PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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segunda-feira, março 25, 2013

PRESIDENCIÁVEIS: ''AQUELLOS OJOS VERDES''

25/03/2013
No sertão, Dilma divide palanque com Campos


A presidente Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos (PSB) estarão juntos hoje num palanque pela primeira vez des­de que o pernambucano intensi­ficou suas movimentações para fortalecer sua possível candida­tura presidencial em 2014.

Pela manhã, os dois vão inaugu­rar um trecho de um sistema de abastecimento de água em Serra Talhada, no sertão pernambuca­no. O trecho que será inaugurado custou R$ 118 milhões. Dilma tam­bém entregará 22 retro escavadeiras para municípios pernam­bucanos e deve apresentar um pacote de medidas do governo federal contra a seca.

A presidente e o governador ti­nham um almoço marcado para o início da tarde no Recife, além de outra cerimônia oficial na ca­pital pernambucana. Os eventos foram desmarcados, pois Dilma agendou presença em uma missa em homenagem às vítimas das chuvas em Petrópolis (RJ).

Ontem, na véspera do encontro com Dilma, Campos não quis co­mentar a afirmação feita pelo seu novo aliado, senador Jarbas Vas­concelos (PMDB), que o conside­rou "dissidente" da base aliada ao governo. Esta será a quarta visita da presidente a Pernambuco. A última foi em fevereiro de 2012.

Em ritmo de campanha, o go­vernador participou pela manhã de passeio ciclístico com a famí­lia, inaugurando ciclofaixas mó­veis no Recife. À tarde, presti­giou evento no bairro do Recife Antigo. 

/ B.B. e ANGELA LACERDA

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25/03/2013
De olho na reeleição, Dilma acelera as alianças locais

Presidente tem corrido para definir a reforma na Esplanada dos Ministérios e amarrar, assim, prováveis aliados. Cenários estaduais deverão ter peso decisivo no pleito de 2014.

Hora das alianças estaduais

Cenários locais terão um peso decisivo no momento de os presidenciáveis fecharem os arranjos políticos nacionais de 2014»
PAULO DE TARSO LYRA

A divulgação das primeiras pesquisas de intenção de voto das eleições de 2014 dará um novo combustível para a corrida dos presidenciáveis em busca de apoios de aliados na disputa pelo Planalto no ano que vem. Apesar dos números iniciais apresentarem uma ampla vantagem da presidente Dilma Rousseff, as negociações com os partidos não devem ser tão simples assim. 

Até o momento, as realidades locais ainda têm falado mais alto em comparação com as combinações nacionais.

Dona da caneta, Dilma tem corrido para acertar o novo desenho da Esplanada e amarrar prováveis aliados. Definiu o Ministério da Agricultura para o PMDB mineiro e quer trazer ainda o PR e o PSD para seu lado. As novas conversas estão marcadas para depois da Páscoa. O partido do senador Alfredo Nascimento (PR-AM) quer retomar o controle do Ministério dos Transportes, mas não seria improvável se acabasse sobrando para os republicanos o Turismo, com o deslocamento de Gastão Vieira para a  Ciência e Tecnologia.

Nascimento é categórico ao afirmar que, se a legenda voltar ao governo, fará uma aliança com Dilma de ponta a ponta no país.

"Não faz sentido termos um cargo no governo e não estarmos com a presidente nos palanques estaduais", disse ele ao Correio. O Planalto acha que pode fazer o mesmo com o PSD. "Depois da Semana Santa, vamos insistir em oferecer o Ministério da Micro e Pequena Empresa para Afif (Guilherme Afif Domingos, atual vice-governador de São Paulo). Com um ministério e uma presidente com 70% da aprovação, vamos ver se eles continuam a negar uma união formal conosco", declarou um aliado da presidente.

O PSD, contudo, segue fazendo charme. Seus dirigentes, como o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, juram que a legenda apoiará Dilma. Mas os dois governadores da legenda apontam para outro rumo. Raimundo Colombo, de Santa Catarina, influenciado pelo ex-senador Jorge Bornhausen, está totalmente aberto a conversar com Eduardo Campos (PSB). "Bornhausen sempre vai querer afastar seu partido do PT. Mas os dirigentes do PSD juram que ele não tem voz ativa", espera o secretário de organização do PT, Paulo Frateschi.

