PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quinta-feira, maio 27, 2010

COREIAS [In:] ''O DIA EM QUE A TERRA PAROU..." *

...

O alerta transverso de Kim Jong-il

Correio Braziliense - 27/05/2010

Desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953, o estado de tensão é latente no nordeste da Ásia. Vez ou outra, eventual contenda entre Pyongyang e Seul eleva o tom das ameaças recíprocas, mas, na última década, as hostilidades estiveram longe do ponto de ebulição atingido esta semana. Nem em março, quando um navio de guerra sul-coreano naufragou ao ser atingido por torpedo supostamente disparado por submarino norte-coreano, matando 46 marinheiros, o tempo fechou tanto. Embora a reação cautelosa da vítima, que se limitou a anunciar restrições comerciais e a exigir pedido de desculpas e a punição dos responsáveis, o outro lado reagiu de forma virulenta, terminando agora por romper o pacto de não agressão vigente desde 2004.

A questão principal, fora a histórica disputa pelo controle total da península, é a fronteira marítima entre os dois países, definida de forma unilateral pela Organização das Nações Unidas (ONU) no armistício de 1953. Mas, reaceso o rastilho de pólvora, a contestada linha demarcatória pouco significa diante do temor de uma explosão atômica. Oficialmente uma república socialista, a Coreia do Norte é, na verdade, uma das mais fechadas ditaduras do mundo, espécie de monarquia de caráter stalinista. O país está há 62 anos sob domínio da família Kim. Primeiro, com Il-Sung; hoje, com o filho dele, Jong-il, declarado pela Constituição presidente eterno e que insiste em não retomar contatos diplomáticos com a Coreia do Sul enquanto Lee Myung-bak, cujo mandato termina em 2012, estiver no poder em Seul.

Kim Jong-il não é Mahmud Ahmadinejad. Se o iraniano defende seu polêmico programa nuclear com o argumento de que os fins são pacíficos, o norte-coreano não tergiversa. Pelo contrário, faz questão de exibir seu poderio, já tendo detonado duas bombas em testes subterrâneos (em 2006 e 2009). Até a posição brasileira é divergente em relação a um e a outro. O governo Lula manifesta expectativa favorável ao diálogo com o Irã, mas demonstrou o oposto quanto à Coreia do Norte. Em março, rompeu tradição de abstenções e votou favoravelmente à resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU que condenou a ocorrência de graves abusos e violações no país. Em outras palavras, o Itamaraty entendeu esgotadas as possibilidade de diálogo. Além disso, agora solidarizou-se com a Coreia do Sul e as famílias das vítimas no caso da corveta afundada. Fez bem, pois a arrogância de Pyongyang não condiz com nenhuma forma de diplomacia.

Anteontem, ao anunciar “medidas resolutas para congelar totalmente as relações intercoreanas”, Jong-il fez mais do que abalar bolsas de valores planeta afora. Por modo transverso, deu mais vida ao sinal de advertência das Nações Unidas de que a proliferação nuclear é hoje a maior ameaça à humanidade. Isso, num momento em que os Estados Unidos e aliados, insistindo na tese do confronto — ainda que por ora via sanções —, rejeitam o acordo costurado com Teerã, por Brasília e Ancara, para que o urânio iraniano seja enviado à Turquia para enriquecimento sob inspeção internacional. Não bastasse, o ditador sacode o mundo justo no ano de revisão do Tratado de Não Proliferação (TNP) e quando as grandes potências nucleares resistem a se comprometer com qualquer tentativa de desarme global. Serão esses acontecimentos apenas mera coincidência?

--------

(*) Raul Seixas.

-------

Nenhum comentário: