20 de junho de 2012
O Globo
Manchete: Até Vaticano consegue esvaziar o documento final da Rio+20
Texto é aprovado após madrugada tensa de negociações no Riocentro
Um documento muito mais fraco do que se poderia esperar. Essa foi a conclusão do texto aprovado ontem, numa plenária quase relâmpago no Riocentro, após uma madrugada tensa em que os europeus ameaçaram deixar a mesa de negociações. A conclusão foi um relatório sem ambições e que muitos ambientalistas e observadores da sociedade civil chegam a batizar de “Rio menos 20”, numa alusão à Rio-92, que apresentou avanços bem significativos. Até o Vaticano, um mero observador nas discussões da ONU, vetou o texto sobre o direito reprodutivo das mulheres. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Mary Robinson
Ex-comissária de Direitos Humanos da ONU questiona “como podem celibatários saber sobre a saúde das mulheres?” (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Richard Lindzen
O movimento ambiental é imoral e extrapola quando recorre à alegação de que a Terra está em perigo. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
José Manuel Durão Barroso
Presidente da Comissão Européia diz que sustentabilidade é condição para o desenvolvimento. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Ban Ki-Moon
Secretário-geral da ONU defende a construção de um movimento global para conduzir uma transformação. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Míriam Leitão
O Brasil recolheu os vetos, avançou para o passado e só confirmou a Rio-92. (Págs. 1 e Economia, 22)
E no G-20, o "Inexorável da Silveira"
Na cúpula do G-20, Dilma disse que, para superar a crise europeia, os países serão forçados a agir devido ao que batizou de “Inexorável da Silveira”. Plano da UE prevê usar até € 750 bi para comprar títulos de Espanha e Itália. (Págs. 1 e Economia, 21 a 23)
Erundina sai, mas PSB e PT seguem com Maluf e Lula
A deputada Luiza Erundina (PSB) formalizou a decisão de não ser mais vice de Fernando Haddad (PT) na campanha para a prefeitura de São Paulo. Segundo dirigentes petistas e socialistas, ela sabia, quando indicada, que o PT costurava apoio com o PP de Paulo Maluf, mas decidiu abandonar a chapa após a divulgação da fotografia de Haddad ao lado de Lula e do ex-prefeito. O presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, liberou o PT para a escolha do novo vice, mas afirmou que indicaria, se solicitado, outro nome de seu partido. (Págs. 1, 3, Zuenir Ventura, Roberto DaMatta e editorial “Nada a estranhar em PT+Maluf’)
Merval Pereira
Na obsessão pela vitória em SP, Lula não está mais evitando riscos de contaminação, como a aliança com o malufismo. (Págs. 1 e 4)
"Morte" de Mubarak opõe governo e oposição
O ex-ditador Hosni Mubarak voltou a assombrar o Egito após a divulgação de versões contraditórias de que estaria clinicamente morto. Os rumores aumentaram a incerteza sobre a eleição, reivindicada tanto pelo ex-premier de Mubarak quanto pela Irmandade Muçulmana. (Págs. 1 e 28)
Justiça, enfim, abre processo contra aloprados
Quase seis anos depois do escândalo dos aloprados, nove envolvidos viraram réus e vão responder por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Nas eleições de 2006, eles foram flagrados com mais de R$ 1 milhão para comprar um dossiê. (Págs. 1 e 9)
TCU divulga lista de 7 mil inelegíveis
O Tribunal de Contas da União apresentou a lista dos 6.917 agentes e gestores públicos que tiveram contas rejeitadas — o número subiu 41% em relação a 2010. Quem estiver nessa situação fica impedido de disputar eleição em outubro. (Págs. 1 e 4)
Caso Cachoeira: juiz se diz ameaçado
O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que cuidava do processo contra Cachoeira, disse que se afastou do caso por ter sido ameaçado. O CNJ investigará a denúncia. (Págs. 1 e 9)
Contran troca multa por advertência
A partir de 2013, quem cometer infração leve e média no trânsito, e não for reincidente, poderá ser advertido por escrito, sem multa ou perda de pontos, segundo resolução do Contran publicada no Diário Oficial. (Págs. 1 e 12)
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Folha de S. Paulo
Manchete: PT perde Erundina e gera crise após se aliar a Maluf
Socialista abandona vice de Haddad em protesto contra aliança com o ex-prefeito
Um dia após o encontro que selou o apoio de Paulo Maluf (PP) ao PT na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a deputada Luiza Erundina (PSB), em protesto, deixou o posto de vice na chapa de Fernando Haddad.
