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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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sexta-feira, abril 03, 2009

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

03 de abril de 2009

O Globo

Manchete: Líderes anunciam cerco global a paraísos fiscais

G-20 surpreende e promete novo sistema financeiro sem sigilo bancário

Reunidos em Londres, os líderes do G-20 lançaram as bases para uma nova arquitetura financeira mundial que prevê cerco a paraísos fiscais. Agora, Suíça, Bermudas e Luxemburgo, por exemplo, serão obrigados a informar suas movimentações financeiras.

O documento final diz que "a era do segredo bancário acabou", mas quatro países, entre eles o Uruguai, não aderiram ao acordo. Foi criado um grupo para garantir a estabilidade financeira internacional, composto por G-20, Espanha e Comissão Europeia. Do total de US$ 1,1 trilhão para restabelecer o crédito global, US$ 750 bilhões irão capitalizar o Fundo Monetário Internacional.

A parte do Brasil nesse rateio ainda não é conhecida "Você não acha chique emprestar dinheiro para o FMI? E eu que passei parte da minha juventude carregando faixa em São Paulo ‘Fora FMI!'?, brincou o presidente Lula. (págs.1, 19 a 21, Merval Pereira e Míriam Leitão)

"Esse é o cara"

Para Obama, presidente brasileiro é o político mais popular do planeta

O presidente Lula virou o centro das atenções na cúpula do G-20. Num momento de descontração, numa roda de líderes, o presidente americano Barack Obama disse que Lula era o político mais popular do planeta. E resumiu: "Esse é o cara, adoro esse cara." Em Inglês, a expressão foi "my man", cumprimento de rua das comunidades negras dos EUA. O G-20 também testou Obama como estadista: além - de catapultar Lula ao estrelato planetário, seduziu líderes como o socialista espanhol Zapatero e o direitista italiano Berlusconi. (págs. 1, 19 e 25)

Foto legenda: Barack Obama aponta para Lula numa roda de líderes do G-20: presidente americano chamou o colega brasileiro de “boa-pinta”

Foto legenda

Nova era: A rainha Elizabeth II e Michelle Obama trocam o protocolo pelo abraço, num gesto sem precedentes. (págs. 1 e 25)

Charge Chico

- Calma, Fernando Henrique, já passou...

Galeão já perde voos para o S. Dumont

O Aeroporto Tom Jobim (Galeão) já está perdendo voos para o Santos Dumont. A Gol, que tem 76 voos no Galeão, vai transferir 16. A Webjet está transferindo três, dos seis que tem hoje no Tom Jobim para Brasília. A TAM pediu autorização para operar 34 voos a partir do Santos Dumont, mas não informou quantos viriam do Tom Jobim. (págs. 1 e 24)

PAC adota no Rio tecnologia à prova de bala

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Complexo de Manguinhos adotou tecnologia que prevê casas com paredes à prova de balas. O material será testado em uma construção nas próximas semanas. (págs. 1 e 12)

Tasso acha legal pagar jatinho com verba oficial

Da verba do Senado destinada a passagens aéreas, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) gastou R$ 469 mil para fretar jatinhos. Para ele, não há ilegalidade. Outros três senadores fizeram o mesmo. (págs. 1 e 8)

Bancada dos 'brazucas' gera polêmica

A aprovação da emenda criando a bancada dos deputados que vivem na exterior gerou polêmica no Congresso. Senadores já admitem recuar. Para especialistas, aldeia não elimina a distorção no tamanho das bancadas. (págs. 1, 3 e editorial "Tarefa verdadeira")

SC: lei ajuda desatre ambiental

Especialistas alertam que o novo código ambiental de Santa Catarina facilita a ocorrência de tragédias como as enchentes de 2008. A lei reduz o limite de matas ribeirinhas, que ajudam a evitar inundações e deslizamentos. (págs. 1 e 28)

Editorial: Tarefa verdadeira

Seria apenas bizarro se já não tivesse sido aprovado em primeiro turno o projeto de emenda constitucional do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) de criação de uma bancada de quatro a sete deputados a serem eleitos por brasileiros residentes no exterior — como se houvesse problema de sub-representação no parlamento brasileiro. Ao contrário, os 513 deputados são um número excessivo, e os gastos com o custeio do Congresso se tornaram gigantescos. Com esta “legião estrangeira”, aumentarão.

