13 de abril de 2009
O Globo
Manchete: Infraestrutura terá R$ 62 bi de empresas em 2009
Recursos para obras inadiáveis é duas vezes maior do que União vai investir
A crise financeira global está passando ao largo de investimentos em infraestrutura programados por empresas para este ano; pelo menos R$ 62 bilhões irão para o setor, enquanto o governo prevê gastar quase a metade disso em 2009; R$ 33,6 bilhões. Em ritmo acelerado, são projetos como os das usinas de Estreito e Santo Antônio, que soma cerca de R$ 3 bilhões e dependem do término das obras para gerar caixa. Ou como o montante entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões a ser aplicado em telefonia fixa e móvel pela Oi, que tem metas de universalização a cumprir. (págs. 1 e 13)
Crise aumenta número de vasectomias nos EUA
País teve alta de 17,5% em cirurgias
Ter filho é caro, sobretudo durante uma recessão econômica e com taxa de desemprego em alta. Por isso, cresce o número de vasectomias nos EUA: só no primeiro trimestre deste ano, a alta foi de 17,5%. No Sul da Califórnia, o período de espera pela cirurgia pulou de seis para dez semanas. (págs. 1 e 14)
Governo tem só R$ 300 milhões para municípios
O pacote do governo para ajudar os municípios prejudicados com a queda nos repasses federais, que deve ser anunciado hoje, prevê a liberação de apenas R$ 300 milhões em caráter emergencial, além de outras medidas, como a antecipação do Fundeb. O impacto deve chegar a R$ 1 bi. (págs. 1 e 3)
Câmara apura falhas no programa nuclear
Deputado vai propor que presidente da Cnen seja chamado para explicar falta de fiscalização
As falhas de segurança no programa nuclear brasileiro, detectadas em auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e denunciadas sábado pelo GLOBO, serão investigadas pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara. O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Gonçalves, e dirigentes da Eletronuclear deverão ser chamados a depor na comissão, por sugestão do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
Eles terão que explicar problemas como a falta de licenças para o funcionamento de 54% das instalações radioativas em fábricas e hospitais. Para Gabeira, o relatório do TCU mostra que o Brasil não está imune a um novo acidente como o do césio-137. (págs. 1 e 5)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Crise reduz exportação e investimento da indústria
Percentual da produção destinado ao exterior é o menor desde 2002
A crise econômica internacional fez a indústria reduzir as exportações e os investimentos no exterior.
Levantamento da Firjan (federação das indústrias do Rio) mostra que o percentual exportado pelo setor caiu, no final do ano passado, a 21,9% do volume produzido, menor patamar desde 2002. De 2003 a 2007, as vendas externas chegaram a 24,1% da produção total, com pico de 25,2% em 2005.
Para a indústria, a crise teve impacto superior ao câmbio de 2005 a 2007, quando o setor dizia que o dólar barato tirava competitividade.
"Mesmo com a valorização do dólar, as exportações não cresceram. Os importadores lá fora sofrem por falta de crédito", diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil.
As empresas também não mantêm o nível recorde de investimentos externos dos últimos anos. No primeiro bimestre, segundo o Banco Central, o dinheiro aplicado no exterior caiu 67% sobre igual período de 2008. Especialistas dizem que a queda é temporária e que a situação deve melhorar após a fase mais aguda da crise. (págs. 1 e B1)
Muro em favela divide cariocas, diz Datafolha
Os muros que o governo do Estado do Rio está construindo para cercar 11 favelas da zona sul dividem a cidade: 47% dos cariocas são favoráveis a sua construção, e 44%, contrários, de acordo com pesquisa do Datafolha.
O empate técnico se dá entre pobres e ricos e entre moradores de áreas nobres e carentes. Também persiste entre moradores de favelas.
