A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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segunda-feira, março 10, 2008
ESPANHA/ELEIÇÕES: VITÓRIA DE ZAPATERO
Zapatero agradeceu pela "clara vitória" e pediu unidade no governo, afirmando que a política espanhola terá "um novo período". "O povo espanhol falou claramente e decidiu abrir um novo período sem tensões e confrontamentos". Segundo o porta-voz do Partido Socialista, o resultado significa o endosso do programa de reformas liberais do primeiro-ministro, que incluem uma lei de igualdade entre os sexos, casamento homossexual e a facilitação do divórcio. Tanto o PSOE quanto o PP ampliaram suas cadeiras no Congresso - de 164 para 169 e de 148 para 153, respectivamente. Em 2004, Zapatero venceu Rajoy por 42,59% a 37,71%. Os grandes derrotados foram a Esquerda Unida, situada à esquerda do PSOE - cujo número de deputados diminuiu de 5 para 2 -, e os partidos regionais separatistas. Com isso, reforçaram-se duas tendências: o voto útil da esquerda no PSOE, para conter uma ascensão do PP, e a consolidação do bipartidarismo na Espanha. As legendas regionais de perfil separatista também perderam representação no Parlamento, atingindo sua menor votação desde o estabelecimento da democracia na Espanha, há três décadas. Somados, esses partidos elegeram 24 deputados, 9 a menos do que em 2004. Entre os principais derrotados estão a Esquerda Republicana da Catalunha (Esquerra), cuja bancada caiu de 8 para 3 deputados; a Junta Aragonista (CHA) e o Solidariedade Basca (EA), que tinham uma cadeira cada, e a perderam. "Somos o partido político que ganhou mais assentos do que qualquer outro na Espanha, em votação e em percentual", disse o líder do PP, Mariano Rajoy, a simpatizantes. A desaceleração econômica e a forte alta do desemprego dominaram a campanha eleitoral até a sexta-feira, quando um ex-vereador socialista foi morto a tiros no País Basco. Os dois principais partidos culparam o ETA pelo assassinato. Zapatero, 47 anos, iniciou o discurso da vitória lembrando as cinco mortes atribuídas ao ETA desde que terminou um cessar-fogo em dezembro de 2006. "Sentimos a ausência de todas as vítimas do terrorismo. Eles vivem em nossas memórias", disse Zapatero, que descartou uma negociação com o ETA em seu segundo mandato. Agências internacionais, Estadão, 10.03.
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