No Senado, são 10 mil funcionários para 81 parlamentares, ao custo de R$ 2,3 bilhões. Entre eles, 181 diretores — vários destituídos depois da revelação da excrescência. (págs. 1 e 6)

Opinião: Merval Pereira: Bem na foto

Gostaria muito de saber o que o presidente Lula disse ao presidente dos Estados Unidos, Baraeck Obama, na seqüência da conversa que tiveram ontem em Londres, quando Obama disse que ele era "o cara" e definiu Lula como "o político mais popular da Terra". A linguagem corporal de Lula foi de modéstia. Balançou a cabeça, ficou limpando os óculos, parou um pouco para pensar, como se quisesse entender as reais implicações daqueles comentários. Afinal, Lula sabe como ninguém que é o próprio Obama o "político mais popular da Terra". Em seguida, puxou literalmente Obama pela manga do terno e disse alguma coisa para ele, como se estivesse relatando alguma experiência pessoal sobre políticos populares. (págs. 1 e 4)

Opinião: Miriam Leitão: Consenso de Londres

A reunião do G-20 foi melhor que o esperado.

Foram tomadas decisões fortes e na direção correta.

Foi testada, com êxito, a liderança do presidente Barack Obama. O primeiro-ministro Gordon Brown brilhou, apesar das divisões da Europa. Os países emergentes foram ouvidos e influenciaram. Os paraísos fiscais vão acabar. O tom do comunicado é grave como a crise que abala o mundo.

O trilhão de dólares em pacotes de dinheiro para o FMI, para financiar o comércio e para o socorro aos países pobres é fundamental, mas não diz tudo. O sentimento de urgência e os sinais de mudança estão espalhados em vários detalhes da reunião e do seu resultado. (págs. 1 e 20)

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Folha de S. Paulo


Manchete: G20 tenta limitar paraísos fiscais

Medida visa proteger o sistema financeiro internacional; reforço de órgãos multilaterais anima mercados

Os governos do G20, as principais economias do planeta, anunciaram o combate aos paraísos fiscais como uma das medidas de regulação do sistema financeiro internacional para ajudar a conter a crise global.

O G20 se disse pronto a adotar sanções "para proteger nossas finanças públicas e sistemas financeiros".

Em meio a um comunicado final essencialmente técnico, os líderes do grupo fizeram uma proclamação política forte: "A era do segredo bancário acabou". (págs. 1 e Dinheiro Leia coluna de Vinicius T. Freire na pág. B4)

Foto legenda

Gente como a gente - O presidente Lula e seu colega dos EUA, Barack Obama (à dir.), conversam durante a reunião do G20 em Londres; Obama chamou o brasileiro de 'meu chapa' ('my man'), e Lula afirmou que, se o americano fosse visto na Bahia, seria tomado por baiano (págs. 1 e B5)


Justiça dá à PF acesso geral a ligações

A Justiça autorizou acesso geral da Polícia Federal às chamadas e ao cadastro de clientes de oito teles no início da Operação Castelo de Areia, informam Hudson Corrêa e Leonardo Souza.

A operação, que começou em 2008, resultou na prisão de diretores da Camargo Corrêa no fim do mês passado. As teles são Embratel, Vésper, Vivo, Nextel, Telefônica, TIM, Claro e Oi.

A autorização não incluiu ouvir e gravar conversas. Mas, como as senhas cedidas pelas empresas não têm restrição de uso, em tese a PF poderia mapear as ligações de qualquer pessoa. (págs. 1 e A4)

Cúpula produziu números altos para manchetes

Números apresentados numa cúpula precisam ser examinados com atenção. Como é que aquele total de US$ 1,1 trilhão foi obtido?