Segundo o governo, a medida visa conter a ocupação em áreas de vegetação. (págs. 1 e C1)
Foto legenda: Declaração de guerra
Na Tailândia, manifestantes antigoverno reagem ao estado de emergência com "declaração de guerra" e atacam em Bancoc o carro oficial que transportava o premiê Abhisit VeJJaJlva (págs. 1 e A8)
Planalto avalia tributação da poupança para altas quantias
O governo estuda tributar o rendimento da poupança para grandes aplicadores e "diluir" a TR (Taxa Referencial) a fim de reduzir os ganhos da caderneta, que começam a ficar mais interessantes do que os dos fundos de investimento.
O limite discutido para iniciar a tributação é de R$ 100 mil, mas sofre resistências e poderá ser elevado. A mudança pode sair por meio de medida provisória nos próximos dias. (págs. 1 e B3)
Governos de pré-candidatos elevam gastos publicitários
Os governos dos principais pré-candidatos à Presidência elevaram o orçamento previsto para publicidade em 2009. É o caso da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e dos governadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP).
O governo paulista atribui o aumento à divulgação de novos programas, e o federal, a serviços de relações públicas. O governo de MG diz que o valor licitado inclui patrocínios variados. (págs. 1 e A4)
Para consultor, estabilidade da China depende de crescimento
O consultor americano James L. McGregor, autor de livro sobre a economia chinesa, diz em entrevista a Raul Juste Lores que o governo chinês tem dinheiro para sustentar o crescimento e precisa fazê-lo porque a estabilidade do Partido Comunista depende da criação de empregos e da ampliação do mercado.
"Cerca de 300 milhões já vivem com conforto, mas é preciso ainda melhorar a vida de 1 bilhão", diz. (págs. 1 e A12)
Dinheiro: Guia traz orientações para declarar o IR; prazo termina no dia 30 (págs. 1, B4 e B5)
Foto legenda: O resgate do capitão Phillips
Richard Phillips, 53, é cumprimentado pelo comandante do navio da Marinha dos EUA que o resgatou de barco salva-vidas no qual ficou refém de piratas somalis; 3 foram mortos. (págs. 1 e A8)
Editoriais
Leia "Califórnia pioneira", acerca de chance para o álcool brasileiro; e "Pressões da vizinhança", sobre diplomacia. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Mercado dá sinais de "corrente de calotes"
Em fevereiro, a inadimplência cresceu 20,6%; o volume de títulos protestados e o número de pedidos de falência também avançaram
O avanço da inadimplência do consumidor já provoca um efeito cascata na economia nacional. O calote, sentido primeiramente pelas pequenas e médias empresas, mais carentes de crédito, já chega às grandes. Segundo dados da Serasa Experian, em fevereiro a falta de pagamento chegou a nível preocupante, pois cresceu 20,6% em relação ao mesmo mês de 2008, depois de já ter subido 28,9% em janeiro. No primeiro bimestre, o volume de títulos protestados, apenas de pessoas jurídicas, subiu 40% em relação a 2008, segundo dados da Equifax, empresa de solução para gestão de risco. Além disso, uma análise mais abrangente mostra que o volume de cheques devolvidos subiu 23%. Outra consequência foi o aumento de 25,16% no número de falências no País. "As próximas estatísticas do Banco Central, que incluem apenas a inadimplência superior a 90 dias, apontarão uma disparada do calote da pessoa jurídica", diz o analista Roberto Troster. (págs. 1 e B1)
Brasil agrário tem alta tecnologia e trabalho escravo
Estudo mostra onde estão os polos modernos e as áreas de maior atraso
O estudo Atlas da Questão Agrária Brasileira, resultante da tese de doutorado do geógrafo Eduardo Girardi, da Unesp, mapeia as enormes contradições do Brasil agrário, que abriga 16,4 milhões de pessoas. Zonas de altíssima produtividade agrícola convivem com terras subexploradas. E enquanto em algumas áreas predominam relações trabalhistas avançadas, em outras há empregados em condições semelhantes às da escravidão. (págs. 1 e A4)
Pacto protege juízes contra quadrilhas
Proposta incluída no pacto republicano, que será assinado hoje pelos presidentes dos três Poderes, em Brasília, vai proteger juízes de primeiro grau que julgam integrantes de organizações criminosas. Os magistrados poderão compor um colegiado para esses casos. (págs. 1 e A7)
Notas & Informações: EUA: sinais de recuperação
