11 de março de 2013
O Globo
Manchete: Razões do pibinho - Gastos em Transportes caem 4,3 bi em um ano
Resultado foi o pior entre os ministérios no ano passado
Investimentos da pasta recuaram de 0,33% para 0,21% do PIB. Analistas veem gargalo ao crescimento e falta de gestão no governo
No ano em que o Brasil cresceu só 0,9%, o Ministério dos Transportes, pasta que é o carro-chefe das obras de infraestrutura, reduziu seus investimentos em R$ 4,3 bilhões. Foram R$ 9,2 bilhões aplicados em 2012, o equivalente a 0,21% do PIB; contra R$ 13,5 bilhões em 2011, ou 0,33% do PIB. Analistas afirmam que a falta de investimentos públicos e privados é o maior gargalo ao crescimento econômico do país. Economistas também criticam as mudanças de marcos regulatórios e veem falta de capacidade de gestão no governo. Enquanto isso, nas estradas federais, houve 8.480 mortes em 2011, segundo o último balanço anual do Dnit. (Págs. 1 e 17)
Dom Odilo é pop
Visto como forte candidato a Papa, o cardeal brasileiro rezou missa em Roma para igreja cheia na antevéspera do conclave: “Nunca vi tanto jornalista interessado em missa.” (Págs. 1, 26 e Ricardo Noblat)
Projeto para baixa renda empaca
Dos 27 imóveis do INSS comprados pelo governo para dar moradias à população de baixa renda, só quatro estão prontos. Para cumprir a promessa do ex-presidente Lula, feita no Natal de 2009, foram gastos R$ 20 milhões. Burocracia, entraves judiciais e a dificuldade de adaptar os prédios atrasaram o projeto. (Págs. 1 e 3)
Deputado reage e pede apoio
O deputado Marco Feliciano disse que sua eleição para presidir a Comissão de Direitos Humanos incomodou o "reino das trevas” e marcou ato com líderes religiosos para apoiá-lo. (Págs. 1 e 5)
Comissões em xeque na Alerj (Págs. 1 e 6)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Às vésperas do conclave, cardeais falam de reconciliação
Missas a menos de 48h do início das votações dão 'clima de campanha’ às igrejas de Roma
O domingo em Roma foi de igrejas cheias para assistir às missas rezadas pelos cardeais a menos de 48h do início do conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI. As mais concorridas foram as do brasileiro Odilo Scherer e do italiano Angelo Scola, informam José Maria Mayrink e Jamil Chade. Ambos, em suas homilias, falaram sobre a reconciliação da Igreja com o pecador arrependido. D. Odilo, antes da missa, pediu aos fiéis que rezassem pelo “momento importante e difícil” pelo qual passa a Igreja. Scola falou em “momento de aflição”. D. Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, disse que as congregações-gerais realizadas semana passada ajudaram a definir o perfil do novo papa e a escolha deve ser rápida. (Págs. 1 e Vida A12 e A13)
Fotolegenda: Entre fiéis
D. Odilo disse que “Deus está sempre disposto a acolher de volta o pecador que abandona sua fé".
TCU blinda roteiro de voos de ministros
O Tribunal de Contas da União está impedindo a divulgação do destino e da justificativa de viagens feitas por seus ministros com verba pública. A alegação é de que a informação traz ‘risco à segurança’. Em 2009, os ministros tiveram direito ao equivalente a R$ 53 mil em voos. (Págs. 1 e Nacional A4)
R$ 40 mil gastou em passagens, em 2011, a ministra Ana Arraes.
Governo quer substituir taxa sindical
Cobrado desde 1943 de todos os trabalhadores com carteira assinada no País, o imposto sindical deve ser substituído por uma taxa negociada entre sindicatos e categorias, no valor de até 1% do salário por mês. No primeiro momento, porém, o governo vai manter o imposto sindical, e a nova taxa negocial, antigo sonho do PT e da CUT, será criada como uma contribuição adicional. No futuro, o governo pode promover a troca definitiva. (Págs. 1 e Economia B1)
Capriles fará novo confronto com chavistas
Com a eleição presidencial marcada para 14 de abril, os partidos de oposição na Venezuela começaram a traçar sua estratégia para tentar superar a máquina chavista, informa Roberto Lameirinhas. Henrique Capriles deve se registrar hoje como candidato para enfrentar Nicolás Maduro, presidente encarregado. Derrotado por Hugo Chávez em outubro, Capriles obteve 44% dos votos. Ele afirma que as instituições judiciais e eleitorais do país são controladas pelos chavistas. (Págs. 1 e Internacional A9)
Abaixo-assinado online desafia classe política (Págs. 1 e Nacional A7)
SIP discute governos autoritários na AL (Págs. 1 e Nacional A8)
Alexandre Barros
Ciência sem... critérios
O MEC vai afrouxar os requisitos de língua estrangeira em seu programa de bolsas. O prejuízo será coberto com o meu, o seu, o nosso dinheiro. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
José Roberto de Toledo
‘Queridos’, pero no mucho
Poucas palavras revelam mais o estado de espírito presidencial do que “querido” - seja pela pronúncia ou pela omissão. (Págs. 1 e Nacional A8)
Notas & Informações
O baú das bondades federais
