05 de novembro de 2008 O Globo
Manchete: Voto em massa por Obama
Milhões de americanos foram às urnas na maior e mais disputada eleição do país e esperaram até cinco horas na fila, atraídos sobretudo pela possibilidade de eleger o primeiro presidente negro dos EUA, o senador democrata Barack Obama, favorito nas pesquisas de opinião. Três sondagens divulgadas ontem antes do fechamento das urnas deram vantagem de 6 a 11 pontos percentuais a Obama sobre o senador republicano John McCain.
Previsões iniciais davam conta de uma votação recorde nesta eleição, estimando em 130 milhões o número de eleitores e superando o recorde de 2004. Mas muita gente preferiu não se arriscar a enfrentar filas, já que não era feriado no país, e chegou de madrugada a seções de estados tão diferentes quanto Ohio, Illinois, Oklahoma e Califórnia.
Obama votou cedo, em Chicago, e levou 15 minutos para preencher a cédula eleitoral, acompanhado pela mulher, Michelle, e suas filhas Malia e Sasha. Depois jogou basquete com amigos. Já McCain votou, com Cindy, em Phoenix, no Arizona.
Os dois candidatos ainda batalharam ontem por votos de última hora. Obama foi a Indiana, de onde telefonou para eleitores; e McCain fez comícios em Colorado e Novo México, informam José Meirelles Passos e Marília Martins, correspondentes nos EUA, e Helena Celestino, enviada especial ao país.
O clima entre os imigrantes da campanha democrata era de nervosismo. Entre os republicanos, o aparente otimismo sofreu um baque depois que Karl Rove, estrategista das duas vitórias eleitorais de Bush, previu que Obama venceria por um "avalanche" de 338 delegados. (págs. 1 e 28 a 33)
Itaú-Unibanco quer crescer no México e no Chile
O novo megabanco brasileiro formado pela fusão de Itaú e Unibanco já tem planos para crescer no exterior, principalmente na América Latina, e brigar com os concorrentes Santander, HSBC e Citibank. Os primeiros mercados que estão sendo cobiçados são México, Chile e Colômbia.
Um dos principais objetivos é atuar no mercado de clientes de altíssima renda, com fortunas de mais de US$ 5 milhões. Pelas contas feitas por um executivo, a Itaúsa (holding que reúne os membros das famílias Setubal e Villela, donas do Itaú) ficará com 69,9% de todas as ações ordinárias (com direito a voto) do novo banco, enquanto a Unibanco Holding (da família Moreira Salles, do Unibanco) terá cerca de 30%. (págs. 1, 19 e 20)
Conta de luz sobe em média 4,7%
A partir de sexta-feira, a conta de luz da Light vai subir, em média, 4,7%. Os 3,5 milhões de consumidores residenciais da empresa vão arcar com alta de 3,29%. As indústrias vão pagar mais, até 7,4%. O aumento foi autorizado por causa da alta do dólar, que reajusta os valores da energia comprada em Itaipu. (págs. 1 e 27)
Guarda vai trabalhar até mais tarde
O futuro secretário da Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, anunciou que a Guarda Municipal ficará na rua após as 18h para combater pequenos delitos. (págs. 1 e 12)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Eleição nos EUA tem presença histórica
O comparecimento à votação para a eleição à Casa Braça deve ser o maior em cem anos. Segundo o Comitê para Estudo do Eleitorado Americano, foram às urnas para escolher entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain pelo menos 65% dos 200 milhões dos cidadãos dos EUA aptos a votar. O voto não é obrigatório no país. O Índice supera os 64,9% da eleição entre Kennedy e Nixon, em 1960. O recorde histórico é de 66%, em 1908, quando existiam restrições ao voto de negros, mulheres, pobres e analfabetos. Falhas do sistema de votação foram registrados em diversos Estados. Havia relatos de filas de até oito horas. De acordo com uma pesquisa de boca-de-urna, a economia é a maior preocupação de 62% dos eleitores. A CNN projetava como vencidos por Obama os Estados da Pensilvânia e de Ohio – o que limitava as operações de vitória de McCain. Pela projeção, democratas já tinha 194 votos no Colégio Eleitoral e 16 Estados ganhos, além do Distrito de Colúmbia, onde fica Washington. McCain vencia em oito Estados, o que lhe dava 64 votos no Colégio Eleitoral – são necessários 270 para ser eleito. (Págs. 1 e Sucessão nos EUA)
