A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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quarta-feira, outubro 24, 2007
CPMF/LULA/PSDB: "MEU BEM QUERER..." *
Rendido até aqui a conciliações que têm passado invariavelmente pelo atendimento de reivindicações fisiológicas das legendas que compõem o consórcio governista, Lula determinou à sua equipe que leve a negociação com o PSDB “ao limite do possível”. Limite que começará a ser estabelecido nesta quarta (24), em reunião que Lula pretende fazer com alguns ministros. Convocou-se também um encontro do chamado conselho político, integrado por líderes e presidentes de partidos governistas. De resto, Lula receberá no Planalto, pela manhã, os executivos das cem maiores empresas do país. Pedirá investimentos e apoio à CPMF. Quanto ao PSDB, além das pré-condições já expostas pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), Lula determinou que sejam recolhidas as reivindicações dos governadores tucanos Aécio neves (Minas) e José Serra (São Paulo). O presidente enxerga as digitais de Serra e Aécio por trás do abrandamento da posição do tucanato. E deseja prestigiá-los. De fato, a cúpula do PSDB debruçou-se sobre o peitoril da janela que dá vista para o Planalto a partir de encontro que manteve com os dois governadores na última sexta-feira (19). Além das demandas que têm como chefes dos executivos de dois dos Estados mais importantes do país, Serra e Aécio miram 2010. Aécio já foi contatado pelo governo. Ouviu-o ministro Walfrido dos Mares Guia, coordenador político de Lula. Privadamente, o governador mineiro vem dizendo coisas assim: “Nós, do PSDB, não temos de ser como o PT, que, quando estava na oposição, via um vício de origem em tudo o que vinha do governo. Esse comportamento levou o PT a cometer equívocos históricos.” Lembra a oposição empedernida do PT ao Plano Real, à Lei de Responsabilidade Fiscal e à própria CPMF. Aécio acha, porém, que o Planalto precisa fazer a sua parte. No diálogo com Mares Guia, citou, entre outros exemplos, as alíquotas de PIS e Cofins que incidem sobre as empresas estaduais de saneamento. Disse que, nos dois últimos anos, esses tributos dobraram. Os Estados pagavam 3,2%. Passaram a pagar 7,6%. Só Minas Gerais recolhe aos cofres do Tesouro algo como R$ 150 milhões por ano. É dinheiro, diz Aécio, que deixa de ser investido em saneamento. Um contrasenso. Lula mostra-se aliviado com a novo ambiente que se estabeleceu no Senado a partir da saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da cadeira de presidente. Cobre de elogios o interino Tião Viana, a quem chama de político “jeitoso”. Foi Tião, aliás, quem mais insistiu para que o governo acelerasse os entendimentos com o PSDB. Sob pena de não obter os votos que faltam para a aprovação da CPMF. Estima-se que o governo dispõe, por ora, de 43 votos. Precisa de no mínimo 49. Para chegar ao plenário com folgas, evitando surpresas, necessita de algo como 55. Lideranças do DEM lamentam que Lula esteja levando o tucanato no bico. Argumentam, entre quatro paredes, que o parceiro de parceiro de oposição não se deu conta de que, aprovando a CPMF, estará tonificando os cofres de seu maior adversário na disputa presidencial de 2010. E alimentam uma ponta de esperança de que o entendimento dê em nada. Dentro do próprio PSDB há contrariedade com o comportamento benevolente do partido. Parte da bancada de deputados tucanos, que votou em peso contra a CPMF, julga-se traída. Mesmo entre os senadores, a maioria da bancada torce o nariz para a aproximação com o governo. Uma aproximação que, para se consumar, depende agora da disposição do Planalto de transigir. Algo que o grão-tucanato vai testar nos próximos dias.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online. 2410
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