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segunda-feira, setembro 28, 2009

BRASIL: EDUCAÇÃO. ENSINAR É PRECISO

Próximo desafio: ensino de qualidade

Jornal do Brasil - 28/09/2009

RIO - É esclarecedora a entrevista concedida pelo economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), publicada ontem no caderno de economia do Jornal do Brasil. Especialista em políticas públicas com mais de uma centena de trabalhos na área, Neri faz um balanço acurado – otimista, porém cauteloso – sobre o percurso brasileiro e os enormes avanços sociais obtidos ao longo das duas administrações dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Dali, depreende-se que, se na década de 90, o Brasil se engalfinhou na luta contra a inflação e pela estabilidade econômica, e estes anos 2000 estão sendo caracterizados como a era da redução da desigualdade social, a próxima década deverá – ou pelo menos deveria – ser marcada pelo engajamento nacional pela educação de qualidade.

É esse um dos principais entraves ao desenvolvimento do país. Depois de ter avançado em termos quantitativos, ao aumentar a cobertura da rede de ensino, o Brasil precisa melhorar, urgentemente, os indicadores de qualidade. Segundo resultados do Pisa, teste internacional com alunos de mais de 50 países, os brasileiros estão atrás da maioria dos estudantes de nações com desenvolvimento socioeconômico semelhante.

A tarefa não é simples, como reconhece Marcelo Neri, ao lembrar que o tema da educação é frustrante, pois a meta é de longo prazo e porque, para um político, esta agenda talvez não seja muito “sexy”. Pesquisas recentes, contudo, mostram que, até entre as pessoas em geral, a educação figura em sétimo lugar como prioridade.

É uma contradição, pois a taxa de retorno da escolaridade no Brasil é de quase 15% por ano de estudo, bastante alta se comparada a aplicações financeiras. Em interessante estudo sobre esse paradoxo, publicado no recém-lançado livro Educação básica no Brasil (Campus/Elsevier), o mesmo Neri mostra que diferentemente do senso comum, o principal motivo que leva os alunos a abandonar a sala de aula não tem a ver com a necessidade de geração de renda, mas à falta de interesse intrínseco pelos estudos.

O benefício da educação é gigantesco, mas os estratos mais pobres da população não têm a dimensão desse retorno. Há um problema de mentalidade a ser resolvido. Pais, na maioria das vezes com educação precária, não incentivam os filhos. Logo, o desafio é duplo. Não basta oferecer o ensino de qualidade. Há de se investir numa mudança de comportamento de pais e alunos, convencê-los da importância da educação.

Outro ponto importantíssimo é superar a maior lacuna de cobertura do sistema de ensino brasileiro: a pré-escola. Estudos feitos nos Estados Unidos mostram que os primeiros anos de vida são um período crucial no desenvolvimento da cognição e do comportamento humanos. Programas educacionais voltados para a primeira infância reduzem a repetência e chegam a diminuir as taxas de criminalidade no futuro em até 30%.

Investir nesta fase é uma forma de atacar o mal pela raiz: o background social e suas repercussões. Hoje, os programas sociais brasileiros, como o Bolsa Família, são essenciais e até exportados para outros países. Mas representam um alívio tardio, na vida das pessoas, e um paliativo, para o desenvolvimento da nação.

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