Família brasileira vota em Obama e o compara a Lula
Dono de imobiliária em Massachusetts, o empresário brasileiro Pablo Maia, há 27 anos nos EUA, sua mulher e sua filha votaram em Barack Obama. Eleitores de Lula em 2006, eles compararam Obama ao brasileiro. “São Pessoas pobres, que vieram de baixo. Não é como o George Bush, um milionário”, diz Maia. (`Págs. 1 e Esp. A4)
Governo prevê para 2009 receita R$ 15,2 bi menor
A crise fez o Planalto rever previsões para 2009. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse esperar inflação maior que a meta, crescimento menor e menos R$ 15,2 bilhões de receita. O governo decidiu injetar dinheiro nas montadoras, relata Guilherme Barros. O Banco do Brasil terá linha de crédito especial, de valor não definido, para os bancos das empresas. (Págs. 1 e B1)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Número recorde de americanos vai às urnas em eleição histórica
Numa eleição que por vários motivos já era considerada histórica, os americanos foram em massa ontem às urnas - projeções indicavam 137 milhões de pessoas, ou cerca de 64%, porcentual só superado pela eleição de 1908 (65%). Muito antes de as seções serem abertas, centenas de eleitores já esperavam na fila para escolher entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, embora o voto não fosse obrigatório.
Apesar dos investimentos de US$ 3 bilhões desde o fiasco de 2000, o problemático sistema de votação continuou gerando muitos problemas. O próprio Obama, ao dar sua cédula de papel para a fiscal passar pelo leitor ótico da urna, brincou: “Espero que funcione. Eu vou ficar muito envergonhado se não funcionar”.
Já McCain votou no Arizona e seguiu para Novo México e Colorado, numa tentativa de última hora de conquistar os votos dos indecisos. Se as projeções que antecederam a votação se confirmassem, o eleito seria Obama, de 47 anos, primeiro presidente negro da história dos EUA. (págs. 1 e A11 a A16)
Notas e Informações: Desafios para o governo
O governo começa, enfim, a preparar-se para um 2009 menos próspero do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alguns de seus ministros vinham prognosticando. (págs. 1 e A3)
Governo corta R$ 8 bi do Orçamento
O governo admite que a economia crescerá menos em 2009. A previsão de crescimento está sendo revista de 4,5% para 3,7% a 3,8%, segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento). O Orçamento terá corte de pelo menos R$ 8 bilhões. (págs. 1 e B9)
Operação Parasitas: Justiça afasta Anderson Adauto
Prefeito de Uberaba (MG) é suspeito de participação em fraude. (págs. 1 e A4)
Itaú-Unibanco já mira bancos latinos
O banco formado pela fusão do Itaú com o Unibanco avalia a compra de instituições na América Latina, como início de uma estratégia de internacionalização. “Talvez tenhamos vantagens comparativas em mercados menos maduros", disse Pedro Moreira Salles, presidente do conselho do grupo. Há interesse especial no Chile, mas Colômbia, Peru e México também estão nos planos. (págs. 1 e B1)
Trânsito no interior: Frota cresce mais do que na capital
Congestionamentos levam cidades a já pensar em rodízio. (págs. 1 e C1)
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Jornal do Brasil
Manchete: Emprego resiste à crise
Números divulgados ontem mostram que a crise financeira mundial ainda não chegou à indústria brasileira. A geração de empregos registra o 30º mês seguido de altas. Houve aumento real de 2% no faturamento industrial em relação a agosto, e de 8% no ano, segundo informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar das boas novas, a Embraer anunciou prejuízo de R$ 48,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante lucro de R$ 306 milhões no mesmo período em 2007. As oscilações na cotação do dólar justificaram o resultado. (pág. 1 e Economia, pág. A21)
Analistas prevêem mais fusões no Brasil
