PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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terça-feira, junho 16, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] SISTEMA S

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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AIR FRANCE: FRANÇA vs. BRASIL (SARKOZY vs. LULA)

França desmente declaração de Lula
Desentendimento sobre indenizações


Jornal do Brasil - 16/06/2009

O governo da França apressou-se em desmentir a declaração do presidente Lula de que seu colega francês, Nicolas Sarkozy, havia garantido indenização aos parentes das vítimas do voo 447. Lula esteve com Sarkozy em Genebra, em um encontro da OIT, onde pediu que sindicatos e trabalhadores ajudem a formar uma nova ordem econômica.

Governo francês nega que se responsabilizará por pagamentos, como declarou Lula ontem


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva protagonizou, ontem, em Genebra, na Suíça, juntamente com o governo da França, um pequeno desentendimento em relação à maneira como as indenizações de parentes de vítimas do voo 447 da Air France serão conduzidas. Lula disse, após encontro com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que o governo da França havia se responsabilizado por todas as indenizações a serem pagas a familiares, no que foi desmentido pelas autoridades francesas.

De acordo com um porta-voz do Ministério dos Transportes francês, as indenizações ficarão por conta da companhia aérea. A própria Air France confirmou à agência de notícias Associated Press que seria o seguro da empresa, e não o governo, que se ocuparia das indenizações.

Ontem, as equipes de buscas da Marinha e da Aeronáutica informam que militares a bordo das aeronaves avistaram destroços a cerca de 950 quilômetros de Fernando de Noronha, em área próxima ao local onde materiais foram encontrados anteriormente. Não foram avistados novos corpos. A Fragata Bosísio está em deslocamento para Fernando de Noronha com os seis corpos anteriormente encontrados pela Marinha Francesa e transferidos para o navio brasileiro. A previsão é de que a embarcação chegue hoje à costa brasileira.

Substituição

A Air France informou ontem que substituiu todos os sensores externos que medem a velocidade da aeronave, o pitot, em sua frota de aviões Airbus A330 e A340, por modelos de nova geração. A afirmação foi feita à agência France Presse pelo porta-voz do SNPL, sindicato majoritário da companhia aérea, Erick Derivry. O porta-voz disse ter sido informado no fim de semana pela direção da Air France sobre a substituição de todas as peças nos aviões de longo percurso por modelos de nova geração. Estes sensores, que permitem medir a velocidade durante o voo, foram citados como possível causa do acidente com o voo 447 por causa dos dados contraditórios enviados.

– A Air France acelerou a substituição dos sensores em relação ao calendário inicial – explicou Derivry. A companhia já havia trocado "pelo menos duas sondas" das três normalmente instaladas nas aeronaves destes modelos, depois da ameaça feita na semana passada pelos pilotos "de não voar até que a substituição fosse concluída". A Air France havia se comprometido a substituir o terceiro sensor antes do dia 5 de julho.

O diretor geral da Air France-KLM, Pierre-Henri Gourgeon, havia confirmado na última quinta-feira a aceleração do programa de substituição dos sensores Pitot nos Airbus A330 e A340, apesar de se declarar "não convencido" de que o instrumento tenha sido responsável pela tragédia do voo AF 447.

– Nosso programa foi acelerado porque sabemos que, neste acidente, houve um problema na medição da velocidade – afirmou à imprensa Pierre-Henri Gourgeon. No dia 27 de abril, depois de ter constatado incidentes nestes sensores, a companhia lançou um programa de substituição em toda a sua frota de A330 e A340 – 15 aparelhos A330 e 19 do tipo A340.

As conclusões do Escritório de Investigação e Análise da França (BEA), encarregado da investigações, indicam uma "incoerência das velocidades medidas" por estes sensores. O presidente da Air France informou que os primeiros carregamentos de novos sensores "pitot" para os A330 e A340 solicitados pela companhia chegaram à empresa no dia 29 de maio, três dias antes do acidente do AF 447.

Familiares

A Air France informou ontem que desmontou o centro de hospedagem para os parentes das vítimas do voo 447, no hotel Guanabara, no centro do Rio. Segundo a companhia, apenas um posto de informações exclusivo para as famílias dos passageiros permanecerá no local.

Ainda de acordo com a Air France, a estrutura foi cancelada porque os dados necessários para as investigações do acidente já foram coletados pela Policia Federal, pela companhia e sua seguradora. De acordo com a gerência do hotel, todos os parentes das vítimas deixaram o centro de hospedagem no domingo, assim como os psicólogos, médicos e voluntários que prestavam atendimento para a companhia.

