A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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segunda-feira, março 25, 2013
PRESIDENCIÁVEIS: ''AQUELLOS OJOS VERDES''
25/03/2013 | |
quarta-feira, março 20, 2013
PETRÓPOLIS/RJ: DESCASOS. (FOCO: OBRA$ DO MARACANÃ)
20/03/2013 | |
Tragédia na Serra: Número de mortos em Petrópolis sobe para 27
De R$ 112,8 milhões orçados para reassentamento na cidade, só 1,9% foi gasto.
Entre as vítimas, doze são crianças. Sem teto chegam a 1.463 pessoas.
O número de mortos na tragédia provocada pelo temporal em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, subiu para 27, desde a noite de domingo. Desse total, 12 são crianças. A chuva deixou outras 18 pessoas feridas e 1.463 desalojadas.
Dados do Sistema de Acompanhamento Financeiro do Estado obtidos pelo GLOBO mostram que, no ano passado, de uma previsão orçamentária de R$ 112,8 milhões para o programa de reassentamento da população instalada em áreas de risco, só R$ 2,2 milhões foram gastos.
Mortos chegam a 27
Do total de vítimas em Petrópolis, 12 são menores. Cidade já tem 1.463 sem teto
Diego Barreto, Sérgio Ramalho e
Selma Schmidt
Desorientado e envolto em cerca de 30 metros de corda, o jardineiro José Ventura Fernandes, de 42 anos, caminhava ontem pela manhã numa busca incessante para tentar localizar os corpos dos sobrinhos Nicolás e Letícia, de 8 e 4, de seu irmão Pedro, de 45, e da mulher dele, Cristina Malter. A família desaparecida vivia às margens do rio que corta a Favela Boca do Mato, no bairro Quitandinha, em Petrópolis. No último levantamento divulgado à noite pela prefeitura, dos 27 mortos na enxurrada que atingiu a cidade na noite de domingo e na madrugada de segunda-feira, dez eram crianças e dois eram adolescentes. Somente ontem, dos dez mortos encontrados, seis eram menores. A estimativa do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, é que ainda haja entre quatro e oito desaparecidos. E a prefeitura de Petrópolis contabiliza 1.463 desabrigados e desalojados.
José tinha os olhos vermelhos. Estava sem dormir desde segunda-feira, quando soube que a casa onde Pedro vivia com a família fora arrastada por um deslizamento de terra. Ele não conseguia lembrar os sobrinhos sem chorar.
- O menino era muito apegado à gente - disse David, outro irmão de Ventura, que também ajudava nas buscas. - Foi uma desgraça.
O 27º corpo foi encontrado ontem à noite. Simões contou que um homem parou o carro para socorrer vítimas na localidade de Lopes Trovão e foi soterrado.
Já a aposentada Ilceli Alves Freitas, de 65 anos, conseguiu ser retirada de casa na noite de domingo pelo filho, o ambulante Paulo Roberto Alves Freitas. No entanto, foi a última vez em que o viu com vida. No meio do temporal, Paulo Roberto, de 42 anos, pegou uma enxada e partiu para ajudar os vizinhos. Acabou soterrado por um desmoronamento que arrastou pelo menos quatro casas na Boca do Mato.
- O meu filho morreu como herói, tentando salvar vidas - disse Ilceli.
Paulo Roberto vivia com a mulher, Francisca, e quatro filhas num imóvel ao lado da casa da mãe. As residências da família escaparam da enxurrada, mas foram interditadas pela Defesa Civil. Desalojados, os moradores estão abrigados numa igreja evangélica.
- Não posso nem entrar na minha casa para retirar o pouco que tenho - lamentou a aposentada, que não desgruda da bolsa preta, suja de barro, onde estão algumas roupas e seus documentos.
Outras três pessoas também morreram como heróis. Paulo Roberto Filgueiras e Fernando Fernandes Lima, agentes da Defesa Civil de Petrópolis, e o jardineiro Nilton Pereira Fonseca conseguiram salvar dezenas de vidas na Boca do Mato. No entanto, acabaram soterrados durante o trabalho de resgate.
