20 de agosto de 2008
O Globo
Rio: só 7% dos moradores confiam plenamente na PM
Um estudo feito pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), do governo do estado, revela que só 7% dos habitantes da Região Metropolitana do Rio confiam totalmente na Polícia Militar e 70,3% consideram ruim ou péssima a distribuição do policiamento ostensivo nos bairros. No caso da Polícia Civil, o índice dos que confiam totalmente cresce para 9,2%. O presidente do ISP, tenente-coronel Mário Sérgio Duarte, avaliou que as polícias terão de se esforçar para obter a confiança da população. O estudo, intitulado Desenvolvimento de Metodologia e Aplicação de Pesquisa de Vitimização na Região Metropolitana do Estado do Rio, constatou também que a bala perdida é o maior temor dos moradores do Grande Rio (57%), seguida de tiroteios (43,5%) e assaltos a residência (37,69%). (págs. 1 e 14)
Petrobras faz exigências para nova estatal
A Petrobras vai reivindicar ao governo o direito de manter a exploração dos nove megacampos de petróleo (incluindo Tupi) já descobertos, mesmo que seja criada uma outra estatal para administrar as reservas do Pré-Sal. Para isso, a companhia pretende fazer um aumento de capital de US$ 100 bi. (págs. 1 e 21)
Aberta a temporada de promessas impossíveis
Com o início do horário eleitoral no rádio e na TV, foi aberta a temporada de promessas impossíveis. O candidato a vereador Cleiton Ferreira (PMDB), que se apresentou como “o homem do IPTU", propôs que o dinheiro do imposto só possa ser gasto onde é arrecadado, o que é inconstitucional. Outros propuseram a emancipação da Pavuna, a volta do monopólio do petróleo, todas fora do âmbito da Câmara dos Vereadores. Hoje começa a campanha eletrônica para prefeito. (págs. 1 e 3)
Álvaro Lins se entrega e vai para Bangu 8
Após cinco dias foragido, o ex-deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins se entregou ontem à noite. Ele foi levado para a penitenciária de Bangu 8, onde já estão presos “vips” como Cacciola e os políticos Natalino e Jerominho. Lins entrou com mandado de segurança para anular a cassação de seu mandato. (págs. 1 e 15)
Eleições 2008
A Justiça Eleitoral cancelou um encontro de beneficiários do Bolsa Família com a prefeitura de Nova Iguaçu, por suspeita de uso eleitoral. Foram convocadas duas mil famílias. (págs. 1, 4 e 5)
Multado, Crivella quer acabar com os pardais
Multado 10 vezes nos últimos 12 meses, o candidato Marcelo Crivella propõe a substituição dos pardais por redutores de velocidade. Para ele, há uma “indústria de multas’ na cidade. (págs. 1, 4 e 5)
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Folha de S. Paulo
Lula vai criar empresa para explorar o pré-sal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em reunião com presidentes e líderes de partidos aliados que criará uma nova estatal para cuidar apenas das reservas de petróleo da camada pré-sal ainda não leiloadas, informa Kennedy Alencar. Segundo participantes do encontro, Lula afirmou já ter concluído que é necessária uma empresa só para cuidar do assunto. Planeja utilizar as verbas da extração futura do petróleo do pré-sal para combater a miséria e aplicar na educação. Lula tentou desarmar resistências a um novo marco regulatório e obter apoio à criação da estatal. Ele quer usar o pré-sal para fortalecer e tentar eleger o sucessor em 2010,, embora a exploração em larga escala deva demorar alguns anos. De manhã, em reunião de ministros o principal ponto debatido fora como aplicar as verbas da exploração do pré-sal sem gerar inflação. O governo debate um modelo que preveja a manutenção no exterior de boa parte da verba. (págs. 1 e B1)
Fazenda quer renegociar e perdoar débitos do setor privado