O dinheiro novo fica abaixo de US$ 100 bilhões, e a maioria das medidas já estava em curso. Produzir números altos para manchetes parece ter sido o principal resultado da reunião. (págs. 1 e B5)

Tasso diz que foi transparente ao fretar jatos com verba do Senado

Em discurso de quase três horas da tribuna do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que agiu de maneira "transparente" ao fretar jatinhos com sobras de sua cota de passagens aéreas e que isso é comum entre os parlamentares. Prometeu devolver em dobro os gastos com aviões caso sejam identificadas irregularidades. (págs. 1 e A8)

Redução do IPI pode ser estendida até dezembro

O presidente Lula estuda prorrogar novamente, até o final do ano, a redução do IPI para compra de veículos, na tentativa de conseguir algum crescimento econômico em 2009, informa Kennedy Alenear. No primeiro trimestre, graças em parte à medida, as vendas de veículos registraram seu maior resultado para o período.

Lula almeja uma alta do PIB de 2% este ano. Auxiliares falam em taxa entre 1% e 2%, caso a economia reagiu positivamente a partir do segundo semestre.

O governo não assumirá a possibilidade de estender a redução até tomar uma decisão e até o vencimento da prorrogação atual, no fim de junho. (págs. 1 e B8)

Pena para dona da Daslu é "pouco", afirma secretário

O secretário da Fazenda paulista, Mauro Ricardo Costa, disse achar "pouco" a condenação em primeira instância de Eliana Tranchesi, dona da Daslu, a mais de 94 anos de prisão. Para ele, quem sonega "deveria ser pregado na cruz". (págs. 1 e B7)

Conselho limita temporários a 10% no ensino público

O Conselho Nacional de Educação aprovou limite de 10% para o total de professores temporários nas redes públicas de ensino. Pela regra, quando o teto for superado, terá de haver concurso. Em SP, 44% dos professares são temporários. (págs. 1 e C4)

Trem-bala Rio-SP deverá ter ao menos 8 estações, aponta estudo

Com paradas em São Paulo, Guarulhos, Campinas e São José, projeto inglês estimado em RS$ 1l bilhões prevê transportar até 10 milhões por ano. (págs. 1 e C6)


Editorial: Castelo de areia

Cronicamente suspeita, teia de relações entre empreiteiras e políticos demanda controles mais eficazes e transparentes

O nome da última operação da Polícia Federal - Castelo de Areia - talvez involuntariamente sugira à opinião pública o que se pode esperar de seu futuro assim que recuar a vaga de escândalo mobilizada nestes dias.

Líderes oposicionistas protestam diante do que consideraram uma evidente manipulação partidária no vazamento das informações relativas ao caso.

A suspeita de que senadores do DEM e do PSDB teriam se beneficiado de doações ilegais da empreiteira Camargo Corrêa foi divulgada sem comprovação. Não teve outro efeito a não ser a pronta exibição, pelos acusados, de recibos que atestariam a regularidade da contribuição.

A oposição estranha, além disso, o fato de que o PT terminou excluído da lista original dos partidos supostamente contemplados com donativos ilegais. (págs. 1 e A2)

Editorial: Outra lei draconiana

Avança na Assembleia Legislativa de São Paulo o projeto que bane o fumo nos locais fechados com acesso público. Após uma rodada de debates, a proposta que o governo paulista formulou em agosto tende a ser aprovada, intacta, na sessão da próxima terça.
O projeto admite três exceções: tabacarias -estabelecimentos "específica e exclusivamente destinados ao consumo no próprio local" de cigarros e outros produtos do gênero -, lugares de culto religioso e clínicas especializadas. Fora daí, o tabagismo em solo paulista seria permitido apenas em locais públicos abertos e nos domicílios.

A restrição crescente ao cigarro é uma tendência universal. Os males do tabaco para a saúde pública - e o transtorno que acarreta para a maioria, cada vez mais numerosa, de não fumantes - justificam o processo restritivo. (págs. 1 e A2)

Opinião: L. C. Mendonça de Barros: Resultado foi bom, e fala de Obama é um divisor de águas

Embora até as pedras saibam que, em encontros como o do G20 em Londres, as decisões já foram tomadas nos níveis técnicos, o resultado final animou a todos.