Os integrantes da Marinha e da Aeronáutica, que estavam hospedados no mesmo lugar também já deixaram o hotel. Eles eram responsáveis por passar as informações sobre as buscas para os parentes das vítimas. A Air France ofereceu desde o dia 2 hospedagem aos parentes das vítimas. Até o dia 9, as famílias ficaram hospedadas no hotel Windsor, na Barra da Tijuca, sendo transferidas para o hotel Guanabara devido ao término do período de reserva em seguida. (Com agências)

SENADO II: "S" DE SARNEY

Sarney afirma que não errou ao indicar parentes e nega renúncia
Sarney diz que não errou e que não deixa presidência


Autor(es): FERNANDO RODRIGUES
Folha de S. Paulo - 16/06/2009

O presidente do Senado, José Sarney PpMDB-AP), 79, disse que não errou ao indicar parentes para cargos na Casa. Ele teve um neto e duas sobrinhas empregados por meio de atos secretos.

O senador afirmou desconhecer esses atos, defendeu mudar regras sem punir erros passados e disse que fica no cargo "até o fim". (págs. 1 e A4)

Presidente do Senado emprestou imóvel funcional a ex-senador, que não tem direito a ele; motivo foi doença, diz Sarney.

"Parlamento desmoralizado é um desejo de alguns segmentos da sociedade"

Para ele, imprensa precisa entender que existem 81 repartições no Senado e que "cada senador é o chefe do seu gabinete"


Lula Marques/Folha Imagem
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no anexo 1 da Casa, onde concedeu entrevista



Acuado por uma série de desvios administrativos dentro do Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), 79 anos, afirma que não errou ao indicar parentes para cargos na Casa e que não irá renunciar. Diz, sem citar nomes, suspeitar de sabotagem interna.
Considera necessário mudar regras, mas afirma que erros praticados no passado podem ficar sem punição, pois "cada um deve julgar o que fez de errado e de certo". Inquieto, mexendo os joelhos de maneira intermitente enquanto estava sentado em um sofá em seu gabinete, Sarney afirmou que vai "exercer [o cargo] até o fim".
A onda de escândalos no Congresso, que se intensificou na Legislatura iniciada em fevereiro, atingiu Sarney em cheio nos últimos dias. Rebate todas as acusações. Reafirma não ter percebido que recebia R$ 3.800 de auxílio-moradia por mês. A nomeação de um neto teria sido à sua revelia. Sobre as sobrinhas, considera não haver erro.

Durante 55 minutos de entrevista, o senador maranhense que se elege pelo Amapá tomou apenas meio copo de água. No meio da atual onda de escândalos, relata ter chegado a uma conclusão: "Há uma tendência de buscar democracia direta. Tudo aponta nesse sentido".

FOLHA - Como o sr. avalia a onda de escândalos envolvendo o Senado e o sr.?
JOSÉ SARNEY
- A vida sempre me reservou desafios. A crise da democracia representativa está atingindo todos os Parlamentos no mundo inteiro.

FOLHA - Por culpa de quem?
SARNEY
- A notícia em tempo real transformou o Parlamento, ele fica quase envelhecido. Em face disso há uma divergência de saber quem realmente representa o povo. É a mídia eletrônica, são as ONGs, é a sociedade civil ou os representantes eleitos? Esse é o grande problema que estamos vivendo.

FOLHA - O sr. contratou a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma reforma administrativa no Senado. Agora, o sr. também tem aparecido em meio a acusações de comportamento impróprio. O que aconteceu?
SARNEY
- Olha, eu acho que eu tenho um nome que deve ser julgado com respeito pelo país. Eu tenho uma biografia, nunca alguém associou minha vida pública ao nepotismo. Os fatos que colocaram estou mandando examinar. O que estiver errado, se corrija. Se eu tiver algum erro, eu sou o primeiro a corrigir. Mas acho que nunca conduzi de outra maneira que não fosse com correção.

FOLHA - E o caso do seu neto, contratado pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA)?
SARNEY
- Depois de eu ter sido tudo, se eu fosse acusado de ter nomeado um neto era realmente um julgamento que seria injusto. Eu não pedi ao senador. Disse isso e ele confirmou. E, se ele tivesse me consultado, teria sido o primeiro a dizer não.

