PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, novembro 05, 2013

AS VOZES ROUCAS DAS RUAS E OS OUVIDOS MOUCOS DO GOVERNO

05/11/2013
O gigante continua adormecido 


:: Marco Antonio Villa


O gigante voltou a adormecer. Seis meses depois das manifestações de junho, o Brasil continua o mesmo. Nada mudou. É o Brasil brasileiro de sempre. Mais uma vez, os fatores de permanência foram muito mais sólidos do que os frágeis fatores de mudança.

As instituições democráticas estavam — e continuaram — desmoralizadas. Basta observar as instâncias superiores dos Três Poderes. O Supremo Tribunal Federal chegou ao cúmulo de abrir caminho para a revisão das sentenças dos mensaleiros. Mais uma vez — e raramente na sua história esteve na linha de frente da defesa do Estado Democrático de Direito — cedeu às pressões dos interesses políticos.

O ministro Luís Roberto Barroso — o "novato" — descobriu, depois de três meses no STF, que o volume de trabalho é irracional. Defendeu na entrevista ao GLOBO que o Supremo legisle onde o Congresso foi omisso. E que o candidato registre em cartório o seu programa, o que serviria, presumo, para cobranças por parte de seus eleitores. Convenhamos, são três conclusões fantásticas.

Mas o pior estava por vir: disse que o país não aguentava mais o processo do mensalão. E o que ele fez? Ao invés de negar a procrastinação da ação penal 470, defendeu enfaticamente a revisão da condenação dos quadrilheiros; e elogiou um dos sentenciados publicamente, em plena sessão, caso único na história daquela Corte.

O Congresso Nacional continua o mesmo. São os "white blocs." Destroem as esperanças populares, mostram os rostos — sempre alegres — e
o sorriso de escárnio. Odeiam a participação popular. Consideram o espaço da política como propriedade privada, deles. E permanecem fazendo seus negócios....

Os parlamentares, fingindo atentar à pressão das ruas, aprovaram alguns projetos moralizadores, sob a liderança de Renan Calheiros, o glutão do Planalto Central — o que dizer de alguém que adquire, com dinheiro público, duas toneladas de carne? Não deu em nada. Alguém lembra de algum?

E os partidos políticos? Nos insuportáveis programas obrigatórios apresentaram as reivindicações de junho como se fossem deles. Mas — como atores canastrões que são — fracassaram. Era pura encenação. A poeira baixou e voltaram ao tradicional ramerrão. Basta citar o troca-troca partidário no fim de setembro e a aprovação pelo TSE de mais dois novos partidos — agora, no total, são 32. Rapidamente esqueceram o clamor das ruas e voltaram, no maior descaramento, ao "é dando que se recebe."


E o Executivo federal? A presidente representa muito bem o tempo em que vivemos. Seu triênio governamental foi marcado pelo menor crescimento médio do PIB — só perdendo para as presidências Floriano Peixoto (em meio a uma longa guerra civil) e Fernando Collor. A incompetência administrativa é uma marca indelével da sua gestão e de seus ministros. Sem esquecer, claro, as gravíssimas acusações de corrupção que pesaram sobre vários ministros, sem que nenhuma delas tenha sido apurada.

Tentando ser simpática às ruas, fez dois pronunciamentos em rede nacional. Alguém lembra das propostas? Vestiu vários figurinos, ora de faxineira, ora de executiva, ora de chefe exigente. Enganou quem queria ser enganado. Não existe sequer uma grande realização do governo. Nada, absolutamente nada.



As manifestações acabaram empurrando novamente Luiz Inácio Lula da Silva para o primeiro plano da cena política. Esperto como é, viu a possibilidade de desgaste político da presidente, que colocaria em risco o projeto do PT de se perpetuar no poder. Assumiu o protagonismo sem nenhum pudor. Deitou falação sobre tudo. Deu ordens à presidente de como gerir o governo e as alianças eleitorais. Foi obedecido. E como um pai severo ameaçou: "Se me encherem o saco, em 2018 estou de volta."

Seis meses depois, estamos no mesmo lugar. A política continuou tão medíocre como era em junho. A pobreza ideológica é a mesma. Os partidos nada representam. Não passam de uma amontoado de siglas — algumas absolutamente incompreensíveis.

Política persiste como sinônimo de espetáculo. É só no "florão da América" que um tosco marqueteiro é considerado gênio político — e, pior, levado a sério.

A elite dirigente mantém-se como o malandro do outro Barroso, o Ary: "Leva a vida numa flauta/Faz questão do seu sossego/O dinheiro não lhe falta/E não quer saber de emprego/ Vive contente sem passar necessidade/Tem a nota em quantidade/Dando golpe inteligente"

Estão sempre à procura de um "golpe inteligente." Mas a farsa deu o que tinha de dar. O que existe de novo? Qual prefeito, por exemplo, se destacou por uma gestão inovadora? Por que não temos gestores eficientes? Por que não conseguimos pensar o futuro? Por que os homens públicos foram substituídos pelos políticos profissionais? Por que, no Congresso, a legislatura atual é sempre pior que a anterisr? Por que o Judiciário continua de costas para o país?

Não entendemos até hoje que a permanência desta estrutura antirrepublicana amarra o crescimento econômico e dificulta o enfrentamento dos inúmeros desafios, daqueles que só são lembrados — oportunisticamente — nas campanhas eleitorais.

O gigante continua adormecido. Em junho, teve somente um espasmo. Nada mais que isso. Quando acordou, como ao longo dos últimos cem anos, preferiu rapidamente voltar ao leito. É mais confortável. No fundo, não gostamos de política. Achamos chato. Voltamos à pasmaceira trágica. É sempre mais fácil encontrar um salvador. Que pense, fale, decida e governe (mal) em nosso nome.

Marco Antonio Villa é historiador




adicionada no sistema em: 05/11/2013 02:50

terça-feira, outubro 29, 2013

PT E O FOGO AMIGO

29/10/2013
Petistas criticam aliança


O último debate antes das eleições para a presidência do PT foi marcado por críticas à aliança do governo federal com o PMDB. 


Com exceção do atual presidente da sigla, Rui Falcão, que tenta a reeleição, os demais candidatos não economizaram nos ataques contra os peemedebistas. Um deles, Markus Sokol, voltou a chamar o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, de "sabotador". Segunfo Sokol, Temer agiu contra o plebiscito da reforma política proposto pela presidente Dilma Rousseff após as manifestações de junho.

Rui Falcão tentou minimizar os ataques e disse que as críticas feitas pelos adversários são "vistas como um momento de reflexão". "Quando as críticas se dão no campo das ideias, nos ajudam a retificar e a mudar caminhos", afirmou. Além dele e de Sokol, estão na disputa Paulo Teixeira, Renato Simões, Serge Goulart e Valter Pomar. A eleição no PT está marcada para 10 de novembro.