A afirmação do presidente Obama de que o mundo não deve contar mais com à excesso de consumo nos EUA para crescer é um divisor de águas. Ele evidencia a necessidade de revisão profunda das regras atuais. (págs. 1 e B2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: G-20 promete controle mais rígido dos mercados

Líderes acertam também injeção de recursos e estímulo ao comércio

A cúpula do G-20 comprometeu-se a tentar superar a crise global até o fim de 2010. Os dirigentes confirmaram a injeção de US$ 1,1 trilhão no FMI e em bancos de desenvolvimento. Eles concordaram em aprimorar a regulamentação do sistema financeiro, obrigar os paraísos fiscais a abrir informações, evitar protecionismo e elevar a ajuda a países pobres. O comunicado reafirma, ainda, a promessa de reformar o FMI para abrir espaço a emergentes, como o Brasil - que possivelmente emprestará recursos ao Fundo. Os resultados foram bem recebidos no mercado - a Bovespa subiu 4,19%. (págs. 1 e B1 a B7)

De Obama, sobre Lula: 'É o cara'

Antes da sessão plenária do G-20, Lula puxa Obama pela mão depois que o presidente americano o cumprimentou dizendo: "Esse é o cara". Em seguida, ainda falando de modo jovial para os demais presentes na roda, Obama afirmou: "Eu adoro esse cara. É o político mais popular do mundo", o brasileiro sorriu, e o americano emendou: "É porque ele é boa-pinta". (págs. 1 e B5)

Receita diz que é difícil cortar mais impostos

Depois da perda de R$ 20 bilhões com as desonerações praticadas pelo governo nos últimos meses e ante as dificuldades na arrecadação de impostos por causa da desaceleração da economia, a secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, avisa que a margem para novos cortes de tributos este ano está "apertada". “Pode chegar um momento em que nós não vamos ter mais espaço para desonerações", afirmou. (págs. 1 e B10)

Planalto pode autorizar prefeitos a elevar dívidas

Prefeituras com problema de caixa por causa da queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios poderão receber autorização para elevar o endividamento, mas só para investir. O governo admite, no entanto, que a saída não é solução para todos os prefeitos. (págs. 1 e A4)

Editorial: O calote dos precatórios

Empilhem-se os maiores escândalos da safra deste começo de ano no Congresso Nacional. O do deputado-corregedor que escondia ser dono de um castelo de R$ 25 milhões e transferia dinheiro da Câmara para suas próprias firmas; o do diretor-geral da Casa que omitiu residir numa mansão em Brasília; o dos R$ 6,2 milhões pagos a 3.800 funcionários por horas extras em pleno recesso parlamentar; o da legião de diretores, secretários e subsecretários de quase nada ou coisa nenhuma; o da farra com as passagens aéreas compradas com verba oficial; o do envio de servidores a dois Estados para campanha política e proteção de propriedades do presidente do Senado? Pois bem: a pilha será pequena perto da escandalosa legislação que instituirá, para todos os efeitos práticos, o calote das dívidas atrasadas de Estados e municípios com empresas e pessoas físicas, decorrentes de sentenças judiciais definitivas - os malfadados precatórios. (págs. A3)

Notas & Informações: G-20 superou a expectativa

Um pacote de US$ 1,1 trilhão para ajudar os países mais afetados pela crise e para financiar o comércio internacional foi a decisão mais importante da reunião de chefes de governo do Grupo dos 20 (G-20), formado pelas maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento. Com esse dinheiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e outras instituições multilaterais poderão combater a recessão nos países emergentes, atenuar os problemas sociais nos mais pobres e facilitar as exportações, um dos principais motores da economia global.

Visando a obter resultados a curto prazo, os chefes de governo também se comprometeram a continuar tomando medidas para estimular a atividade em seus países e para garantir a solidez das instituições financeiras mais importantes para a segurança do mercado. Ninguém assumiu, no entanto, compromissos específicos quanto a novos estímulos fiscais, por meios de cortes de impostos ou de aumento de gastos. (págs. 1 e A3)

Artigo: Simon Jenkins: Crise exige retórica mais consistente

Palavras, palavras, palavras. O comunicado do G-20 não transmite substância porque há pouca, mas as palavras precisam restaurar a confiança no poder. (págs. 1 e B4)

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Jornal do Brasil


Manchete: Enfim, otimismo

G-20 vai combater paraísos fiscais e regular mais o sistema financeiro

O documento final da reunião de cúpula do G-20 deu contornos práticos e animadores à saída imaginada pelos líderes mundiais para escapar da crise econômica global. Além de um pacote que pode chegar a US$ 5 trilhões até o fim do ano que vem, decidiu-se fechar o cerco a paraísos fiscais, ampliar a regulação do sistema financeiro, estimular a redução do consumo de carbono, criar "empregos verdes" e reabrir a Rodada Doha para negociações sobre o comércio internacional. O ânimo foi geral - dos líderes presentes no encontro, dos analistas e das bolsas de valores. (págs. 1, Tema do dia A2 a A4)