FOLHA - Quando o sr. soube, qual foi sua reação?
SARNEY
- Ele próprio saiu. Já era um problema a ser administrado pelo Cafeteira. O que a imprensa tem de entender é que aqui dentro do Senado temos 81 repartições. Cada senador é o chefe do seu gabinete. Quem nomeia é ele.

FOLHA - Seu neto saiu por conta do nepotismo, mas entrou no lugar a mãe dele. O sr. soube disso?
SARNEY
- Eu não sou responsável pelo gabinete do Cafeteira.

FOLHA - O que o sr. acha da afirmação do senador Cafeteira de que nomeou seu neto por dever favores a seu filho, Fernando Sarney?
SARNEY
- Você acha que eu, como presidente do Senado, tenho minha biografia, vou discutir uma coisa dessa? Não vou discutir um assunto desse. Minha resposta para vocês é essa.

FOLHA - E os outros casos relacionados ao sr.: duas sobrinhas empregadas em gabinetes de senadores, de Roseana Sarney (PMDB-MA) e de Delcídio Amaral (PT-MS).
SARNEY
- Esse é um caso que está sendo estudado, porque parece que ele foi colocado agora. Eu pedi para ser investigado. Eu acho que há uma certa armação no caso da Roseana, na publicação de que foi ato secreto. Esse problema, que não é meu, a chefe de gabinete dela diz que os dados não conferem. Está sendo analisado.

FOLHA - E do Delcídio?
SARNEY
- Do Delcídio, eu realmente pedi a ele, uma sobrinha da minha mulher, funcionária de carreira do Ministério da Agricultura, mudou-se para Mato Grosso do Sul, pedi que ela fosse requisitada para trabalhar no gabinete dele. Eu acho que não tem nenhum erro em ter feito esse pedido a ele.

FOLHA - Há atos secretos?
SARNEY
- Estou convencido de que há muitas falhas, que pode ter havido não publicações. Vamos examinar.

FOLHA - O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia disse que os senadores conheciam os atos secretos. É correta a afirmação?
SARNEY
- Eu nunca soube.

FOLHA - Mas o que aconteceu? Os atos não eram públicos...
SARNEY
- Não sei. Isso nós estamos tentando apurar.

FOLHA - Quando Agaciel deixou a direção-geral do Senado, o sr. o saudou pelos serviços prestados. Mantém a mesma opinião sobre ele?
SARNEY
- É um assunto de ordem pessoal, de valor, que acho que não cabe numa entrevista.

FOLHA - Até agora, nenhum congressista foi punido e poucos devolveram dinheiro gasto indevidamente. Isso não produz uma sensação de impunidade?
SARNEY
- A população pode até contestar a validade do Congresso. A democracia não vive sem Parlamento. E Parlamento fraco, desmoralizado, é desejo de segmentos da sociedade.

FOLHA - Esse enfraquecimento não ocorre por causa da resposta tímida dos congressistas? No episódio do auxílio-moradia pago indevidamente, inclusive ao sr., não seria o caso de todos devolverem o dinheiro?
SARNEY
- Nunca tinha recebido auxílio-moradia. Recebi por oito meses. Mandei interromper ao saber. Quanto aos outros, cada um fará o seu julgamento.

FOLHA - O sr. devolveu o dinheiro ao Senado?
SARNEY
- Vou ressarcir. Está em estudo como é que se deve proceder. Isso será um gesto pessoal, meu.

FOLHA - Os outros estão obrigados a devolver o dinheiro?
SARNEY
- Não. Isso é uma decisão pessoal. Acho que é da lei. Eles estão usufruindo benefício que é extensivo ao funcionário público de maneira geral.

FOLHA - O Congresso é o maior responsável pela crise?
SARNEY
- Sim, claro que o Congresso tem responsabilidade. Estamos num período de exaustão do modelo de democracia representativa. Há uma tendência de buscar uma democracia direta. Tudo aponta nesse sentido.

FOLHA - O sr. se arrepende de sua candidatura a presidente do Senado? Pensou em renunciar?
SARNEY
- Não. Minha vida foi sempre feita de desafios. Vou exercer até o fim.

FOLHA - De todos os desvios que estão acusando o sr., qual o sr. considera erro mais grave?
SARNEY
- Não tenho nenhuma responsabilidade sobre o auxílio-moradia. No caso da minha sobrinha, eu estou assumindo. Não cometi erro nenhum. Querer julgar toda a minha vida por eu ter pedido por uma sobrinha de minha mulher, acho extremamente errado, uma injustiça em relação a mim. Eu deveria ser julgado com mais respeito. Sou o parlamentar mais antigo neste país. Estou fazendo um esforço grande na minha idade.