Recomposição

No Amazonas, Omar Aziz não poderá concorrer a mais um mandato, mas é a principal voz do PSD no estado e foi isolado — pelo menos por enquanto — por um acordo envolvendo justamente Alfredo Nascimento e o atual líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). "A recomposição está difícil, mas vamos lutar para ter o PSD ao lado de Dilma no Amazonas", assegurou um integrante da burocracia partidária.

Em outro casos, nem sequer a presença em um ministério com orçamento robusto, como é o caso de Cidades, garante alianças estaduais para Dilma. Na maioria dos locais onde o PP deve lançar candidatos a governador, o palanque deve estar aberto para o PSDB de Aécio Neves. Em todos eles, os pepistas são inimigos diretos do PT. Isso ocorre no Rio Grande do Sul com a senadora Ana Amélia; no Paraná, onde o partido está umbilicalmente ligado ao governador tucano Beto Richa; em Minas, já que o PP tem o vice-governador do tucano Antonio Anastasia. E em Alagoas, eles ajudaram a reeleger Teotônio Vilela Filho para o comando estadual. 

"O PP não vai obrigar ninguém a nada. Nossa tradição sempre foi deixar os diretórios estaduais livres para escolher seus caminhos", afirmou o vice-presidente do PP, Ricardo Barros (PR).

Escolhas

Até mesmo dentro da própria legenda corre-se o risco de estar dormindo com o inimigo. O PSB do Paraná, por exemplo, embora não tenha candidato próprio ao governo em 2014, está inserido na administração de Beto Richa (PSDB) e, com isso, deve subir no palanque de Aécio. Em Minas, a situação se assemelha com o atual prefeito, Márcio Lacerda, aliado de primeira hora de Aécio Neves, mas filiado ao PSB de Eduardo Campos. Até o momento, ele garante que o partido não tomou uma decisão. "Estou concentrado no trabalho na prefeitura. Lançamos algumas sementes de trabalho que precisam ser bem conduzidas", disse Lacerda ao Correio.

Tradicional aliado do PSDB desde 1994, quando Fernando Henrique Cardoso escolheu Marco Maciel como vice provocando estupefação em parte do próprio partido — exceção feita em 2002, quando o candidato a vice de José Serra foi a peemedebista Rita Camata (ES) — o DEM sinaliza que em 2014 não será um parceiro tão fácil. "O PSD nos quebrou, levando parlamentares e tempo de televisão. 

Precisamos garantir a nossa sobrevivência", admitiu o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO). "Se para a realidade local for necessário abrir palanque para Eduardo Campos, tudo bem. Se o melhor for apoiar Aécio, ótimo. É improvável, mas se houver algum estado em que estejamos próximos do PT, precisaremos pensar", brincou ele. Presidente do PSDB até maio, o deputado Sérgio Guerra (PE) admite que o cenário está em aberto. "PR, PDT, PTB, PP e PPS. Todas essas legendas estão abertas às conversas. Vamos conversar", completou ele.

Articulações

Confira a situação dos partidos pelos estados

PTB
Roberto Jefferson conversa com Eduardo Campos, o partido em São Paulo é próximo do PSDB e o senador Gim Argello (DF) quer a legenda ao lado de Dilma Rousseff.

PDT
A legenda recuperou o Ministério do Trabalho, mas o presidente Carlos Lupi admitiu ao Correio que está livre para conversar com todos os presidenciáveis.

PP
O partido tem o Ministério das Cidades, mas nos principais locais em que deve lançar candidatos ao governo estadual — Rio Grande do Sul, Alagoas e Minas Gerais — o palanque presidencial deve ser para Aécio Neves.

PMDB
Dilma conseguiu resolver o problema com o PMDB mineiro ao dar o Ministério da Agricultura para Antônio Andrade. Mas enfrenta problemas no Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.

PSD
Dilma quer o partido na Esplanada, Gilberto Kassab promete apoio à reeleição da presidente, mas os dois governadores do partido simpatizam com Eduardo Campos.

PPS
O presidente Roberto Freire quer uma fusão com o PMN, conversa escondido com Eduardo Campos e aparece em eventos do PSDB ao lado de Aécio Neves.

