PENSAR "GRANDE":

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domingo, junho 08, 2008

A HORA DO "ÂNGELUS"

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Bispos do Regional Leste 2 divulgam carta sobre eleições de 2008

Os bispos do Regional Leste 2 da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo), reunidos em Assembléia, de 2 a 5 de junho, em Belo Horizonte (MG) divulgaram uma carta sobre as eleições 2008.
Na carta, os bispos reconhecem a melhoria de condição de vida dos mais pobres, porém lamentam “a lentidão desse processo” para a maioria da população.
Afirmam ainda que o cristão é chamado a assumir o momento eleitoral “com seriedade” e a ajudar os demais a discernir sobre a escolha de candidatos. “Sabemos que a política, exercida com honestidade e retidão, pode se tornar, para o cristão, uma forma sublime de exercer a caridade”, dizem.
Para os bispos, o momento eleitoral é também oportuno para a retomada da Lei 9840/99, sobre o Combate à Corrupção Eleitoral, bem como um momento de “mobilização nacional, em vista do aperfeiçoamento dessa lei de iniciativa popular”.
Sobre os padres que se candidatam a prefeitos, deputados, vereadores, os bispos do Regional Leste 2 advertem que eles não terão a aprovação da Igreja. “O padre que se candidatar a cargos executivos ou legislativos, não contará com a aprovação da Igreja; deverá deixar o seu ofício eclesiástico e ficará, durante a campanha eleitoral e o exercício de eventual mandato, com restrições, ou até mesmo suspensão, do seu uso de ordem”, afirmam na nota, que segue na íntegra. [sexta: 06 de junho de 2008].
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CARTA DOS BISPOS DE MINAS GERAIS E ESPÍRITO SANTO SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2008
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Nós, bispos do Regional Leste 2 da CNBB, sentimo-nos interpelados pela difícil situação humana em que vivem milhares de nossos irmãos e irmãs, no Brasil, vítimas de todo tipo de exclusão, lesados em seus direitos de cidadãos e, inclusive, ameaçados em sua dignidade de filhos e filhas de Deus.
A Igreja, cuja missão é anunciar o Evangelho de Cristo, promovendo o Reino de Deus, na defesa incondicional da vida, desde a fecundação ao seu declínio natural, reconhece a melhoria das condições de vida de pessoas mais pobres, mas lamenta a lentidão desse processo para grande parte de nosso povo e se une, solidária, a todos os que sofrem e a todos os que trabalham, honestamente, para a superação desse sofrimento.
Com esse espírito, com o coração e a preocupação de pastores, é que nos voltamos para este tempo, muito importante, de eleições municipais em todo o Brasil. Sabemos que a política, exercida com honestidade e retidão, pode se tornar, para o cristão, uma forma sublime de exercer a caridade (CNBB, Doc 67, n.2). Por isso, todo cristão é chamado a assumir este momento eleitoral com seriedade, ajudando os irmãos e as comunidades a um sério discernimento sobre a escolha de candidatos.
Cabe-nos a missão de conscientizar cidadãos e cidadãs de sua responsabilidade de votar, e votar bem, tendo presente que seu voto não tem preço, tem conseqüências, e de escolher com cuidado seus candidatos. Os candidatos sejam bem conhecidos e portadores de uma história de trabalho e iniciativas em prol do desenvolvimento da comunidade local, sobretudo dos mais pobres. Este momento também será oportuno para retomarmos a Lei 9840/99, que define como crime a corrupção eleitoral e assumirmos, agora, a mobilização nacional, em vista do aperfeiçoamento dessa lei de iniciativa popular.
Nós, bispos, louvamos e incentivamos os nossos irmãos, leigos e leigas, que, discernindo um apelo de Deus em suas vidas, dispõem-se a se candidatar a algum cargo eletivo e, assim, procurar realizar, mais eficazmente, o bem comum. O Documento da CNBB “Eleições 2008” contém importantes orientações sobre a participação efetiva dos leigos e leigas no mundo da Política. Recomendamos, portanto, o seu estudo nos diversos grupos de reflexão de nossas Dioceses.
Com caridade pastoral, explicitamos aqui nossa orientação sobre um tema delicado e complexo, no contexto político: padres que se inscreveram em partidos políticos e se candidatam a prefeitos municipais, deputados ou vereadores.
Segundo o Magistério Eclesial recente, em vários de seus documentos, “a Igreja não tem nenhuma intenção de prevalecer-se da força de sua palavra para a promoção política de seus líderes, nem a defesa de direitos e privilégios. Por isso mesmo, ela não concorda com a militância político-partidária de membros do clero ou de instituto religioso” (Puebla nº 524 e Doc. CNBB nº 22 – Reflexão cristã sobre a Conjuntura Política). O papa Paulo VI também foi claro, ao afirmar que o mundo vasto e complexo da política, da realidade social e da economia é campo próprio dos leigos (Ev.Nunt., n.70).
A militância político-partidária dos padres conflita com a sua missão própria de configurado ao Cristo-Pastor (cf. Carta aos Presbíteros, n.41 – Doc. CNBB n.75). Por isso, para que a liberdade necessária aos ministros ordenados de anunciar o Evangelho com autêntico profetismo não seja comprometida, a Igreja afirma que “os pastores devem preocupar-se com a unidade, despojando-se de toda ideologia político-partidária, que possa condicionar seus critérios e atitudes” (Puebla 526).
Os padres participam de um corpo eclesial que exige comunhão e pertença a um presbitério, ao qual devem ouvir, evitando as decisões de cunho estritamente pessoais. O Código de Direito Canônico não apresenta dúvidas: “os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos que implicam participação no exercício do poder civil” (c. 285 § 3º). E ainda: “Não tenham parte ativa nos partidos políticos e na direção de associações sindicais, a não ser que, a juízo da competente autoridade eclesiástica, o exijam a defesa dos direitos da Igreja ou a promoção do bem comum” (c. 287 § 2º).
Portanto, advertimos: O padre, que se candidatar a cargos executivos ou legislativos, não contará com a aprovação da Igreja; deverá deixar o seu ofício eclesiástico e ficará, durante a campanha eleitoral e o exercício de eventual mandato, com restrições, ou até mesmo suspensão, do seu uso de ordem.
Este momento eleitoral, por seu caráter de tanta importância na conjuntura atual de nossas comunidades, onde não são poucas as dificuldades vividas por nosso povo, exige, de todos nós, nítida consciência de nossa missão de pastores. Empenhemo-nos na preparação de nossas comunidades e na formação de leigos e leigas, para que assumam sua missão como cristãos, também no mundo da política.
Que Maria, Mãe da Igreja, acompanhe-nos e nos ajude em nossa missão. A todos abençoamos no Cristo, o Bom Pastor.
Belo Horizonte, 05 de junho de 2008.
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Ontem à tarde, resolvemos nos darmos uma 'folga' indo até um pesque-pague. O que foi ótimo. Todavia, teria sido melhor se os proprietários, se posicionando como arautos do Evangelho, não tivessem atropelado nossa conversa, que girava em torno de um Evento Gospel, e se mostrassem convencidos de que já tinham sido escolhidos para ocuparem um "lugarzinho no Céu ao lado do Criador", em razão de suas práticas. Durante a pregação, a proprietária disse ter "recentemente trocado de ministério" (leia-se: "trocando de Templo").
Quanta presunção e ignorância no sentido lato do termo!!!. Diante disso, não nos acovardamos em lembrá-los de que "nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus" [Mateus 7: 21-3] e saimos.
N.B.:
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