Revalida: só 9,7% são aprovados


Apenas 9,7% dos candidatos foram aprovados na primeira fase do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida): 155 de 1.595 profissionais conseguiram passar na prova. Eles ainda terão que ser aprovados na segunda etapa para ganhar o direito de atuar no país. Nas últimas duas edições, o índice de reprovação girou em torno de 90%. Este ano, o Revalida ganhou destaque devido ao programa Mais Médicos — que será uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral. Até então, todo médico estrangeiro deveria ter o diploma revalidado. Com a iniciativa, no entanto, eles podem atuar na atenção básica à saúde, com registro provisório emitido pelo Ministério da Saúde. O teste é conhecido pela dificuldade.

adicionada no sistema em: 29/10/2013 12:37

sexta-feira, outubro 25, 2013

SIAMESES: SEPARADOS NA MATERNIDADE

25/10/2013
Aliados, mas separados


PT e PMDB devem marchar separados em 11 estados onde estão 68% do eleitorado

Juliana Castro e Paulo Celso Pereira


-Rio e Brasília- 
Aliados nacionais, PT e PMDB devem caminhar separados nas disputas regionais em estados onde estão 68% do eleitorado brasileiro — donos de quase 96 milhões de votos. Esse cenário pode estar presente em 11 unidades da Federação, entre elas os maiores colégios eleitorais do país: Rio, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. A divisão não significa rejeição à reeleição da presidente Dilma Rousseff, embora existam problemas em alguns diretórios do PMDB que ameaçam votar contra a coligação nacional com o PT.

Os dois aliados tendem a se juntar em outras nove unidades da Federação, entre elas o Distrito Federal, onde o governador Agnelo Queiroz (PT) e seu vice, Tadeu Filipelli (PMDB), tentarão a reeleição. Nos casos em que as duas siglas devem estar unidas, a maior parte das alianças tem os peemedebistas como cabeça de chapa, como no Rio Grande do Norte e em Alagoas. Com o cenário atual, PT e PMDB só apareceriam unidos local e nacionalmente para 16% do eleitorado.
As duas legendas informaram ao GLOBO quais pré-candidatos tinham a intenção de lançar ou apoiar para governador em 2014, o que permitiu o cruzamento de informações.

— Cada partido trabalha para lançar candidatos no maior número possível de estados, assim foi nas eleições municipais, e a coisa vai afunilando. Ainda há estados em que é possível fechamento. Só não é possível mesmo em São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul — afirmou o presidente do PMDB, Valdir Raupp.

INDEFINIÇÃO NO MARANHÃO E NO CEARÁ

Em sete estados, a situação está corn-pletamente indefinida. No Maranhão, por exemplo, os petistas estão divididos entre o apoio ao presidente da Em-bratur, Flávio Dino (PCdoB), e ao candidato da governadora Roseana Sarney (PMDB), Luiz Fernando Silva, atual secretário estadual de Infraestrutura. No Ceará, o PT só estará com o PMDB se o governador Cid Gomes (PROS) também apoiar o senador peemedebista Eunício Oliveira ao governo. Cid deixou o PSB do governador e pré-candidato à Presidência Eduardo Campos pára trabalhar pela reeleição de Dilma.

Insatisfeitos com o rumo das negociações com o PT em seus estados, seis importantes diretórios do PMDB do vice-presidente Michel Temer começaram a se movimentar para forçar a realização de uma pré-convenção do partido em março do ano que vem. No j evento, seriam colocadas claramente as condicionantes para o partido apoiar a reeleição de Dilma.
— Não tem tensão nenhuma, pelo menos comigo, não. Todos os partidos fazem convenção, pré-convenção — minimizou o presidente do PT, Rui Falcão, ao chegar a debate dos candidatos à presidência do partido em Brasília.

O aumento da pressão por uma pré-convenção que defina os rumos do PMDB não é gratuito. Os principais diretórios da legenda enfrentam hoje problemas locais que podem se refletir na aliança nacional com o PT. Dois estados já anunciaram publicamente que não apoiarão a reeleição da presidente, justamente os maiores do Nordeste: Bahia e Pernambuco. Os diretórios do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul também estão hoje majoritariamente contra a aliança nacional com o PT, em função de disputas regionais.

Na Bahia, a busca de Geddel Vieira Lima (PMDB) por apoio de outros partidos, incluindo PSDB e DEM, inviabiliza o apoio a Dilma. Já no Rio Grande do Sul, PT e PMDB historicamente sempre caminharam separados. Tarso Genro (PT) busca a reeleição, e o PMDB tem como pré-candidatos o ex-governador Germano Rigotto e o ex-prefeito de Caxias do Sul Ivo Sartori.

— É normal que haja esses conflitos de interesses, e temos que saber manejar isso — afirmou um dos vice-presidentes do PT, Alberto Cantalice.

Há, no entanto, pelo menos quatro estados em que os diretórios do PMDB têm como meta apoiar a presidente Dilma, mas exigem que o PT faça concessões: Rio, Ceará, Maranhão e Paraíba. E, por terem muitos delegados na convenção do partido, eles têm a capacidade de levar a aliança ao naufrágio. Outros três estados que também detêm enorme força na convenção do partido — Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina — encontram-se hoje divididos.

TEMER ATUA COMO BOMBEIRO

Em Minas, segundo maior colégio eleitoral e estado do pré-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), os petistas já trabalham pelo nome do ministro Fernando Pimentel, enquanto os pee-medebistas apresentaram o nome do senador Clésio Andrade para a disputa. O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, é apontado como um dos que fazem parte da turma que defende o apoio a Pimentel e a união com o PT.

— O Clésio e o Pimentel estão conversando. Pode ser que os partidos tenham candidatos separados, mas apoiando a chapa nacional — afirmou Raupp.

Ontem, com a revelação da estratégia de convocação de uma pré-convenção, Temer recebeu desde cedo diversas ligações a favor e contra a medida. O vice-presidente, naturalmente, defende que a decisão do partido não seja antecipada, até por elevar a possibilidade de rompimento com a candidatura de Dilma. E prega que as negociações com o PT continuem sendo feitas estado por estado. O temor é que a colocação de todos os cenários simultaneamente leve à radicalização do processo.

— Este é um período em que as parI tes estão ensaiando suas jogadas. Quem disser que vai ser assim ou assado é pretensioso — disse o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS).

Temer ao menos conseguiu ganhar tempo. Como acabou sendo abortado o jantar de anteontem que reuniria a cúpula do partido e no qual seria formalizada a proposta da pré-convenção, a tendência é que o assunto só volte a ser debatido no fim do ano.

Os peemedebistas que trabalham pela aliança nacional com o PT não acreditam que os descontentes serão capazes de barrar o apoio do partido a Dil-ma, mas reconhecem que, em alguns estados, os pré-candidatos do partido não farão campanha para a presidente.