PSB
O partido apoia Eduardo Campos, mas poderá enfrentar dificuldades para se posicionar no Paraná e em Minas Gerais, por sua ligação forte com o PSDB.

PR
Se receber de volta o Ministério dos Transportes, embarca na nau dilmista de olhos fechados.

Longo caminho
559
dias

Tempo que falta até o primeiro turno das eleições presidenciais, marcado para 5 de outubro de 2014.
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quarta-feira, março 20, 2013

PETRÓPOLIS/RJ: DESCASOS. (FOCO: OBRA$ DO MARACANÃ)

20/03/2013
Tragédia na Serra: Número de mortos em Petrópolis sobe para 27

De R$ 112,8 milhões orçados para reassentamento na cidade, só 1,9% foi gasto.

Entre as vítimas, doze são crianças. Sem teto chegam a 1.463 pessoas.
O número de mortos na tragédia provocada pelo temporal em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, subiu para 27, desde a noite de domingo. Desse total, 12 são crianças. A chuva deixou outras 18 pessoas feridas e 1.463 desalojadas. 

Dados do Sistema de Acompanhamento Financeiro do Estado obtidos pelo GLOBO mostram que, no ano passado, de uma previsão orçamentária de R$ 112,8 milhões para o programa de reassentamento da população instalada em áreas de risco, só R$ 2,2 milhões foram gastos.


Mortos chegam a 27


Do total de vítimas em Petrópolis, 12 são menores. Cidade já tem 1.463 sem teto

Diego Barreto, Sérgio Ramalho e
Selma Schmidt


Desorientado e envolto em cerca de 30 metros de corda, o jardineiro José Ventura Fernandes, de 42 anos, caminhava ontem pela manhã numa busca incessante para tentar localizar os corpos dos sobrinhos Nicolás e Letícia, de 8 e 4, de seu irmão Pedro, de 45, e da mulher dele, Cristina Malter. A família desaparecida vivia às margens do rio que corta a Favela Boca do Mato, no bairro Quitandinha, em Petrópolis. No último levantamento divulgado à noite pela prefeitura, dos 27 mortos na enxurrada que atingiu a cidade na noite de domingo e na madrugada de segunda-feira, dez eram crianças e dois eram adolescentes. Somente ontem, dos dez mortos encontrados, seis eram menores. A estimativa do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, é que ainda haja entre quatro e oito desaparecidos. E a prefeitura de Petrópolis contabiliza 1.463 desabrigados e desalojados.

José tinha os olhos vermelhos. Estava sem dormir desde segunda-feira, quando soube que a casa onde Pedro vivia com a família fora arrastada por um deslizamento de terra. Ele não conseguia lembrar os sobrinhos sem chorar.

- O menino era muito apegado à gente - disse David, outro irmão de Ventura, que também ajudava nas buscas. - Foi uma desgraça.
O 27º corpo foi encontrado ontem à noite. Simões contou que um homem parou o carro para socorrer vítimas na localidade de Lopes Trovão e foi soterrado.

Já a aposentada Ilceli Alves Freitas, de 65 anos, conseguiu ser retirada de casa na noite de domingo pelo filho, o ambulante Paulo Roberto Alves Freitas. No entanto, foi a última vez em que o viu com vida. No meio do temporal, Paulo Roberto, de 42 anos, pegou uma enxada e partiu para ajudar os vizinhos. Acabou soterrado por um desmoronamento que arrastou pelo menos quatro casas na Boca do Mato.

- O meu filho morreu como herói, tentando salvar vidas - disse Ilceli.
Paulo Roberto vivia com a mulher, Francisca, e quatro filhas num imóvel ao lado da casa da mãe. As residências da família escaparam da enxurrada, mas foram interditadas pela Defesa Civil. Desalojados, os moradores estão abrigados numa igreja evangélica.

- Não posso nem entrar na minha casa para retirar o pouco que tenho - lamentou a aposentada, que não desgruda da bolsa preta, suja de barro, onde estão algumas roupas e seus documentos.