O nascimento do maior grupo financeiro do Hemisfério, fruto da união entre Itaú e Unibanco, provocará uma reorganização do sistema bancário. A tendência é identificada por especialistas, que prevêem uma onda de fusões e aquisições. O Brasil também caminha para entrar no rol das marcas globais. (págs. 1 e A20)
Londres ajuda Rio na luta por Jogos de 2016
A ministra britânica para os Jogos Olímpicos de Londres – 2012, Tessa Jowell, reuniu-se ontem com o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. Segundo Tessa, o Rio precisa dar provas do legado da competição para a cidade e apresentar um diferencial para vencer os concorrentes. (págs. 1 e D7)
E Cesar Maia acabou no Uzbequistão
O prefeito do Rio segue em plena atividade. No mundo virtual. Foi ao Uzbequistão, na Ásia Central, mas não interrompeu a distribuição de seu "ex-blog". A newsletter eletrônica jura que Maia não está à toa. Teria assinado acordo de cooperação com o colega da cidade de Samarcanda. (pág. 1 e Cidade, pág. A15)
Um Sansão para ordenar o trânsito
Alexandre Sansão Fontes, engenheiro com mestrado na Coppe e coordenador de inteligência da CET-Rio, será o novo secretário municipal de Transportes. O PT deverá perder a Ação Social. Fernando William (PMN) é o preferido de Eduardo Paes. (págs. 1, A14 e A4)
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Correio Braziliense
Manchete: Partido de Obama tem vitória histórica
A eleição norte-americana inaugurou a supremacia dos democratas. As projeções indicam que o partido de Barack Obama conseguirá ampla maioria na Câmara e no Senado. Segundo estimativas à 1h30 de hoje, o senador estava a um passo de conquistar a Presidência, com a vitória em Ohio e Pensilvânia, considerados “campos de batalha” na corrida à Casa Branca. Antes mesmo de concluída, a eleição nos Estados Unidos mostrou a força de uma democracia, com uma participação recorde de eleitores. Em vários estados, eles fizeram fila (foto acima) para pôr fim a oito anos de governo Bush. (págs. 1 e 16 a 23)
Crise ameaça parcelas do reajuste dos servidores
Ao comentar buraco de R$ 15 bilhões no Orçamento, ministro do Planejamento admite que, se a crise piorar, aumento salarial previsto para os próximos dois anos fica “insustentável”. (págs. 1 e 10)
Aeroporto JK a caminho da privatização (págs. 1 e 7)
Violência
Aumentam maus-tratos a crianças. (págs. 1 e 27)
A fé renovada
A reforma da catedral metropolitana de Brasília começa este mês e vai se concentrar em quatro itens: substituição de todos os vidros e vitrais, restauração da estrutura e de equipamentos internos, impermeabilização do espelho d’água e nova iluminação. Com um orçamento de R$ 25 milhões, a obra será concluída em abril de 2010, no aniversário de 50 anos da capital federal. A igreja permanecerá aberta para fiéis e visitantes. (pág. 1 e 30)
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Valor Econômico
Manchete: Medidas surtem efeito e mercados sentem alívio
As medidas para impedir o agravamento da crise financeira estão surtindo efeito. O dinheiro começou a fluir entre as instituições financeiras globais e o alívio foi saudado pelos mercados acionários com altas que já duram vários dias consecutivos. A queda das ações é menos freqüente, menos brusca e menos acentuada do que em outubro, quando as cotações foram ao fundo do poço.
A bolsa brasileira, uma das mais castigadas pela fuga dos investidores externos, recobrou parte do vigor. Desde 28 de outubro, em seis pregões, ela recuperou 10,819 pontos, com valorização de 36,76%, Ontem, subiu 5,64%, Sob sucessivas intervenções do Banco Central, o dólar recuou 2,56% ontem, para R$ 2,1120, já 11,26% abaixo da cotação máxima a que chegou em 22 de outubro (R$ 2,38). A magnitude das oscilações diárias diminuiu bastante.
Depois de um dos piores meses de toda a história dos mercados acionários, os principais índices de ações dos países desenvolvidos, como o S&P 500, Nikkei 225 e FTSEurofirst 300, subiram mais de 20% nos últimos dias. O EMBI, que mede o grau de risco dos países emergentes pelo spread dos títulos em relação aos do Tesouro americano, declinou cerca de 280 pontos desde o pico, em 24 de outubro.