A rebelião do PMDB nos estados se alastrou a partir de um epicentro: o Rio. No estado, o mais importante governado pelos peemedebistas, os dois aliados vivem às turras por conta da briga pelo governo do estado em 2014, entre o senador lindbergh Farias (PT) e o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

adicionada no sistema em: 25/10/2013 01:01

segunda-feira, outubro 21, 2013

''-- POVO DE SUCUPIRA!!! A SOLUCIONÁUTICA PARA A EVASÃO DA VASÃO DA VÁRZEA VAZIA VERTERÁ VULTOSO VOLUME...'' (A lembrar Odorico Paraguaçú/Paulo Gracindo - ficção televisiva)

21/10/2013
O marinês


DENIS LERRER ROSENFIELD


O marinês e uma nova língua política que se caracteriza por abstrações e fórmulas vagas com o intuito de capturar o apoio dos incautos. Suas expressões aparentemente nada significam, porém procuram suscitar a simpatia de pessoas que aderem ao politicamente correto. Mas só aparentemente nada significam, pois carregam toda uma bagagem teórica que, se aplicada, feria do Brasil um país não de sonháticos, mas de pesadeláticos.

Marina Silva ganhou imenso protagonismo nas últimas semanas ao ingressar no PSB do governador Eduardo Campos, fazendo um movimento político inusitado. Ao, aparentemente, aderir ao candidato socialista acabou roubando para ela a cena política, como se fosse, de fato, a protagonista. 

De segunda posição, a de vice, age como se encarnasse a primeira, de candidata a presidente.

No afã de ganhar espaço midiático, não cessa de dar entrevistas e declarações: num único dia conseguiu o prodígio de ser entrevistada pelos maiores jornais do País, Estadão, O Globo e Folha de S.Paulo, que fizeram manchetes dessas declarações. Nada disse, porém não parava de falar. Vejamos algumas dessas expressões, sob a forma de um dicionário explicativo.


Coligação ou aliança programática - eis uma fórmula das mais utilizadas. Numa primeira abordagem, significaria uma aliança de novo tipo, baseada em programas, e não mais em acordos meramente pragmáticos. Seu objetivo é mostrar que as ideias são prioritárias, não os meros interesses partidários.


Acontece que um escrutínio mais atento dessas ideias mostra uma concepção extremamente conservadora da relação homem-natureza, devendo ele abandonar a "civilização" do "lucro" e do "consumo" e voltar à floresta. É como se o homem atual fosse uma espécie de excrescência natural. A natureza é endeusada sob a forma de um neopanteísmo, como se mexer numa árvore constituísse uma agressão a algo sagrado.

Se há desmatamento é porque os seres humanos precisam alimentar-se, e não por simples ímpeto destrutivo. O Brasil, lembremos, é o país mais conservacionista do planeta: preservou 61% de sua cobertura natural nativa, além de mais de 80% da Amazônia. A oposição de Marina à agricultura e à pecuária, se viesse a ser governo, se traduziria por um imenso prejuízo para o País, hoje celeiro do mundo. 

A candidata, quando ministra do Meio Ambiente, mostrou-se claramente avessa ao progresso, procurando, por exemplo, de todas as formas tomar inviável não só a comercialização dos transgênicos, mas a própria pesquisa. Ou seja, ela se colocou contra o conhecimento científico. O "novo" significa aqui opor-se ao progresso da ciência e ao desenvolvimento econômico. O alegado "princípio da precaução" era nada mais do que o "princípio da obstrução".

Digna de nota também é sua concepção dos indígenas, como se seus direitos se sobrepusessem a quaisquer outros. Ela tem uma aversão intrínseca ao direito de propriedade, não se importando nem com os agricultores familiares e os pequenos produtores. Justifica pura e simplesmente sua expropriação, devendo eles ser abandonados. Ademais, seguindo suas ideias, os indígenas deveriam ser consultados - na verdade, decidiriam - sobre quaisquer projetos em áreas próximas às deles ou sobre as quais tenham pretensões de direito.

Convém lembrar que o País tem, segundo o IBGE, uma população indígena, em zona rural, em torno de 530 mil pessoas (um bairro de São Paulo), à qual se acrescentam outras 300 mil em zona urbana. Já ocupam 12,5% do território nacional. Ora, se todas as pretensões de ONGs indigenistas fossem contempladas, com o apoio militante da Funai, chegar-se-ia facilmente a 25% do território. Nem haveria índios para ocupar toda essa vasta extensão de terra.

Acrescentem-se regras cada vez mais restritivas em relação ao meio ambiente - algumas das quais, até o novo Código Florestal, que elaprocura reverter, tinham o efeito totalitário da retroatividade - e outras aplicações em cúrso de quilombo-las e populações ribeirinhas, os "povos da floresta", no marinês, para que tenhamos as seguintes consequências: 1) O País não poderia mais construir hidrelétricas na Amazônia, impedindo a utilização nacional dos recursos hídricos. A oposição à hidrelétrica de Belo Monte é um exemplo disso. 2) Ficaria cada vez mais difícil a extração de minérios, impossibilitando a exploração de jazidas, o que produziria um enorme retrocesso econômico e social. 3) A construção de portos e rodovias se tomaria inviável em boa parte do território nacional, quando se tem imensas carências nessas áreas. 4) A construção civil seria outra de suas vítimas, 5) A agricultura e a pecuária e de modo geral o agronegócio, os motores do desenvolvimento econômico, seriam os novos bodes expiatórios.

Democratizar a democracia - eis outra expressão muito bonita que encobre sua função essencial. Trata-se, na verdade, de instituir formas de consulta que confeririam poder decisório aos ditos movimentos sociais, que compartilham as "ideias" marinistas. Assim, para qualquer projeto seria necessário fazer consultas às seguintes entidades (a lista não é exaustiva): Comissão Indigenista Missionária e Comissão Pastoral da Terra órgãos esquerdizantes da Igreja Católica, que seguem a orientação da Teologia da Libertação, avessa ao lucro, à economia de mercado e ao estado de direito; MST e afins, como a Via Campesina e outros, que seguem a mesma orientação esquerdizante, propugnando a implementação no Brasil dos modelos chavista e cubano; ONGs nacionais e internacionais (algumas delas financiadas por Estados e empresas estrangeiros), como o Greenpeace e o Instituto Socioambiental, que passariam a decidir igualmente sobre os diferentes setores listados da economia nacional.

Palavras muitas vezes encobrem significados inusitados, sobretudo dos que se dizem puros, não contaminados pela política.
*
PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS

adicionada no sistema em: 21/10/2013 01:13

segunda-feira, outubro 07, 2013

ELEIÇÕES 2014: A SERVIR A DOIS SENHORES

07/10/2013
Dilma sob pressão de aliados


Acordo entre Marina e Campos azeda clima na base e faz PMDB e PP cobrarem mais espaço no governo


Maria Lima, Paulo Celso Pereira e Ilimar Franco

Brasília- 
A inesperada aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva para a disputa de 2014 aumentou a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff. 

