22 de dezembro de 2010
O Globo
Manchete: Ameaça de greve pode parar amanhã aeroportos do país
Após três horas de reunião, fracassou a tentativa de acordo entre dirigentes das companhias aéreas e dos sindicatos dos trabalhadores do setor para evitar uma greve da categoria, que reivindica reajuste salarial. O desfecho torna iminente a paralisação nacional de pilotos, comissários e pessoal de solo amanhã, antevéspera do Natal. Nesse dia, estão programadas assembleias em varias capitais, e a categoria promete ao menos uma operação-padrão, o que deverá gerar atrasos em cascata nas principais rotas. Para evitar quebra-quebra nos aeroportos, caso a greve se confirme, o Ministério da Defesa enviou oficio aos governadores, solicitando reforço na segurança. No quarto dia seguido de atrasos, ontem o percentual de voos que saíram com mais de 30 minutos após o horário previsto chegou a 23,8%, ou seja, 528 partidas. Outros 150 voos foram cancelados. Na Europa, o inverno rigoroso, com fortes nevascas, afeta não só aeroportos, mas também estradas e ferrovias. Só no Reino Unido, as perdas podem atingir US$ 40 bilhões. (Págs. 1, 33 e 34)
Lula ‘inaugura’ teleférico três meses antes
O presidente Lula, em sua última visita oficial ao Rio, inaugurou e testou ontem as gôndolas do teleférico do Complexo do Alemão, que no entanto só será aberto ao público em marco. Através de um telão, ele inaugurou ainda a duplicação de 26 quilômetros da rodovia Rio-Santos, entre Santa Cruz e Itacuruçá, obras que se arrastaram por quatro anos. Lula acompanhou ainda pelo telão a entrega de 144 unidades habitacionais e das obras de reurbanização da Rua 4 da Rocinha. Transformada de um beco de 60 centímetros para uma via de até 12 metros de largura, a rua tem uma das maiores incidências de tuberculose do país. (Págs. 1 e 18 a 21)
Projeto vai garantir UPPs por 25 anos
Um projeto de lei aprovado ontem em segunda votação na Assembleia Legislativa do Rio garante a permanência das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) pelos próximos 25 anos. Ele transforma o programa de governo em política de Estado, limita o remanejamento de policiais e torna obrigatória a instalação de iniciativas sociais. O governador tem 15 dias para sancionar ou não o projeto. (Págs. 1 e 18)
Colunista lê e rebate o 'Blog do Planalto'
Para justificar o injustificável, o blog oficial rebaixou o país ao dizer que 52 países têm economias maiores que a nossa. Usando argumentos toscos e obviedades, o governo repete sua autolouvação, comenta Míriam Leitão, que leu todos os seus argumentos. (Págs. 1 e 34)
Luiz Sérgio será o quarto ministro do Rio
O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), ex-prefeito de Angra ligado a José Dirceu, será ministro de Relações Institucionais. É o 4º do Rio no governo Dilma. Para a Secretaria de Portos vai o desconhecido prefeito de Sobral (CE), Leônidas Cristino, do PSB. (Págs. 1, 3, 4 e 13)
Elio Gaspari
Um Ministério de medíocre continuidade (Págs. 1 e 6)
Presidente insiste que PAC não terá cortes: 'Eu veto'
O presidente Lula ficou contrariado ao saber que a relatora do Orçamento, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), cortou R$ 3,3 bilhões do PAC. Ele ligou para o ministro Paulo Bernardo reclamando e ameaçou vetar a mudança: "Ela (Serys) não pode torcer para as coisas darem errado, ou tentar desmentir o presidente. Vocês sabem que tenho poder de veto." Serys recuou e mexeu em seu parecer, autorizando o governo a recompor os R$ 3,3 bilhões por decreto. (Págs. 1 e 16)
Crise põe fim à trégua na Argentina
A crise política desencadeada pela onda de ocupações ilegais de terrenos públicos e particulares marcou o fim da trégua dada pela oposição à presidente Cristina Kirchner e antecipou a campanha para as eleições presidenciais do próximo ano. (Págs. 1 e 42)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Para 83%, Dilma vai ser igual ou melhor que Lula
Maior esperança está na área de saúde; pior expectativa se relaciona ao combate à corrupção, mostra Datafolha
Pesquisa Datafolha feita em todo o país revela que, para 83% da população, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), fará um governo igual ou melhor que o de Luiz Inácio Lula da Silva. Para 53%, a gestão dela será igual a dele. Segundo 30%, porém, ela se sairá melhor.