Ela disse que não aceitava pedir votos com Maluf. (Págs. 1 e Poder)
Nove ‘aloprados’ são denunciados por dossiê de 2006 contra tucanos. (Págs. 1 e A9)
Rio+20: Crise posterga as principais decisões da conferência
O documento final aprovado da Rio+20 avança pouco na agenda de desenvolvimento sustentável e joga para o futuro todas as decisões difíceis. Os países ricos encontraram na crise a justificativa para não se comprometerem com o fundo de dinheiro novo e adicional proposto pelas nações em desenvolvimento. (Págs. 1 e Cotidiano C8)
Júlia Sweig: Rio+20 e G20 são grandes demais para ter êxito
A dificuldade de resultado no G20 e na Rio+20 sugere a frase: grande demais para ter êxito. Os avanços serão feitos em encontros menores, onde menos poderá resultar em mais do que os fóruns globais conseguem realizar. (Págs. 1 e Mundo A14)
Mundo vive a crise do "Inexorável da Silveira", diz Dilma
A presidente Dilma invocou o Sobrenatural de Almeida, personagem de Nelson Rodrigues, para dizer que não é possível escapar da crise, que classificou de “Inexorável da Silveira”. A cúpula do G20 definiu que ações de estímulo às economias terão prioridade sobre o ajuste fiscal. (Págs. 1 e Mundo A14)
No Egito, morte de Mubarak é anunciada e depois negada
A morte clínica do ex-ditador Hosni Mubarak foi divulgada pela agência de notícias estatal do Egito e mais tarde negada pelo próprio governo. Os rumores aumentaram as incertezas no país, que aguarda o resultado das eleições. Em protesto contra atos que ampliam o poder da junta militar e enfraquecem o próximo presidente, islamitas lotaram a praça Tahrir. (Págs. 1 e Mundo A12)
Fundador do WikiLeakspede asilo político ao Equador
Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, solicitou asilo político ao Equador e se refugiou na embaixada do país em Londres. Ele permanecerá sob proteção da diplomacia do país até que o governo avalie o pedido.
A Suprema Corte britânica rejeitou o recurso de Assange e ordenou que ele seja deportado à Suécia para responder por acusações de abuso sexual. (Págs. 1 e Mundo A13)
Bens de ex-diretor de SP poderão ser bloqueados
O Ministério Público entrou com ação na Justiça paulista pedindo o bloqueio imediato dos bens do ex-diretor da Prefeitura de São Paulo Hussain Aref Saab, suspeito de enriquecimento ilícito. Em sete anos, Aref adquiriu 106 imóveis.
O pedido se baseia na desproporção entre patrimônio e renda de Aref e inclui depoimento de pessoas que dizem que ele cobrava propina. A Promotoria também investigará cinco shoppings e o vereador Aurélio Miguel (PR). (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Editoriais
Leia “G20 pressiona Europa”, acerca de cobrança sobre a zona do euro para combater crise, e “Dificuldades em rede”, sobre os problemas do Facebook. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Foto de Lula com Maluf faz Erundina desistir de ser vice
Ex-prefeita se rebelou em razão da exposição pública de uma aliança que ela chamou de ‘constrangedora’
A deputada Luiza Erundina (PSB) desistiu de ser vice na chapa de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo. Ela se rebelou depois que o ex-presidente Lula apareceu com o deputado Paulo Maluf para selar com o PP uma aliança que ela chamou de “constrangedora”. Em reunião com a cúpula do PSB, Erundina teria dito que o problema não era a coligação em si, mas a “forma” como ela foi conduzida, referindo-se à exposição pública. “Ela disse que não se calaria, que não retiraria nenhuma das afirmações que fez”, disse o presidente do PSB, Eduardo Campos. O PT avalia que a exposição de Haddad na TV e uma rápida escolha do novo vice vão abrandar a crise na campanha. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6)
Antonio Donato
Coordenador da campanha de Haddad
“Quem quer mudar o Brasil se preocupa com o conteúdo, e não com a forma. Se ela (Erundina) mudou de ideia, continuaremos na nossa toada”
Convite ao PC do B
Com a desistência de Erundina, o PT deve convidar o PC do B para nomear o vice na chapa de Haddad. O PSB, por sua vez, informou que vai se manter na coligação com os petistas em São Paulo. (Págs. 1 e Nacional A4)
Brasil festeja acordo na Rio+20, mas sofre críticas