No PMDB; seu principal aliado, o clima, "que já estava azedo" segundo políticos do partido, piorou com o novo quadro. Os peemedebistas voltaram a falar em liberar os diretórios regionais para fazer coligações estaduais como eles próprios quiserem. Reclamam de que, para se vingar de Campos, Dilma e o PT tiraram do PMDB o Ministério da Integração Nacional para entregá-lo aos irmãos Cid e Ciro Gomes, fortalecendo seu grupo no Ceará.

— A aliança de Marina com Eduardo está provocando um rebuliço enorme — disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), que não descarta a construção, no Ceará, de um palanque duplo para Aécio Neves e Eduardo Campos, com o tucano Tasso Jereissati na chapa para o Senado, contra o candidato de Cid Gomes.

Outro motivo de irritação do PMDB é que, para tentar barrar o crescimento de Campos, o Planalto estaria operando fortemente para tirar do partido líderes regionais e parlamentares para fortalecer o PROS, nova legenda de Cid Gomes.

— Ela (Dilma) tirou do PMDB e entregou para o Cid um poderosíssimo ministério para se vingar do Eduardo. O que estão fazendo, com o patrocínio e a anuência do Planalto, não se faz a inimigo de qualquer espécie — completou Eunício.

— Esse ministério coube ao PMDB no governo Lula. A coisa mais natural do mundo é que, na medida que o PSB saiu do governo, ele ficasse entre o PT e o PMDB. Vamos aguardar a decisão da presidenta sobre o assunto — disse o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ)

Após a reviravolta do fim de semana, Dilma ainda terá problemas para acalmar outro aliado muito fiel. Único partido da base aliada a fazer sua bancada crescer no troca-troca dos últimos dias, ficando com 40 assentos, o PP agora quer outro ministério.

— Meu sonho é o Ministério da Integração, e acho que a gente se credencia para ter mais espaço na Esplanada. A bancada mais fiel ao governo hoje é a do PP — disse o presidente nacional da légenda, Ciro Nogueira (PI).

A despeito do terremoto político, Dilma e seu principal articulador político, o ex-presidente Lula, continuam calados sobre o impacto do acordo entre Marina e Campos, ex-ministros do governo petista, em sua reeleição. Mas, em conversas reservadas, a presidente considera que Marina está sendo injusta ao acusar o Planalto de ter agido para impedir a criação de seu partido, a Rede, e acha que ela se aliou a Campos por vingança.

— Ela (Marina) não se posicionou para viabilizar a Rede nem para ser candidata, mas para derrotar o governo Dilma e o PT — afirma um velho companheiro de Dilma.

Ministros próximos a Lula dizem que o ex-presidente não tem mais dúvidas de que Campos agora consolida sua candidatura para vãler. No sábado, Campos tentou falar com Lula sobre a costura da aliança com Marina, mas Lula não atendeu a nenhuma de suas ligações.

— O Eduardo não será candidato só para marcar posição. Ele vai ser candidato para ganhar. E não terá limites. Vai assumir uma candidatura de oposição à Dilma, aliado a um discurso pesado de Marina contra o PT — avaliou Lula, de acordo com seus interlocutores.

Cotado para integrar o comando da campanha petista, o governador da Bahia, Jaques Wagner, como a maioria dos petistas, prefere propagar, em conversas reservadas, o raciocínio de que a aliança com Marina não ajudará Campos:

— Foi ruim para Eduardo. Seria um gol de placa se, nesta aliança, a candidata fosse Marina.

Mas, como consolo, se diz no PT que o quadro fechou com três candidaturas — Dilma, Eduardo e Aécio — e não com cinco, como poderia ser se Marina e Serra fossem concorrer.

Das cinco maiores bancadas do país, o PP é a única que ainda tem situação indefinida para 2014. O PT lançará Dilma, o PSDB deve ir com Aécio, e PMDB e PSD já anunciaram o apoio à presidente.

— Se depender de mim, apoiamos Dilma, mas temos diretórios importantíssimos, como os de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, que são contra ela. Hoje, o resultado é imprevisível — afirmou Nogueira. 

adicionada no sistema em: 07/10/2013 02:47

segunda-feira, outubro 29, 2012

PSDB e PSB. ''ALIANÇAS'' E SEMELHANÇAS ATÉ NAS SIGLAS...



FHC vê necessidade de renovação



Autor(es): Por Daniele Madureira
| De São Paulo
Valor Econômico - 29/10/2012

FHC: ex-presidente considerou "natural" a aproximação entre Aécio Neves e o presidente do PSB, Eduardo Campos
O PSDB precisa estar "afinado com os sentimentos do país" e "voltar a ter uma atitude muito mais próxima" da população, porque "o Brasil mudou muito". A avaliação foi feita ontem pelo ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em frente ao Colégio Nossa Senhora de Sion, em Higienópolis, onde votou. "Eu acho que é o momento de reflexão. O PSDB, pelo conjunto do Brasil, vai sair melhor do que estava antes, com mais cidades. Mas isso não quer dizer nada. É bom, mas não é suficiente, você precisa estar alinhado com o futuro", afirmou.
Fernando Henrique Cardoso discordou que a escolha do candidato José Serra para disputar a Prefeitura da capital paulista tenha sido um equívoco. "Se fosse errado, não teria ido para o segundo turno", afirmou.
Segundo o ex-presidente, o país enfrenta um momento de mudança de geração política. "Isso não quer dizer que os antigos líderes desapareçam, mas quer dizer que têm que empurrar os novos para frente", afirmou.
Sobre a possibilidade de Serra vir a assumir a presidência do PSDB, FHC afirmou que o cargo não está aberto. "O PSDB tem presidente, não há discussão sobre isso agora", respondeu.
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso considerou "natural" a aproximação entre o governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, e o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, no segundo turno. "Se houver aliança em 2014, acho ótimo, é preciso ampliar os apoios", disse.
FHC considerou normal que os líderes políticos conversem e possam se entender, "a partir do que seja conveniente ao ver deles para o povo". "Em todos os países democráticos, existem governo e oposição. Qual vai ser a posição do Eduardo no futuro? Só ele vai dizer." Mas o ex-presidente afirmou que, se Eduardo Campos escolher o caminho da oposição, o atual governador de Pernambuco terá de decidir entre apoiar o PSDB ou buscar o apoio dos tucanos para uma candidatura própria em 2014. "Acho que é mais razoável que o PSDB - que é o partido maior, mais consolidado, tem candidatos mais conhecidos - tenha primazia", afirmou, para logo emendar que "é muito cedo para tudo isso".
"Política, vocês sabem, muda de um dia para o outro. Há um mês, o Haddad não iria para o segundo turno e quem iria ganhar a eleição era o Russomano."

terça-feira, outubro 23, 2012

ÓBVIO ULULANTE



Em Belém, apoio de Lula racha PSOL

Belém: apoio de Lula a Edmilson racha PSOL


Autor(es): Paulo Celso Pereira
O Globo - 23/10/2012
Ex-presidente grava programa de TV e provoca críticas de corrente do partido; PSTU abandona a aliança