Obama para Lula: "Esse é o cara"
O presidente Lula foi paparicado ontem em Londres. Ao encontrá-lo, Barack Obama disse que o brasileiro "é o cara", "o político mais popular do planeta". E emendou: "Adoro este cara". Mais tarde, Lula retribuiu o elogio, dizendo que Obama parece um brasileiro: "Se você encontra Obama no Rio, pensa que ele é carioca. Se encontra na Bahia, pensa que é baiano". (págs. 1 e A3)

Foto legenda: Mimo – Obama aponta para Lula: “É porque ele é boa pinta”

Tarso Genro e diretor da PF explicam-se no Senado

O ministro da Justiça, Tarso Genro, e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, explicaria, no Senado, porque a Operação Castelo de Areia omitiu partidos do governo que receberam contribuições da Camargo Corrêa. (págs. 1 e A10)

Coreia do Norte ameaça revidar ação antimíssil

Logo após começar a abastecer o foguete que planeja lançar nos próximos dias, o alto comando militar da Coreia do Norte voltou a ameaçar militarmente qualquer tentativa internacional de interromper o trajeto de seu míssil. Lideres do regime comunista ordenaram o envio de um esquadrão de caças para urna base aérea. (págs. 1 e Internacional A21)

Foto legenda

Programação audiovisual do Ano da França no Brasil vai contar com 350 títulos, entre longas e curtas. (págs. 1 e B4)

Editorial: Educação pública em recuperação

O resultado do Provão aplicado em meados de março junto aos alunos da rede municipal de ensino do Rio põe às claras uma triste realidade: a educação pública brasileira está a quilômetros de distância do ideal e ainda muito aquém do nível mínimo de que uma sociedade precisa para alcançar seu pleno desenvolvimento. Dos 511 mil alunos avaliados, 109 mil precisam fazer aulas de reforço em português e 205 mil (ou seja, metade dos alunos que fizeram a prova) necessitam de apoio em matemática. A Secretaria Municipal de Educação já providenciou as aulas extras. Mas tanto alunos quanto professores sabem que o esforço para recuperar o tempo perdido é apenas parte da solução.

Além das provas de avaliação de conhecimento de português e matemática, a secretaria também avaliou, em outro teste, a capacidade de leitura dos alunos do 4º ao 6º ano do Ensino Fundamental. Outra vez, a precariedade da educação pública ficou patente. Dos 211.105 que fizeram a prova, 28.879 foram considerados analfabetos funcionais. (pág. A8)

Sociedade aberta: Jonathan Portas: Os resultados da reunião

A cúpula de Londres aconteceu em um período em que o mundo confronta a pior crise econômica desde a Segunda Guerra. Os líderes dos países do G-20, juntamente com as principais instituições intemacionais, encararam uma gama sem precedentes de desafios evitar um declínio ainda mais severo e restaurar o crescimento no curto prazo enquanto, ao mesmo tempo, buscam reformular o sistema financeiro, preservar o comércio global e construir as fundações de uma recuperação sustentável.

A coisa mais importante que os líderes podiam fazer para restaurar a confiança econômica e, assim, repelir o risco de uma recessão mais séria, era deixar claro que farão o que for preciso para restaurar o crescimento. A questão não era anunciar mais pacotes de estímulo fiscal, ao contrário do que disseram comentários da imprensa. A questão era certificar que ações já tornadas quanto a políticas fiscais, monetárias e consertos no sistema financeiro sejam implementadas rápida e efetivamente, onde apropriadas, de um jeito internacionalmente coordenado e traduzido em demanda real. (págs. 1 e A4)

Sociedade aberta: Eduardo Felipe Matias: Consenso obtido

A primeira questão importante sobre o encontro do G-20 é se a reunião atendeu às expectativas. Quando estamos falando de uma reunião desse tipo, que dura apenas um dia, não se pode esperar muito mais que uma declaração de intenções sobre pontos previamente negociados. Foi o que aconteceu.