Após movimento persistente de alta que desequilibrou moedas no mundo inteiro, especialmente em países emergentes, o dólar ontem caiu no mundo todo. Em meio ao que o mercado batizou de “rali Obama”, a moeda americana levou o maior tombo em relação ao euro desde que a moeda européia foi criada, em 1999. Isso deu um forte empurrão nas commodities, puxadas pelo petróleo, que subiu mais de 10% e chegou a R$ 70 o barril.
A desconfiança generalizada entre os bancos cede lugar a uma progressiva volta dos empréstimos. A Libor para financiamentos em dólar por três meses caiu pelo 17º dia consecutivo e se situou em 2,71% - retomando ao nível anterior à quebra do Lehman Brothers, em 15 de setembro, que trouxe pânico e caos aos mercados. No auge da crise, atingiu 4,8%.
Apesar do otimismo, há uma nova onda de más notícias. Se a crise financeira foi suavizada, por outro lado a retração das principais economias do mundo apenas começou e fará mais estragos nos mercados globais. (págs. 1 e C2)
Governo executa política anticíclica e vai manter nível de investimentos, diz Dilma Rousseff. (págs. 1 e A16)
Crise atingiu indústria em outubro
Depois de ainda crescer com força em setembro, a indústria brasileira começou a sofrer em outubro o impacto da crise financeira global na produção e no nível de encomendas. Os setores que mais puxaram o crescimento ao longo do ano - como o de máquinas agrícolas, siderúrgico e automobilístico - são os primeiros a sentir os efeitos da turbulência. Já os segmentos que dependem mais da evolução da renda, como têxteis e calçados, tendem a ser atingidos dentro de algum tempo.
Vendas abaixo do esperado e encomendas menores já são realidade para fabricantes de máquinas e implementos agrícolas no Rio Grande do Sul. A distribuição de aços planos caiu 3% em relação a outubro de 2007, diz o presidente da Rio Negro, Carlos Loureiro. Segundo ele, também há queda de encomendas, especialmente do setor sucroalcooleiro. Em setembro, a produção industrial cresceu 1,7% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, e 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o IBGE. (págs. 1 e A3)
Escolha de uma ação tem novos parâmetros
Depois do furacão que engolfou as bolsas, os investidores terão novas preocupações daqui para frente. A questão agora é analisar os efeitos da crise sobre os fundamentos das empresas. Setores como os de papel e celulose, ferro-gusa e construção civil já acusaram o golpe e terão efeitos drásticos nos lucros no ano que vem. A expectativa da indústria piorou em quase todos os setores, segundo pesquisa da CNI.
Chefes de análise consultados pela ValorInveste recomendam companhias com dívida baixa em dólar, resultados previsíveis e consistência em dividendos, principalmente nos setores de energia, telecomunicações e bancos. Um exemplo é a Cemig, cujas ações mostraram extraordinária resistência à volatilidade.
Aumentaram os perigos na administração financeira das empresas. A grande lição da crise é reavaliar os riscos - e não só na bolsa. Liquidez apertada, flutuações de juros e alavancagem afetam CDBs e fundos de investimento. (págs. 1 e ValorInveste)
Idéias
Cristiano Romero: problema das empresas exportadoras com derivativos cambiais ainda não terminou. (págs. 1 e A2)
Perdas com derivativos devem ser negociadas
Passado um mês do início da intensa busca de empresas por escritórios de advocacia na tentativa de encontrar uma solução para as perdas sofridas com a variação cambial em contratos de derivativos, a fraca movimentação no Poder Judiciário e os resultados desfavoráveis nas primeiras decisões indicam que o litígio pode não prosperar. Ainda que a Justiça tenha concedido algumas liminares, o desfecho de algumas das poucas ações que discutem as perdas com derivativos demonstra que a saída pode ser outra.
A Baumer, empresa do ramo médico-hospitalar do interior de São Paulo, desistiu da ação contra o Santander e resolveu pagar a dívida, mesmo amparada por liminar. Outras companhias, como a Vicunha, com perdas de R$ 232,5 milhões em contratos com o Merrill Lynch, tiveram seus processos extintos sem julgamento do mérito porque os contratos prevêem a solução do conflito por arbitragem.
