PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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segunda-feira, agosto 24, 2009

(EU) AVISO AOS NAVEGANTES: ''NA ACADEMIA, QUERER NÃO É SER..."

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Todo mundo quer ser doutor

Pode ser um sinal de que, em certo sentido, a era Lula foi superada


Monica Weinberg

Ricardo Stuckert/PR
DOUTOR HONORIS CAUSA
Lula recebe um título na Fiocruz: "Diploma não mede inteligência"


Aconteceu na semana passada, e deverá acontecer com frequência daqui em diante: pequenos sinais no debate político mostrando que, em certo sentido, a era Lula está sendo superada. O episódio teve como protagonistas o senador petista Aloizio Mercadante e o governador de São Paulo, José Serra, possível candidato tucano na campanha presidencial de 2010. O tema da discussão era o diploma universitário. Desta vez, no entanto, o que estava em jogo eram o brilho e a exatidão do currículo acadêmico de cada um – e não o valor prático ou simbólico da educação formal, um assunto sobre o qual Lula discursou tantas vezes, quase sempre de maneira infeliz.

Ao longo de toda a carreira política, Lula se esforçou (com sucesso) para provar que um torneiro mecânico que jamais chegou à universidade estava apto a exercer a Presidência do país. Bastava martelar a tecla de que numa democracia as oportunidades devem estar abertas a todos. Mas ele também lançou mão de outros dois tipos de argumento. Primeiro, dizer que o diploma é um emblema da "elite" – palavra que no léxico da esquerda é sinônimo de "escória". Mais que enfeitar a parede, o canudo serviria para marcar a diferença entre quem pode e quem não pode exercer o poder. O segundo tipo de argumento expressa um certo anti-intelectualismo – uma certa apologia do "homem simples". Em diversos palanques, Lula bradou frases do tipo "No Brasil, todo mundo tem o hábito de confundir título universitário com sabedoria" ou "Diploma não mede a inteligência de ninguém". Ter coração, diz o presidente, é mais importante do que ser letrado.

Transformar a educação formal num dos atributos da elite malvada é o tipo de ideia que dificilmente aparecerá na próxima eleição presidencial. Na verdade, o debate já enveredou por outro caminho: o de valorizar a formação universitária e o diploma – mesmo aquele que não se tem. Num de seus muitos tropeços da semana passada, o senador Mercadante quis prestar um serviço a Dilma Rousseff, virtual candidata de Lula à sua sucessão, respondendo ao fato de que um currículo oficial da ministra indicava falsamente que ela tinha mestrado e doutorado em economia. Para defender Dilma, Mercadante atacou José Serra. Disse que ele não concluiu o curso de engenharia, ao contrário do que foi publicado, vários anos atrás, em anuários do Senado. O senador teve de engolir uma réplica dura. Serra, que conta com dois mestrados e um doutorado em economia, sempre disse em público que nunca completou o curso de engenharia por causa do golpe militar. Reiterou essa informação e ainda contra-atacou, dizendo que era Mercadante quem mentia sobre o próprio currículo. De fato, o senador já chegou a afirmar, até em programa de televisão, que concluiu doutorado na Unicamp – quando na realidade ficou só na graduação. De qualquer forma, é bom saber que os políticos voltaram a valorizar a educação formal. Melhor ainda quando estudaram de verdade.

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http://veja.abril.com.br/260809/salvar-sarney-p-066.shtml

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