Não é só o mercado de ações que registra bons resultados nos Estados Unidos. Os mercados de crédito também dão sinais de vida e até o mercado de imóveis registra a retomada dos negócios. (págs. 1 e A3)
Somália: Marinha dos EUA liberta capitão
Resgate foi autorizado por Barack Obama. (págs. 1 e A10)
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Jornal do Brasil
Manchete: Rio é maior reduto de tuberculose no Brasil
Só na comunidade da Rocinha são 55 novos casos da doença por mês
O Rio atingiu um recorde do qual não pode se orgulhar: é o estado brasileiro com maior número de casos - e mortes - de tuberculose. A denúncia é do Fórum de ONGs na Luta Contra a Tubercu1ose, que reclama da falta de transparência do poder público no controle e nos números da endemia. O maior foco é a comunidade da Rocinha, onde 55 novos doentes são diagnosticados a cada mês. Fatores como excesso de mofo, esgoto a céu aberto e falta de ventilação nos casebres são os maiores estímulos para a disseminação da doença. Brasil e Peru detêm quase 50% dos tuberculosos das Américas. (págs. 1 e Tema do Dia A2 a A4)
Governo luta para reaver US$ 150 bi sonegados
Ao alinhar-se à proposta do G-20 no combate aos paraísos fiscais, a União tenta repatriar cerca de US$ 150 bilhões não declarados, que um seleto grupo de brasileiros mantém protegidos em países que não estão preocupados com os crimes de evasão de divisas. É o equivalente a três quartos das reservas do Brasil. (págs. 1 e País A6 e A7)
Marinha dos Estados Unidos mata três piratas e salva capitão
Depois de quatro dias detido, o capitão americano Richard Phillips, sequestrado por piratas no litoral da Somália, foi resgatado do bote salva-vidas no qual era mantido refém. Ele se jogou no mar quando integrantes da Marinha americana dispararam contra seus sequestradores. Na operação, três raptores foram mortos. (págs. 1 e Internacional A21)
Cuba põe Obama em novo dilema
O presidente norte-americano, Barack Obama, quer estabelecer um novo relacionamento de cooperação com a América Latina nesta semana, mas analistas consideram que a relutância dos EUA em mudar de posição sobre Cuba pode prejudicar os esforços. (págs. 1 e Economia A17)
Evo diz que teme ser assassinado
No quarto dia da greve de fome para pressionar o Congresso a permitir o pleito nacional em dezembro, o presidente da Bolívia, Evo Morales, voltou a afirmar que a oposição planeja matá-lo, com a ajuda dos Estados Unidos. "Devo estar com os dias contados", disse. (págs. 1 e Internacional A23)
Sociedade aberta
Mirian Peuni
professora
A educação deve fazer da comunicação uma aliada. (págs. 1 e A16)
Sociedade aberta
Reinaldo Affonso
Diretor de tecnologia da Intel para a América Latina
Compras tecnológicas devem considerar a ecologia. (págs. 1 e A24)
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Correio Braziliense
Manchete: Governo substitui 2.088 terceirizados
A partir desta semana, o governo federal dá início a uma série de concursos para substituir trabalhadores de empresas terceirizadas. Sete seleções terão edital lançado até outubro, com a criação de 2.088 vagas aos interessados em ingressar no serviço público. Na quinta-feira, a Fundação Nacional da Saúde abre inscrições para selecionar 419 aprovados, com salários de até R$ 2.222. Há seleções importantes também em seis ministérios:Educação, Justiça, Desenvolvimento Social, Planejamento, Agricultura e Integração Social. Em acordo com o Ministério Público do Trabalho, o governo federal vai trocar 12.633 terceirizados por servidores de carreira até dezembro de 2010. (págs. 1 e 9)
Regras para cobrança do IR das férias
Receita divulga em maio os critérios da restituição ao trabalhador que pagou imposto com a venda de 10 dias de férias. (págs. 1 e 11)
Foto legenda: Estradas cheias, vias perigosas
Mais de 100 mil carros congestionaram as rodovias do Distrito Federal, como a BR-060, na volta do feriado. Duas batidas, dois atropelamentos e uma queda de moto mataram cinco pessoas entre quinta-feira e domingo. (págs. 1 e 16)
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Valor Econômico
Manchete: BC apóia bancos em ação que pode atingir R$ 180 bi
O Banco Central entrou na disputa judicial dos bancos que não querem pagar os expurgos dos planos econômicos e ingressou diretamente no Supremo Tribunal Federal para advertir os ministros da Corte sobre o risco de o sistema financeiro ter menos recursos para fornecer crédito em meio à crise financeira.