FOLHA - Está sendo sabotado?
SARNEY
- Não descarto essa hipótese. Até porque falam dos atos secretos, mas só aparecem os meus. Não tenho provas.

SENADO: "S" DE SARNEY


TERREMOTO NO SENADO
SARNEY RESOLVE DEMITIR DIRETOR


Autor(es): Izabelle Torres, Marcelo Rcha e Denise Rothenburg
Correio Braziliense - 16/06/2009


Para aplacar a crise dos atos secretos, presidente do Senado decide substituir José Alexandre Gazineo, atual diretor-geral da Casa


Sufocado por um novo escândalo e com os adversários políticos a postos para tentar lhe puxar o tapete, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), resolveu agir rápido. Reuniu assessores, ouviu aliados e decidiu substituir o atual diretor-geral da Casa, José Alexandre Gazineo, a fim de tentar frear a crise dos atos secretos. Sarney pretende colocar no lugar de Gazineo um servidor de carreira, sem ligações com o grupo liderado pelo ex-diretor Agaciel Maia e que não represente facções de funcionários. Na falta de um nome com esse perfil, e diante da intensa pressão dos diferentes grupos da Casa para interferir nas indicações, Sarney não descarta a possibilidade de escolher alguém de fora do Senado.

Ontem, o senador pediu a assessores de confiança que analisem nomes, fichas profissionais, o histórico de relações internas dos postulantes e lhe apresentem uma lista. Deixou claro que não pretende repetir o erro de trocar o atual ocupante do cargo por pessoas com potencial para, mais tarde, protagonizar a reedição de escândalos. Gazineo é a opção que está mais ao alcance das mãos do peemedebista, pressionado pela opinião pública. O diretor-geral se enfraqueceu após a revelação, pelo Correio, de que beneficiou, com uma nomeação para cargo comissionado, um servidor investigado por fraudes em licitações.


Além disso, descobriu-se que Gazineo tirou proveito dos atos secretos ao ser indicado para compor comissão especial, na qual recebeu adicional salarial de até R$ 2,6 mil, com “efeitos financeiros” retroativos a 10 meses. A decisão de afastar o atual diretor não representa apenas a mera disposição de Sarney de abafar a crise. O foco do presidente é enfraquecer o movimento de articulação de senadores contra sua permanência no cargo. Nos bastidores, parlamentares ensaiam discursos pela renúncia de Sarney. Alegam que as nomeações de parentes dele por atos secretos não lhe dão condições de continuar no cargo.


A ofensiva sobre Sarney também decorre do fato de, sob sua gestão, ter sido criada a estrutura investigada por suspeitas de irregularidades. Os nomes dos consultores Fábio Gondim e Bruno Dantas, ambos dos quadro de funcionários efetivos, são ventilados como eventuais candidatos ao posto de diretor-geral caso a substituição de Gazineo seja, de fato, o caminho trilhado por Sarney. Não será, porém, um processo tranquilo. Há resistências internas contra a dupla. Além disso, o presidente sofrerá pressão pela manutenção de toda uma estrutura montada ao longo de 15 anos.


Boi de piranha

Existe ainda o fator político-partidário. A indicação de Gazineo como o bode expiatório da crise não estanca a sangria instalada na Casa. Além da disputa travada entre grupos de funcionários, o momento vivido pelo Senado expõe as feridas abertas desde a eleição de fevereiro, quando Sarney foi eleito presidente da Casa. Insatisfeitos com a derrota, apoiadores da candidatura do petista Tião Viana (AC), incluindo representantes dos PSDB, partiram para a guerra nos bastidores. É o que alegam aliados de Sarney.


No feriadão, o petista foi apontado como um dos incentivadores da reunião suprapartidária para tratar da matéria. O gesto foi interpretado como tentativa de retomar espaço político e, assim, cavar uma nova candidatura à Presidência da Casa. O problema é que Tião não amealhou um só voto que lhe garanta a vitória ou mesmo assegure uma candidatura. Em plena crise, todos aqueles que apoiaram Sarney continuam ao lado dele (leia mais ao lado).


Entre os senadores, há quem veja a retomada do velho clima que colocou em campos opostos PT e PMDB, em janeiro. De um lado, o grupo de Sarney. De outro, o dos petistas. A equação dos bastidores indica que ou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta do Cazaquistão disposto a arbitrar essa briga, ou a disputa vai contaminar as votações neste um ano e meio que resta de mandato.