PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

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quarta-feira, julho 30, 2008

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

30 de julho de 2008

O Globo
TRE e polícias criam força especial para as eleições
Foi acertada ontem no Tribunal Regional Eleitoral a criação de um grupo especial reunindo as polícias Civil, Militar e Federal para combater a imposição de candidatos do tráfico e das milícias em favelas do Rio. As conclusões da reunião em que se decidiu pela criação dessa força especial serão apresentadas hoje ao presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro. Pelo menos até o momento, o presidente do TRE-RJ, desembargador Roberto Wider, diz que não acha necessária a presença da Força Nacional de Segurança ou de tropas do Exército na cidade com esse objetivo. Segundo Wider, a força especial vai dar apoio a candidatos que queiram segurança para fazer campanha em áreas dominadas pelas milícias ou pelo tráfico. O governador Sérgio Cabral reafirmou que é favorável à presença imediata da Força Nacional de Segurança. Ele disse que assinaria “com o maior prazer” um pedido de envio de tropas junto com o presidente do TRE-RJ. (págs. 1 e 3)
MP pede a impugnação de “candidato único” do tráfico
O Ministério Público eleitoral pediu ontem a impugnação da candidatura a vereador de Luiz Cláudio Oliveira, o Claudinho da Academia (PSDC), devido a sua ficha suja, com 22 anotações penais. Claudinho diz ter o apoio de “cem líderes” da Rocinha, onde a polícia achou uma ata em que o chefe do tráfico exige o apoio ao candidato único. (págs. 1 e 4)
Um partido ficha-suja
O PSDC, que surgiu no noticiário como o partido dos candidatos a vereador Claudinho da Academia e Claudinho da Merendiba, ambos com anotações penais, é uma legenda com ficha suja na Justiça Eleitoral, com prestações de contas rejeitadas seguidamente desde 2001. Dos 49 candidatos do partido registrados no TRE, 26 aguardam julgamento de processos. (págs. 1 e 5)
O 'Iluminado'Crivella entra na Favela da Chacrinha (Zona Oeste) com outro candidato a vereador polêmico: desta vez Deco (PR) – suspeito de ligação com milícia -, a quem chamou de iluminado. (págs. 1 e 5)
Mamona fracassa, mas piraju vai virar salmão
A mamona, quem diria, não poderá mais ser usada como biodiesel de larga escala, como prometeu o presidente Lula em 2005. Viscosa demais, ela foi deixada de lado pelos novos parâmetros da Agência Nacional de Petróleo. Se quiser sobreviver, terá de receber aditivos, como o óleo de soja ou de girassol. No momento em que este ambicioso projeto é abalado, o presidente Lula anunciou, na Bahia, um novo sonho: fazer do piraju (dourado) o “salmão” brasileiro, capaz de competir com o produto chileno nas gôndolas e peixarias. Na solenidade, em que a Secretaria da Pesca virou ministério com orçamento e funcionários dobrados, o presidente prometeu ainda “futucar” o pré-sal já em setembro. (págs. 1 e 30)
Brasil Perde após fiasco na OMC
Fracassou ontem, após sete anos de negociações, a última chance de concluir em 2008 a Rodada de Doha da OMC, que deveria promover a abertura comercial em todo o mundo. Desentendimentos entre EUA e Índia foram decisivos para o fiasco da rodada, que prejudica a conquista de mercados para produtos agrícolas do Brasil. O chanceler Celso Amorim resumiu: “O fio arrebentou.” (págs. 1, 23 a 27)
Miriam Leitão
O grande derrotado é o governo Lula, que jogou tudo em Doha. (págs. 1 e 24)
Rio vai perder US$ 650 milhões e 2.000 vagas
O consórcio Rio Naval anunciou que construirá fora do Rio cinco dos nove navios de Transpetro, alegando que não há terreno disponível. Com isso, o estado perde um contrato de US$ 650 milhões e dois mil empregos. (págs. 1 e 29)
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Folha de S. Paulo
Fracassa acordo de comércio global
