26 de dezembro de 2011
O Globo
Manchete: CGU constata desvios de R$ 1,1 bi em 5 ministérios
Fraudes aconteceram em órgãos sob comando de ministros afastados
Investigações da Controladoria Geral da União (CGU) já constataram desvios de R$ 1,1 bilhão nos ministérios dos Transportes, Agricultura, Turismo e Esporte e Trabalho. Os cinco estavam sob o comando de ministros afastados pela presidente Dilma Rousseff por suspeita de irregularidades. Também foram identificados 88 servidores públicos que estariam envolvidos nas fraudes. A conta exclui investigações ainda em andamento na Polícia Federal, mas inclui verbas que os próprios ministérios conseguiram impedir que fossem pagas aos corruptos. As fraudes foram descobertas neste primeiro ano do governo Dilma, mas prosperavam desde a época do presidente Lula. O retorno do dinheiro aos cofres públicos ainda dependeria de demorado processo. Só no Ministério dos Transportes, onde o ex-ministro Alfredo Nascimento montou uma estrutura ligada a seu partido, o PR, 55 funcionários são investigados em 17 sindicâncias e processos disciplinares. (Págs. 1 e 3)
‘Detalhista’, Dilma atrasa reforma agrária
Somente agora, após um ano de governo, a presidente Dilma assinou suas primeiras desapropriações de terra para reforma agrária. Ela está longe de alcançar a meta de assentar 40 mil famílias no ano. O Incra atribui o atraso ao fato de Dilma ser “detalhista”. (Págs. 1 e 9)
Rio vai manter avisos de pardais
Apesar de o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) ter acabado com a obrigatoriedade da instalação de placas com aviso de controle de velocidade próximo aos pardais, a Secretaria municipal de Transportes afirmou que vai manter a sinalização. O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, afirmou que a prefeitura não vai retirar as placas por considerar que exercem um papel educativo. (Págs. 1 e 15)
Nas favelas do Rio, 33% têm ‘gato’ de luz
O Censo 2010 do IBGE mostrou que as favelas do Rio estão longe de ter serviços básicos: 33% não possuem rede elétrica regular e só 12% têm saneamento básico, enquanto que na cidade formal 93% têm esgoto. Entre as favelas com as piores condições está a Vila Taboinha, uma área alagada, sem água, em Vargem Grande. (Págs. 1 e 10)
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Folha de S. Paulo
Manchete: País perde R$ 15 bi com acidentes em estradas neste ano
Brasil tem o quinto maior número de mortes de trânsito no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde
O país deverá perder cerca de R$ 14,5 bilhões com acidentes nas estradas federais neste ano, informam Patrícia Campos Mello e Gustavo Hennemann. O levantamento foi feito pela Folha com dados do Ipea e da Polícia Rodoviária Federal.
Os acidentes já custaram R$ 9,6 bilhões neste ano até agosto – último dado disponível -, um aumento de 4,6% em relação a 2010. Um acidente com morte custa, em média, R$ 567 mil e 60% do prejuízo vem da perda de produção da pessoa. (Págs. 1 e Cotidiano C1 )
Morte violenta tem motivo ignorado em cidades do Rio
No Estado do Rio, 10 das 92 cidades não registraram no ano passado o motivo de mais da metade dos óbitos por causas externas, informa Antônio Góis.
Com 27%, o Estado é líder na estatística do sistema de saúde em mortes violentas não esclarecidas. Secretários municipais de Saúde citaram como causas do problema a precariedade do IML e a falta de pessoal. (Págs. 1 e Cotidiano C4)
Morador de rua narra acusações contra o governo
Três anos após chegar a Brasília com a intenção de ser recebido pelo presidente Lula, Rivanor de Sousa, 47, virou morador de rua e diz já ter sido preso 26 vezes por participar de protestos.
Hoje, ele narra a passantes as denúncias publicadas em jornais contra o governo. “A impunidade é um negócio muito sério. Eles fazem os desvios sabendo que a única coisa que acontece é a perda do cargo”. (Págs. 1 e Poder A8)
Um ano depois, miséria continua em Porto de Pedras (AL). (Págs. 1 e Poder A5)
Entrevista da 2ª - Jean Wyllys: ‘Igrejas que pregam cura de gays devem ser punidas’
“Sabe o que é inaceitável? As igrejas financiarem programas de cura de homossexualidade e o pastor promover esse tipo de serviço nos seus cultos”, diz o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ). Ele afirma que “tem que haver uma sanção”.
