A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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sábado, março 28, 2009
EDITORIAL: ''ASPONE"
Autor(es): Frei Betto |
Correio Braziliense - 27/03/2009 |
Escritor, é autor de Calendário do Poder (Rocco), entre outros livros O Senado brasileiro acaba de extinguir 50 das suas 181 diretorias, das quais 70% criadas pelo senador José Sarney (PMDB-AM), ao presidir a Casa entre 2003 e 2005. Esse pequeno corte representa uma economia anual de R$ 4,8 milhões do dinheiro do contribuinte. E ao desembarcar, lá está outro serviçal para aguardá-lo à porta da aeronave, prestimoso em carregar-lhe a pasta, recolher as malas na esteira e encaminhá-lo ao veículo oficial solenemente estacionado em local vetado ao cidadão comum. Havia uma diretora do Gabinete de Coordenação e Execução (de quê?). Ingressou na Casa como telefonista e, graças à conivência de senadores, chegou à função de diretora. Entre alto salário e gratificações, permitia-se a ela estacionar, na garagem privativa do Senado, um reluzente BMW. Aliás, não era a única diretora do referido gabinete. Havia mais três! Entre as 50 secretarias extintas, figuravam três Secretarias Técnicas de Eletrônica e, ainda, uma Subsecretaria de Convergências Tecnológicas e uma Subsecretaria de Tecnologia da Informação. Fico a imaginar a que atividades se destinavam tais órgãos. Possivelmente a instalar e reparar equipamentos eletrônicos, como computadores. O que seria “convergência tecnológica”? A padronização de linguagens informáticas ou a sincronização de programas e planilhas? Chama a atenção que, dispondo de tanta tecnologia, o Senado ainda registre suas sessões por meio de taquigrafia. Não é tempo de gravar discursos e debates dos parlamentares em fitas magnéticas, vídeos e DVDs? Continuam em plena vigência as subsecretarias de Registro Taquigráfico, Redação Taquigráfica, Revisão Taquigráfica e Supervisão Taquigráfica. Por que não usar a estenotipia? Reza um antigo provérbio latino: “Senatores boni viri, senatus autem bestia” (Os senadores são boas pessoas, mas o Senado é uma besta). Na verdade, bestas somos nós, que nem sempre somos criteriosos ao eleger nossos políticos. É verdade que, entre os 81 senadores, há aqueles que primam pela ética, não se deixam picar pela mosca azul e até ousam denunciar que a corrupção grassa entre alguns de seus pares. Agora o Senado conta com 131 diretorias! Entre elas, a Secretaria da Polícia do Senado, e as subsecretarias de Polícia Ostensiva, de Proteção a Autoridades e de Polícia Judiciária. Verdadeiro Exército de Brancaleone! Essa policiada toda investiga, lá dentro, indícios de corrupção, abusos de autoridade, nepotismo e malversação? O mal do Senado é endêmico na máquina pública: a cultura do Ascone — Assessor de Coisa Nenhuma. Balança-se a árvore dos ministérios, das estatais, dos governos estaduais, das assembleias legislativas, das câmaras de vereadores e das prefeituras, e se constata que há uma legião de funcionários inteiramente dispensáveis, pessoas que ocupam funções inócuas criadas para acomodar apadrinhados de políticos. O político safado não tem o menor escrúpulo em cavar um emprego público para o cabo-eleitoral, o filho do correligionário, o afilhado da cunhada, a filha do financiador de campanha. E quando a imprensa cumpre o seu papel de fiscalizar como é gasto o dinheiro do povo, há senadores que, como disse Jesus, veem o cisco no olho alheio e não enxergam a trave no próprio, ou seja, acham que o exagero é da mídia, não de uma Casa parlamentar que se dá ao luxo de empregar aproximadamente 10 mil funcionários (3,4 mil concursados; 3,1 mil comissionados; e cerca de 3 mil terceirizados). O que representa 123,4 servidores para cada um dos 81 senadores. Tudo pago pelo contribuinte. O governo nos deve a reforma política. Enquanto não vier, a máquina pública continuará a servir de cabidão para amigos, parentes e aliados de políticos, e bandidos e corruptos disputarão mandatos políticos para gozarem de impunidade e imunidade. Numa República decente, os senadores seriam os primeiros a dispensar foro privilegiado, matricular os filhos em escolas públicas e recorrer ao SUS em caso de problemas de saúde. Os políticos jamais deveriam se sentir incomodados por prestar contas à opinião pública. É o dever deles. |
4 comentários:
Estenotipia? Ah, tá... Indique onde há cursos de formação de estenotipistas (já procurei e não achei), veja o custo dos equipamentos e dos profissionais e calcule se existe alguma vantagem em substituir a taquigrafia pela estenotipia.