A ação contra os planos econômicos é de bancos públicos e privados. Eles tentaram convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a assiná-la, mas avaliou-se no Planalto que a medida seria impopular, já que existem milhares de correntistas com ações pedindo a reparação de índices alterados pelos planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II. (págs. 1 e C2)
"Ação do BC evitou alta de juros do mercado"
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, prevê a recuperação da economia já neste trimestre. Mas pondera que as estatísticas oficiais do Produto Interno Bruto só vão refletir essa retomada em setembro. "Teremos alguns problemas de gerenciamento de expectativas", disse ele ao Valor.
Meirelles sustenta que não houve atraso na baixa dos juros. "O movimento precipitado da Selic poderia ter levado a uma deterioração das expectativas de inflação." Com a sua ação conservadora, sustenta, o BC evitou a alta dos juros do mercado e os efeitos contracionistas na economia. Ele recebeu o Valor na quarta-feira, quando foi anunciada a demissão do presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco Lima Neto. Meirelles, que apresentou números ao presidente Lula apontando uma alta dos juros do BB superior a dos bancos privados, negou ter influenciado a queda do executivo. E se disse impedido de comentar o tema porque o BB é regulado pelo BC.
Meirelles relata que o Brasil foi sondado pelo Fundo Monetário Internacional para tomar um empréstimo, em solidariedade ao México. “Não temos interesse", disse o presidente do BC. (págs. 1 e C8)
Foto legenda: Meirelles: não é factível a curto prazo o dólar deixar de ser moeda de reserva internacional
Agrenco quer vender ativos e voltar a operar
Passado um ano do início da sua crise, a Agrenco espera o dia 28 para saber se voltará a trabalhar nas atividades de originação e exportação de grão e produção de biodiesel. Nesse dia, os credores darão um parecer sobre os candidatos à compra de ativos da empresa e também ao potencial operador estratégico. O plano de recuperação prevê a venda da inacabada fábrica de biodiesel de Marialva (PR) e de uma estrutura de terminal logístico na Argentina. Uma terceira fonte de receita virá com a liberação pelos bancos credores da soja que é mantida como garantia de pagamento dos débitos, que somam R$ 1,2 bilhão. (págs. 1 e Bl2)
Sindicatos só conseguem repor inflação
A crise econômica já interfere nas negociações salariais. Depois de cinco anos em que aumentos reais foram conquistados pela maioria das categorias - 78% do total em 2008, por exemplo -, os sindicatos encontram hoje um ambiente muito mais complexo para negociar e poucos estão obtendo resultados acima da variação do INPC. Em alguns casos, as empresas iniciam a negociação oferecendo aumentos abaixo da inflação.
No Sul Fluminense, região que concentra a indústria de transformação do Estado, os reajustes firmados até o momento só repõem a inflação. O sindicato dos metalúrgicos obteve a variação do INPC em acordos com as montadoras Volkswagen Caminhões e Peugeot Citrõen, a valer a partir de maio. (págs. 1 e A3)
Investimento externo ajuda o Uruguai a crescer 8,9%
A manutenção dos investimentos estrangeiros e a forte concentração da economia no setor agrícola explicam, em grande parte, porque no Uruguai os efeitos da crise mundial são menos agudos do que em outros países. Com a ajuda do início da produção tanto da indústria de papel e celulose finlandesa Botnia quanto da Chery, a primeira indústria chinesa de veículos a se instalar no Mercosul, o Uruguai cresceu 8,9% no ano passado, o maior índice desde 2002.