Wyllys critica a suavização do projeto que criminaliza a homofobia. (Págs. 1 e A12)
Haitianos pagam até US$ 300 a ‘coiotes’ para entrar no Brasil
Conhecidos como “coiotes”, atravessadores bolivianos montaram um esquema de imigração ilegal para levar habitantes ao Acre.
Iniciada em 2010, depois do terremoto que devastou o Haiti, a entrada pela fronteira amazônica cresceu exponencialmente desde setembro. Em Brasiléia (AC), 900 habitantes aguardam regularização para poder trabalhar no país. (Págs. 1 e Mundo A11)
Editoriais
Leia “11 milhões em favelas”, sobre novos dados do Censo, e “Não à Fifa”, acerca de exigências da entidade para a realização da Copa de 2014 no país. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo adia quase R$ 50 bi de investimento em infraestrutura
Obras deste ano atrasam por falhas de projeto, corte de gastos e falta de atratividade para o setor privado
O governo jogou para 2012 quase R$ 50 bilhões em investimentos que deveriam começar a deslanchar neste ano. Os motivos são, basicamente, falhas nos projetos, contenção de gastos e falta de atratividade para o setor privado. O trem-bala, orçado em R$ 33 bilhões, é um exemplo – houve três tentativas frustradas de fazer o leilão. Mas o problema é generalizado entre as mais diversas áreas de infraestrutura, como os leilões de aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, a concessão de rodovias, como a BR-101, no Espírito Santo, além de hidrelétricas, como a usina de São Manoel. O Ministério do Planejamento disse que eventuais atrasos são “processos normais”. (Págs. 1 e Economia B1)
PT deve fazer concessões ao PMDB em 2012
O PT estuda ceder ao PMDB em 2012 até 13 cabeças de chapa em municípios estratégicos. Com foco na reeleição da presidente Dilma, o comando nacional petista pressiona dirigentes locais a desistir de lançar candidatos próprios para apoiar nomes indicados por legendas amigas. Caso todas as negociações se confirmem, o PT abrirá mão de disputar uma de cada três prefeituras consideradas importantes. (Págs. 1 e Nacional A4)
Blitz da lei seca será reforçada no fim do ano
A polícia vai apertar a fiscalização da lei seca nas festas de fim de ano. Nas rodovias estaduais as blitzes ocorrerão durante o dia todo e nas federais haverá apoio extra de radares. O reforço também será feito na capital, principalmente perto da Avenida Paulista. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3)
Finanças pessoais
Mercado imobiliário terá crédito farto e preços altos. (Págs. 1 e Economia B8)
Autuação de farmácias de manipulação chega a 45% (Págs. 1 e Vida A10)
José Roberto de Toledo: Metonímia eleitoral
O exagero de Dilma ao enviar três ministros para um incêndio em uma favela de São Paulo indica o quanto ela quer influir na eleição municipal. (Págs. 1 e Nacional A6)
John Hughes: Balanço no Iraque
O custo em vidas americanas e iraquianas foi alto, mas os EUA depuseram o ditador. Agora, os iraquianos devem prezar a democracia. (Págs. 1 e Visão Global A9)
Notas & informações
A ‘democradura’ Argentina
Propostas para tolher a liberdade de expressão no país se destacam na atual agenda legislativa. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Vidas interrompidas no asfalto
Há seis meses, Victor Hugo, 18 anos, ficou órfão do pai, morto em um acidente de trânsito no trevo de acesso à BR-251, em São Sebastião. A violência da batida de um caminhão jogou o corpo de Clênio no asfalto e mudou para sempre a história da família Souza. Conforme mostra hoje a série “òrfãos do asfalto”, que o Correio publica desde o dia 18, o serralheiro é uma das 244 vitimas deste ano nas rodovias federais que cortam o DF e o Entorno. As estatísticas de feridos também impressionam: para cada morto, 10 pessoas ficaram machucadas. Em fevereiro, Victor vai dar o primeiro passo para realizar um antigo sonho do pai: entrar para a universidade. “Meu pai sempre me disse que eu tinha que estudar para ser alguém. É o que estou fazendo.” (Pág. 1)
Gilmar Mendes critica o CNJ
O ex-presidente do STF considera que há “desinteligência” no Conselho Nacional de Justiça e que esse é o motivo da crise do Poder. Juízes e a corregedora Eliana Calmon divergem publicamente quanto às atribuições do órgão. (Págs. 1 e 3)
Brasília 2022
Com a ascensão da classe C, o DF terá em 10 anos, mais 600 mil consumidores. No total, serão 2,2 milhões. (Págs. 1 e 17)
Crise global