O ministro da fazenda Guido Mantega, apresentou a Lula novo modelo de cobrança da dívida tributária federal para limpar o estoque de créditos da União com o setor privado. A proposta prevê eliminar dívidas até R$10 mil, desconto no pagamento antecipado e alterações no parlamento ordinário de tributos, entre outras medidas. Segundo Mantega, o total dos créditos da União é de R$1,3 trilhão. (págs. 1 e B4)
Lucros de empresas provocam arrecadação recorde entre janeiro e julho. (págs. 1 e B11)
Delegado paulista recebe menor piso salarial do país
São Paulo paga o menor piso salarial do país a delegados da polícia Civil em início de carreira informa Luis Kawaguti. Quem assume o cargo no interior recebe R$ 3. 708,18. governo e entidades sindicais se reúnem hoje para negociação. (págs. 1 e C1)
72% das doações a candidatos de SP são indiretas
Prestação de contas parcial mostra que 72% das doações aos 11 candidatos à Prefeitura de São Paulo foram indiretas, o que dificulta a identificação do doador. Nessa modalidade, permitida pela legislação, as doações são feitas aos partidos e repassadas, sem identificação, aos candidatos. (págs. 1 e A4)
Editoriais
Leia "Atraso espacial", sobre projeto de foguetes VLS; e "Concorrer sem pretexto", acerca de regras na telefonia. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Taleban mata 10 soldados franceses
Insurgentes do Taleban promoveram ontem dois ataques contra tropas estrangeiras no Afeganistão. Perto da capital Cabul, cerca de 100 rebeldes mataram 10 soldados franceses e feriram outros 21. Na fronteira com o Paquistão, um grupo de homens-bomba se lançou contra uma base americana, matando 12 civis e deixando 9 militares feridos. Atentados promovidos pelos insurgentes estão se tornando cada vez mais freqüentes no Afeganistão, onde 183 militares estrangeiros foram mortos neste ano. Afastado do poder em 2001, quando os EUA invadiram o país, o Taleban volta a dar demonstrações de força, com ataques mais complexos e organizados. Além de bombas em estradas e ataques suicidas, os rebeldes vêm usando artilharia variada e realizando ofensivas coordenadas em várias frentes. Antes restrito a áreas tribais, o Taleban tem se aproximado de Cabul – como demonstra o ataque aos franceses que faziam reconhecimento nas montanhas de Surobi, a 50 quilômetros de Cabul. O Afeganistão está se tornando, ainda um dos destinos preferidos de terroristas árabes. (págs. 1 e A12)
Governo quer modelo da Noruega para o petróleo
O Planalto está cada vez mais inclinado a adotar o modelo da Noruega na exploração das grandes reservas recém-descobertas. Lá, uma estatal com apenas 60 funcionários não extrai o petróleo, mas administra o dinheiro obtido com ele. (págs. 1 e B1)
Receita com impostos já supera valor da CPMF
De janeiro a julho, entraram para os cofres públicos R$389,63 bilhões. Em comparação com o primeiro semestre do ano passado, houve um aumento de R$56,8 bilhões nas receitas federais, superando o total que deixou de ser arrecadado com o fim da CPMF. (págs. 1 e B6)
Candidatos à reeleição lideram em arrecadação
Prefeitos que disputam a reeleição em 11 capitais arrecadaram mais do que 47 adversários juntos, revelam dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O campeão é Gilberto Kassab (DEM), com doações de R$2,6 milhões. (págs. 1 e A8)
SUS terá cirurgia para mudar sexo
Autorização já foi dada, mas ainda falta regulamentação. (págs. 1 e A20)
Ambiente: Três empresas vão explorar florestaGoverno receberá R$3,8 milhões/ ano por madeira de Rondônia. (págs. 1 e A19)
Transplante errado derruba chefe do setor no RJ
A coordenadora da Central de Transplantes do Rio, Elen Barroso, foi afastada ontem do cargo. Segundo sindicância, ela teve responsabilidade no caso de um rim transplantado para paciente errado, no Hospital do Fundão. A paciente morreu. (págs. 1 e A17)
Milho sem sustosProdutores de aves e suínos encontram formas de driblar alta do cereal. (págs. 1 e agrícola)