Três dias antes da conclusão oficial da Rio+20, o Brasil apresentou ontem o documento que deverá ser aprovado pelos chefes de Estado na plenária final de sexta-feira. O texto foi avaliado como pouco ambicioso por ONGs e até por algumas das delegações. Mas a diplomacia brasileira qualificou de “estupendo” o resultado. O documento final foi redigido na madrugada de ontem, após dura rodada de negociações, em que o Brasil foi criticado por forçar o fechamento do texto. “Fizemos o que foi possível”, disse Onu Eluwa, da delegação da Nigéria. (Págs. 1 e Planeta H3)
Análise
Celso Lafer
O papel do País
O Brasil é uma potência na área ambiental. Nenhum grande item pode ser equacionado sem sua participação. (Págs. 1 e H6)
Paulo Sotero
O mundo de Clarice
Um mundo novo a ser imaginado e inventado é o que tratarão os líderes reunidos a partir de hoje no Rio. (Págs. 1 e H5)
Petrobrás quer combustível 15% mais caro
O Plano de Negócios da Petrobrás recomenda reajuste de 15% na remuneração que recebe por seus combustíveis. O Estado apurou que esse foi o porcentual que a empresa apresentou como necessário para financiar o plano de investimentos de US$ 236,5 bilhões até 2016. (Págs. 1 e Economia B1)
Código Penal: Desafio aos tabus
A proposta do novo Código Penal, concluída ontem, abordou vários tabus, disse Gilson Dipp, um dos juristas que elaboraram o texto a ser avaliado no Senado. Conheça as principais alterações. (Págs. 1 e Cidades C4)
Julian Assange foge e pede asilo ao Equador (Págs. 1 e Internacional A15)
Dora Kramer
Desafio ao Estado
Acumulam-se sinais de que o bando de Cachoeira pode ser bem-sucedido nas investidas para obstruir a ação da Justiça e celebrar a impunidade no final. (Págs. 1 e Nacional A6)
Celso Ming
Reconhecimento tardio
O governo reconhece equívocos da política de combustíveis: o de administrar preços à custa da Petrobras e o de solapar a capacidade de investimento. (Págs. 1 e Economia B2)
Roberto DaMatta
Retornos & mudanças
O negócio deste Brasilzinho dos políticos de hoje é grana. Uma boa fachada ideológica mal disfarça a boa vida como alvo dos que chegam ao poder. (Págs. 1 e Caderno 2, D12)
Notas & Informações
A vingança maligna de Maluf
Ele soube esperar a ocasião de mostrar a Lula quem era o "bobo alegre da corte”. (Págs. 1 e A3)
Fotolegenda: Egito mergulha em crise e rumores
Dezenas de milhares de manifestantes convocados pela Irmandade Muçulmana se reúnem na Praça Tahrir para protestar contra os militares que governam o Egito; a tensão cresceu em meio a rumores de que o ex-ditador Hosni Mubarak havia morrido. (Págs. 1 e Internacional A12)
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Correio Braziliense
Manchete: Delegado é preso no DF e delegada, afastada
João Kleiber Ésper e Martha Vargas estiveram à frente de alguns dos mais famosos casos da cidade. Hoje, longe dos holofotes, eles respondem por erros cometidos na Polícia Civil. Ex-diretor da Divisão de Repressão a Sequestros, que apurou o desaparecimento e assassinato da estudante Isabela Tainara, João Kleiber está na cadeia acusado de atrapalhar o andamento de denúncias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Já Martha foi afastada do trabalho suspeita de cometer cinco crimes durante os trabalhos de investigação do triplo assassinato na 113 Sul. (Págs. 1, 24 e 25)
CNJ apura ameaça de morte a juiz que prendeu Cachoeira (Págs. 1 e 6)
Direitos Humanos: O mistério sobre os torturadores de Dilma
No depoimento em que revelou os horrores vividos nos porões da ditadura em Juiz de Fora (MG), Dilma apontou nomes usados por seus torturadores, possíveis agentes do Dops: Dr. Medeiros, também identificado como Lara, e Joaquim. "Esse dr. Medeiros ocupava lugar central", contou. Joaquim, avaliou ela, se tratava de um agente de segundo nível. Quem assina o inquérito policial militar (IPM) de Dilma é o general Octávio Aguiar de Medeiros.Um dos militares mais proeminentes do regime, Medeiros morreu em 2005, aos 82 anos. Mas pessoas que atuaram em organizações políticas da época acreditam se tratar de coincidência, pois esse pessoal geralmente usava nomes falsos. Há também a hipótese de se tratar de Lara Rezende, um dos agentes que torturaram Ângelo Pezzuti, principal dirigente do grupo armado Colina. (Págs. 1, 2 e 3)