Filgueiras, de 39 anos, fundou a ONG Anjos da Serra, que atua no resgate de vítimas de tragédias. Ele havia ingressado na Defesa Civil no início do ano.
- A satisfação dele era ajudar o próximo - contou Natali Lopes, socorrista voluntária da Anjos da Serra.
- Queremos seguir com a missão da ONG, resgatando vidas. Era isso que ele gostaria de estar fazendo - disse a enfermeira Juliana Araújo, durante o velório de Filgueiras realizado ontem.
Jardineiro costumava ajudar moradores
Morador da Boca do Mato, o jardineiro Nilton estava acostumado a ajudar quando temporais obrigavam parte da população a deixar suas casas.
- Era um herói anônimo. No domingo, ele soube que havia gente em perigo, saiu da casa dele e foi ajudar. O pessoal até brincava e o chamava de tenente Fonseca - contou o irmão mais velho de Nilton, Nelson Pereira Fonseca, de 57 anos. - Agora, vai ficar uma saudade muito grande, uma dor. Ele deixou cinco filhos e a esposa.
Outro herói da tragédia é Ricardo Correia, de 46 anos. Também funcionário da Defesa Civil, ele foi atingido por um deslizamento e se encontra em estado grave no CTI do Hospital Santa Teresa, em Petrópolis.
- Somos treinados a seguir até um determinado limite. Eles foram além. Tiveram atitude de heróis - disse o comandante da Defesa Civil de Petrópolis, tenente-coronel Rafael Simão.
Com 16 anos, outra vítima do temporal, Lucas Ladislau Santos, foi enterrado ontem. Ele e a irmã, Jade Siqueira Barbosa, de 12 anos, morreram quando a casa onde estavam, no Quitadinha, foi soterrada. Pai de Lucas e padrasto de Jade, Luciano dos Santos, de 38 anos, contou que há 20 anos quase perdeu o filho mais velho:
- Isso se repete todo ano. O meu filho mais velho tem 21 anos. Quando ele tinha 1, eu o salvei de um deslizamento. Mas dessa vez não conseguimos salvar nossos meninos. O Adriano, meu outro filho, está no hospital.
Na noite de domingo, Lucas Mateus Araújo, de 18 anos, decidiu dormir na casa da namorada, Jéssica, no bairro Alto Independência. Quando começou a cair a chuva, ele ligou para o pai, Naor Araújo. O jovem estava preocupado porque chovia e ventava demais, e o local onde estava era de risco de queda de barreiras. O pai ainda tentou convencer o filho a sair do lugar, mas, no meio da conversa, às 23h30m, a ligação caiu. Nesse momento, a casa onde Lucas estava foi atingida por um deslizamento. Ontem de manhã, Naor foi ao Alto Independência acompanhar os trabalho dos bombeiros, que buscam não só por seu filho, como também por outros moradores desaparecidos.
- Ele não saiu daqui porque não sabia para onde ir - contou Naor, desolado.
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terça-feira, março 19, 2013
''ALAGADOS, TRENCHTOWN, FAVELA DA MARÉ... (Os Paralamas...)
19/03/2013 | |
Chuva mata 16 em Petrópolis e Dilma fala em 'ação drástica'
Presidente culpou "pessoas que não querem sair" das áreas de risco; temporal também castigou litoral de SP
Ao menos 16 pessoas morreram, incluindo dois técnicos da Defesa Civil, e 560 ficaram desalojadas após temporal em Petrópolis, na região serrana do Rio. Entre a noite de domingo e a manhã de ontem, choveu na cidade 358 milímetros, mais do que o previsto para todo o mês. Os Rios Quitandinha e Piabanha transbordaram, destruindo casas e provocando alagamentos. Encostas desabaram. Em janeiro de 2011, na pior tragédia de causa natural do País, 71 pessoas morreram no município. Em Roma para a entronização do papa Francisco, a presidente Dilma Rousseff defendeu "ações drásticas" para a retirada de pessoas das áreas de risco. "Acho que devem ser tomadas medidas mais drásticas, para que as pessoas não fiquem onde não podem ficar", afirmou. A chuva castigou também o litoral paulista. A Rodovia Rio-Santos foi liberada depois de 26h fechada. Mil pessoas estão desalojadas em São Sebastião.