Notas e Informações: A agenda para o Mercosul
O item mais ambicioso da agenda brasileira na presidência do Mercosul é retornar a negociação de acordo comercial com a União Européia. Já o ingresso da Venezuela será um problema. (págs. 1 e A3)
Artigo: Marcos Sá CorrêaNova imobiliária: O melhor negócio é bater na porta da Fundação Palmares. (págs. 1 e A19)
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Jornal do Brasil
Governo decide criar nova estatal
A decisão já está tomada no Palácio do Planalto: o governo deixará a Petrobras fora da gestão dos megacampos de petróleo e criará uma estatal para administrar as reservas do pré-sal. Deve ser enxuta, mas dotada de superpoderes. O presidente Lula quer manter no Brasil os recursos originados da exploração. Para tentar evitar a mudança do modelo, as multinacionais prometem não exportar o petróleo. (págs. 1, Tema do dia A2 e A3)
Candidatos dão na TV um show de “non-sense”
No primeiro dia propaganda eleitoral gratuita para vereador na TV aberta, os partidos concederam maior espaço aos seus puxadores de voto, como Cristiane Brasil (PTB), Alfredo Sirkis (PV) e a ex-nadadora Patrícia Amorim (PSDB). Mas teve de tudo na telinha: super-herói, ex-craque, funkeira, botafoguense, um tal de Professor Uóston, outro chamado Abracadabra e, é claro, alguns acusados de apoiar milícias. (págs. 1 e Eleições A6)
Cidadão do Rio reprova segurança
Em 12 meses, os índices de violência na Região Metropolitana do Rio afetaram 35% da população, superando os de países europeus em cinco anos, atesta pesquisa do Instituto de Segurança Pública (ISP), que ouviu 4.553 pessoas em 75 mil domicílios. O estudo destaca a insegurança (65%), a falta de confiança na PM (56%) e na Polícia Civil (42,9%), o temor das balas perdidas (57%) e dos tiroteios (43%). (págs. 1 e Cidade A13)
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Correio Braziliense
Lula e Chinaglia travam aumento de servidores
Uma disputa política de bastidores entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pôs na geladeira o reajuste salarial prometido a 300 mil funcionários públicos federais. O Palácio do Planalto quer conceder o aumento por intermédio de uma medida provisória. Mas Chinaglia já alertou que os deputados andam inflamados pelo excesso de MPs emanadas do Poder Executivo. Agora, os ministros palacianos tentam fechar um acordo, pelo qual o comandante da Câmara pediria publicamente a MP dos servidores em troca da retirada de outra medida, a que transforma em ministério a Secretaria Especial da Pesca e cria 295 cargos de confiança no governo. O petista ainda não decidiu se aceita tais termos. (págs 1 e 17)
Preço de alimentos no DF sobe 10,1% em 2008 (págs.1 e 16)
Lobista foi nomeado por Efraim
Acusado de fazer negociata em licitações do Senado ocupou cargo de confiança em 2003. (págs. 1, Tema do dia 2 e 3)
Lei seca já flagrou 474
Em dois meses, autuações por embriaguez somam 37,7% do total deste ano. STJ nega habeas corpus a Timponi. (págs. 1 e 26)
Fuga depois do assédio
Acusado de assediar sexualmente um menor de idade, padre brasileiro deixa diocese nos EUA. (págs. 1 e 21)
Circo animal - Bichos são apreendidosPolícia intercepta carretas com cinco elefantes e um rinoceronte do Le Cirque na BR-163. Estressados, eles vão para zôos. (págs. 1 e 24)
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Valor Econômico
Açúcar e álcool têm nova onda de investimentos