O FMI alerta: a rolagem das dívidas europeias ainda vai prolongar turbulência. A situação já afeta o Brasil. (Págs. 1 e 9)
Foto-legenda: A revolução feminina
Francisca Portela começou a vida profissional como doméstica e hoje é empresária. irmã, Maria Francisca, está estudando para trocar o trabalho em casa de família pelo oficio de técnica em enfermagem. A história delas é o segundo capitulo da série “heroínas do Brasil”. (págs. 1 e 8)
Nova lei sobre pardais divide motoristas
O Contran acabou com a obrigatoriedade de instalar placas de aviso antes dos radares. E você, é contra ou a favor do fim da exigência de sinalização que alerta motoristas sobre a existência dos equipamentos? Responda à enquete no site www.correiobraziliense.com.br (Págs. 1 e 21)
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Valor Econômico
Manchete: Varejo reduz ritmo de expansão
Os principais varejistas do país começaram a desacelerar seu planos de investimento para 2012. Tradicionalmente agressivos na expansão do número de lojas, algumas redes adotam comportamento incomum: preveem abrir no próximo ano o mesmo número de unidades de 2011 ou até mesmo reduzi-lo. Nos últimos anos, o grande varejo anunciou planos crescentemente ambiciosos de expansão de lojas, a maneira mais eficiente de aumentar as vendas.
A prudência reflete, em parte, o cenário econômico mais incerto e o temor de que a crise europeia influa na confiança do consumidor em 2012. De julho a setembro, segundo o IBGE, houve a primeira queda no consumo das famílias em um trimestre desde 2008. E o indicador que mede a intenção de compra das famílias, da Confederação Nacional do Comércio, teve seis quedas neste ano. (Págs. 1 e B1)
Dilma impõe estilo e afirma liderança
A presidente Dilma Rousseff assumiu sob desconfiança de que governaria à sombra de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, e refém do PT. Passados 12 meses, o ex-presidente tem muita influência, de fato, mas não há dúvidas sobre quem governa o país. Dilma também nunca recebeu a Executiva Nacional do PT para uma conversa. Seu canal com o partido é institucional, como é, aliás, com as outras siglas da base aliada.
A presidente impôs seu estilo de negociação ao Congresso e à gestão do governo. Por enquanto, tem dado certo e a primeira mulher a presidir o Brasil detém índices recordes de popularidade. Ela não mantém relações informais nem tem cumplicidade com congressistas. Todas as lideranças de seu governo, inclusive o vice-presidente, precisam marcar audiência para falar com a presidente. (Págs. 1, A6 e A7)
Oposição mantém 'trajetória errática'
Longe de colher benefícios pela queda recorde de sete ministros, seis deles acusados de corrupção, no primeiro ano de governo Dilma Rousseff, a oposição entrou numa agenda negativa que atrapalha e atrasa seus planos de voltar ao poder. Não consegue grudar a corrupção na presidente e desperdiça tempo para criar uma marca forte perante o eleitorado. Em entrevista ao Valor, a cientista política Marta Arretche, professora e pesquisadora da USP e do Cebrap, diz que a oposição continua sua trajetória errática sem aprender as lições de 2006. (Págs. 1 e A5)
Crises já influem nas migrações
Crises são um fator impulsionador de migrações e esse fenômeno já pode ser observado hoje. Em número crescente, trabalhadores portugueses buscam emprego no Brasil, principalmente na construção. O número de vistos de trabalho brasileiros concedidos a portugueses mais do que triplicou de janeiro a setembro, em comparação com o mesmo período de 2010, enquanto as autorizações totais para estrangeiros trabalharem no Brasil cresceram apenas 33%, somando 51 mil. Na Alemanha, a entrada de migrantes gregos cresceu 84% e de espanhóis, 49%.
Nos EUA, dá-se o fenômeno inverso: a crise fez cair as migrações internas. Entre 2010 e 2011, apenas 11,6% da população mudou de Estado, menor porcentagem desde 1948. A crise levou homens entre 25 e 34 anos, que mais migram, a continuar na casa dos pais. (Págs. 1, A8 e A9)
Ipiranga e Shell brigam para ver quem é vice
A BR distribuidora segue tranquila na liderança da distribuição de combustíveis no país, com 39% do mercado. Mas a disputa pelo segundo lugar está cada vez mais acirrada entre Ipiranga, do grupo Ultra, e Raízen, joint venture entre Shell e Cosan. As duas planejam investimentos pesados em 2012, com ênfase em regiões com maior potencial de expansão, fora do Sudeste-Sul.