Após nove dias de debates na Suíça, o esforço para tentar salvar sete anos de negociação da Rodada de Doha fracassou. A reunião na Organização Mundial do Comércio não obteve acordo sobre o mecanismo de proteção agrícola para os emergentes. O objetivo do encontro era equilibrar a redução de barreiras agrícolas nos países ricos e a abertura industrial nos emergetnes. Embora ninguém admita a morte da rodada, o processo entra num período de incerteza. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que as negociações podem ficar pendentes até 2013. Ele nega que o Brasil terna errado ao apostar seus esforços na rodada, em vez de buscar acordos bilaterais. Amorim, porém, admite que a tendência agora é retomar contatos para firmar parcerias que haviam sido engavetadas, entre elas as do Mercosul como os EUA e a Europa. Entidades da industria e do agronegócio lamentaram o fracasso. (págs. 1 e Dinheiro)
Atendimento ao cliente terá regras mais rígidas
A Presidência assina amanhã decreto que torna mais rígidas as normas de atendimento ao cliente por empresas privadas (call center). Elas terão 120 dias para se adaptar às regras, que valerão para aviação, água, energia, planos de saúde, telecomunicações, transporte terrestre e sistema financeiro. As empresas não poderão mais obrigar o cliente a repetir tudo para um segundo atendente. O governo quer ainda, em portarias, fixar em dois minutos o tempo máximo da ligação até o atendimento. Segundo os call centers, custo das novas regras pode ser repassado ao consumidor. (págs. 1 e C1) Principais mudanças:- Atendimento 24 horas por dia para serviços ininterruptos, como TV a cabo e telefonia,- Empresas têm de oferecer um telefone só, gratuíto, para informações e reclamações, - Contato com o atendente e opção de cancelamento são obrigatórios no menu de atendimento,- Cancelamento de um serviço tão logo ele tenha sido solicitado pelo cliente.
Governo prepara novo reajuste para 350 mil servidores
O governo elabora duas medidas provisórias para reajustar salários de 350 mil servidores federais, em ciclo de altas que já beneficiou 1,4 milhão de civis e militares. Segundo o governo, o impacto no Orçamento será de R$11 bilhões anuais. (págs. 1 e B6)
Receita acaba com declaração anual de isento
A Receita Federal decidiu acabar com a declaração anual de isento. A partir deste ano, quem não paga Imposto de Renda não precisará prestar contas para regularizar CPF. A Receita diz que usará outros meios para coibir a sonegação. (págs. 1 e B9)
Desmatamento na Amazônia cai 20% entre maio e junhoO desmatamento na Amazônia caiu 20,05% de maio para junho, afirma o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Comparado ao mesmo bimestre de 2007, caiu 52% nos municípios que mais desmatam. (págs. 1 e A10)
Juízes incluem Kassab na 'lista suja' da eleição após 1 semana
A Associação dos Magistrados Brasileiros incluiu o prefeito de SP, Gilberto Kassab (DEM); na lista de candidatos que respondem a ações penais, sete dias após divulgar a relação original. Para Kassab, a inclusão é injusta. Co-réu em ação que o acusa de improbidade na gestão Pitta, ele foi absolvido no Tribunal de Justiça, mas houve recurso. (págs. 1 e A4)
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O Estado de S. Paulo
Fracasso na OMC faz Brasil rever política de comércio
Fracassaram as tentativas de definir regras menos restritivas para o cenário global. Após sete anos de negociações a Organização Mundial do Comércio (OMC) encerrou ontem, sem acordo, a atual etapa da chamada Rodada de Doha. As previsões mais otimistas são de que os debates possam ser retomados a partir de 2010. O Itamaraty, que apostou fortemente no fechamento de um pacto global terá que mudar sua política dando mais ênfase à busca de acordos comerciais bilaterais. A OMC era a prioridade, mas agora vamos ter de nos concentrar em coisas que dão resultados”, disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Não posso ficar pendurado aqui mais quatro anos.” O Brasil pretende retomar o diálogo com os parceiros do Mercosul, os Estados Unidos e a União Européia. (págs. 1, B1 e B7)