A expectativa de alguns, de que o encontro representasse um novo Breton Woods, realmente era falsa. Não era certo esperar por isso até porque as conferências de Breton Woods duraram diversas semanas, após longa preparação. Então, o que se esperava de fato do G-20 não eram medidas práticas, e sim um consenso sobre o rumo a ser tomado. E isso foi obtido. (pág. 2)

Sociedade aberta: José Sarney: O amigo e o democrata

Sou tomado nesse momento por um duplo sentimento de perda: a do amigo e a do homem de Estado. Raúl Alfonsín foi, sem dúvida, uma das maiores figuras humanas que conheci, e foi também o homem que abriu, com sua coragem, a integração latino-americana.

Tudo que fizemos para inverter o processo histórico de hostilidade entre Brasil e Argentina, transformando-o num processo de integração, não teria sido possível sem Alfonsín. Ele tinha a visão continental, a firmeza de convicção e a grandeza política para dar os passos decisivos.

Ele havia assumido a Presidência da Argentina pouco antes de o destino me colocar na Presidência do Brasil. (págs. 1 e A9)

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Correio Braziliense


Manchete: US$ 6 tri o mundo volta a sorrir

O grupo dos 20 países mais ricos do mundo resolveu agir em conjunto para debelar a crise financeira. Ao fim da reunião de cúpula, anunciou um plano para pôr rédeas nos paraísos fiscais, a injeção de US$ 1 trilhão no FMI, para socorrer as economias mais pobres, e um ambicioso pacote de US$ 5 trilhões em cortes de impostos e gastos públicos para reativar o consumo. Lula gostou. “É chique o Brasil emprestar ao FMI”, divertiu-se. (págs. 1, 12 a 14)

Crise sem fim: Dossiê dos telefones derruba diretor do Senado

Responsável pela Secretaria de Telecomunicações, Carlos Roberto Muniz foi exonerado do cargo pelo primeiro-secretário Heráclito Fortes (DEM-PI). Motivo: o assessor fez um levantamento detalhado das contas telefônicas dos aparelhos funcionais de cada um dos 81 senadores, inclusive do próprio Heráclito. (págs. 1 e 3)

Concurso pm briga pelo diploma

Associação de Oficiais da Polícia Militar entra na Justiça para manter exigência de nível superior em concurso. (págs. 1 e 15)

Editorial: Precatórios: calote, não!

Já aprovada no senado, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) número 12/2006, que institui o regime especial de pagamento de precatórios, se encontra em processo de deliberação final na Câmara dos Deputados. Trata-se de iniciativa correspondente a conceder à União, Distrito Federal e Municípios franquias atentatórias, direitos inalienáveis de cidadãos e empresas. Conforme a redação dada ao artigo 95 do Ato das Disposições Constitucionais transitórias (ADCT), fixam-se em percentuais mínimos os recursos que deverão ser reservados pelo poder público para honrar dívidas reconhecidas pela Justiça. (págs. 1 e 18)

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Valor Econômico


Manchete: BC prepara nova rodada de liberalização cambial

O Banco Central vai dar novos e importantes passos para liberalizar o câmbio. Os estudos, agora, apontam para mudanças na Lei n" 4.131, aprovada em 1962, no governo de João Goulart, e que disciplina o ingresso de capitais estrangeiros no país. O objetivo é eliminar as amarras que dificultam a internacionalização de bancos e empresas brasileiras.

Um dos problemas a ser resolvido é a proibição do uso de recursos captados pelos bancos no mercado local, a chamada "poupança doméstica", para conceder financiamentos a empresas que operam em outros países. Os bancos não podem conceder diretamente a partir do Brasil empréstimos para filiais de empresas no exterior. As instituições driblam a proibição usando caminhos alternativos. Um deles é a concessão de financiamentos por meio de suas subsidiárias lá fora. Na visão do governo, isso impõe custos desnecessários à transação. (págs. 1 e Cl)

G-20 traz otimismo e Brasil promete medidas

Houve momentos de grande tensão nas discussões fechadas dos líderes do G-20, ontem, em Londres. O Valor apurou que o maior confronto envolveu França, Reino Unido e China sobre os paraísos fiscais. A França queria criar uma lista dos paraísos que não respeitarem as regras que põem fim ao segredo bancário. A China tentava proteger Hong Kong e Macau. A divergência levou o presidente americano, Barack Obama, a se levantar e chamar os chefes de Estado de França, China e Reino Unido para um canto da sala e tentar um compromisso, que afinal deu certa vantagem à França.