BRASÍLIA 
Boa parte dos candidatos à prefeitura lutou para conseguir um vídeo com o ex-presidente Lula declarando apoio à campanha. Pois foi justamente um vídeo de um minuto com esse teor que provocou um racha no PSOL. Disputando contra o deputado Zenaldo Coutinho, candidato do PSDB à prefeitura de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) passou a exibir na TV o apoio de Lula.
O PSTU, que integrava a aliança de Edmilson, e setores do PSOL anunciaram o rompimento com a candidatura, mantendo a pregação do "voto crítico" para derrotar o tucano. A última pesquisa Ibope, divulgada sábado, apontou 51% das intenções de voto para Zenaldo Coutinho, e 42% para Edmilson.
No PSOL, a Corrente Socialista dos Trabalhadores, que tem o ex-deputado Babá como liderança, divulgou nota afirmando que todos os limites foram ultrapassados e que Lula estaria usando o tempo do partido para iludir os trabalhadores e o povo pobre. A assessoria de Lula afirmou que ele foi procurado e fez a gravação.
- De forma nenhuma podemos aceitar que nosso partido, construído com dificuldade, venha a aceitar qualquer apoio do PT, muito menos declaração de voto de Lula. Não podemos aceitar apoio de um partido de mensaleiros - diz Babá.
Lula, que apoia o PSOL em Belém, faz campanha em Macapá contra o candidato do partido, em favor do prefeito Roberto Góes, do PDT - preso na Operação Mãos Limpas da Polícia Federal, que investigou desvio de verbas públicas.
Os principais alvos das críticas no PSOL são o senador Randolfe Rodrigues (AP) e o presidente da legenda, deputado Ivan Valente (SP). No Amapá, o problema do PSOL é com o apoio do DEM à campanha de Clécio Luís, adversário de Roberto Góes. Pesquisa Ibope de ontem indica que a disputa está empatada tecnicamente: Góes com 45% e Clécio, 41%.
Para o senador Randolfe Rodrigues, um dos grandes defensores das alianças, as críticas vêm de um grupo minoritário:
- A maioria é contrária a esse manifesto. A CST (corrente) corresponde a menos de 10% do partido. Não acho muito responsável num enfrentamento contra a direita esse posicionamento - afirma o senador.

segunda-feira, maio 14, 2012

''A SERPENTE ESTÁ NA TERRA, O PROGRAMA ESTÁ NO AR..." *

...

‘Caudismo’




Autor(es): José Roberto de Toledo
O Estado de S. Paulo - 14/05/2012
 

A maioria dos partidos brasileiros sofre de “caudismo” crônico. A divergência entre seus deputados é tão grande que a cauda formada pelos dissonantes é mais pesada do que o corpo partidário. Se fossem répteis, essas siglas seriam serpentes. A dispersão dos votos dos deputados de um mesmo partido começa no mais desapegado governismo e termina em destemida oposição. Pode significar tudo, menos coesão ideológica. O caso mais extremo de “caudismo” é o do PSD, que foi pensado para ser assim. Seu fundador definiu o PSD como um partido que não está nem à direita, nem à esquerda, nem no centro. Proféticas palavras. Quântico, o PSD está em todo lugar ao mesmo tempo. E não está sozinho. O “caudismo” não tem lado. Vai da oposição à base governista, do DEM ao PDT, do PPS ao PR, passando por PP e PV.
O Basômetro, desenvolvido pelo Estadão Dados, revela que a taxa de governismo da bancada do PSD na Câmara está em 86%. Mas um único número não traduz o comportamento de membros da sigla. Essa taxa embute um desvio padrão que é sete vezes maior do que o do PT, o mais coeso dos grandes partidos. O governismo do PSD varia dos 95% de votos pró-Dilma de João Lyra (AL) até os 36% de Nice Lobão. A independente deputada maranhense é mulher de Edison Lobão, ministro das Minas e Energia. Nice Lobão não está sozinha no lado oposicionista do PSD: 7 deputados do partido votaram mais vezes contra o líder do governo na Câmara do que segui-ram sua orientação. Na outra ponta, 8 obedeceram o governo em mais de 90% das vezes. E o resto dos deputados do partido ficou no meio do caminho, entre um extremo e outro, sem deixar espaço vazio no espectro de governismo. O corpo de votos tem o formato de uma cauda.
O fenômeno se explica pela origem dos deputados do PSD. Eles foram eleitos por outras legendas, e só se juntaram na nova sigla em outubro do ano passado. Os que emigraram do PMDB, do PR e do PTB, como João Lyra, carregavam na bagagem de votações uma alta taxa de governismo. Já os que vieram do DEM, como Nice Lobão, tinham um passado oposicionista. Depois que o PSD formou sua bancada na Câmara, o comportamento de seus deputados tornou-se majoritaria-mente governista, votando quase sempre de acordo com a vontade de Dilma. Nas 26 votações nominais ocorridas entre outubro e dezembro de 2011, a taxa de governismo do PSD foi de 97%: 45 dos 48 deputados do partido votaram com o governo em mais de 90% das vezes. Mas isso mudou no começo deste ano.
Desde fevereiro, aumentaram os votos oposicionistas do PSD. Só sobraram dois deputados no “núcleo duro” do governo na Câmara. Na média, a taxa de governismo do PSD caiu de 97% para 68%. A causa dessa mudança de comportamento é a eleição municipal. Em fevereiro, o presidente do partido, Gilberto Kassab, trocou a aliança com o PT em São Paulo pelo apoio a José Serra, do PSDB. A troca de aliado refletiu-se em outras cidades. Seria injusto dizer que o PSD inventou o “caudismo”. Ele só aperfeiçoou-o.Tome-se o partido de onde migraram mais peessedebistas, o DEM. Nas 53 votações nominais anteriores à defecção de seus parlamentares para o PSD, o DEM tinha uma taxa média de governismo de apenas 22%. Só 4 de seus 43 deputados tinham votado mais de metade das vezes com o governo. Desde então,
o governismo do DEM subiu para 29%, e 5 deputados da sigla deram mais de 50% dos seus votos para Dilma. Um deles, Lael Varela, é um renitente membro do “núcleo duro” do governo: tem 100% de votos pró-Dilma em 2012.
É tentador identificar o “caudismo” como um reflexo do comportamento caudatário que a maioria dos partidos tem em relação ao governo. Afinal, apenas 4 das 23 legendas com representação na Câmara podem dizer que fazem oposição a Dilma. Na média, suas bancadas votaram mais de metade das vezes contra o governo em 98 votações nominais: PSDB (78% de oposicionismo), DEM (74%), PSOL (72%) e PPS (66%). Mas enquanto PSDB e PSOL são razoavelmente coesos nos votos de seus deputados, os outros dois sofrem de “caudismo”. Entre os deputados do PPS, a taxa de governismo varia dos 25% de Roberto Freire (SP) a mais do que o dobro disso, como é o caso de Almeida Lima (SE), que votou mais vezes com o governo do que contra ele. O desvio padrão dos votos da bancada do PPS é 26% maior do que a dos tucanos, por exemplo. Não é coincidência que PT e PSDB, os partidos que polarizam a política no País há 18 anos, estejam entre os mais coesos. Nem que PSB e PMDB, que buscam romper essa polarização, rivalizem com eles em coesão.
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(*) Raul Seixas.
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segunda-feira, fevereiro 27, 2012

BRASIL/POLÍTICA/CORRUPÇÃO [In:] A VARRER DO CENÁRIO.