Agricultores ficam satisfeitos nos EUA
O fracasso da Rodada de Doha agradou a agricultores dos EUA, interessados em preservar subsídios, informa a correspondente Patrícia Campos Mello. (págs. 1 e B4)
Artigo: Marcos Sá CorrêaA nova política de Minc: Demissão no Ibama é um grande passo para o Ministério. (págs. 1 e A16)
Polícia Federal do Rio vai ser reforçada para a eleição
A Superintendência da Polícia Federal no Rio receberá reforço de agentes para atuar no combate a crimes eleitorais, em especial os de traficantes e milicianos que estariam constrangendo eleitores. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, Roberto Wilder, reiterou que “neste momento”, não é necessária a presença da Força Nacional de Segurança. (págs.; 1 e A4)
Romero Jucá é denunciado no STF por crime financeiro
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ao Supremo Tribunal Federal por crime contra o sistema financeiro. Jucá é acusado de obter de forma fraudulenta, em 1996, empréstimo de R$3,152 milhões do Banco da Amazônia para a Frangonorte, empresa da qual foi sócio. (págs. 1 e A11)
16 mil processos parados na Anac
Cerca de 16 mil processos estão acumulados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) à espera de solução, informa o repórter Bruno Tavares. Os casos vão de reclamações de passageiros sobre extravio de bagagens até autuações por desrespeito às regras de segurança de vôo. Para reduzir o acúmulo, a agência pediu ajuda ao Tribunal de Contas da União (TCU) e criou uma força-tarefa. (págs. 1 e C1)
Aeroportuários em greve
Os aeroportuários de todo o País decidiram entrar em greve a partir da zero hora de hoje. Eles pretendem afetar a operação de 12 dos principais aeroportos administrados pela infraero. A greve não tem prazo para terminar. (págs. 1 e C4)
Bancos sobem juros no crédito ao consumidor
Os juros cobrados pelos bancos subiram nas principais modalidades de crédito para a pessoa física, num reflexo de alta da taxa Selic pelo Banco Central. Em junho, o custo médio pago pelas famílias para tomar dinheiro emprestado atingiu 49,1% ao ano, o maior nível desde março de 2007. A alta tem afastado clientes dos bancos e o ritmo de crescimento dos empréstimos vem caindo. (págs. 1 e B13)
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Jornal do Brasil
Brigalhada em Genebra causa prejuízo ao Brasil
O Brasil tentou, mas Índia, China e EUA não se entenderam. Resultado: após sete anos, terminou sem acordo a Rodada Doha, destinada a ampliar a liberalização do comércio mundial. O fracasso deve prejudicar a confiança dos investidores, alimentar o protecionismo dos países ricos e estimular mais acordos comerciais bilaterais – conseqüências prejudiciais a nações em desenvolvimento, como o Brasil. Analistas prevêem queda do ritmo de expansão das exportações do país em alguns setores. A guerra nos tribunais também vai começar. O primeiro alvo do Brasil serão os subsídios americanos à produção de álcool. O presidente da Organização Mundial do Comércio, Pascal Lamy, prometeu “não jogar a toalha”, calculando em US$ 130 bilhões anuais o tamanho da economia em tarifas caso o acordo vingasse. (págs. 1, Tema do dia A2 a A4 e Editorial A8)
Cai índice de desmatamento na
desmatamento na Amazônia reduziu 25% em junho em relação a maio deste ano. No mês passado, foram registrados 870 quilômetros quadrados de área desmatada, enquanto no mês anterior a devastação atingiu 1.096 quilômetros quadrados. Comparado ao mesmo período de 2007, a redução foi de 55%. Os números são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram divulgados ontem pelo ministro Carlos Minc. (págs. 1 e País A14)
Rio terá reforço da Polícia Federal