A alta nos preços do açúcar trouxe de volta a rentabilidade ao setor sucroalcooleiro e, como conseqüência, começa uma nova fase de investimentos. Os projetos anunciados entre julho e agosto somam R$ 5 bilhões. Também melhorou a oferta de crédito bancário. Os preços da commodity subiram 70% desde seu nível mais baixo, em 13 de junho de 2007, quando caíram para 8,81 centavos de dólar por libra-peso. Ontem, encerraram a 14,99 centavos de dólar em Nova York. Para a safra atual, 100% das exportações de açúcar estão com preços fixados, segundo Arnaldo Corrêa, da Archer Consulting. E para a safra 2009/10, que começa a ser colhida em abril de 2009, cerca de 25% dos volumes de exportação também já estão estabelecidos. Os exportadores aproveitaram a puxada dos preços, tanto no mercado à vista quanto no futuro, e fixaram o valor das exportações, garantindo receita mesmo que os preços caiam. Mas as perspectivas são de alta. Diante desse cenário, os bancos voltaram a olhar o setor com otimismo e retomaram a concessão de crédito. Mesmo bancos estrangeiros, com aperto de liquidez pela crise financeira internacional, têm dado prioridade às usinas do Brasil, diante das perspectivas positivas de rentabilidade. Mesmo que empresas menores venham a passar por problemas de liquidez, poderão ser adquiridas por grupos maiores, mais capitalizados. A outra conseqüência da rentabilidade em alta é uma nova onda de investimentos na construção de usinas, principalmente no Centro-Oeste do país, liderada por multinacionais e grupos nacionais capitalizados. A americana Cargill tornou-se sócia do grupo Moema na usina Bom Jardim, que deverá ser construída na cidade de Itapagipe, no Triângulo Mineiro. Os investimentos serão de R$ 370 milhões, recursos que contemplam apenas a parte industrial. Se considerado o aporte agrícola, a cifra supera os R$ 500 milhões. O Valor apurou que a Cargill também tem interesse em adquirir participações em outras unidades do Moema, que tem cinco usinas em operação. Entre os grupos que anunciaram aportes na atividade recentemente estão ADM, Bunge e Toyota Tshusho, além do Cluster de Bioenergia. Com isso, os investimentos já somam mais de R$ 5 bilhões. (págs. 1 e B14)
Ministro da Defesa quer que empresas financiem as Forças Armadas (págs. 1 e A3)
Empresas do Brasil investem mais na AL
As empresas brasileiras estão investindo mais nos países da América Latina, depois de terem intensificado suas exportações para a região. Seja na construção de fábricas, na aquisição de companhias locais ou fusão com parceiros, a região foi destino de 10,4% do investimento direto brasileiro no primeiro semestre do ano, ou US$ 733 milhões. Desde a década de 40 até 2006, o Brasil formou um estoque de investimento direto no exterior de US$ 90 bilhões, dos quais 7 bilhões foram aplicados na América Latina, o que representa 7% do total. Mas a perspectiva é que esse montante cresça significativamente nos próximos anos. Somente para o período 2008/12 já foram anunciados aportes que superam US$ 10 bilhões.(págs. 1 e A6)
Teste de perseverança frente a perdas na bolsa
O Ibovespa chegou ao fundo do poço e novos tempos gloriosos nos mercados acionários, no Brasil e no mundo, estão fora da linha de visão de analistas e investidores. Eles acreditam que o mercado ficará estagnado, já que a crise de crédito americana é maior do que se previa e o fim do ciclo de alta das commodities dificilmente permitirá recuperação consistente no curto prazo. Conta a favor dos papéis brasileiros os bons fundamentos econômicos, que foram esquecidos diante do temor com o futuro da economia global, diz Walter Mendes, diretor de renda variável do Banco Itaú. Como a economia brasileira está sólida, vale a pena continuar na bolsa para não perder o momento da recuperação das ações. Mendes lembra que a Bovespa já está barata se comparada a outros mercados. As perdas recentes são insignificantes quando comparadas com o movimento de alta da bolsa que já durava cinco anos. Desde 2003, o Ibovespa acumula valorização de 376,02%, enquanto que, desde a máxima histórica do índice, em 20 de maio, a queda é de 26,96%. Por ser concentrada em commodities, a Bovespa também perdeu mais do que outros mercados com os recentes e sucessivos movimentos de desvalorização desses ativos. (págs. 1 e D1)