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Por um Brasil sem sujeira

Autor(es): Luiza Nagib Eluf
O Estado de S. Paulo - 27/02/2012

O termo sujeira é amplo, pode-se entendê-lo como oposto de limpeza ou, em sentido figurado, pode se referir à corrupção, à malandragem, aos desvios de dinheiro público. Aqui, porém, será usado literalmente. Embora os problemas de sujeira no Brasil sejam muitos, é preciso escolher as prioridades. Falemos do tratamento de esgoto.

Bons ventos trazem o tema do saneamento básico à discussão, com intensidade nunca antes vista na História do Brasil. Enfim saímos do marasmo para enfrentar com maior determinação uma das necessidades mais prementes da nossa população. O momento também favorece a ampliação da discussão para que contemplemos as questões relacionadas ao meio ambiente diante do abismo de nossas desigualdades sociais, além do muito que falta fazer para alcançarmos a tão almejada sustentabilidade.

Estamos distantes do discurso de que "é preciso deixar aos nossos descendentes os recursos naturais necessários à sua sobrevivência", pois nem sequer conseguimos prover o que há de mais básico em termos de saneamento. Não temos água tratada e própria para o consumo em muitas localidades. Com o vertiginoso aumento populacional no mundo, esse problema, que atinge prioritariamente os países em desenvolvimento, coloca mais de 2 bilhões de pessoas, sobretudo crianças pobres, em situação de risco para a saúde.

No Brasil, são milhares de crianças atingidas por diarreia todos os anos, doença que afeta a saúde de forma perversa e contínua, prejudicando até mesmo o completo aprendizado escolar. Segundo o Ministério das Cidades, 55% da nossa população ainda não está conectada a redes de esgoto - e o índice de tratamento é de apenas 39%, conforme estudo de 2009. Mais impressionante ainda que isso é constatar que a população nem ao menos sabe o que significa saneamento básico e somente 5% das pessoas entrevistadas na mesma pesquisa conseguiram relacionar o saneamento com saúde.

Todo verão, em alguns Estados da Federação, é comum que se publique a avaliação da adequação das praias mais procuradas. As notícias são estarrecedoras, diante dos numerosos locais intensamente frequentados por turistas que se encontram impróprios para o banho por causa da infestação por coliformes fecais - ou seja, esgoto. E a água poluída acaba contaminando a areia da praia, que, por sua vez, passa a significar um risco maior para a saúde do que a própria água.

A lei atribui às prefeituras a responsabilidade pela execução do saneamento básico. O Ministério Público vem acompanhando as licitações, que, em certos casos, precisam ser refeitas, o que recomendaria uma providência para evitar a suspensão de obras: a orientação das autoridades competentes sobre como proceder para não incorrer em erros que tanto atrasam o saneamento.

Apesar da forte e conhecida ligação entre os serviços de esgotamento sanitário e a saúde pública, a comunidade não reivindica seus direitos perante as autoridades e os administradores públicos acabam relegando essa inacreditável sujeira a segundo plano, até porque nossa cultura política é no sentido de que fazer "obras enterradas" não dá voto.

Infelizmente, nossos colonizadores nos deixaram uma herança de descaso com relação ao saneamento básico. Nossa imperatriz Leopoldina, que era austríaca, documentou em cartas, posteriormente transformadas em livro, a forma como os excrementos eram retirados do palácio de dom Pedro I. Os escravos vertiam o conteúdo dos penicos numa grande tina que carregavam nas costas pelos corredores da residência, por vezes sem conseguir evitar acidentes que provocavam quedas desastrosas e malcheirosas. Em seguida, dirigiam-se até os arredores da edificação para despejar o esgoto diretamente no rio que abastecia de água a família imperial ou, dependendo do caso, acabavam deixando os excrementos amontoados em terreno próximo sem nenhum tratamento, enterramento ou isolamento.

Para que se possa superar o legado de ignorância sobre os perigos da falta de saneamento básico e varrer do Brasil essa vergonha, seria importante que se promovessem campanhas nas escolas e nos meios de comunicação para esclarecer a população e conscientizar os governantes. Somente a informação pode trazer as mudanças que o País requer.

Por sua vez, o descumprimento da Lei n.º 11.445/2007, chamada Lei do Saneamento, pode gerar a responsabilização do(a) administrador(a) público(a) por improbidade. Criancinhas brincando em águas contaminadas, favelas com esgoto a céu aberto correndo pelo meio-fio, praias infectadas e doenças de alta gravidade contraídas por incúria de pessoas eleitas pelo voto popular precisam ser varridas de nossa realidade cotidiana.

O corrente ano é muito importante para a população brasileira porque vamos escolher prefeitos e vereadores, justamente os responsáveis pela melhoria ou a piora de nossa situação atual. A oportunidade é ótima para que se possam colher compromissos dos (as) candidatos(as) com metas e prazos no que se refere ao tratamento adequado do esgoto em todas as cidades do País.

O Programa Cidades Sustentáveis vem sendo apresentado pelo Instituto Ethos em parceria com a Rede Nossa São Paulo e outras entidades, como o Instituto Trata Brasil - que luta pela melhoria do saneamento básico no País -, aos partidos políticos e respectivos postulantes a cargos públicos municipais para que se pronunciem sobre a limpeza dos nossos recursos hídricos, tão maravilhosos e tão maltratados no Brasil, a começar pela sua maior cidade, que é São Paulo, a qual se encontra rodeada de rios assassinados pela poluição.

*Membro do Instituto Trata Brasil, procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, ex-secretária nacional dos Direitos da Cidadania do Ministério da Justiça e ex-subprefeita da Lapa, é autora, entre vários outros livros, de "A Paixão no Banco dos Réus", sobre crimes passionais, e "Matar ou Morrer - O Caso Euclides da Cunha"

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terça-feira, agosto 10, 2010

ELEIÇÕES 2O1O [in:] NEM EXPLICA, NEM JUSTIFICA.