Advogados afirmam que a melhor alternativa para as duas partes é a renegociação dos contratos com os bancos, diante de um cenário de escassez de crédito e de risco de não pagamento das dividas durante longos anos de litígio. (págs. 1 e E1)
Começam as demissões na cidade de Aracruz
O prejuízo causado pelas operações com derivativos da Aracruz Celulose pegou em cheio outra Aracruz, a cidade de 77 mil habitantes no norte do Espírito Santo, cujo nome, derivado do latim "ara crucis" (quer dizer altar da cruz), batizou a empresa. Com a suspensão de quase US$ 150 milhões em investimentos da companhia, prestadores de serviços começaram a dispensar seus
empregados.
O grupo Plantar, que faz o plantio e a manutenção das florestas da empresa, anunciou ao sindicato local que dispensará 750 dos cerca de mil empregados. No viveiro de mudas, a previsão é que sejam eliminados 400 dos cerca de 450 postos de trabalho. A prefeitura de Aracruz também decidiu rebaixar seu orçamento para R$ 240 milhões em 2009 - queda de 15% diante da expectativa de menor arrecadação com seu principal contribuinte. (págs. 1 e Bl)
Bernanke pode propor a adoção de metas de inflação para o Fed. (págs. 1 e A13)
Idéias
Martin Wolf: um “novo Bretton Woods” pode ser a última chance para uma economia mundial aberta e dinâmica. (págs. 1 e A15)
Idéias
Rosângela Bittar: prévias dividem mais do que unem os partidos. (págs. 1 e A10)
Saneamento básico
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que a expansão da coleta de esgotos no Brasil aumentou 5% entre 2006 e 2007. Mantido esse ritmo, o serviço seria universalizado em 38 anos. No levantamento anterior, entre 1992 e 2006, esse prazo seria de 115 anos. (págs. 1 e A6)
Ferrovia Norte-Sul
O governo espera leiloar o segundo trecho da Ferrovia Norte-Sul, entre Palmas (TO) e Estrela do Oeste (SP), nos primeiros meses de 2009, diz o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. O preço mínimo da outorga é de R$ 3,5 bilhões. (págs. 1 e B8)
Depósitos judiciais
O Conselho Nacional de Justiça decidiu ontem que os depósitos judiciais só podem ser mantidos em instituições oficiais. Com a decisão, as licitações realizadas pelos tribunais de Justiça do Rio e Minas, vencidas pelo Bradesco, foram anuladas. (págs. 1 e C1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Aracruz assume perdas e renegocia dívidas
A Aracruz finalmente liquidou a exposição em derivativos cambiais exóticos e apresentou a conta ao mercado, para dar fim aos contratos. A companhia assumirá uma perda de US$ 2,13 bilhões. Com base nas cotações atuais do dólar, trata-se de um valor superior ao patrimônio líquido da produtora de celulose e equivalente a um ano de receitas com as exportações.
O mercado reagiu bem ao anúncio e as ações da Aracruz registraram alta de 8,39% no pregão de ontem na BM&F Bovespa. Desde que anunciou que teria perdas com derivativos, os papéis acumulam baixa de quase 65%, ante uma queda de 22% do Ibovespa. Com uma exposição estimada em US$ 10 bilhões, parte do mercado calculava as possíveis perdas da empresa em até US$ 3 bilhões, o que acabou não se confirmando. A companhia não divulgou detalhes de como liquidou as operações.