Duelo entre velho e novo na proposta pela Aracruz
Um embate entre o modelo tradicional do mercado de capitais e as mudanças da era da governança é travado na proposta de incorporação da Aracruz pela Votorantim Celulose e Papel (VCP). A VCP ofereceu aos minoritários da Aracruz valor inferior à cotação de mercado e metade do preço considerado justo por analistas. O pagamento será em papéis da VCP. As transações de compra de controle com posterior incorporação de ações são operações comuns e praticamente todas geraram algum embate com minoritários, com clara vantagem para os controladores até agora. Mas as mudanças no mercado de capitais brasileiro, que levaram à criação do Novo Mercado, garantiram mais direitos e proteção aos minoritários. "É um modelo polêmico. Na prática, é um fechamento de capital, mas fugindo de algumas regras", afirma André Antunes Soares de Camargo, do Ibmec São Paulo. O fechamento de capital envolve pagamento em dinheiro. Desde que a VCP tornou pública sua intenção, as ações preferenciais da Aracruz caíram 11,4% e as da VCP, 4,7%.(págs. 1 e D6)
Produquímica acelera ritmo de crescimento
Depois de ter seu controle adquirido pelo fundo Artesia, o grupo Produquímica acelera seus planos de crescimento, ampliando investimentos em fábricas e se preparando para uma expansão internacional. Os planos da fabricante de matérias-primas nas áreas de nutrição animal e vegetal, produtos para o tratamento de águas e matérias-primas químicas são de tornar-se uma das líderes no fornecimento de insumos para o agronegócio em cinco anos.(págs. 1 e B9)
Ciro quer manter portas abertas para 2010O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) não pretende fechar portas para 2010. "Não sou mais bobo como fui", diz, ao explicar que a conjuntura política da sucessão pode vir a lhe impor ser cabeça de chapa, vice ou não ser candidato a nada. Ele elogia o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que além de ser "praticamente imbatível", demonstrou ser capaz de fazer uma agenda de conciliação para o país. "O Aécio é capaz de se eleger contra o PT e, no dia seguinte, convocar o partido, partilhar o poder com o PT, fazer uma coalizão real, de valores". Em campanha pela eleição de sua ex-mulher, a senadora Patrícia Saboya (PPS), Ciro reconhece a "sofisticada capacidade política" da adversária, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT). E arrisca palpite sobre Márcio Lacerda (PSB) em Belo Horizonte: "Vai crescer 14 pontos em sete programas de televisão".(págs. 1 e A16)
Boom imobiliário
A venda de materiais de construção em julho aumentou 46,12% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em comparação a junho, a alta foi de 9,6%. No ano, o crescimento acumulado é de 30,9%. (págs. 1 e B9)
Bancos ganham posições
No fim do primeiro semestre, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú figuravam pela primeira vez entre os 15 maiores bancos de capital aberto das Américas (excluído o Canadá) por ativos. O mais bem colocado é o BB, em 12º lugar. (págs. 1 e C2)
Previdência desacelera
Captação da previdência privada cai pela metade em julho, com os investidores preocupados com a crise financeira internacional. Planos com renda variável ainda lideram os ingressos, mas captaram 67% menos. (págs. 1 e D3)
Idéias: Cristiano RomeroReforma tributária divorcia classe política e sociedade. (págs. 1 e A2)
Idéias: David KupferNão há prova para tese de 'maldição' dos recursos naturais. (págs. 1 e A15)
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Gazeta Mercantil
INSS deixa de contabilizar R$ 1 bi ao ano em benefícios