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Em entrevista ao Jornal Nacional, Dilma nega temperamento rude e defende alianças do PT


O Globo

RIO - A candidata do PT, Dilma Rousseff, inaugurou nesta segunda-feira a série de entrevistas com os principais presidenciáveis no Jornal Nacional, na TV Globo. Ela negou temperamento rude e disse que o PT amadureceu no governo. A petista defendeu ainda as alianças do partido com os antigos inimigos políticos, como Collor e Sarney, e afirmou que não prejudicaram os planos e metas do governo Lula.

- Quem nos apoia aceitando nossos princípios, nós aceitamos do nosso lado - disse.

Os apresentadores Willian Bonner e Fátima Bernardes começaram a entrevista perguntando se a candidata se achava preparada para governar o país longe do presidente Lula. A petista lembrou sua carreira até chegar a chefia da Casa-Civil.

Bonner lembrou, então, o comentário do presidente Lula que se referiu a reclamações de assessores a respeito de maus-tratos provocados pela então ministra da Casa-Civil. E perguntou se o temperamento forte da candidata não poderia prejudicá-la na Presidência.

- Há visões construídas a meu respeito. Sou firme e não vacilo. Me considero extremamente preparada no sentido do diálogo. O governo Lula negocia, mas nós sabemos fazer valer a nossa autoridade - afirmou. - As pessoas tem que escolher quem eu sou. Tem gente que fala que sou uma mulher forte, tem outros que dizem que eu tenho um tutor. Eu tenho orgulho da minha relação com o presidente Lula - acrescentou.

Ao ser questionada sobre as alianças do PT com antigos inimigos políticos, Dilma disse que o partido amadureceu. Bonner perguntou quando o partido errou: se quando chamava os adversários de oligárquicos ou quando se uniu a eles.

- Eu acho que o PT acertou quando percebeu que para governar um país com a complexidade do Brasil precisava de uma aliança ampla - defendeu.

Mesmo mostrando fluência, Dilma cometeu uma gafe ao responder uma pergunta sobre saneamento, quando se referiu à Baixada Santista no Rio. Em seguida, emendou: a Baixada Fluminense, no Rio.

A próxima a ser entrevistada na bancada do Jornal Nacional será Marina Silva, na terça-feira.


quarta-feira, junho 02, 2010

ELEIÇÕES 2O1O [In:] PT/PMDB. ETERNO ENQUANTO ''BURLE''

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Aliança antes, melhor que adesão depois

Política
Autor(es): Rosângela Bittar
Valor Econômico - 02/06/2010

A perspectiva de êxito que se alimenta no PMDB, hoje, a partir da aliança com o PT para eleição de Dilma Rousseff a presidente, é muito forte, mais do que viveu o partido em campanhas eleitorais anteriores. Alguns ousam registrar que, desde a Nova República, o PMDB não tem condições tão perfeitas, como agora, de exercer na plenitude e em abrangência o poder político.

Este PMDB fortíssimo, que se candidata a ter a Vice-Presidência (já houve cientista político levantando a hipótese de a situação levar ao vice-presidencialismo) e, com ela, por óbvio, boa parte do governo, caso seja eleita a candidata da aliança, ainda não admite que seja necessário ter mais do que teve no governo Lula.

O partido veio aderindo a sucessivos governos, o que lhe permitiu manter-se na crista política em governos estaduais, em prefeituras, fazer grandes bancadas e, numa espécie de retroalimentação, ser desejado para alianças no governo federal que o fizeram crescer mais, sucessivamente, e se fortalecer.

Não houve necessidade, para chegar a este ponto, que o partido se unisse internamente. Percorreu seus caminhos dividido, distribuindo nacos de poder entre facções diversas. Hoje, estaria mais unido do que sempre esteve, dizem os da direção, mesmo antes de estarem definidas as alianças estaduais que garantirão a formalização da aliança nacional. Contam com uma dissidência menor do que sempre.

Nos anos mais recentes, de três ministérios no governo Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, saltou para seis no governo Lula, depois de ter participado como vice da chapa do adversário de Lula, José Serra. Um fenômeno de partido.

Essa perfomance deveria sugerir que serão mais apurados seus desejos em um governo do qual será sócio já a partir das eleições. Crê o partido que, realmente, é mais forte a aliança que começa na luta eleitoral do que aquela firmada em adesão ao governo já em curso, vencedor.

O discurso que se arma, porém, é de uma discrição a toda prova. Inicia-se a reflexão sobre a divisão do poder futuro pela caracterização dos momentos. A eleição tem duas etapas, argumentam políticos do comando. Uma, política, vivida agora, dedicada a conversas, ordenamento do quadro de alianças, preparação das demandas. Outra, a eleitoral, da propaganda, do discurso, em que a política não entra mais.

O PMDB acha que está vivendo intensamente seu momento político, com cautela, para não deixar que nada estrague o que vem mais adiante. Assim, não explicita o que quer do governo Dilma.

As indicações contidas no seu programa de governo, porém, são eloquentes.

Gaba-se o partido de ter dado sempre, em todos os governos, uma contribuição forte em diferentes setores. Atribui-se, por exemplo, a criação da Secretaria do Tesouro, que viria a modernizar a contabilidade e a administração pública. Estão no portfólio apresentado pelo partido iniciativas como "a gênese dos programas sociais", a "relatoria do plano real", e nesse resgate recente até "a luta contra a ditadura".

"Queremos agora uma unidade interna igual ou maior do que à época de Tancredo Neves, em que praticamente todas as correntes se juntaram", diz integrante da cúpula. Mas os pés ainda estão no chão, e o discurso é que, o fato de ter a vice, não vai levar o partido a querer ser dono do governo.

"Nossa participação vai depender das políticas públicas que vierem a ser definidas, principalmente das que consideramos fundamentais no nosso programa", assinala um dos principais interlocutores da aliança, definindo: "Vamos procurar ter uma presença contributiva". Este é o novo nome para a divisão do poder no comando do governo. Nesta presença, o PMDB destaca políticas voltadas para o desenvolvimento urbano. Portanto, não haverá surpresa se levar o Ministério das Cidades.

"O grande problema que o país vive se dá nas grandes cidades, não temos dúvida em afirmar que os problemas de emprego, renda, serviços públicos na grandes cidades penalizam mais a população pobre que os ricos", diz um político da cúpula. "A questão fundiária urbana é gravíssima".

A educação, questão que mereceu destaque no programa do partido, tem evidência na conversa de perspectiva de poder para o PMDB. O partido quer prioridade para o ensino fundamental, criou programas que possam assegurar a presença das crianças na escola, como a instituição de uma poupança por aluno, a ser resgatada quando ele concluir o curso, ou um Prouni - bolsa de estudo em instituição particular - também para o ensino fundamental. Estar no comando do Ministério da Educação é uma postulação que, se ainda não verbalizada, o será no momento em que o canudo estiver mais perto de lhes ser entregue.

O PMDB imagina ter atribuído uma importância inédita aos bancos públicos em seu programa de governo, e acredita que o BNDES tem de pensar mais no médio empresariado do que no grande, como ocorre atualmente.