A partir da semana que vem o efetivo da Polícia Federal do Rio será reforçado com agentes de outros Estados para combater a ação de milícias e traficantes na campanha eleitoral. A medida foi anunciada após reunião entre a superintendência da PF e o presidente do TRE-RJ, desembargador Roberto Wider. Do encontro, que contou com representantes da Secretaria de Segurança, definiu-se a formação de um grupo de inteligência – “e não de confronto”, como disse Wider - para apurar crimes eleitorais. A primeira reunião será dia 15. (págs. 1 e Eleições A10)
País estabiliza a epidemia de Aids
O Relatório Global sobre Epidemia de Aids 2008, divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre DST/Aids (Unaids), revela que os esforços de prevenção da doença no Brasil começam a dar resultados: conseguiu-se estabilizar a epidemia. Mas os avanços ainda não são suficientes para reduzir os 30 mil novos casos por ano. O país é considerado pelo Unaids um exemplo, não só na prevenção como também no tratamento da doença. Outro dado positivo é que se conseguiu conter a transmissão por gestantes. (págs. 1, Vida, Saúde & Ciência A24)
Venezuela luta por petróleo do Caribe
A Petrobras concorre com empresas da Rússia, dos EUA e do Canadá para explorar alguns dos 26 blocos petrolíferos colocados em licitação pela ilha de Barbados, no Caribe. Mas o governo da Venezuela denunciou que duas dessas áreas lhe pertencem. (págs. 1 e Internacional A22)
Consumo em alta, apesar dos juros
Mesmo com os juros altos, o consumidor não deixou de comprar, sobretudo em empresas de maior porte, que conseguem negociar taxas de financiamento mais acessíveis. O crédito também continua farto: o volume de empréstimos chegou a 36,5% do PIB. (págs. 1 e Economia A6)
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Correio Braziliense
O arsenal suspeito da PMDF
Inquérito apura compra de seis milhões de projéteis .40, quantidade seis vezes superior à munição utilizada pela Polícia Militar do DF por ano. Segundo o fabricante, o prazo ideal para uso das balas é de até seis meses após a aquisição. A mercadoria foi vendida pela Companhia Brasileira de Cartuchos, doadora de campanha do deputado Alberto Fraga. (págs. 1 e 7)
A morte do livre comércio
Após anos de negociação e muita expectativa, as negociações da Rodada de Doha tiveram um retumbante fracasso. Impasse sobre subsídios agrícolas é uma das causas. “É lamentável”, disse Celso Amorim. (págs. 1, Tema do dia e 11)
Chinaglia e os telegramas da esperança
Desesperado para fazer os colegas trabalharem durante as eleições, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, já enviou seis telegramas a cada um dos 512 deputados, convocando-os às sessões nos meses de agosto e setembro. (págs. 1 e 4)
Brasileiro se endivida ainda mais
Empréstimos pessoais aumentam 32,4% e dívidas acumuladas já chegam a R$ 360,9 bilhões. “Os brasileiros estão fazendo dívidas caríssimas para pagar débitos mais baratos”, explica Ricardo Rocha, do Ibmec, que prevê onda de calotes. (págs. 1 e 13)
Demora para punir infratorSomente ontem motoristas flagrados alcoolizados em 2006 e 2007 ficaram impedidos de dirigir. (págs. 1 e 21)
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Valor Econômico
Fracasso de Doha abre nova fase de conflito comercial
Com o fracasso da Rodada Doha, oficializado ontem, o Brasil deverá mover ação na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos para tentar eliminar a taxa de US$ 0,54 por galão cobrada pelos americanos na importação de etanol. O Brasil e o Canadá também devem retomar na OMC o contencioso contra 80 programas de subsídios agrícolas americanos. Nos dois casos, os problemas estavam à espera de uma solução que, afinal, não veio pela negociação global.O comércio internacional entra numa fase de conflitos e incertezas para exportadores e importadores. Novas disputas entre os