28 de março de 2011
O Globo
Manchete: Angra planeja obras para ter plano de fuga pelo mar Eletronuclear estuda projeto de píeres para atender população em caso de acidente Além de contratar uma consultoria externa para reavaliar a segurança de suas encostas, a Eletronuclear, que opera as usinas Angra 1 e 2, estuda a construção de dois píeres nas imediações da central, na Baía da Ribeira e na Praia Brava, para criar uma alternativa de evacuação por mar, em caso de acidente. Embora as obras não sejam obrigação da empresa, a direção está preocupada com os deslizamentos constantes na rodovia Rio-Santos, que seria a rota natural de fuga numa emergência. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que, embora o governo ainda não tenha uma posição definida sobre o assunto, o projeto que prevê o pagamento de royalties aos estados e municípios com usinas nucleares, e também aos que receberão no futuro o depósito final de lixo atômico, deverá ser debatido pelo Congresso a partir do segundo semestre deste ano. (Págs. 1, 10 e 11)
Interferência política afeta ações da Vale
Preocupação com escolha de novo presidente da empresa deve aumentar instabilidade de papeis Com a decisão do Bradesco de ceder à pressão do governo para tirar Roger Agnelli da presidência da Vale, as atenções dos investidores se voltam agora para o nome do sucessor. O temor de indicação de um nome político para o comando da segunda maior mineradora do mundo, no entanto, deve afetar nos próximos dias as ações da empresa, que este ano acumulam queda de até 3,95% na Bolsa de São Paulo. A principal preocupação é de que a estratégia da companhia mude para atender a interesses do governo, que defende mais investimentos no beneficiamento do minério de ferro. (Págs. 1, 20 e George Vidor)
Líbia: plano de exílio para Kadafi
Proposta da Itália será apresentada amanhã em Londres A Itália, que ainda busca o apoio da Alemanha, vai apresentar amanhã um plano para estabelecer cessar-fogo na Líbia, que inclui uma alternativa de exílio para o ditador Muamar Kadafi. Segundo a Itália, essa possibilidade está sendo trabalhada também com a União Africana e a Liga Árabe. A proposta vem no momento em que a Otan assume o comando das operações militares, responsáveis pela zona de exclusão aérea, e quando os rebeldes seguem de for ma acelerada rumo ao Oeste após conquistarem quatro cidades em dois dias - entre elas, os enclaves petrolíferos do Leste do país. (Págs. 1, 22 e 23) Foto legenda: Um rebelde líbio acena com uma bandeira da época da monarquia em Bin Jawad, retomada ontem.
Fraudes no Saúde da Família
Os cadastros do Programa Saúde da Família estão sendo fraudados para justificar repasse de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) referentes a serviços não realizados. Um dos médicos, por exemplo, teria que trabalhar 34 horas por dia, sete dias por semana, em cidades de Piauí e Maranhão, para cumprir a carga horária prevista. (Págs. 1 e 3)
Trânsito no Brasil mata até 13 vezes mais
Pesquisa da USP mostra que o risco de morrer no trânsito do Brasil é 13 vezes maior do que na Suécia e sete vezes do que na França. O levantamento concluiu ainda que, nas ruas e estradas dos estados mais pobres, a violência também cresce: o risco de morrer no Piauí é quatro vezes maior do que nas vias de São Paulo. (Págs. 1 e 5)
Obituário: Affonso Camargo Neto, ex-ministro dos Transportes (Págs. 1 e 15)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Rebeldes vão rumo a bastião de Gaddafi
Cidades petrolíferas foram retomadas; Otan assume comando de ação militar Apoiados pelos ataques aéreos internacionais, rebeldes líbios tomaram as principais cidades petrolíferas do país e avançavam rumo a Sirte, cidade natal do ditador Muanunar Gaddafi, relata Samy Adghirni. A batalha pelo controle de Sirte será o principal teste até agora para os rebeldes, que eram esmagados pelas forças de Gaddafi até o começo dos bombardeios aliados, no último dia 19. (Págs. 1 e Mundo)
Dilma quer diplomacia de resultados do Itamaraty