A Previdência Social deixa de repassar mais de R$ 1 bilhão por ano no cálculo de aposentadoria ou outros benefícios de trabalhadores que ganham demandas judiciais ou fazem acordo na Justiça. Atualmente, para ter o valor ganho no Judiciário incorporado ao cálculo, o trabalhador tem que recorrer à Justiça Federal. “O valor recolhido pelas empresas em demandas judiciais ao empregado não repercutem no cálculo da aposentadoria”, diz o advogado Sólon Cunha, do Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. Um projeto de lei encaminhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de maio pode mudar essa situação. De acordo com o projeto, o segurado que ganhar ação na Justiça do trabalho poderá comprovar mais facilmente seu tempo de serviço junto à Previdência Social. Atualmente, segundo informações da assessoria de imprensa da Previdência, o INSS só contabiliza o tempo de contribuição que tenha base em prova documental. Ou seja, cartões de ponto, carteira de trabalho ou algo semelhante. Como, em muitos casos, os direitos na Justiça do Trabalho são reconhecidos com base em prova testemunhal, o trabalhador só terá esse valor incorporado ao cálculo previdenciário se recorrer à Justiça Federal. (págs. 1 e A9)
Petroleiras propõem veto à exportação de óleo do pré-sal
Em meio ao debate sobre o rumo que será dado ao petróleo extraído da camada pré-sal, as empresas petroleiras propõem ao governo federal que o produto retirado dessa nova fronteira tecnológica não seja exportado. A proposta, segundo Murilo Marroquim, presidente do Comitê Diretivo do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), é a de manter o modelo atual de exploração das reservas, ou seja, por contratos de concessão. Mas, ao mesmo tempo, sugere que é possível flexibilizar tais regras, com a inclusão de cláusulas de veto aos embarques do óleo bruto para concessões nessas áreas. “O governo pode ter o controle da produção neste mesmo modelo. Se o País quiser o refino aqui, podemos fazer isso”, diz Marroquim. “Preferimos a concessão, porque é um modelo mais ágil”, acrescentou. Ontem, a Petrobras e o governo do Ceará assinaram protocolo de entendimentos para a construção de uma refinaria no estado para exportação de derivados, em especial diesel, que receberá investimento de US$ 11,1 bilhões. (págs. 1 , C4 e A8)
Energia para o longo prazo, só a partir de 2013A baixa liquidez no mercado brasileiro de energia, que ainda tem problemas de oferta, preocupa as comercializadoras do mercado livre, ambiente no qual não há vínculo com distribuidoras, ao contrário do mercado cativo. As comercializadoras tentam fechar com os consumidores contratos longos, de até 15 anos, só a partir de 2013, quando haverá mais energia disponível, com a renovação de contratos da energia “velha”, de projetos já existentes. (págs. 1 e C4)
Brasil terá 5º maior mercado do mundo
O Brasil pode se tornar o quinto maior mercado consumidor do mundo em 2030, ultrapassando Alemanha, Grã- Bretanha e França. Segundo estudo da Ernst & Young Brasil e da FGV Projetos, o consumo interno deve saltar de US$ 1,066 trilhão no ano passado, quando ocupava a oitava posição do ranking mundial, para US$ 2,507 trilhões. De acordo com as projeções, esta expansão adicional será impulsionada pela elevação da idade média da população brasileira, pelas alterações no mercado de trabalho com aumento da escolaridade e melhor distribuição de renda. “Teremos profundas mudanças no perfil da sociedade brasileira”, disse Fernando Garcia, consultor da FGV Projetos. O estudo estima crescimento de 150% no PIB entre 2007 e 2030, para US$ 2,4 trilhões. Com essa expansão, de 4% ao ano, o Brasil passaria da décima colocação em 2007 para a oitava posição entre as maiores economias mundiais. (págs. 1 e A5)
Fundos ampliam aporte em imóveis