Não será surpresa se o PMDB assumir, na divisão de poder com o aliado, o desejo de comandar a Previdência. A proposta de aumento da idade para aposentadoria, feita pela candidata da aliança, Dilma Rousseff, há dois dias, não assustou o partido. Ao contrário, isto estava no seu programa de governo, mas à última hora não passou pelo crivo político o trecho que discutia a necessidade de mover para cima o limite tendo em vista o aumento da expectativa de vida do brasileiro. "Estamos vivendo mais e melhor, e as mulheres estão vivendo mais que os homens", justificou-se, dentro no partido, com a ressalva que isto seria só para os "novos entrantes" no sistema.

Uma supressão eleitoralmente preventiva, porém, não significa abandono da tese. Dessa discussão participaram técnicos, acadêmicos e políticos do partido, desde o exótico Mangabeira Unger até Delfim Netto e Bernardo Appy. Enquanto durou a ilusão da vice, Henrique Meirelles também participou ativamente.

terça-feira, junho 01, 2010

NORDESTE [In:] UMA BOLSA SEM FUNDO (Não seria melhor ''ensinar a pescar'' ???)

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Bolsa-Família não vence pobreza no NE

Bolsa-Família não vence extrema pobreza no NE

Autor(es): Marta Salomon
O Estado de S. Paulo - 01/06/2010

Estudo revela que os beneficiários do Bolsa-Família no Norte e Nordeste não superaram, na média, a condição de pobreza extrema, quando a renda por pessoa é de R$ 70. A renda média é de R$ 65,29 e R$ 66,21.


Estudo do governo mostra que as 7,5 milhões de famílias beneficiárias[br]dessa região e do Norte têm uma renda média abaixo de R$ 70 por mês


Beneficiários do Bolsa-Família nas regiões Norte e Nordeste ainda não superaram, na média, a condição de pobreza extrema, na qual os membros da família recebem até R$ 70 por mês cada um, revela o mais recente perfil do programa de transferência de renda do governo, divulgado ontem.


O estudo mostra que as cerca de 7,5 milhões de famílias beneficiárias do Nordeste e do Norte têm renda média de R$ 65,29 e R$ 66,21, respectivamente, após o pagamento do dinheiro. A bolsa varia de R$ 22 a R$ 200, dependendo do grau de pobreza e do número de filhos da família.

"O valor do benefício, de R$ 95, em média, é pequeno, insuficiente para superar a pobreza", avalia Lúcia Modesto, secretária responsável pelo Bolsa-Família no Ministério do Desenvolvimento Social. Ela insiste em que o programa não tem por objetivo substituir outras fontes de renda das famílias.

O peso do benefício foi relevante no aumento da renda em todas as regiões do País, sobretudo no Norte e Nordeste, mostra o estudo. Em média, o benefício aumentou em quase a metade (48,74%) a renda por pessoa da família.

A ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, estima que mais de 2 milhões das 12,4 milhões de famílias que recebem o benefício ainda sejam consideradas extremamente pobres.

Família "típica". O mais recente levantamento sobre pobreza no País indica que, apesar da redução do porcentual de pobres registrada nos últimos anos, mais de um a cada quatro brasileiros (28,8%) ainda está nessa condição.

A cruzar dados do cadastro de beneficiários - uma tarefa repetida a cada dois anos -, o Ministério do Desenvolvimento Social identificou a família "típica" do programa.

Essa família é chefiada por uma mulher, de 37 anos de idade, que estudou apenas até a quarta série do ensino fundamental. Tem quatro pessoas e renda mensal de R$ 48,82 por pessoa. Vive em casa de tijolo e dispõe de serviços de água e esgoto.

O acesso ao saneamento básico, no entanto, mostrou-se ainda um problema na mais recente edição do perfil do beneficiário do Bolsa-Família. Em setembro de 2009, mais de 20% dos beneficiários ainda não contavam com tratamento de água e apenas 54,2% dispunham de escoamento sanitário. Além disso, 10% ainda não tinham acesso à rede de iluminação e dependiam de velas e lampiões.

Embora tenha melhorado um pouco, ainda continua elevado o porcentual de pais analfabetos no programa: mais da metade não completou o ensino fundamental. "O acesso aos serviços públicos e à educação avança lentamente", declarou a secretária Lúcia Modesto, com base nos números sobre as outras dimensões da pobreza, que não se limita à renda das famílias.

Com base no número atualizado de integrantes das famílias beneficiárias, o Ministério do Desenvolvimento Social calcula que mais de 49 milhões de pessoas façam parte do programa de transferência de renda - mais da metade é de crianças e adolescentes.

Novas ampliações. Estão previstas mais duas ampliações para o Bolsa-Família ainda neste ano. No mês de junho, deverão ser pagos benefícios a 12,7 milhões de famílias. E, até dezembro, a meta é alcançar 12,9 milhões de famílias.

"O alcance dessa meta vai depender do trabalho em bolsões de pobreza e do cadastramento da população de rua", disse a ministra Márcia Lopes.

Cabe aos municípios identificar os pobres que ainda não recebem o benefício.


Balanço

Renda aumenta, mas não supera pobreza
R$ 48,69
era a média da renda per capita no Brasil antes do benefício

R$ 72,42
é a média da renda brasileira após o benefício

62,93%
foi o aumento no Nordeste, região onde o crescimento da renda per capita foi maior

quarta-feira, março 19, 2008

AÉCIO NEVES [In:] O QUE É BOM PARA MINAS, É BOM PARA O BRASIL?

Aécio volta a defender aliança entre PT, PSDB e PSB para a Prefeitura de Belo Horizonte


O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), voltou a defender uma aliança entre o PSDB, PT e PSB para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte. Essa aliança conta com o apoio do prefeito de BH, Fernando Pimentel (PT), mas é rejeitada pelo Diretório Estadual do PT.
"Aqui há uma possibilidade concreta da construção de uma candidatura da qual participariam PT, o PSDB, o PSB e algumas outras forças políticas. Portanto, isso tem que ser visto, talvez, como o início de um processo de aproximação e de conversas também entre esses dois principais pólos da política brasileira", disse ele em entrevista para Bóis Casoy, na Band FM. Segundo ele, a população de Belo Horizonte aprova essa aliança. "Acontece algo aqui que, talvez, ainda não seja perceptível em algumas outras partes do país que é, na verdade, a observância do sentimento da sociedade mineira. Em Belo Horizonte, uma pesquisa recente, feita há menos de duas semanas, mostra que 86% da população da cidade aprova a continuidade das relações da prefeitura municipal e do governo do Estado e gostaria que isso ocorresse pelos próximos quatro anos. Aprova, portanto, essa aproximação." Sobre sua relação com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Aécio afirmou que tem um enorme respeito por seu eventual rival na disputa pela candidatura tucana à Presidência, em 2010. "O que falta não são candidatos, em todos os cantos, em vários partidos, muitos deles extremamente qualificados." Folha Online. 1903.