países devem surgir com o colapso da negociação global de liberalização da Rodada Doha, depois de quase sete anos de discussões. A União Européia, por exemplo, será alvejada na OMC pelos produtores de banana da América Latina.A Rodada Doha fracassou pela intransigência de americanos e indianos, principalmente, sobre como aplicar a salvaguarda contra importações. A representante americana Susan Schwab resistia a reabrir o pacote agrícola e industrial do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, enquanto a Índia queria mais espaço para usar a proteção para agricultores pobres em caso de súbito aumento de importação ou queda de preços. É irônico que, em plena crise global de alimentos, países como a Índia, que precisavam reduzir tarifas, ajudaram a implodir um acordo global para ter o direito de elevar suas alíquotas. Para o diretor da OMC, o fracasso ameaça seriamente o sistema multilateral de comércio. Ele calcula que os países jogaram fora US$ 130 bilhões por ano em benefícios, na forma de redução de tarifas de importação agrícola e industrial, dos quais 70% ficariam com as nações em desenvolvimento.Lamy tentará preservar os entendimentos ocorridos para retomar a negociação mais tarde. Mas o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, foi um dos que deram poucas esperanças de que isso ocorra. Amorim disse que agora vai concentrar atenção em negociações que "possam dar resultados" e citou os acordos bilaterais. Ele acredita que a OMC continuará sendo importante, mas a rodada vai demorar anos, "quem sabe até 2013". (págs. 1, a3 e A5)
Governo define sistema que adotará para chips em carros
Depois de dois anos de discussões, o governo chegou à versão final do projeto para implantar chips de identificação em todos os veículos do país até dezembro de 2009. A decisão do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) acaba com uma polêmica que dividiu os fabricantes de sistemas e equipamentos de identificação por radiofreqüência. Parte das empresas defendia a adoção de etiquetas alimentadas por baterias do tipo já usado no "Sem Parar" dos pedágios. Outras empresas, porém, argumentavam que a opção com bateria é cara demais e defendiam a "etiqueta passiva", que usa um chip simples, só ativado quando o carro cruza pelas antenas. Ninguém ganhou a queda-de-braço. O Denatran decidiu que caberá a cada Detran estadual escolher o tipo de etiqueta e só estabelecerá as medidas de segurança que cada equipamento tem de seguir.(págs. 1 e B3)
Balanços inovam em uso do ágio
Os balanços do segundo trimestre já trazem novidades sobre o uso do ágio, a diferença entre o valor contábil e o de mercado numa aquisição, para gerar um ganho fiscal. A mudança da legislação contábil e o silêncio da Receita Federal sobre o assunto aceleram o processo - a amortização do ágio - que tradicionalmente era feito em vários anos. A Perdigão anunciou na segunda-feira uma despesa de suas principais aquisições no valor de R$ 1,5 bilhão, o que resultou em prejuízo líquido de R$ 881,8 milhões, de longe o maior de sua história. A Energias do Brasil fez o mesmo com o ágio da Enersul, de R$ 129 milhões, no balanço do segundo trimestre divulgado ontem. O prejuízo, nesses casos, acaba sendo um ganho fiscal para a companhia. A novidade é baixar todo o estoque do ágio de uma vez.(págs. 1 e D1)
Bunge terá 3 usinas de álcool em TO
A gigante americana Bunge prepara-se para expandir seus domínios no setor sucroalcooleiro. Ela iniciou o plantio de cana em 2,2 mil hectares em Pedro Afonso, no Tocantins, mas isso é só o começo de um empreendimento que deverá atingir 100 mil hectares e abastecer três usinas de açúcar e álcool que pretende construir no Estado. O governo de Tocantins informou que as três usinas da Bunge devem trazer investimentos de R$ 1 bilhão e que a primeira unidade entra em operação em 2011. "A empresa protocolou no início do ano os projetos de três usinas. E também deverá construir uma esmagadora de soja no Estado", disse Roberto Saihum, secretário de Agricultura de Tocantins. A Bunge também estaria interessada na construção de nova usina no Triângulo Mineiro, a Nova Ponte. Procurada, a Bunge informou que não comentará o assunto.(págs. 1 e B14)