Outras três pessoas também morreram como heróis. Paulo Roberto Filgueiras e Fernando Fernandes Lima, agentes da Defesa Civil de Petrópolis, e o jardineiro Nilton Pereira Fonseca conseguiram salvar dezenas de vidas na Boca do Mato. No entanto, acabaram soterrados durante o trabalho de resgate.

Filgueiras, de 39 anos, fundou a ONG Anjos da Serra, que atua no resgate de vítimas de tragédias. Ele havia ingressado na Defesa Civil no início do ano.

- A satisfação dele era ajudar o próximo - contou Natali Lopes, socorrista voluntária da Anjos da Serra.

- Queremos seguir com a missão da ONG, resgatando vidas. Era isso que ele gostaria de estar fazendo - disse a enfermeira Juliana Araújo, durante o velório de Filgueiras realizado ontem.

Jardineiro costumava ajudar moradores

Morador da Boca do Mato, o jardineiro Nilton estava acostumado a ajudar quando temporais obrigavam parte da população a deixar suas casas.

- Era um herói anônimo. No domingo, ele soube que havia gente em perigo, saiu da casa dele e foi ajudar. O pessoal até brincava e o chamava de tenente Fonseca - contou o irmão mais velho de Nilton, Nelson Pereira Fonseca, de 57 anos. - Agora, vai ficar uma saudade muito grande, uma dor. Ele deixou cinco filhos e a esposa.

Outro herói da tragédia é Ricardo Correia, de 46 anos. Também funcionário da Defesa Civil, ele foi atingido por um deslizamento e se encontra em estado grave no CTI do Hospital Santa Teresa, em Petrópolis.

- Somos treinados a seguir até um determinado limite. Eles foram além. Tiveram atitude de heróis - disse o comandante da Defesa Civil de Petrópolis, tenente-coronel Rafael Simão.
Com 16 anos, outra vítima do temporal, Lucas Ladislau Santos, foi enterrado ontem. Ele e a irmã, Jade Siqueira Barbosa, de 12 anos, morreram quando a casa onde estavam, no Quitadinha, foi soterrada. Pai de Lucas e padrasto de Jade, Luciano dos Santos, de 38 anos, contou que há 20 anos quase perdeu o filho mais velho:
- Isso se repete todo ano. O meu filho mais velho tem 21 anos. Quando ele tinha 1, eu o salvei de um deslizamento. Mas dessa vez não conseguimos salvar nossos meninos. O Adriano, meu outro filho, está no hospital.
Na noite de domingo, Lucas Mateus Araújo, de 18 anos, decidiu dormir na casa da namorada, Jéssica, no bairro Alto Independência. Quando começou a cair a chuva, ele ligou para o pai, Naor Araújo. O jovem estava preocupado porque chovia e ventava demais, e o local onde estava era de risco de queda de barreiras. O pai ainda tentou convencer o filho a sair do lugar, mas, no meio da conversa, às 23h30m, a ligação caiu. Nesse momento, a casa onde Lucas estava foi atingida por um deslizamento. Ontem de manhã, Naor foi ao Alto Independência acompanhar os trabalho dos bombeiros, que buscam não só por seu filho, como também por outros moradores desaparecidos.
- Ele não saiu daqui porque não sabia para onde ir - contou Naor, desolado.

terça-feira, março 19, 2013

''ALAGADOS, TRENCHTOWN, FAVELA DA MARÉ... (Os Paralamas...)

19/03/2013
Chuva mata 16 em Petrópolis e Dilma fala em 'ação drástica'


Presidente culpou "pessoas que não querem sair" das áreas de risco; temporal também castigou litoral de SP

Ao menos 16 pessoas morreram, incluindo dois técnicos da Defesa Civil, e 560 ficaram desalojadas após temporal em Petrópolis, na região serrana do Rio. Entre a noite de domingo e a manhã de ontem, choveu na cidade 358 milímetros, mais do que o previsto para todo o mês. Os Rios Quitandinha e Piabanha transbordaram, destruindo casas e provocando alagamentos. Encostas desabaram. Em janeiro de 2011, na pior tragédia de causa natural do País, 71 pessoas morreram no município. Em Roma para a entronização do papa Francisco, a presidente Dilma Rousseff defendeu "ações drásticas" para a retirada de pessoas das áreas de risco. "Acho que devem ser tomadas medidas mais drásticas, para que as pessoas não fiquem onde não podem ficar", afirmou. A chuva castigou também o litoral paulista. A Rodovia Rio-Santos foi liberada depois de 26h fechada. Mil pessoas estão desalojadas em São Sebastião.