Outra boa ajuda vem do Brasil, que está comprando mais do vizinho. Segundo a agência estatal Uruguay XXI, de promoção de investimentos e exportações, as vendas para o Brasil aumentaram 22% nos 12 meses terminados em março. E no mês passado, foram anunciados US$ 400 milhões em novos projetos bancados por recursos do exterior nos setores agroindustrial, madeireiro e construção civil. (págs. 1 e A9)
Estoque alto ainda segura a indústria
Segue a duras penas o processo de ajuste de estoques na indústria no país. Com a retração simultânea na demanda interna e externa, as empresas têm dificuldades para desová-los, o que explica o resultado pífio da produção industrial nos últimos meses. Em março, 17,9% das companhias ouvidas na Sondagem da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) reclamaram de estoques excessivos - em setembro, os queixosos eram apenas 3,5%. O ajuste é mais lento em alguns setores que produzem bens intermediários e na indústria mecânica, e mais adiantado no segmento automobilístico - a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos ajudou as montadoras a reduzir os estoques. (págs. 1 e A4)
Duratex congela megainvestimento
O plano da Duratex de investir R$ 1 bilhão para ampliar sua capacidade de produção está congelado e não há previsão de quando será retomado. Anunciado em maio de 2008, o projeto previa uma linha de MDP (medium density particleboard), com capacidade para 1 milhão de metros cúbicos anuais, para entrar em operação em 2010. (págs. 1 e B1)
"Valor" amplia interatividade com jornal digital (págs. 1 e B1)
Controle de contrabando
As autoridades da Venezuela proibiram a livre aquisição de gasolina por brasileiros na região da fronteira. Desde março, está em vigor um acordo bilateral que tenta impedir a ação de contrabandistas na fronteira. (págs. 1 e A2)
Menos processos no Cade
A crise econômica reduziu o movimento de fusões e aquisições que passam pelo Cade, dirigido por Arthur Badin. No primeiro trimestre, chegaram apenas 92 negócios para julgamento do Cade. Isso representa uma redução de 33% com relação ao primeiro trimestre de 2008. (págs. 1 e A5)
Expansão hoteleira
A retração no número de hóspedes, como resultado direto da crise, não abalou os planos de expansão das redes hoteleiras do Sul voltadas para o público corporativo. Com recursos próprios ou de terceiros, as empresas investem especialmente no Sudeste e Nordeste. (págs. 1 e B4)
Laselva renegocia dívida
A rede de livrarias Laselva Bookstore - com 55 lojas no país, principalmente em aeroportos - fechou acordo com editoras, bancos e governo para alongar sua dívida, que recomeçará a ser paga no segundo semestre, como explica Onófrio Laselva, um dos três sócios. (págs. 1 e B6)
Aposta no café de qualidade
Em um momento crítico de margens apertadas, as torrefadoras que atuam no país apostam no aumento da qualidade do café para preservar a rentabilidade. No grão convencional, a margem atual chega a no máximo 4%. No caso dos cafés especiais, pode chegar a 15%. (págs. 1 e B11)
Nova resseguradora
A Zurich Seguros está abrindo uma resseguradora no Brasil e recebeu autorização da Susep para atuar em grandes riscos. Na categoria em que atuará, que exige abertura de escritório no país, há uma reserva de 40% dos prêmios do mercado local. (págs. 1 e C7)
Menos dividendos
Cerca de 7.000 empresas abertas dos EUA informam suas políticas de dividendos. Entre elas, 367 reduziram pagamentos no primeiro trimestre, segundo a agência de avaliação de risco Standard & Poor's. Esse número é quatro vezes maior que o do mesmo período do ano passado. (págs. 1 e D5)
Realocação de executivos
A média salarial dos profissionais da área de finanças que ficaram desempregados na crise e conseguiram uma nova colocação caiu entre 15% e 20%. Mas empresas estão procurando profissionais capazes de equilibrar contas e enxugar gastos. (págs. 1 e D10)