Empresas receiam acordo tributário Brasil-EUA
A tramitação no Congresso de acordo bilateral entre Brasil e EUA sobre sigilo e fiscalização tributária inquieta as empresas. A Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) se preocupa com o fato de o acordo entre o fisco dos dois países prever uma troca de informações considerada inédita, inclusive com previsão de vinda de fiscais da Receita americana para colher informações e documentos. As empresas receiam que os dados sejam usados para outros fins que não o da fiscalização tributária e que haja acesso pleno a documentos bancários e registros contábeis, o que violaria o sigilo e o direito à privacidade. Embora já tenha sido assinado pela Receita e pela Embaixada dos EUA, o acordo só entra em vigor após a aprovação do Congresso. Para a Receita, o acordo prevê troca de informações só em relação às empresas sob investigação nas instâncias tributária e judicial da outra parte. Deputados governistas e da oposição dizem que o texto, que está na Comissão de Constituição e Justiça, é inconstitucional.(págs. 1 e B12)
Mercados apostam que a escalada altista do petróleo chegou ao fim (págs. 1 e B1)
Indústria quer elevar preço
Pressionadas pelos fortes aumentos de custos, um número cada vez maior de empresas industriais planeja reajustar os seus preços, segundo indica sondagem divulgada pela Fundação Getúlio Vargas. (págs. 1 e A2)
Rio Tinto investe
A mineradora anglo-australiana Rio Tinto anuncia hoje novo investimento no Brasil. A empresa pretende gastar US$2,15 bilhões para expandir a produção de minério de ferro da mina de Corumbá (MT). (págs. 1 e B10)
Banco brasileiro lucra mais
Estudo divulgado pelo Banco Central mostra que o Brasil é um caso raro de país emergente em que os bancos nacionais venceram a batalha competitiva contra as instituições financeiras estrangeiras. (págs. 1 e C1)
Crédito ainda acelerado
Dados do Banco Central mostram que o aperto monetário, alta dos compulsórios e taxação com IOF provocaram o aumento dos juros bancários, mas não reduziram o ritmo de expansão do crédito. (págs. 1 e C3)
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Gazeta Mercantil
Bancos perdem receita com mercado de IPO
Os bancos de investimentos tiveram uma expressiva redução nas receitas provenientes de comissões com ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) e ofertas secundárias, no primeiro semestre deste ano, conforme levantamento da agência classificadora de risco Austin Rating. O faturamento das instituições com esses serviços caiu 55%, de R$ 1,02 bilhão no mesmo período de 2007 para R$ 457 milhões neste ano. O mercado de capitais brasileiro foi afetado pelo cenário externo, conturba- do em decorrência da crise do subprime, diz Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, que estima que essas receitas tenham ficado em torno de R$ 2 bilhões em 2007 e mal passarão de R$ 750 milhões este ano. Rodrigues prevê, contudo, que o sistema financeiro no geral lucrou mais no semestre. A previsão para o lucro líquido do maior banco privado do País, o Bradesco, que divulgará seus resultados na próxima segunda-feira, é de crescimento de cerca de 10% sobre o primeiro semestre de 2007, para R$ 4,5 bilhões. O Banco Itaú Holding Financeira terá ganho cerca de 10% maior, de R$ 4,4 bilhões, e o do Banco do Brasil deve crescer 53,8%, para R$ 3,8 bilhões. (págs. 1 e B1)
Desmatamento menor
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou queda de 20% no desmatamento da Amazõnia em junho. A região perdeu 870 km2 de florestas no mês, resultado inferior aos 1.096 km2 de maio. (págs. 1 e A4)