Como não possui recursos suficientes em caixa para fazer frente à dívida, a Aracruz mantém as negociações com os bancos credores espera fechar as condições de reestruturação do endividamento até o fim deste mês. Na opinião de analistas que acompanham a empresa, não há motivos para comemorar, pelo menos até que haja um acordo definitivo. Para Pedro Galdi, da SLW Corretora, o fato de se livrar do peso da variação cambial não alivia a situação da companhia. "Mesmo que consiga um prazo longo de pagamento, a empresa permanecerá com uma estrutura de capital ruim." A renegociação da dívida não deve ser simples e dificilmente livrará a Aracruz de condições piores do que as que a empresa teria antes das perdas. (págs. 1 e B5)
Pregão
Ibovespa volta aos 40 mil pontos. (págs. 1 e B4)
Fertilizantes pesam na balança
De 2.184 áreas de minas em potencial onde se poderiam extrair matérias-primas para fertilizantes, apenas 41 são exploradas. Essa ociosidade superior a 98% pesa na balança comercial do País, que já desembolsou US$ 3 bilhões com importações neste ano. (págs. 1 e B11)
Comgás sente os efeitos da crise
A Comgás anunciou retração de 3,7% no consumo de gás natural industrial no terceiro trimestre de 2008, ante o mesmo período de 2007. A empresa diz que a crise financeira é a responsável pelo recuo. (págs. 1 e C7)
Real desvalorizado afeta aéreas
Se, por um lado, o recuo nos preços do petróleo elevaria os resultados trimestrais, por outro, a desvalorização do real poderá fazer com que os resultados das companhias aéreas não venham positivos. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Embraer confirma estudos com Airbus para novo jato
A apresentação ontem do balanço trimestral da Embraer - mesmo com prejuízo de R$ 48,4 milhões, resultado que não se via há 11 anos - ficou em segundo plano. Durante teleconferência, todos queriam saber sobre a parceria com a Airbus para desenvolver um avião de 250 lugares - informação antecipada com exclusividade pela Gazeta Mercantil. O vice-presidente financeiro da Embraer, Antônio Luiz Pizarro Manso, confirmou estudos conjuntos.
O presidente da Airbus, Thomas Enders, esteve ontem na Embraer discutindo a possibilidade de construir uma família de jatos entre 200 e 250 lugares de última geração, entre os modelos Airbus A 320 - de 107 a 196 assentos - e os modelos A 330 - de 253 a 335 passageiros. (págs. 1, C3 e C4)
Bancos nacionais devem avançar no exterior
A nova instituição financeira que surge com a fusão entre o Banco Itaú Holding Financeira e o Unibanco começa a planejar sua expansão internacional. O Itaú-Unibanco Holding deverá começar seu fortalecimento lá fora pela América Latina, onde o Itaú já tem presença no varejo argentino, uruguaio e chileno. A nova empresa, segundo seu presidente-executivo, Roberto Egydio Setubal, analisa ampliar a presença no Chile e estuda entrar na Colômbia e Peru.
Frente à expansão do novo banco, o mercado especula sobre as opções do Bradesco e do Banco do Brasil para retomarem suas posições no ranking. Uma alternativa seria a compra de uma instituição no exterior ou mesmo da operação local de um banco estrangeiro. (págs. 1, B2 e B3)
Análise
Klaus Kleber: Caso o Itaú-Unibanco obtenha, ao fim deste ano, um lucro líquido de R$ 11,5 bilhões, como previsto pela sua direção, pode alcançar o quinto maior lucro se colocado ao lado dos bancos dos Estados Unidos. (págs. 1 e B1)
JBS surpreende com lucro de R$ 694 milhões no trimestre
Depois de aproveitar o período de fartura de crédito para fazer aquisições de empresas deficitárias e tornar-se o maior frigorífico do mundo, a JBS S.A. surpreende com lucro líquido histórico de R$ 694 milhões no terceiro trimestre, ante o prejuízo de R$ 78,3 milhões em igual período de 2007. Parte desse resultado se deve à recuperação da eficiência das empresas no exterior e da variação cambial.
No trimestre, a JBS conseguiu avançar sua margem Ebitda ( que mede a eficiência na geração de caixa) para 6,1% ante os 4,1% do segundo trimestre. “Vamos continuar crescendo. Nos preparamos para ter oportunidades, não para ser uma”, afirmou o CEO Joesly Batista. (págs. 1 e B12)
Opinião
Augusto Nunes: Pela gastança com a Olimpíada que o Rio nem sabe se hospedará, a crise econômica não é sequer uma marolinha no Brasil esportivo. (págs. 1 e A10)
Opinião
Dario Menezes: O sucesso das transnacionais brasileiras depende da capacidade de maximizar ativos e de desenvolver novas competências. (págs. 1 e A3)
Opinião
Ana Maria Géia: O empresariado brasileiro tem olhos de navegador. Reconhece os sinais da tempestade, as rotas e os melhores instrumentos de navegação. (págs. 1 e A2)
Comunicação
Investimento global em propaganda somou US$ 563 bilhões em 2007. (págs. 1 e C1)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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