A presidente Dilma Rousseff quer que o Itamaraty mude seu foco e implante uma diplomacia de resultados, com ganhos reais para o país. Na visita de Barack Obama, a Presidência viu muita retórica e poucos resultados no encontro. Dilma não gostou de receber críticas de rebeldes líbios. Para eles, a posição do país, pró-cessar-fogo, equivale a tolerar um ditador. Ela já havia mudado a política externa de Lula, ao criticar países que violam os direitos humanos. (Págs. 1 e Mundo A12)
Entrevista da 2ª: Luiz Fux
Ministro do STF diz que busca equilibrar razão e sensibilidade Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal, não aceita ser responsabilizado pelo voto que anulou a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas últimas eleições. Afirma que buscou argumentos jurídicos para validar a regra e que tenta equilibrar "razão e sensibilidade" ao julgar. (Págs. 1 e Poder A16)
Indústria de carros no Japão para produção com a tragédia
Sem componentes cruciais e chips, a indústria de carros no Japão paralisou a produção. A perda diária é estimada em US$ 200 milhões (cerca de R$ 330 milhões) pelo banco de investimentos Goldman Sachs. Com as perdas, os preços devem subir e o número de modelos, cair. (Págs. 1 e Mundo A13) Usina de Fukushima é esvaziada após alarme falso em reator. (Págs. 1 e Mundo A13) Ruy Castro Temor nuclear passou da bomba aos vazamentos (Págs. 1 e Opinião A2)
Corregedora de Justiça critica fraudes de juízes
A corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, disse que o caso de empréstimos fictícios de uma associação de juizes é "muito grave". "Em 32 anos de magistratura, nunca vi uma coisa tão séria." (Págs. 1 e Poder A6)
Melchiades Filho
Rebeliões em obras mostram 'lado B' do PAC. (Págs. 1 e Opinião A2)
Pesquisadores avaliam papel do educador na brincadeira (Págs. 1 e Saber C7)
Editoriais
Leia "Fora dos trilhos", que defende o adiamento do leilão do trem-bala, e "Reforma atrofiada", sobre a discussão de novas regras para a eleição. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Rebeldes avançam rumo à cidade de Kadafi
Bombardeios da coalizão internacional abrem caminho e insurgentes retomam campos petrolíferos na Líbia Rebeldes líbios retomaram ontem os complexos petrolíferos de Brega e Ras Lanuf, avançaram 270 km para o oeste e recuperaram o território ocupado antes da ofensiva das tropas do ditador Muamar Kadafi. Segundo o enviado especial Lourival Sant'anna, o recuo das forças de Kadafi reflete o estrago causado pelos bombardeios da coalizão internacional: só no trajeto entre as cidades de Ajdabiya e Brega, de 70 km, havia mais de 90 veículos militares destruídos, entre tanques, blindados e caminhões. "Vamos lutar por Sirt", disse em Bin Jawad o civil Youssef Ahmed, de 22 anos. Sirt, que fica a 438 km de Trípoli, tem peso simbólico: é a terra natal de Kadafi. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordou em assumir o controle total das operações da coalizão na Líbia. (Págs. 1 e Internacional A8) Crise na Síria Após protestos que deixaram 12 mortos, governo promete levantar estado de emergência em vigor há quase 5 décadas. (Págs. 1 e Internacional A9)
Repasse federal a municípios e Estados cresce com eleição
No ano da eleição da presidente Dilma Rousseff, o governo federal acelerou a liberação de verbas livres de obrigação constitucional para Estados e municípios. A distribuição de recursos cresceu 51% ante 2009 em termos reais, descontada a inflação, e atingiu R$ 13,9 bilhões. (Págs. 1 e Nacional A4)
Foto legenda: Marcha no Alvorada
Preocupada com o peso, a presidente Dilma Rousseff aproveitou o domingo de sol em Brasília para se exercitar. Ela caminhou no Palácio da Alvorada com um personal trainer e seu motorista pessoal. (Págs. 1 e Nacional A4)
Governo prevê dobrar verba de inovação
Ao contrário da versão de 2008, quando o governo optou pelo incentivo generalizado à indústria, a nova Política de Desenvolvimento Produtivo terá como meta elevar de 0,5% para 1% do PIB o gasto privado anual com pesquisa. São R$ 37 bilhões em valores atuais. (Págs. 1 e Economia B1)