Chuva mata 16 no Rio e Dilma defende ‘medidas drásticas’ em áreas de risco
Um temporal na região serrana do Rio, que começou na noite de domingo, matou 16 pessoas em áreas de risco de Petrópolis, feriu 33 e deixou 560 desalojados.
Em Roma, ao saber do caso, a presidente Dilma Rousseff negou que faltem investimentos governamentais em prevenção de tragédias, mas defendeu ações mais fortes na área. "Eu acho que vão ter de ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem nas regiões que não podem ficar. O problema é que muitas vezes as pessoas não querem sair."
Dilma também alegou que foi 1 a chuva em abundância que causou a tragédia. "É uma situação muito difícil, porque choveu 300 : milímetros. Quase o tanto que ; chove em um ano em certas regiões do Brasil, choveu em um dia em Petrópolis", insistiu.
Na localidade de Vila São João, no bairro Quitandinha, região central do município, uma encosta desabou e soterrou um número ainda desconhecido de pessoas. Pelo menos quatro moradores estavam desaparecidos até o início da noite de ontem. Segundo moradores, três casas foram destruídas. Somente duas : meninas, de 12 e 15 anos, foram resgatadas com vida. -i Entre os mortos estão dois técnicos da Defesa Civil municipal que trabalhavam no resgate dos soterrados. "Tinham muita experiência. São insubstituíveis e morreram como heróis. Estavam ali salvando vidas", afirmou o prefeito Rubens Bomtempo (PSDB). A Defesa Civil atendeu a mais de 270 ocorrências desde o início das chuvas.
Com o volume das águas, os Rios Quitandinha e Piabanha, que cortam acidade, transbordaram, destruindo casas e provocando alagamentos em 21 pontos, principalmente nos bairros Quitandinha e Independência.
0 maior índice pluviométrico foi registrado em Quitandinha: 415 milímetros em 24 horas, o equivalente a dois meses de chuva, segundo a prefeitura.
Uma encosta deslizou e interditou a Rua Joaquim Rolla, bem ao lado do Palácio Quitandinha, um cartão-postal dá cidade. À tarde, era possível avistar uma casa de classe média alta, de dois andares, à beira do precipício. Já no bairro Amazonas, uma casa caiu e matou duas pessoas.
Sem socorro. Ao longo do dia, várias autoridades pediram que ; moradores de áreas de risco deixassem suas casas. Um dos si: nais sonoros, por exemplo, foi ! acionado na rua Espírito Santo, onde pessoas foram soterradas.
"Fazemos um apelo para que todas as pessoas deixem as áreas de risco", ressaltou o governador Sérgio Cabral. A remoção de pessoas, porém, vai na contramão do que defendem especialistas das Nações Unidas. Eles já alertaram o governo brasileiro em diversas ocasiões que forçar uma saída deve ser a última alternativa e é algo que precisa ser realizado com extrema cautela para não causar caos social.
Na parte de recursos públicos, o Estado anunciou a liberação de R$ 3 milhões - a prefeitura liberou outros R$ 200 mil. Já a presidente Dilma Rousseff designou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para acompanhar todo o trabalho e deslocou uma equipe da Força Nacional de Defesa Civil. Jamil Chade.
Sirenes soam, mas pedidos de socorro não são atendidos
A prefeitura de Petrópolis informou que nove sinais sonoros foram acionados na madrugada para que os moradores de quatro bairros deixassem as casas e dez escolas municipais foram abertas para a população.
Mas o secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, disse, na manhã de ontem, que grande número de pedidos de socorro não pode ser atendido porque as equipes não conseguiam chegar áos locais afetados. Como o solo encharcado provocava risco de novos desabamentos, o coronel fez um apelo para que as pessoas procurassem locais seguros.
Houve ainda registros de enchentes e deslizamentos de terra, mas sem vítimas, em Teresópolis, Duque de Caxias e Nova Friburgo.
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