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quarta-feira, maio 07, 2008

GOVERNO LULA/PAC [In:] A TURMA DA "CLAC"

‘Dilma, Dilma, Dilma, Dilma, Dilma, Dilma, Dilma...’

Nesta terça-feira (6), Lula montou o seu pa©lanque em Manaus. Terra do algoz Arthur Virgílio (PSDB-AM), um dos generais da tropa que fulminou a CPMF no Senado. Como de hábito, o pseudo-ato administrativo converteu-se em evento de campanha.

Numa praça em que amealhara 87% dos votos válidos na eleição presidencial de 2006, o presidente tirou casquinha dos opositores. Mencionou o imposto do cheque. Queixou-se da subtração de R$ 40 bilhões do orçamento. Lembrou que R$ 25 bilhões iriam para a Saúde.

E deu de ombros: “Não tem problema. Vai fazer falta os R$ 40 bilhões. Mas nós vamos arrumar mais, vamos arrumar. Pode demorar um pouco mais, um pouco menos. Mas nós vamos arrumar dinheiro.”

A ministra Dilma Rousseff, como sói, dividia a vitrine de Manaus com o chefe. A certa altura, Lula a enalteceu: "Quando eu chamei essa mulher de mãe do PAC, teve gente que não gostou. Ela é a responsável pelo sucesso do PAC. É ela que controla, que fiscaliza e que cobra."

Em seguida, o presidente vergastou a tese do terceiro mandato. “A alternância de poder é importante. Toda vez que um dirigente político se acha imprescindível e insubstituível começa tá começando a nascer um pequeno ditardorzinho dentro dele.”

Na seqüência, imprecou: “O que eles tem que saber, alto e bom som, e podem até ficar mais com raiva de mim, é que nós vamos fazer o próximo presidente da república neste país. Eles podem ficar certos de que nós vamos fazer...”.

E a turba: “Dilma, Dilma, Dilma, Dilma, Dilma...”

No finalzinho do discurso, Lula reconheceu: “Esses atos estão ficando complicados para a presença do presidente, porque esses atos a gente não pode transformar eles num ato de campanha.”

Ele prosseguiu: “É um ato oficial, é um ato institucional. Aqui é o lançamento e a assinatura de contratos do governo federal. Vocês viram que eu, por cuidado, não citei nomes. Vocês é que, de enxeridos, gritaram nomes aí. Eu não citei nomes.”

E a multidão, em uníssono: “Dilma, Dilma, Dilma, Dilma, Dil...”

Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 0705.

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