Droga eleva sobrevida de doente com câncer cerebral (Págs. 1 e Vida Al7)
Nível de radiação em usina do Japão ainda é incerto (Págs. 1 e Internacional A15)
Serviço doméstico sobe até o dobro da inflação (Págs. 1 e Economia B12)
Linha Verde do metrô está superlotada
A inauguração de estações superlotou a Linha 2-Verde do metrô, que serve a Avenida Paulista. No horário de pico, são 6,5 passageiros de pé por metro quadrado. O nível máximo de desconforto adotado internacionalmente é de 6. Hoje será aberta a Estação Butantã, da Lihha 4 - Amarela. (Págs. 1 e Cidades C1)
Carlos Alberto Sardenberg
O peso dos impostos Eis o custo Brasil, que fica cada vez mais caro: pouca infraestrutura, muito imposto. Um problema que está passando dos limites e trava o País. (Págs. 1 e Economia B2)
Notas & Informações
A Caixa e a política de Lula Inclinação intervencionista e centralizadora do governo Lula da Silva não desapareceu. (Págs. 1 e A3)
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Valor Econômico
Manchete: Emissões de letra financeira de longo prazo deslancham
As emissões de letras financeiras dispararam neste ano. Até 23 de março, os bancos captaram R$ 19,7 bilhões com o lançamento dessa espécie de debênture bancária ante R$ 30 bilhões obtidos em todo o ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). As letras foram criadas em janeiro de 2010 para permitir o alongamento dos passivos bancários - o prazo mínimo de vencimento é de dois anos. Elas não decolaram até que, em dezembro, o Banco Central isentou-as do recolhimento de depósito compulsório. Ao mesmo tempo, o governo elevou o recolhimento compulsório sobre os depósitos a prazo de 23% para 32%. (Págs. 1 e C1)
Empréstimo externo deve ter 6% de IOF
O governo taxará empréstimos externos de bancos e empresas com uma alíquota provável de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para conter a forte expansão do endividamento do setor privado, que cresceu US$ 16,4 bilhões só no primeiro bimestre. O aumento do IOF para compras com cartão de crédito no exterior, de 2,38% para 6,38% e a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bebidas são medidas que já foram assinadas pela presidente Dilma Rousseff. A taxação dos empréstimos externos estava, na sexta-feira, em fase final de discussão para também ser aprovada. A taxa de rolagem da dívida do setor privado - relação entre os novos empréstimos e as amortizações pagas está em 860% no ano. Os novos créditos superam em quase 10 vezes o volume de pagamento das parcelas vencidas no período. (Págs. 1, A5 e C11)
O primeiro bilhão da Kalunga
Com 60 lojas, a Kalunga, maior varejista de papelaria e materiais de escritório do país, alcançou a marca de R$ 1 bilhão em vendas. Mas os irmãos Roberto e Paulo Garcia, filhos do fundador da empresa, afirmam que "nem foi tão bem". "Tivemos gargalos. Vendemos muito, mas não estávamos preparados. Acabamos tendo que reorganizar nossa estrutura", explicam. Essa reorganização inclui a abertura de mais 40 lojas até o fim de 2012 parte dos terrenos já foi adquirida -, o início da profissionalização da gestão e uma possível abertura de capital da empresa. A meta é mais que dobrar a receita bruta em cinco anos e chegar aos R$ 2,1 bilhões em 2015. (Págs. 1 e B12) Foto legenda: Os irmãos Roberto e Paulo Garcia: "Se falassem em venda ou IPO nos anos 80, era uma ofensa. Agora não, é elogio. Todos os caminhos são possíveis"
Corretoras se batem por clientes
A guerra de preços entre as corretoras na compra e venda de ações via internet, que vinha se acentuando nos últimos meses, virou um conflito aberto. A coreana Mirae Asset Securities, que despertou a ira dos concorrentes ao oferecer corretagem a R$ 2,90 por operação, terá agora um plano que pode ser ainda mais barato. Com um valor fixo de R$ 29 mensais, o investidor poderá operar quantas vezes quiser no mês, sem custos adicionais, nem mesmo de custódia. O plano foi uma resposta a corretora Gradual, que lançou há duas semanas um pacote semelhante, com mensalidade de R$ 30. A Mirae cumpre, dessa forma, a promessa de que teria sempre a menor corretagem do mercado. (Págs. 1 e D1)