Veja uma opinião no link abaixo:
http://www.temnoticia.com.br/noticia.asp?cod=7417
E procure no Google pelo infeliz artigo do sr. Nelson Motta condenando o uso da taquigrafia, assim como as respostas dadas a ele.
Caro Sr. Stênio! É muito difícil não deduzir que o senhor "legisla" em causa própria ou de "outrens". Meu blogue tem a finalidade única de chamar a atenção dos meus alunos (e ex-alunos) sobre as falcatruas cotidianas praticadas em nosso "País varonil" em nome da democracia. Nossas "casas de leis" (sic) se prestam bem a isso. É só atentarmos ("quem tem olhos de ver") ao noticiário diuturno. Eu sou professor universitário (como o sr. deve ter lido em meu perfil) em uma instituição pública (UEM), e também participo do Conselho de Ensino, Pesqusa e Extensão e em outras esferas decisórias nas quais ATAS são lavradas sem o auxílio de TAQUÍGRAFAS/ESTENÓGRAFAS. E sem "diretorias" para isto. Simples, não!!!
Esteja a vontade para a réplica ou tréplica.
Att.
Prof. Medeiros.
N.B.: Em meu blogue se pratica a DEMOCRACIA e não o FISIOLOGISMO.
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Caro professor, eu não "legislo" em causa própria, e pode estar certo de que não aprovo quem o faz.
Na verdade confesso que eu mesmo, qual Nelson Motta, julgava a taquigrafia como sendo uma técnica obsoleta.
Quando voltei a me interessar pelo assunto, descobri meu engano - a técnica está viva e passa bem, obrigado.
O único defeito dela é exatamente esse preconceito dos que a consideram obsoleta.
Atualmente sou apenas um estudante de taquigrafia, que reconhece seu valor.
Contudo, reparei que o sr. não analisou a questão da sobrevivência da taquigrafia, nem as respostas dadas ao artigo do sr. Nelson Motta - um profundo desconhecedor da utilidade da taquigrafia, técnica que ainda existe por bons motivos. É natural que seja assim: cada qual pensa por si, e opina sem ter um bom conhecimento do assunto. Eu, repito, já pensei assim. Percebo que talvez o sr. não tenha parado para refletir, mas certamente as exigências para lavrar suas atas são muito inferiores às das nossas "casas de leis". E também são inferiores às de muitas empresas particulares, pois se o sr. se der ao trabalho de pesquisar, observará que existem empresas privadas contratando taquígrafos para registrarem o que é falado em eventos, e remunerando-os muito bem - sugiro uma rápida visita ao site www.cbtonline.com.br para que o senhor se informe (um pouco) sobre o assunto. O que esse pessoal está fazendo? Queimando dinheiro?
Finalmente, para conhecer uma opinião mais abrangente sobre quem realmente entende do assunto, e não apenas a de um estudante, sugiro uma lida no artigo em http://www.temnoticia.com.br/noticia.asp?cod=7647
Sr. Stênio,
boa noite!
Espero, sinceramente, que o senhor tenha sucesso em seu Curso. Há momentos que os argumentos se esvaem e os contrargumentos podem exceder o plano da boa convivência e dialógo, ainda que virtual.
Fiquemos por aqui, não por falta de argumentos. Apenas pelo bom senso.
Att.
Prof. Medeiros.
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