O futuro governo será ótimo ou bom para 73%. É a segunda expectativa mais otimista desde a redemocratização - perde para Lula, que tomou posse em 2003 com 76%. Fernando Henrique teve 70% no primeiro mandato e 41% no segundo. Fernando Collor, 71%.
Para quase um quinto dos entrevistados (18%), a saúde é a área em que Dilma deve se sair melhor. Já o pior desempenho da petista aparece na expectativa de combate à corrupção, quesito em que 20% consideram que sua atuação será ruim ou péssima. (Págs. 1 e A4)
Foto legenda: Caderno Especial – Brasil rumo a 2014
Folha mostra como está a preparação das 12 cidades-sedes da Copa. (Págs. 1 e Especial)
Elio Gaspari
Eleita compôs um ministério, na pior hipótese, medíocre. (Págs. 1 e A7)
Melchiades Filho
Asfixia de aliados marca perfil do primeiro escalão. (Págs. 1 e A2)
Saúde
Anvisa proíbe fitoterápico caralluma, usado para dietas. (Págs. 1 e C10)
Cineasta iraniano condenado critica atuação do Brasil
O cineasta iraniano Jafar Panahi, 50, afirma em entrevista que o Brasil privilegia as suas relações econômicas com o Irã, em detrimento dos direitos humanos. Panahi, um dos mais destacados opositores do regime de Mahmoud Ahmadinejad, foi condenado anteontem a seis anos de prisão. (Págs. 1 e Al4)
Golpistas sacam empréstimos da pensão de Lula
Golpistas usaram número do benefício do presidente Lula no INSS para fazer em 2007 dois empréstimos consignados, de R$ 600 e R$ 4.000, no Banco PanAmericano em Uruguaiana (RS).
As 36 parcelas sairiam da pensão recebida por Lula como anistiado político - a primeira chegou a ser descontada antes de a Casa Civil notar a fraude. (Págs. 1 e A8)
Após ameaças, Kassab susta fiscalização em feira no Brás
O assassinato do presidente do sindicato dos camelôs, há uma semana, e as ameaças de morte contra integrantes da administração levaram a prefeitura a suspender as blitze na Feirinha da Madrugada, no Brás.
O local é uma espécie de entreposto de produtos para sacoleiros de todo o país. A policia investiga se há relação entre a morte e a disputa por espaço na feira. (Págs. 1 e C5)
Boa notícia
Embrapa faz peixe crescer antes e mais usando genética. (Págs. 1 e C11)
Editoriais
Leia "Desvio escandaloso", sobre uso de recursos das telecomunicações pelo governo; e "Escolhido a dedo", acerca de condenação de cineasta iraniano. (Págs. 1 e A2)
Mercado
Importações brasileiras devem registrar maior alta desde 1995. (Págs. 1 e B7)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Ameaça de caos aéreo faz Dilma desistir de ministério
Presidente eleita descarta pasta de Aeroportos; sem acordo, aeroviários mantêm greve para amanhã
A presidente eleita, Dilma Rousseff, desistiu de criar o Ministério de Portos e Aeroportos. Ela recebeu informe do governo segundo o qual o País está na iminência de enfrentar uma crise aérea "brutal", inclusive com paralisação de serviços e companhias, o que desaconselha qualquer mudança estrutural no setor. A área continuará sob o comando do Ministério da Defesa, ocupada por Nelson Jobim, que ontem se reuniu com Dilma. Também ontem, aeronautas e aeroviários não chegaram a acordo com as companhias aéreas para evitar a greve anunciada para amanhã. O governo considera que as sindicalistas estão fazendo "terrorismo" às vésperas do fim de ano e ameaça acionar a Justiça. O procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes, disse haver espaço para continuar a negociação até amanhã. Ele considera que não há mobilização suficiente dos trabalhadores para iniciar a greve. (Págs. 1, Nacional A7 e Cidades C1)
Tumulto na Europa
O caos aéreo na Europa já cancelou quase 12 mil voos e afetou cerca de 1 milhão de pessoas. A União Europeia considera que a neve não é desculpa para o problema e tachou a situação de “inaceitável". (Págs. 1 e Internacional A13)
Futuro ministro pagou motel com verba parlamentar
O futuro ministro do Turismo no governo de Dilma Rousseff, deputado Pedro Novais (PMDB-MA), pediu à Câmara a ressarcimento de R$ 2.156 gastos em um motel de São Luís, informa o repórter Leandro Colon. A nota foi apresentada na prestação de contas de junho da verba indenizatória - dinheiro que paga despesas relativas "ao exercício da atividade parlamentar". A suíte mais cara do motel tem garagem dupla e custa até R$ 392 (24 horas). Segundo a gerente do local, o deputado, de 80 anos, alugou um quarto para fazer uma festa. "Eram vários casais, várias pessoas. A gente cobra por casal. E tinha muita gente, a suíte era uma das mais caras. Tem piscina, banheira, sauna, tem tudo", disse a gerente. Novais, aliado do senador José Sarney (PMDB-AP) e indicado ao Turismo pelo comando do PMDB, vai chefiar um ministério envolvido no escândalo de desvios de verbas de emendas parlamentares. (Págs. 1 e Nacional A4)