Ideias
Fábio Wanderley Reis: complexidade de relações entre valores e normas de um lado e interesses de outro. (págs. 1 e A6)
Ideias
Sergio Leo: pragmatismo chinês começa a preocupar o Brasil. (págs. 1 e A2)
Ideias
Luiz Carlos Mendonça de Barros:
Incerteza vai predominar porque mudanças demandam tempo. (págs. 1 e A11)
Ideias
Adriano Pires: Há espaço agora para debate sobre energia limpa. (págs. 1 e A10)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Crise elimina 100 mil vagas no campo
A crise econômica desencadeada em 15 de setembro de 2008, após a quebra do banco Lehman Brothers, fez a agropecuária brasileira fechar 100 mil empregos formais. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de setembro a fevereiro deste ano, o saldo das contratações e demissões ocorridas por trás das porteiras das fazendas ficou negativo em 260 mil postos de trabalho, 100 mil mais que no mesmo período do ano anterior.
Na agroindústria, pelo menos outras 53 mil vagas foram perdidas desde então. O setor sucroalcooleiro viu 15 projetos de novas usinas serem postergados, adiando a contratação de 22 mil trabalhadores segundo dados da Única. Na indústria de máquinas agrícolas, mais 1,55 mil empregados perderam seus postos nos últimos seis meses, conforme a Anfavea. (págs. 1, B9 e B10)
Busscar Ônibus dá férias a mil sem acordo sindical
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville (SC) denunciou a Busscar Ônibus ao Ministério Público do Trabalho por ter concedido férias a mais de mil funcionários e parcelado o pagamento em até três vezes sem acordo sindical, o que é ilegal, segundo o presidente da entidade, João Bruggmann, para quem a empresa teve os problemas financeiros agravados pela crise econômica mundial. “A principa1 demanda é por capital de giro para compra de matéria-prima”. O dirigente afirma ainda que a empresa tem 6,3 mil funcionários e faturou ano passado R$ 600 milhões.
A direção da Busscar, procurada pela Gazeta Mercantil, não quis se pronunciar. (págs. 1 e C2)
Brasil vai emprestar US$ 4,5 bilhões ao FMI
Após sucessivas idas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) como tomador de recursos, o Brasil trocou de posição e agora vai se tornar credor do fundo. O País decidiu emprestar US$ 4,5 bilhões ao FMI para capitalizá-lo e, com isso, passou a fazer parte da lista de credores da instituição, composta hoje por 47 nações, de um total de 185 membros. Ao comentar a decisão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que esses empréstimos são "aplicações com retorno garantido".
O gesto do Brasil, ao inverter a mão e conceder um empréstimo ao FMI, é considerado mais relevante em termos políticos do que econômicos. Emblemático. Esta foi a definição feita por Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, ao comentar a decisão do Brasil de se tornar um dos países que financiam o fundo. "O Brasil, ao longo da história sempre passou com o pires na mão, pedindo ajuda, agora inverter esta posição é, no mínimo, um gesto emblemático." (págs. 1 e B1)
Retração altera o perfil do comércio exterior do País
A crise internacional provocará uma mudança no perfil do comércio exterior brasileiro. Os primeiros sinais vieram do intercâmbio comercial com os Estados Unidos que apresentou déficit de US$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre de 2009. As vendas maiores para a China indicam também que o parceiro asiático será o destino mais consistente para as exportações do Brasil. Para Fábio Faria, secretário-adjunto da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os baixos estoques chineses e o período de safra agrícola levaram a um aumento nas compras de commodities por parte do parceiro asiático.
No caso norte-americano, os déficits fiscal e comercial são a raiz da retração da corrente comercial com o País. (págs. 1, A4 e A5)
Indústria dos Estados EUA tem perda de US$ 63 bi com desvios
Indústrias americanas estão contratando detetives para rastrear desvio de produtos. As fraudes vão desde venda de itens com preço mais elevado, excluindo a fabricante do aumento dos lucros, até perfumes comprados mais baratos na Ásia e revendidos nos EUA por valor inferior ao preço oficial do produtor norte-americano.
A prática, conhecida como desvio de produtos, drena, anualmente, até US$ 63 bilhões das vendas industriais dos Estados Unidos, segundo a Deloitte LLP. A consultoria estima ainda que um fabricante com cerca de US$ 10 bilhões em vendas anuais pode perder até US$ 450 milhões com o desvio. (págs. 1 e A10)
IPI maior afeta ações da Ambev e da Souza Cruz
As ações do Ambev e da Souza Cruz, papéis listados entre os preferidos do mercado pela segurança de valorização e distribuição farta de dividendos, têm sofrido com as decisões do governo de elevar a tributação sobre seus produtos. Na semana passada, os papéis preferenciais da Ambev tiveram queda de quase 3%. A Souza Cruz recuou 2% na BM&F Bovespa.
Para Denise Messer, analista da Bascan Corretora, a Ambev pode ser prejudicada caso o aumento do IPI seja confirmado. "Mesmo que tente repassar o tributo no preço, o consumidor pode migrar para cervejas mais baratas.” (págs. 1 e B1)
Genéricos na mira de grupos estrangeiros
A aquisição da Medley pela Sanofi-Aventis, na última semana, mudou a composição de forças no mercado brasileiro de genéricos. Com a compra, fechada pelo valor de € 500 milhões, o grupo farmacêutico francês assume a liderança do segmento na América Latina, atingindo uma participação de 12% no Brasil. Além disso, a compra amplia a presença do capital estrangeiro no mercado local de genéricos, dominado por brasileiras como EMS, Eurofarma e Aché.
“Isso mostra a força do setor e também que o processo de inovação não está assim tão promissor", diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), Odnir Finotti. Segundo ele, com o vencimento de muitas patentes num ritmo maior do que se consegue repor, vários laboratórios se movimentam mais rapidamente para fazer aquisições na área de genéricos. (págs. 1 e C1)
Sucessão
Mudança altera 60 anos de comando na Randon (págs. 1 e C3)
GLP
Consumo deve crescer 2% neste ano, de acordo com estimativa do Sindigás (págs. 1 e C6)
Combustíveis
Venda em março esboça recuperação (págs. 1 e C5)
Gol amplia centro de manutenção
A Gol Linhas Aéreas está investindo R$ 78 milhões na ampliação do centro de manutenção no Aeroporto de Confins (MG). Em 2010, poderá atender simultaneamente a 10 aeronaves, o dobro da capacidade atual. (págs. 1 e C1)
Disputa pela radiofreqüência
Operadoras de celulares, emissoras de televisão paga e fabricantes de equipamentos aguardam decisão da Anatel sobre quem ficará com faixa de radiofreqüência, hoje nas mãos das TVs por assinatura. (págs. 1 e C7)
Web faz anunciante se especializar
Para melhor atuar no segmento on-line, os anunciantes agora contam com especialistas dentro de casa, que fazem a interface com as agencias. (págs. 1 e C10)
Opinião: Rodrigo Cintra
O sucesso das decisões da cúpula do G20 ainda não está garantido. Mais do que o montante, importa saber a qualidade e a aplicação dos recursos e o cenário não é dos melhores. (págs. 1 e A12)
Opinião: Ruy Dourado
A reavaliação de licitações em curso devem ser conduzidas com o máximo de cautela e com estrito respeito aos direitos contratuais. (págs. 1 e A3)
Opinião: José Manoel de Camargo Teixeira
O Hospital das Clínicas da USP faz 65 anos e, talvez, seu maior mérito tenha sido o de transformar pesquisa científica em aplicada. (págs. 1 e A3)
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