O mercado brasileiro de combustíveis, aquecido pela entrada de 3,5 milhões de veículos por ano e pela alta da renda das classes C e D, deverá encerrar o ano com 110,3 bilhões de litros comercializados e crescimento de 2,8% em relação a 2010. (Págs. 1 e B7)
Empregado é indenizado por doença mental
Empregados que contraíram doenças mentais no ambiente de trabalho, por causa de violência ou assédio moral, estão obtendo na Justiça indenizações por danos morais. Nos casos mais graves, em que o trabalhador é aposentado, os tribunais têm determinado ainda o pagamento de pensão para complementar o benefício previdenciário. Recentemente, a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) confirmou decisão que condenou o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) a pagar indenização a um caixa, vítima de assaltos. A decisão garante R$ 50 mil por danos morais e pensão mensal de 30% do valor de sua remuneração até que ele complete 70 anos. (Págs. 1 e E1)
Longa espera no Rodoanel de São Paulo
Dois anos depois da inauguração do trecho sul do Rodoanel de São Paulo, as três comunidades indígenas próximas à rodovia, com 1,2 mil moradores, ainda não foram ressarcidas pelos impactos socioambientais. Acordo de compensação prevê a compra de mais terras para as comunidades. Para isso, a Dersa, empresa responsável pela obra, fez um deposito em juízo de R$ 6 milhões. Os indígenas esperam que, de posse de mais terras, mesmo longe da capital, possam preservar sua cultura. (Págs. 1, A4)
Tablets avançam na educação, diz Pedro Graça, da Estádio. (Págs. 1 e A12)
Destaques: Licenciatura a distância ganha espaço
É cada vez maior a opção por licenciatura a distância pelos universitários que serão os futuros professores da educação básica brasileira. Esses cursos já respondem por 30% das graduações na formação de docentes. Há cinco anos, o percentual ficava entre 5% a 8%. (Págs. 1 e A2)
Mais força aos pequenos
O BNDES vai encerrar 2011 com um desempenho atípico em relação aos anos anteriores. A novidade no perfil de desembolsos do banco será a forte participação das pequenas e médias empresas, cujo financiamento através da Finame deve representar mais de 40% das liberações totais da instituição. (Págs. 1 e A4)
PMDB traça estratégia para 2012/14
Maior partido da base aliada do governo e fonte de permanente tensão para o Planalto, o PMDB inicia 2012 convencido de que terá de obter bom desempenho nas eleições municipais para assegurar a vice-presidência na dobradinha com o PT em 2014. (Págs. 1 e A7)
Receita menor com a aftosa
Afetada pelo aumento da concorrência e pelo menor número de doses vendidas em alguns Estados, a receita com a venda de vacinas contra a febre aftosa deve encerrar o ano em queda. A Merial, maior fabricante, estima retração de 11%. (Págs. 1 e B10)
Crédito garantido
Expectativa de que a poupança volte a atrair mais aplicações, com a queda da Selic, e de um ritmo menor na oferta de crédito imobiliário adiam para 2014 a preocupação com o esgotamento da caderneta como funding para empréstimos habitacionais. (Págs. 1 e C1)
Minoritários da Confab vão à CVM
Minoritários da Confab apresentaram reclamação à CVM contra a participação da empresa na operação de compra da Usiminas pelo grupo Techint. Eles questionam o uso de R$ 900 milhões do caixa da empresa, que sempre foi boa pagadora de dividendos. (Págs. 1 e D3)
PB quer carga tributária explícita
Empresas situadas na Paraíba serão obrigadas, a partir de março, a informar em embalagens e propagandas a carga tributária incidente sobre produtos e serviços. A Federação das Indústria do Estado estuda ir à Justiça contra a medida. (Págs. 1 e E1)
Ideias: Isidoro Yamanaka
O Brasil tem consciência da necessidade de agregar valor aos produtos de exportação para o Japão e outros países da Ásia. (Págs. 1 e A10)
Carlos Lessa
Há um velho provérbio turco que diz: “Se quiseres vender um corvo, pinte-o de rouxinol”. (Págs. 1 e A11)
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