Apesar desse confronto, o resultado da reunião foi saudado ontem pelos mercados, com alta das bolsas e até do petróleo. Como antecipou a imprensa brasileira, os líderes aprovaram um pacote de US$ 1,1 trilhão para restaurar o crédito, crescimento e empregos na economia mundial. O grupo diz esperar crescimento global acima de 2% até o fim de 2010, com gastos acumulados de US$ 5 trilhões. Além de estímulo fiscal, o grupo vai manter as ações dos bancos centrais para reduzir juros, usando inclusive instrumentos "não convencionais". (págs. 1 e Al2)

Foto legenda: O presidente americano Barack Obama fala à imprensa no Excel Center, em Londres: mensagem de otimismo depois de reunião tensa com líderes

Dinheiro prometido por líderes ainda é incerto

A maior parte do dinheiro que o G-20 prometeu para combater a crise não existe e uma parcela significativa só vai se materializar se Barack Obama conseguir o apoio do Congresso americano.Os líderes assumiram o compromisso de arranjar US$ 7S0 bilhões para o M. Um terço está mais ou menos garantido, do Japão, União Europeia e atina. O resto parecia incerto ontem, especialmente US$ 250 bilhões que viriam da emissão de Direitos Especiais de Saque (DF5), a moeda do FMI.

O Fundo pode emitir DES sem lastro, usados em transações entre governos para acertos de dívidas e outros compromissos. Mas qualquer país pode trocar seus DES por dólares, euros, ou ienes. t o que a maioria dos países emergentes fez. O problema é que existe um custo para trocar DES e, na prática, a conta acaba quase sempre com o Tesouro americano. (págs. 1 e Al3)

Corte drástico na produção de alumínio

A crise econômica mundial e a drástica queda nos preços das commodities atingiram com força as unidades de produção de alumínio no Brasil, principalmente na Região Sudeste. A cotação do metal recuou de mais de US$ 3 mil a tonelada há um ano para a faixa de US$ 1,4 mil na Bolsa de Londres. A Valesul, controlada pela Vale do Rio Doce, paralisou suas linhas em Santa Cruz (RJ). A Alcoa reduzirá em um terço a produção na unidade de Poços de Caldas (MG) e a Novelis, do grupo indiano Hindalco, vai desativar em maio sua unidade de alumina em Ouro Preto (MG). (págs. 1 e B1)

Com crise e sem Aracruz, só resta o comércio a Valadares

A suspensão de um projeto de RS 5 bilhões da Aracruz, para a produção de eucaliptos, encurralou a cidade mineira de Governador Valadares. Com 260 mil habitantes e polo de uma região de 15 municípios, Valadares está sem vocação econômica para sustentar o forte comércio local, que conta com representantes das principais redes varejistas, um shopping center e dois hipermercados entre 5,5 mil estabelecimentos comerciais, que respondem por 80% da economia.

Sem indústrias, Valadares é só consumo. A industrialização do eucalipto iria substituir outro ciclo extrativista esgota do na história da cidade: o do dólar. A crise e o endurecimento do governo Bush praticamente interromperam o fluxo de imigrantes nos últimos anos. (págs. 1 e Al6)

Ediouro tem caixa e busca novas áreas

A Ediouro, uma das maiores editoras do país, investe em novos negócios e estuda fazer mais aquisições, seguindo a estratégia adotada nos últimos seis anos e que levou a empresa a um faturamento de R$ 241 milhões em 2008.