Philips testa emissor de luz brasileiro
O diretor global da Philips, Dietrich Bertram, esteve no Brasil na semana passada e voltou para Aachen, na Alemanha, levando o primeiro protótipo desenvolvido no Brasil com a tecnologia de iluminação Organic Light-Emitting Diode (diodo emissor de luz orgânico - Oled, na sigla em inglês), criado em parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi). Bertram não dá detalhes do protótipo. Diz apenas tratar-se de uma peça de iluminação decorativa, área em que o Brasil se destaca internacionalmente. A criação brasileira provavelmente será lançada comercialmente no segundo semestre. Além desse protótipo, existem outros sete em fase final de elaboração no laboratório de Florianópolis. (Págs. 1 e B3)
Para evitar custos, empresas declaram guerra à obesidade
Para reduzir custos com planos de saúde e estimular seus colaboradores a perder peso com um estilo de vida mais saudável, as empresas estão apostando em ações que vão desde orientação nutricional até a redução de bônus, caso seus executivos não cumpram "metas" de emagrecimento. No Grupo Algar, 250 executivos têm planos de qualidade de vida associados ao bônus. Quem não conseguir algum progresso pode ver o prêmio encolher até 10%. No Itaú Unibanco, 157 funcionários perderam quase meia tonelada no ano passado com um programa de reeducação alimentar realizado em parceria com o Vigilantes do Peso. (Págs. 1 e D12)
Um selo contra discriminação às mulheres
A Câmara vai votar em abril projeto que pretende classificar as empresas brasileiras entre discriminadoras ou não das mulheres. O texto prevê a criação de um selo para as que se destacarem em políticas de igualdade e um cadastro negativo às responsáveis por atos discriminatórios. Também torna obrigatório o oferecimento de creches, próprias ou conveniadas, aos filhos de funcionárias. O projeto é apoiado pelo governo e articulado pela bancada feminina, cuja coordenadora é Janete Pietá (PT-SP). (Págs. 1 e A10)
Desastre japonês terá impacto maior que o previsto nas cadeias produtivas globais (Págs. 1 e B4)
Cresce o número de planos de saúde sob intervenção (Págs. 1 e B12)
Paz negociada na guerra fiscal
O governo federal negocia com os Estados a adoção de alíquotas únicas de ICMS nas operações interestaduais com bens importados. O objetivo da medida é acabar com a guerra fiscal nessa área. (Págs. 1 e A3)
'Calote' da inflação argentina
Enquanto negocia o fim da moratória com o Clube de Paris, Argentina aplica "calote branco" nos portadores de títulos corrigidos pelo índice maquiado da inflação. Em 2010, a perda teria superado US$ 5 bilhões. (Págs. 1 e Al2)
Ferrovias
Desde o início do processo de privatização das ferrovias no país, há 13 anos, o setor aumentou sua participação na matriz do transporte de cargas de 17% para 25%. "Com os novos projetos, a expansão da malha pode fazer as ferrovias responderem por 32% do total até 2020", estima Rodrigo Vilaça. (Págs. 1 e Especial)
Bancos avançam no Ibovespa
O próximo Ibovespa, que vai vigorar de maio a setembro, terá nova queda de participação da Petrobras, devido às incertezas sobre o pré-sal, em favor do setor bancário, beneficiado pelo crescimento. (Págs. 1 e D2)
TI na Copa
Além de investimentos na infraestrutura de telecomunicações para atender a demanda esperada para a Copa de 2014 e a olimpíada de 2016, esses eventos abrem oportunidade para a oferta de novos serviços pelas operadoras, diz José Roberto Mavignier. (Págs. 1 e Especial)
Ideias
Sergio Leo O Brasil está perdendo mercados nos Estados Unidos, mas não por falta de um acordo de livre comércio. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Jairo Saddi Há limite para abusar da macroprudência e é melhor confiar na política monetária, que reflete a oferta e demanda por moeda. (Págs. 1 e Al5)
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