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sábado, março 21, 2009
EDITORIAL: É MUITO CACIQUE PARA POUCO ÍNDIO...
Autor(es): Leandro Colon | ||||
Correio Braziliense - 20/03/2009 | ||||
Uma ampla reforma foi feita entre 2007 e 2008 para acomodar toda essa diretoria. Mas nem isso foi suficiente. Ontem a reportagem esteve numa sala em um corredor distante da Secretaria-Geral. No local, um amontoado de mesas e cadeiras, três diretores dividem o mesmo espaço. Um para cuidar do expediente do plenário, outro para chefiar a Subsecretaria de Elaboração de Autógrafos e Redação Oficial e um servidor que comanda a pasta denominada “Publicações Oficiais”. Diretor dos autógrafos, Francisco Ribeiro tem uma equipe de dois subordinados pela manhã e outros dois à tarde. Preferiu não dar declarações. “É melhor a Cláudia Lira falar”, disse. A Secretaria de Ata, que faz parte do mesmo conglomerado, também não conseguiu abrigo na sala principal da Secretaria-Geral. Num mesmo ambiente, por exemplo, trabalham, sem qualquer separação física, a pasta responsável pela ata, e os diretores de Redação do Expediente e de Redação da Ordem do Dia. Em 29 de janeiro, o Correio mostrou ainda que um metro separa as placas de identificação da Secretaria de Coordenação Legislativa e da Subsecretaria de Administração. Não é possível visualizar onde termina uma e começa a outra. Considerada uma das pessoas mais poderosas do Senado, Cláudia Lira evitou comentar a megaestrutura que tem para trabalhar. “Não vou me manifestar, vou discutir isso com a Diretoria-Geral”, afirmou ontem, sem saber se sua pasta será atingida pelo corte anunciado ontem pelo primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).
A farra dos diretores do Senado não se resume à Secretaria-Geral. Em 2005, um ato da Mesa Diretora deu origem à famosa “diretoria de DVD”, que, oficialmente, recebe o nome de “Subsecretaria de Conversão Digital dos Acervos Audiovisuais”. O órgão, que digitaliza arquivos, é subordinado à Secretaria Técnica Eletrônica, que ganhou esse status há quatro anos para dar origem a duas subs. Na maioria dos casos, os servidores indicados para comandar essas pastas são analistas legislativos com salários que beiram os R$ 12,2 mil. Somando o adicional por chefia, a remuneração desses funcionários chega a R$ 15 mil por mês, um valor que pode ser ultrapassado e subir a R$ 24,5 mil, teto do funcionalismo público, dependendo do histórico do servidor público. ----------------- |
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