Pedro Novais
Futuro Ministro do Turismo
“Pare de encher o saco"
(Em resposta ao repórter do Estado)
Congresso corta na área social para inflar turismo
Programas relevantes do governo federal foram alvo de cortes promovidos por parlamentares para financiar gastos maiores em turismo, na votação do Orçamento de 2011, relata a repórter Marta Salomon. Segundo a ONG Contas Abertas, os recursos para a urbanização de favelas, onde vivem 15,1 milhões de pessoas, foram reduzidos em R$ 279,2 milhões. Também foi cortada (em R$ 27 milhões) a verba para a erradicação do trabalho infantil, apesar de quase 1 milhão de crianças e jovens entre 5 e 13 anos trabalharem. (Págs. 1 e Nacional A8)
País atrai capital recorde, mas déficit externo avança
O Brasil atrairá, em 2010, US$ 38 bilhões, 3,4% do fluxo de investimento produtivo global, a maior taxa da década. Mas mesmo essa injeção de capital não compensará o déficit nas contas externas, que pode chegar a US$ 49 bilhões no ano. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)
Municípios de SP correm para combater dengue
Com o verão, cidades paulistas correm para preparar planos de combate à dengue. Em regiões como a de Sorocaba, o número de pessoas contaminadas já é 50 vezes maior do que o registrado em 2009. (Págs. 1 e Vida A18)
Réu, Vilela vê ditadura como 'guerra justa' (Págs. 1 e Internacional Al7)
Carne bovina puxa preços de aves e suínos (Págs. 1 e Economia B5)
Vereadores são presos no Rio em ação contra milícia
Dois vereadores e ao menos outras 23 pessoas acusadas de integrar uma milícia foram presos ontem no Rio. Segundo a polícia, o grupo especializado em explorar comunidades pobres vendia armas para traficantes. (Págs. 1 e Cidades C4)
Rolf Kuntz
Tarefa dupla
A inflação ganhou impulso e, no próximo ano, o governo terá de contê-la e ao mesmo tempo cuidar das contas externas. (Págs. 1 e Economia B4)
Notas e Informações
Pressões pelo protecionismo
Aumentar o poder de competição da economia será uma das principais tarefas do novo governo. (Págs. 1 e A3)
Caderno 2
A ministra Ana
'Foi pelo meu trabalho', diz a irmã de Chico sobre o convite de Dilma. (Págs. 1 e Caderno 2)
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Valor Econômico
Manchete: Um alerta sobre bolha no crédito
O crédito bancário cresce acima da média histórica no Brasil e isso exige que os bancos brasileiros tenham um colchão de capital maior para enfrentar incertezas e cobrir eventuais perdas quando a economia desacelerar. É o que recomenda o Comitê de Basileia em documento sobre regras prudenciais para evitar nova crise bancária mundial. O Comitê examinou o crédito nas 26 principais economias do mundo e concluiu que o Brasil é um dos países com maior aquecimento no mercado de crédito, junto com Coreia do Sul e Cingapura.
Se a recomendação do Comitê for obedecida ao pé da letra. O Brasil terá de impor uma exigência extra de capital aos bancos equivalente a 2,5% dos ativos ponderados pelo risco. Hoje, o padrão internacional é de 8% e, no Brasil, de 11%, valores que estão sendo revistos. (Págs. 1 e C2)
Setor de imóveis bate meta do ano em novembro
A oferta de crédito imobiliário com recursos de poupança superou em novembro os R$ 50 bilhões em desembolsos projetados para todo o ano pela entidade setorial (Abecip). No ano, o volume a ser liberado atingira R$ 55 bilhões, com expansão de 60% em relação a 2009. Apesar disso, o estoque de crédito imobiliário no país, considerando FGTS, recursos próprios e securitização, representa apenas 5% do PIB. (Págs. 1 e C1)
Promotoria aciona empresas aéreas por danos ambientais
O Ministério Público de São Paulo entrará nos próximos dias com ação civil pública contra empresas aéreas que operam no aeroporto de Guarulhos por danos ambientais provocados pelos pousos e decolagens. A ação abre um precedente inédito ao reclamar compensação ambiental pelo CO2, emitido pelos aviões.
