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segunda-feira, novembro 09, 2009

MARK BOYLE: ''DINHEIRO NA MÃO É VENDAVAL..." *

I live without cash – and I manage just fine

Armed with a caravan, solar laptop and toothpaste made from washed-up cuttlefish bones, Mark Boyle gave up using cash

Read Mark Boyle's response to your comments


Mark Boyle outside his caravan. Mark Boyle outside his off-grid caravan. Photograph: Mark Boyle

In six years of studying economics, not once did I hear the word "ecology". So if it hadn't have been for the chance purchase of a video called Gandhi in the final term of my degree, I'd probably have ended up earning a fine living in a very respectable job persuading Indian farmers to go GM, or something useful like that. The little chap in the loincloth taught me one huge lesson – to be the change I wanted to see in the world. Trouble was, I had no idea back then what that change was.

After managing a couple of organic food companies made me realise that even "ethical business" would never be quite enough, an afternoon's philosophising with a mate changed everything. We were looking at the world's issues – environmental destruction, sweatshops, factory farms, wars over resources – and wondering which of them we should dedicate our lives to. But I realised that I was looking at the world in the same way a western medical practitioner looks at a patient, seeing symptoms and wondering how to firefight them, without any thought for their root cause. So I decided instead to become a social homeopath, a pro-activist, and to investigate the root cause of these symptoms.

One of the critical causes of those symptoms is the fact we no longer have to see the direct repercussions our purchases have on the people, environment and animals they affect. The degrees of separation between the consumer and the consumed have increased so much that we're completely unaware of the levels of destruction and suffering embodied in the stuff we buy. The tool that has enabled this separation is money.

If we grew our own food, we wouldn't waste a third of it as we do today. If we made our own tables and chairs, we wouldn't throw them out the moment we changed the interior decor. If we had to clean our own drinking water, we probably wouldn't contaminate it.

So to be the change I wanted to see in the world, it unfortunately meant I was going to have to give up cash, which I initially decided to do for a year. I got myself a caravan, parked it up on an organic farm where I was volunteering and kitted it out to be off-grid. Cooking would now be outside – rain or shine – on a rocket stove; mobile and laptop would be run off solar; I'd use wood I either coppiced or scavenged to heat my humble abode, and a compost loo for humanure.

Food was the next essential. There are four legs to the food-for-free table: foraging wild food, growing your own, bartering, and using waste grub, of which there is loads. On my first day, I fed 150 people a three-course meal with waste and foraged food. Most of the year, though, I ate my own crops.

To get around, I had a bike and trailer, and the 34-mile commute to the city doubled up as my gym subscription. For loo roll I'd relieve the local newsagents of its papers (I once wiped my arse with a story about myself); it's not double-quilted, but I quickly got used to it. For toothpaste I used washed-up cuttlefish bone with wild fennel seeds, an oddity for a vegan.

What have I learned? That friendship, not money, is real security. That most western poverty is of the spiritual kind. That independence is really interdependence. And that if you don't own a plasma screen TV, people think you're an extremist.

People often ask me what I miss about my old world of lucre and business. Stress. Traffic jams. Bank statements. Utility bills.

Well, there was the odd pint of organic ale with my mates down the local.

• Mark Boyle is the founder of The Freeconomy Community. In a subsequent blog he responds to the comments below.
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http://www.guardian.co.uk/environment/green-living-blog/2009/oct/28/live-without-money
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TRADUÇÃO LIVRE:

Eu vivo sem dinheiro - é muito fácil administrar

Armado com uma caravan, laptop solar e pasta de dentes feitas de ervas e cascas de ostras moídas, Mark Boyle concedeu essa entrevista/depoimento:

Em seis anos de estudo da economia, não ouvi uma única vez a palavra "ecologia". Então, se eu não tivesse tido a oportunidade de comprar um vídeo chamado Gandhi ao final da minha graduação, eu provavelmente acabaram por ganhar a vida muito bem em um trabalho muito respeitável em persuadir os agricultores indianos para ir a GM, ou algo assim (...). O sujeito em ''trajes simples'' me ensinou uma grande lição - para que eu fosse a mudança que eu queria ver no mundo. O problema era que eu não tinha idéia ... de que mudança era.

Depois de administrar um par de empresas de alimentos orgânicos me fez perceber ... Estávamos a olhar para as questões do mundo - a destruição ambiental, fábricas, fazendas industriais, guerras por recursos - e querendo saber a qual deles devemos dedicar nossas vidas. Mas eu percebi que eu estava olhando para o mundo da mesma maneira que um praticante da medicina ocidental olha para um doente, vendo os sintomas ..., sem qualquer pensamento sobre sua causa. Então eu decidi, em vez de se tornar um homeopata social, uma ativista pró-, e para investigar a causa destes sintomas.

Uma das causas críticas desses sintomas é o fato de nós já não vermos as repercussões diretas que nossas compras tem sobre as pessoas, ambiente e os animais que essas afetam. Os graus de separação entre o consumidor e o consumo aumentaram tanto que estamos completamente inconscientes dos níveis de destruição e sofrimento incorporados no material que compramos. A ferramenta que permitiu que essa separação é o dinheiro.

Se nós plantamos nosso próprio alimento, não poderíamos desperdiçar um terço dele como fazemos hoje. Se fizéssemos a nossa própria mesa e cadeiras, não poderíamos jogá-los fora do momento em que mudou a decoração de interiores. Se tivéssemos que limpar nossa água de beber, nós provavelmente não iríamos contaminá-la.

Assim, para ser a mudança que eu queria ver no mundo, que, infelizmente, significava que eu ia ter que abrir mão de dinheiro, que inicialmente eu decidi fazer durante um ano. Eu próprio tenho uma caravan, estacionou-a em uma fazenda orgânica onde eu fui voluntariado e equipado para ser off-grade. Cozinhar e se aquecer da maneira mais ''ecológica'' possível.

(...)

O que aprendi? Essa amizade, não o dinheiro, é a segurança real. Que a pobreza é mais ocidental do tipo espiritual. Essa independência é realmente interdependência. E que, se você não possui uma televisão de tela plasma, as pessoas pensam que você é um extremista.

Muitas vezes as pessoas me perguntam o que eu sinto falta do meu velho mundo de lucro e de negócios. Stress. Engarrafamentos. Extratos bancários. Faturas.

Bem, isto compensa com um ''final de expediente'' bebendo cerveja orgânica com meus companheiros no local.

• Mark Boyle é o fundador da Comunidade freeconomy. Em um blog subseqüentes ele responde aos comentários abaixo.
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Um comentário:

Προμηθεύς disse...

Encaminhei informações sobre Mark Boyle para várias pessoas, na tentativa de as concientizarem da importância de reavaliarmos nosso modo de vida (atenção para o verbo "reavaliar"). Mas, a respostas delas é sempre as óbvias: "socialistas loucos", "não tem o que fazer", "uma pessoa dessas não bate bem", etc, etc...
Apesar de, numa análise mais profunda, identificarmos algum extremismo no comportamento de Mark, é evidente que a reação dele é proporcional. "Pense": Num incêndio, qual a reação dos sensatos e dos suicidas?? Agora Pense: Num sistema econômico, que é óbvio que é decadente, apesar de beneficiar uma minoria, qual a reação que o sensato deve ter e qual a do suicida???