminar, além de Barbosa, que se declarou contrário à possibilidade de intervenção do Supremo em matérias que tramitam no Legislativo. A ministra Cármen Lúcia não estava na sessão de ontem e também poderá participar na retomada do julgamento.

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Conforme o entendimento manifestado pela maioria dos ministros, prevalecerá a tese de que o Judiciário não pode fazer o controle prévio da constitucionalidade de um projeto ainda debatido pelo Legislativo. Na avaliação da maioria dos ministros, o Supremo só pode analisar a legalidade de uma medida depois que a proposta virar lei.





14/06/2013
STF prestes a liberar projeto contra Marina

Seis dos 10 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestaram pela derrubada da liminar do ministro Gilmar Mendes que paralisou a tramitação do projeto de lei que impõe barreiras à criação de partidos. A Corte, no entanto, adiou para a semana que vem a conclusão do julgamento do mandado de segurança proposto pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que pede a suspensão definitiva da proposta. O placar oficial é de 5 a 2 pela revogação da liminar. Na prática, porém, já há maioria para que a proposta volte a tramitar no Congresso, pois o presidente do STF, Joaquim Barbosa, adiantou como votará.

Na próxima quarta-feira, ainda votarão o ministro Celso de Mello, que já manifestou durante os debates ser favorável à manutenção da liminar, além de Barbosa, que se declarou contrário à possibilidade de intervenção do Supremo em matérias que tramitam no Legislativo. A ministra Cármen Lúcia não estava na sessão de ontem e também poderá participar na retomada do julgamento.

Conforme o entendimento manifestado pela maioria dos ministros, prevalecerá a tese de que o Judiciário não pode fazer o controle prévio da constitucionalidade de um projeto ainda debatido pelo Legislativo. Na avaliação da maioria dos ministros, o Supremo só pode analisar a legalidade de uma medida depois que a proposta virar lei.

O ministro Gilmar Mendes, que havia votado na quarta-feira, reiterou que o STF definiu em julgamentos anteriores as regras de fidelidade partidária e a possibilidade de parlamentares levarem o tempo de tevê para uma nova sigla. Relator do caso, Mendes afirmou que a proposta deveria se chamar "projeto anti-Marina Silva", referindo-se ao fato de que a ex-senadora será a mais prejudicada caso a matéria seja aprovada. "É a coisa julgada da decisão do Supremo que está sendo vilipendiada por esse projeto", criticou.

Joaquim Barbosa, por sua vez, manifestou posição contrária à de Gilmar Mendes, embora ainda não tenha votado. "A questão central é que vivemos num sistema presidencialista com separação de poderes. É bizarra a intervenção de uma Corte Judiciária no sentido de proibir o Legislativo de deliberar", afirmou Barbosa. "Não há nenhum precedente de mérito em que o Supremo tenha interrompido a deliberação no Congresso. Há escaramuças", completou.

Posições

Teori Zavascki foi o primeiro a divergir. Para ele, o Supremo só pode avaliar a constitucionalidade de uma norma depois que esta se transforma em lei. "Quanto mais evidente e grotesca for a inconstitucionalidade do projeto de lei, como a pena de morte e a descriminalização da pedofilia, menos se deve duvidar do exercício responsável do Poder Legislativo. Partir da suposição contrária seria menosprezar o senso desses dois poderes. Mas, se por absurdo fosse aprovado, aí teria o controle do Judiciário", frisou.

O voto de Zavascki foi acompanhado pelos ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello. Lewandowski citou declaração feita na quarta-feira pelo jurista José Afonso da Silva, durante evento comemorativo aos 25 anos da Constituição, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na ocasião, Silva criticou a liminar de Gilmar Mendes. "Não se trata de ativismo judicial, mas de abuso", afirmou o jurista. "Eu ousaria dizer que o Judiciário pode muito, mas não pode tudo", ponderou Lewandowski.

Luiz Fux acrescentou que "a não suspensão do projeto de lei revela uma postura de respeito e deferência do STF ao Poder Legislativo". Já Marco Aurélio alertou que "o Supremo passaria a desempenhar o papel de censor do processo legislativo ordinário" caso determinasse a paralisação definitiva do projeto.

O ministro Dias Toffoli foi o único a seguir o voto de Gilmar Mendes. "Não há como negar um caráter casuístico aqui. Grupos majoritários no parlamento estão querendo atingir alguns dos instrumentos mais importantes do debate político eleitoral, qual seja o acesso ao rádio e à televisão gratuitamente, seja o fundo partidário", disse. O decano do STF, Celso de Mello, ainda não votou, mas fez intervenções demonstrando que acompanhará o voto do relator.

A base aliada do governo Dilma Rousseff luta pela aprovação da proposta, que poderá inviabilizar a candidatura de Marina Silva ao Palácio do Planalto. A não participação dela na corrida eleitoral aumentaria as possibilidades de Dilma vencer a disputa pela reeleição no primeiro turno. Caso contrário, com três outras candidaturas fortes — a de Marina, do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) —, a eleição provavelmente seria decidida somente no segundo turno.
Personagem da notícia
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A maior interessada

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva é a principal interessada na derrubada do Projeto de Lei nº 4.470/2012. De autoria do deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP), a proposta veta a possibilidade de parlamentares levarem para um novo partido o tempo de televisão e o fundo partidário. Marina lidera uma mobilização popular que já colheu, segundo ela, 530 mil assinaturas para a criação de sua legenda, batizada de "Rede". Ela pretende disputar às eleições presidenciais de 2014 pela nova sigla.

Marina Silva, que assistiu à sessão no plenário do STF, afirma que a eventual aprovação do projeto levará a uma redução de 35 segundos do programa eleitoral da Rede, que contará, nesse caso, com apenas 20 segundos. Ela avalia que o "intervalo" na tramitação da matéria, causado pela liminar do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a apreciação do projeto, foi importante. Isso porque o Ministério Público e o Supremo puderam fazer a análise da constitucionalidade da matéria, o que não ocorreu no parlamento.

"A urgência urgentíssima, que é para guerra e calamidade pública, acabou sendo usada para este projeto. O Senado agora vai ter que corrigir (a decisão da Câmara pela aprovação da medida)", disse Marina ao Correio. Ela alertou que, mesmo diante de uma provável decisão do STF liberando o Congresso para voltar a apreciar o projeto, "vários ministros" já manifestaram que há inconstitucionalidade no texto. Em 2010, Marina foi a candidata à Presidência da República mais votada no Distrito Federal. Apesar dos números positivos, ela descarta qualquer possibilidade de concorrer ao GDF. "Tenho o maior respeito e carinho por aqui, é a minha segunda casa, mas a população de Brasília sabe que sou uma acriana." (DA)