Eleições: Maluf? Para Erundina, a hora é de sair
A deputada federal do PSB desistiu de ser a vice de Fernando Haddad (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo. A gota d’água foi o encontro entre Lula e Paulo Maluf para selar o apoio do PP à chapa liderada pelo petista. (Págs. 1 e 7)
Justiça aceita denúncia contra nove "Aloprados" (Págs. 1 e 4)
Superfaturamento nas diárias do Senado na Rio+20 (Págs. 1 e 11)
Canhedo lidera o ranking da dívida trabalhista no país (Págs. 1 e 15)
Egito: Convulsão nas ruas e dúvidas sobre Mubarak
A morte do ex-presidente é anunciada por agências de notícias, mas negada pelo governo. Os egípcios tomaram o centro do Cairo exigindo a saída da Junta Militar. (Págs. 1 e 18)
Investimentos fazem o PIB do Ceará crescer (Págs. 1 e Suplemento Especial)
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Valor Econômico
Manchete: Acordo final posterga as decisões para 2015
A Rio+20 só não ê um fracasso porque a expectativa em torno dos resultados da conferência sempre foram muito baixos. O Brasil conseguiu o que queria com o documento-base, que agora será apresentado aos chefes de Estado: evitar o retrocesso em pontos já acertados na Rio92, há 20 anos. O maior avanço, no entanto, se resume à criação de uma agenda para os próximos três anos. Mais uma vez, o sistema multilateral foi salvo. Mas a distância entre o que os governos avançaram em seu acordo de ontem, no Riocentro, e o que a ciência tem constantemente indicado que se faça, continua imensa.
O texto-base “O Futuro que Queremos” dificilmente será reaberto nos próximos dias. Tem 283 parágrafos em 49 páginas. Não entrará para a história e nem é especial. Se tem algum mérito é o de abrir alguns processos importantes — que só no futuro se saberá se funcionaram —, como aumentar a consciência sobre esse debate no Brasil e incentivar a postura sustentável dos negócios. A governança institucional do desenvolvimento sustentável e do ambiente, no sistema das Nações Unidas, também avançou. (Págs. 1 e A10 a A12)
Baixa meta para emissões de transportes
Apesar das dezenas de bilhões de reais que serão investidos em logística e mobilidade urbana nos próximos anos, o Brasil conseguirá uma redução bastante modesta em suas emissões de gases-estufa até 2020 no setor de transportes, segundo metas que deverão ser incorporadas à Política Nacional sobre Mudanças Climáticas. Os compromissos têm caráter voluntário, mas são uma referência nas negociações internacionais sobre o aquecimento global. O rápido aumento da frota de automóveis e o crescimento das cargas transportadas limitarão os ganhos ambientais, conforme o plano setorial de transporte. O documento, que ficará em consulta pública até agosto, estipula a meta de reduzir em 2% as emissões de gases de efeito estufa projetadas para 2020. (Págs. 1 e A12)
Inadimplência volta a crescer em maio
A inadimplência do consumidor voltou a subir com força. Dois indicadores mostram que o atraso de pagamentos atingiu nível recorde em maio, enquanto a demanda por crédito voltou a crescer, principalmente entre as camadas de menor renda. Segundo levantamento da Serasa Experian, o índice de inadimplência saltou 6,2% entre abril e maio, atingindo o maior nível da série iniciada em janeiro de 1999. No período, a demanda por crédito cresceu 14%.
Cartão de crédito e cheque especial são as principais causas de dívidas não pagas, segundo consumidores ouvidos pela Boa Vista Serviços — 39,8% dizem estar inadimplentes no primeiro e 32,3%, no segundo. O descontrole orçamentário é considerado o segundo maior motivo da inadimplência entre as famílias brasileiras, ficando atrás somente do desemprego. (Págs. 1 e A3)
Demanda de exportador por ACC dispara
Com dependência elevada de recursos externos, as empresas brasileiras já encontram caminhos para driblar as restrições impostas pelo governo à entrada de moeda estrangeira por meio de empréstimos. A saída foi ampliar a busca pela modalidade mais tradicional de financiamento à exportação, o adiantamento e contrato de câmbio (ACC), única linha livre da alíquota de 6% do IOF.