Estão na mira dos promotores 21 companhias que recusaram o acordo proposto na forma de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre elas American Airlines, Delta, Continental, United, Swiss, Lufthansa, KIM-Air France e Gol A reunião com a TAM Será dia 6. (Págs. 1 e A3)
Votorantim importa alumínio para suprir o mercado interno
Impossibilitada de aumentar a produção no Brasil, devido ao preço elevado da energia, e pressionada pela expansão da demanda interna, que deve encerrar o ano com crescimento de quase 30%, a Votorantim Metais teve de recorrer à importação de alumínio primário - mais de 40 mil toneladas de lingotes e bobinas trazidas da Argentina - para atender suas linhas de produtos transformados no interior de São Paulo.
"Estamos com nossa fabrica operando a plena capacidade", diz Marco Antonio Palmieri, diretor dos negócios de alumínio da empresa, que em outubro comprou a Metalex, produtora de tarugos de alumínio à base de metal reciclado. "Foi uma aquisição estratégica, que nos deu acesso a metal para suprir nossas linhas de produção, num mercado que está crescendo a taxas recordes e em que as fontes de metal primário estão se tornando escassas", explica o executivo. Além disso, a capacidade de produção dessa nova unidade está sendo ampliada em 30%, para 65 mil toneladas. (Págs. 1, B1 e B10)
Sentença por e-mail e oitiva via Skype
Juízes têm utilizado ferramentas de internet e outras tecnologias para driblar a burocracia e acelerar a tramitação de processos. Em Belo Horizonte, a juíza Mônica Líbano Rocha Bretas, da 34ª Vara Cível, prefere enviar suas decisões por e-mail às partes e, com isso, reduzir o número de pessoas no balcão da secretaria.
No município de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, o juiz Vancarlo André Anacleto decidiu ouvir, por meio do Skype, um estudante que estava na Hungria, réu em uma ocorrência de trânsito. (Págs. 1 e E1)
Bacha descarta desindustrialização e vê economia 'trabalhando no limite' (Págs. 1 e A12)
Negócios em 3D
Produções em 3D ajudam a impulsionar as bilheterias nos cinemas do país e atraem o interesse de estúdios e produtoras nacionais. Primeiro filme brasileiro produzido com essa tecnologia estreia em janeiro. (Págs. 1 e B3)
Avanço da publicidade
O mercado publicitário brasileiro deverá movimentar neste ano R$ 33 bilhões, uma alta de 20% em relação a 2009. A expectativa das agências para 2011 é de mais 10% de crescimento. (Págs. 1 e B4)
Desaceleração confortável
A aviação comercial brasileira, que está prestes a encerrar o melhor ano de sua história, prepara-se para desacelerar em 2011, ainda assim com recomposição de tarifas e alta de até 15% no fluxo de passageiros. (Págs. 1 e B4)
Teles Pires afetará renovações
A tarifa proposta pelo consórcio vencedor no leilão da usina de Teles Pires deve influenciar os processos de renovação ou licitação das concessões hidrelétricas que vencerão em 2015. (Págs. 1 e B8)
Eurofarma faz aquisição no Chile
Depois de chegar à Argentina e ao Uruguai, a Eurofarma, uma das maiores farmacêuticas brasileiras, entra no mercado chileno com a compra do laboratório Volta e de sua coligada Farmaindústria. (Págs. 1 e B9)
'Joint'da Amyris constrói usina
A Amyris, empresa de biotecnologia com sede nos EUA, e a São Martinho iniciaram as obras da sua primeira usina conjunta no Brasil, destinada à produção de "óleo verde". (Págs. 1 e B9)
Cerradinho investe em usina de GO
Capitalizada após a venda de duas usinas para a trading chinesa Noble Group, a Cerradinho vai retomar investimentos na produção de etanol e de energia no Centro-Oeste. Aporte deve chegar a R$ 1,3 bilhão. (Págs. 1 e B13)
Ideias - Rômulo Paes
Pesquisas para avaliação das políticas públicas permitem redesenhar projetos e melhorar a alocação de recursos. (Págs. 1 e A10)
Ideias - Carlos Lessa
Ausência de um projeto nacional induz o setor privado à timidez no investimento produtivo e à opção rentista. (Págs. 1 e A11)
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