O diretor-geral, Luiz Fernando Pedroso, não prevê crescimento nas vendas de livros neste ano. "Se empatar, estará ótimo", diz. Ele pretende criar um canal de TV na internet para divulgar o conteúdo dos livros, fortalecer a área de revistas e estrear nos mercados de livros didáticos e técnico-científicos, O investimento previsto para este ano, a ser feito com recursos próprios, é de RS 30 milhões. (págs. 1 e B4)

Ditadura via múltis com desconfiança

Atas das reuniões do Conselho de Segurança Nacional revelam que empresários e grupos econômicos estrangeiros foram foco de preocupação do governo militar. Numa tensa reunião, em dezembro de 1964, membros do regime criticaram projeto de abrir a exploração minecal e a concessão de portos à iniciativa - privada estrangeira, Pery Constant Beviláqua, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa), considerava a proposta uma ameaça aos interesses nacionais e atacou a americana Hanna Mining, que disputaria mercado com a estatal Vale do Rio Doce. O ministro Roberto Campos defendia a livre iniciativa e destacava que o país ficaria para trás na produção mundial de minério sem investimentos estrangeiros. (págs. 1 e Eu& Fim de Semana)

Odebrecht reabre o mercado com eurobônus de US$ 200 milhões (págs. 1 e C1)


Portugal Telecom muda direção e Wine, da PT Brasil, ganha função executiva na matriz (págs. 1 e B3)


Perdas na exportação

Desde o agravamento da crise internacional, em setembro de 2008, a queda nos preços das commodities metálicas e agrícolas fez as exportações brasileiras perderem US$ 12,7 bilhões até fevereiro, segundo estimativas da Funcex. (págs. 1 e A3)

Balança argentina

Pela primeira vez em cinco anos, no mês passado a Argentina voltou a ter superávit no comércio exterior com o Brasil, como resultado do aumento de suas exportações e de barreiras a produtos brasileiros. Agora, a preocupação da indústria argentina volta-se para a China. (págs. 1 e A4)

Barry Callebaut no Brad

A suíça Barry Callebaut, maior fabricante de chocolate bruto para a indústria no mundo, deve começar a produzir no Brasil até o fim do ano. A empresa vai investir U5$ 12 milhões na construção de sua primeira fábrica no país. A distribuição será feita pela Bunge. (págs. 1 e B4)

Venda da Medley

A venda do controle da Medley, maior fabricante brasileira de genéricos, para a francesa Sanofi-Aventis deve ser fechada na próxima semana. O negócio deve superar R$ 1 bilhão, incluindo dívidas. (págs. 1 e B6)

Cálculo de intangíveis

Até o fim do primeiro semestre, o BNDES passará a incluir o valor de bens intangíveis - marca, capacidade estratégica, governança, processos internos, design, concorrência etc. - na análise de risco das empresas financiadas. (págs. 1 e D1)

Editorial: Diretores, extras, jatinhos e o farto clube dos senadores

Se o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, qualifica as relações entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal como "lítero-poético-recreativas", como pode então um cidadão comum designar a íntima convivência dos senadores com o Senado? Um clube lítero-poético? Ou um clube político-recreativo? Independente do nome que se dê às relações demasiado estreitas entre os bolsos dos senadores e o Orçamento do Senado, é certo, todavia, que a casa é a bola da vez: os usos e costumes dos senadores, que sempre conviveram em paz sob a proteção de sucessivas mesas diretoras, independentemente da coloração partidária, ganham as páginas dos jornais. E, de repente, os nobres senadores se deparam com a dura realidade: os hábitos sociais do clube do Senado não são propriamente éticos ou convenientes, e sequer facilmente aceitos pela sociedade que financia essas regras de excessiva cordialidade, quando se trata de dividir os benefícios da instituição. (pág. 14)

Ideias: Claudia Safatle: Busca-se liquidez em moeda local

A iniciativa da China, que anunciou esta semana um acordo de swap cambial (troca de moedas) no valor de US$ 10 bilhões (ou 70 bilhões de yuans) com a Argentina, deu senso de urgência ao governo brasileiro para colocar em pé um mecanismo semelhante para estimular o comércio bilateral. O que se discute, na área econômica, é encontrar formas de dar liquidez ao país vizinho, inicialmente, e à América Latina, numa etapa posterior, para sustentar as relações de comércio, diante da escassez de dólares.

No governo brasileiro, a discussão ainda é bastante incipiente. Começou em fevereiro, a partir de proposta do Ministério da Fazenda para a criação de algum mecanismo que ajudasse a financiar empresas dos países vizinhos interessadas em exportar para o Brasil. (págs. 1 e A6)

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