Chuva mata 16 no Rio e Dilma defende ‘medidas drásticas’ em áreas de risco


Um temporal na região serrana do Rio, que começou na noite de domingo, matou 16 pessoas em áreas de risco de Petrópolis, feriu 33 e deixou 560 desalojados. 

Em Roma, ao saber do caso, a presidente Dilma Rousseff negou que faltem investimentos governamentais em prevenção de tragédias, mas defendeu ações mais fortes na área. "Eu acho que vão ter de ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem nas regiões que não podem ficar. O problema é que muitas vezes as pessoas não querem sair."

Dilma também alegou que foi 1 a chuva em abundância que causou a tragédia. "É uma situação muito difícil, porque choveu 300 : milímetros. Quase o tanto que ; chove em um ano em certas regiões do Brasil, choveu em um dia em Petrópolis", insistiu.

Na localidade de Vila São João, no bairro Quitandinha, região central do município, uma encosta desabou e soterrou um número ainda desconhecido de pessoas. Pelo menos quatro moradores estavam desaparecidos até o início da noite de ontem. Segundo moradores, três casas foram destruídas. Somente duas : meninas, de 12 e 15 anos, foram resgatadas com vida. -i    Entre os mortos estão dois técnicos da Defesa Civil municipal que trabalhavam no resgate dos soterrados. "Tinham muita experiência. São insubstituíveis e morreram como heróis. Estavam ali salvando vidas", afirmou o prefeito Rubens Bomtempo (PSDB). A Defesa Civil atendeu a mais de 270 ocorrências desde o início das chuvas.

Com o volume das águas, os Rios Quitandinha e Piabanha, que cortam acidade, transbordaram, destruindo casas e provocando alagamentos em 21 pontos, principalmente nos bairros Quitandinha e Independência.

0 maior índice pluviométrico foi registrado em Quitandinha: 415 milímetros em 24 horas, o equivalente a dois meses de chuva, segundo a prefeitura.

Uma encosta deslizou e interditou a Rua Joaquim Rolla, bem ao lado do Palácio Quitandinha, um cartão-postal dá cidade. À tarde, era possível avistar uma casa de classe média alta, de dois andares, à beira do precipício. Já no bairro Amazonas, uma casa caiu e matou duas pessoas.
Sem socorro. Ao longo do dia, várias autoridades pediram que ; moradores de áreas de risco deixassem suas casas. Um dos si: nais sonoros, por exemplo, foi ! acionado na rua Espírito Santo, onde pessoas foram soterradas.

"Fazemos um apelo para que todas as pessoas deixem as áreas de risco", ressaltou o governador Sérgio Cabral. A remoção de pessoas, porém, vai na contramão do que defendem especialistas das Nações Unidas. Eles já alertaram o governo brasileiro em diversas ocasiões que forçar uma saída deve ser a última alternativa e é algo que precisa ser realizado com extrema cautela para não causar caos social.

Na parte de recursos públicos, o Estado anunciou a liberação de R$ 3 milhões - a prefeitura liberou outros R$ 200 mil. Já a presidente Dilma Rousseff designou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para acompanhar todo o trabalho e deslocou uma equipe da Força Nacional de Defesa Civil. Jamil Chade.

Sirenes soam, mas pedidos de socorro não são atendidos

A prefeitura de Petrópolis informou que nove sinais sonoros foram acionados na madrugada para que os moradores de quatro bairros deixassem as casas e dez escolas municipais foram abertas para a população.

Mas o secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, disse, na manhã de ontem, que grande número de pedidos de socorro não pode ser atendido porque as equipes não conseguiam chegar áos locais afetados. Como o solo encharcado provocava risco de novos desabamentos, o coronel fez um apelo para que as pessoas procurassem locais seguros.

Houve ainda registros de enchentes e deslizamentos de terra, mas sem vítimas, em Teresópolis, Duque de Caxias e Nova Friburgo.
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