Kassab incluído na "lista suja"
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, foi incluído ontem pela Associação dos Magistrados na “lista suja”. Paulo Maluf (PP) e Marta Suplicy (PT) já estavam na lista. (págs. 1 e A10)
Superávit primário
Resultado no semestre foi de R$ 61,4 bi, diz Augustin. (págs. 1 e A5)
Petróleo
Barril recua para US$ 122,19 e atinge menor valor em três meses em NY. (págs. 1 e C5)
CâmbioDólar cai 0,38% e vai a R$ 1,569 na venda. (págs. 1 e B2)
Da euforia à frustração após o grau de investimentoTrês meses após o Brasil ter atingido o grau de investimento, a euforia do mercado deu lugar à frustração. Dos 73.516 pontos cravados pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no início de maio, no calor da divulgação de que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) havia concedido o selo de bom pagador ao Brasil, o que sobrou foi um mercado deteriorado pelos efeitos da turbulência da economia norte-americana. No dia 24 de julho, pouco mais de dois meses após o Brasil ter atingido o grau de investimento, a Bovespa mergulhou no território negativo, encerrando nos 56.869 pontos no último dia 28, rompendo o patamar psicológico dos 57 mil pontos. A diferença entre o último pico de alta e a recente queda na pontuação supera 20%. (págs. 1 e B3)
US$ 2,15 bi para expansão da Rio Tinto
A mineradora anglo-australiana Rio Tinto aprovou investimento de US$ 2,15 bilhões para expansão da capacidade de produção da companhia em Corumbá (MS). Dos atuais 2 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, a capacidade deve subir para 12,8 milhões de toneladas a partir de 2010. Em uma segunda fase, a empresa pode chegar a produzir 23,2 milhões de toneladas. Desde 2004 a Rio Tinto avaliava um projeto de expansão da mina em Corumbá, mas até o ano passado o projeto previa a ampliação para 7,5 milhões de toneladas em 2010 e para 15 milhões de toneladas em 2014, o que exigiria investimento de US$ 1 bilhão. (págs. 1 e C8)
Fracassa reunião para fechar a Rodada de Doha
Depois de nove dias de reuniões, as negociações ministeriais para a negociação da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, foram concluídas ontem sem qualquer resultado e em meio a duras acusações entre Índia e Estados Unidos. “Esta reunião fracassou, mas vou continuar a trabalhar por um melhor sistema comercial mundial”, afirmou Pascal Lamy, diretor-geral da OMC. O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse estar muito decepcionado. “Eu havia dito que as negociações estavam por um fio, e o fio arrebentou. É lamentável”, afirmou. “Qualquer observador de outro planeta não conseguiria acreditar que depois de todos os progressos que realizamos, não conseguimos chegar a um acordo.” A rodada foi lançada no final de 2001.A Índia e os EUA divergiram quanto a um mecanismo de salvaguarda que protegeria países em desenvolvimento. (págs. 1, A13 E A14)
Lei de licitação é contestada
O Sindicato da Construção em São Paulo (Sinduscon-SP) pretende contestar a nova lei de licitação paulista na Justiça. A Lei 13.121/08, sancionada este mês pelo governador José Serra, institui a inversão de fases do procedimento licitatório de obras públicas. Assim, primeiro serão analisados os preços das licitantes e só depois a habilitação, que são os documentos que provam que a empresa tem competência técnica para executar a obra no prazo. O governo paulista alega que o processo licitatório, que hoje demora 120 dias, passará a levar apenas 45 dias. Para Sérgio Tiaki Watanabe, presidente do Sinduscon- SP, a competência para modificar a lei de licitação é federal e não estadual. O sindicato já contesta a inversão de fases imposta pela Prefeitura de São Paulo, mas ainda não há decisão judicial final. (págs. 1 e A12)
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