Houve uma verdadeira corrida, o que levou o estoque de ACCs a um crescimento de 20% no ano, até abril, segundo dados do Banco Central, chegando a R$ 46 bilhões. “Sentimos um forte aumento da demanda”, afirma o diretor de um banco europeu. “Antes, tínhamos limites disponíveis que não eram utilizados”. (Págs. 1 e C1)
Fotolegenda: De volta à Tahir
Os egípcios lotaram a praça Tahir, no Cairo, para protestar contra decreto que amplia os poderes da junta militar que comanda o país. O ex-ditador Hosni Mubarak respira por aparelhos. (Págs. 1 e A13)
Erundina desiste e põe em crise aliança PT-PSB
Em apenas quatro dias, a aliança entre PT e PSB para a eleição à Prefeitura de São Paulo saiu da celebração para o anticlímax, com a desistência da deputada federal Luíza Erundina (PSB) de ser a vice do pré-candidato petista, Fernando Haddad. Em reunião com a cúpula nacional do seu partido, ontem à tarde, em Brasília, Erundina comunicou sua decisão “irredutível” de deixar a chapa — mas não a campanha — depois que seu adversário histórico, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), aderiu à candidatura Haddad, com direito a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua casa.
A confusão expõe mais uma vez as dificuldades de relacionamento entre PSB e PT nestas eleições. Sem querer se comprometer a indicar novo nome, o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que a escolha agora cabe exclusivamente ao PT e a Haddad. Petistas já trabalham com a possibilidade de usar a vaga de vice para convencer outras siglas, como o PCdoB e o PTB, a aderir à coligação. (Págs. 1 e A5)
BBI deslancha no mercado de capitais
O banco de investimento Bradesco BBI demorou mais que os concorrentes para atuar no mercado de capitais — só foi criado em 2007, quando o Itaú BBA e o então Pactuai já disputavam espaço com os grandes bancos estrangeiros. Mas o atraso já foi compensado. O BBI fechou 2011 em um inédito terceiro lugar na lista dos bancos mais atuantes nas ofertas de ações. Até agora, tem conseguido repetir a dose nas operações que saíram neste ano, segundo ranking da Dealogic.
“Somos um banco de relacionamento, não de uma só transação”, diz Sérgio Clemente, principal executivo da instituição. O contato com 22 mil companhias clientes do Bradesco é um dos grandes trunfos para novos negócios. (Págs. 1 e C16)
Petroleiras estatais de China e Índia se unem para atuar em terceiros países (Págs. 1 e B10)
Paralisação na Receita
Ao menos uma empresa, fabricante de autopeças, já recorreu â Justiça para liberar componentes importados retidos no porto do Rio, devido ao movimento dos auditores fiscais, em operação-padrão desde segunda-feira por reajuste salarial. (Págs. 1, A2 e E1)
Câmbio puxa exportação de máquinas
Elevação do câmbio dá novo impulso às exportações de bens de capital, que entre janeiro e abril cresceram 18,5% sobre o mesmo período do ano passado. Os preços subiram, em média, 4,7%. (Págs. 1 e A4)
Venda de carros sobe com IPI menor
Venda de veículos reage à redução do IPI e cresce 20,7% na primeira quinzena de junho em relação ao mesmo período do ano passado — 18,5% sobre os 15 primeiros dias de maio. Pesados também esboçam reação. (Págs. 1 e B11)
Bom Futuro defende a liderança
Maior produtor de grãos do país, o grupo mato-grossense Bom Futuro, do empresário Eraí Maggi Scheffer, planeja aumentar a área plantada com soja e, principalmente, milho safrinha no ciclo 2012/13, que começa em julho. (Págs. 1 e B16)
Crise se agrava na Espanha
Rendimento dos títulos espanhóis de dez anos no mercado secundário supera os 7% e faz crescer o temor quanto â necessidade de socorro financeiro integral ao país, que poderia custar cerca de € 500 bilhões. (Págs. 1 e C3)
Bancos desagradam clientes
Pesquisa internacional da consultoria francesa Capgemini mostra que os brasileiros estão entre os mais insatisfeitos com os serviços bancários: 55% dos entrevistados pretendem mudar de banco. (Págs. 1 e C16)
Ideias
Rosângela Bittar
Lula abusa do prestígio, cinde o PT com intervenções e está longe de conseguir as condições para reunificá-lo. (Págs. 1 e A6)
Martin Wolf
A crise da região do euro provavelmente vai ser uma longa novela — caso não acabe em tragédia. (Págs. 1 e A15)
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