A crise no setor imobiliário norteamericano não diminuiu o apetite do investidor estrangeiro pelo Brasil. Grandes empresas e fundos de private equity, como a gestora Equity International e a Explorador Capital Management, planejam novos investimentos no País, com crescimento da economia interna, expansão do crédito e queda da taxa de juros. A empresa de private equity focada no mercado imobiliário Equity Internacional, pertencente ao Equity Group Investments L.L.C., do megainvestidor Sam Zell, levantou recentemente um fundo global de US$ 500 milhões e acaba de anunciar seu primeiro investimento, de cerca de R$ 150 milhões, na empresa de logística AVG Logística. Segundo nota da companhia, a AGV utilizará os recursos para ampliar sua participação no mercado brasileiro, com a aquisição de outras empresas do setor. Outra gestora de investimentos que deve ampliar sua participação no Brasil é a Explorador Capital Management, que tem US$ 150 milhões sob gestão, e tem investido, seja por meio de operações de private equity ou por compra de ações via mercado de capitais, nos setores imobiliário, educacional, serviços, saúde, TI, telecomunicação e serviços financeiros. Para o presidente da Tishman Speyer, empresa norte-americana de incorporação e administração de imóveis, Daniel Citron, a crise no mercado acionário não afetou a demanda dos investidores estrangeiros. A empresa deve captar mais recursos com estrangeiros neste ano, podendo levantar US$ 700 milhões. (págs. 1 e B1)
Bolha na indústria láctea frustra novos investidores
A aposta na expansão do mercado de lácteos frustrou, por enquanto, as indústrias que investiram mais de R$ 2 bilhões em aquisições nos últimos seis meses. Para analistas, os resultados estão aquém do esperado e o prejuízo de R$ 73,3 milhões da Parmalat, anunciado segunda-feira, seria o primeiro indício. As empresas não conseguem repassar custos e excedentes de produção. Segundo a Moody’s, as margens históricas, que variavam de 6% e 10%, caíram para menos de 5%. Para o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Longa Vida, Laércio Barbosa, “a bolha estourou”.(págs. 1 e C9)
Receita Federal
Arrecadação aumentou 15,6% em julho de 2008 sobre julho de 2007, para R$61,9 bi. (págs. 1 e A4)
Vagas formais chegam a 203 mil
A formalização do mercado de trabalho, que criou 203 mil vagas em julho, pode sustentar o crescimento econômico, diz Júlio de Almeida, consultor do Iedi. (págs. 1 e A5)
Infra-estrutura portuária
O Brasil está perdendo R$ 5 bilhões em investimentos devido à indefinição do governo sobre a participação do setor privado nos portos. (págs. 1 e C6)
Opinião: Ives Gandra da Silva Martins
A elevação das despesas de custeio e de remuneração dos detentores do poder aumenta o já fantástico nível impositivo do Brasil. (págs. 1 e A10)
Opinião: Antonio Pentado Mendonça
O Brasil está numa situação em que ninguém mais sabe o que é certo. O resultado é que o absurdo se faz cada vez mais constante. (págs. 1 e A3)
Agências de viagens vão operar câmbio
Agências de turismo e hotéis ganharam um novo instrumento para aumentar a receita e reduzir perdas com a redução das comissões dadas pelas companhias aéreas: a compra e venda de moeda estrangeira. A Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) estima em 26 mil os estabelecimentos que poderão efetuar as transações. Com a Resolução 3.685 do Banco Central (BC), em vigor desde julho, as empresas do setor estão liberadas para fazer operações de câmbio com moeda em espécie, Travellers Cheques, cheques em moeda estrangeira e Visa Travel Money. Apenas 249 agências e hotéis credenciados pelo BC podiam fazer essas operações. As empresas que quiserem trabalhar com esse instrumento têm até maio de 2009 para se filiarem a uma instituição financeira, que será responsável pela fiscalização das operações, a fim de coibir lavagem de dinheiro. As transações serão limitadas a US$ 3 mil por operação, por cliente, ao dia. (págs. 1 e C5)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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