Cortar impostos pode ser uma ideia muito boa. Falta saber como fechar as contas. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Brasileiro vive dia de papa em Roma
O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, não reconhece, mas ocupou, ontem, em Roma, a posição de forte candidato à sucessão de Bento XVI. Câmeras e microfones de jornalistas do mundo todo cercaram o cardeal durante celebração na Igreja Santo André de Quirinale. Houve flashes, aplausos e incentivos dos fiéis que participavam da missa. Em 22 minutos de homilia, dom Odilo não fez menção ao conclave, mas a imprensa italiana sinaliza que ele já teria 30 dos 77 votos necessários. (Págs. 1, 12 e 13)
Venezuela: Oposição enfrenta desânimo
Caracas — Nem a morte de Chávez nem o anúncio de novas eleições conseguiram motivar a oposição. No principal reduto antigovernista, predominam desconfiança, medo e frustração. (Págs. 1 e 14)
Bom motorista vai ter multa perdoada no DF
O condutor que cometer infração média ou leve no trânsito não será multado nem perderá pontos na carteira, levará apenas advertência por escrito, desde que não tenha nenhum outro deslize registrado pelo Detran nos últimos 12 meses. A medida, prevista em lei, deve entrar em vigor no Distrito Federal em 15 dias. (Págs. 1 e 19)
TCU analisa pressa do Ministério do Turismo em emitir pareceres
Pelo menos 17 autorizações de repasses de recursos a prefeituras em 2012 estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Mais da metade dos convênios assinados recebeu emendas de deputados e senadores do PMDB. (Págs. 1 e 2)
Comitiva da Fifa faz a última vistoria no Mané Garrincha
antes da inauguração do estádio, prevista para 21 de abril. (Págs. 1 e Super Esportes, 7)
Um basta à violência
Família de Fernanda Grasielly, assassinada pelo ex-namorado em shopping da Octogonal, lidera protesto pelo fim da violência contra a mulher. (Págs. 1 e 21)
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Valor Econômico
Manchete: Argentina rejeita livre mercado para veículos
O governo argentino decidiu rever o acordo automotivo com o Brasil para eliminar o dispositivo que prevê o livre comércio de carros, partes e peças a partir do segundo semestre. Além disso, quer obrigar as montadoras instaladas no Brasil a localizar parte de seu processo produtivo na Argentina. Esse é um dos pontos de atrito entre os dois países que seria tratado na reunião da semana passada entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, cancelada com a morte do presidente Hugo Chávez.
A possível paralisação dos investimentos da Vale na Argentina é outro ponto de atrito entre os dois países, elevado pelo governo Kirchner a assunto de Estado. A Vale deve decidir hoje, em reunião do conselho de administração, se mantém o projeto que prevê investimentos de US$ 6 bilhões em uma mina de potássio na Argentina. A tendência da diretoria é paralisar o projeto. Os argentinos ameaçam retaliar desapropriando a mina, onde a empresa já investiu US$ 1 bilhão aproximadamente. Tanto no caso da Vale como na discussão do regime automotivo, chama atenção a falta de uma proposta clara do governo argentino. (Págs. 1 e A2)
Infraestrutura atrai R$ 70 bi nos Estados
Os planos de concessões e de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em infraestrutura previstos pelos governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro devem trazer investimentos de quase R$ 70 bilhões nos próximos anos. A maior parte dos projetos é na área de mobilidade urbana, com destaque para obras de metrôs. Ao contrário do que ocorre no governo federal, nos Estados as PPPs são o modelo preferido, envolvendo cerca de 90% dos projetos. São Paulo concentra o maior número deles. Duas obras de metrô, uma de monotrilho e uma rede de trens consumirão R$ 37 bilhões. (Págs. 1 e A4)
Aperto fiscal ameaça reação nos EUA
A economia americana melhorou, nos últimos meses, reagindo positivamente às injeções de dinheiro promovidas pelo Federal Reserve (Fed, banco central) e à manutenção dos juros baixos. A criação de empregos, indicadores de atividade na indústria, serviços e mercado imobiliário apontam para um crescimento mais firme no setor privado. Para completar, as ações vêm batendo recorde.
Essa paisagem rósea está com os dias contados, porém. A atividade deve perder parte do fôlego nos próximos meses, devido ao efeito dos cortes automáticos de gastos públicos de US$ 85,3 bilhões, que entraram em vigor neste mês, e do aumento de impostos definido na virada do ano, nas negociações que evitaram o chamado abismo fiscal. Além da elevação dos tributos para os mais ricos, subiu o imposto sobre a folha de pagamento para os trabalhadores. (Págs. 1 e A10)
Arrecadação de ICMS indica retomada
Os Estados já sentem o início da recuperação da economia na arrecadação de fevereiro, que reflete os tributos das operações em janeiro. São Paulo teve crescimento real de 4,5% nas receitas com o ICMS em relação ao mesmo mês de 2012. O resultado foi mais vigoroso em Minas Gerais, com alta de 11,9%, de 8,6% em Pernambuco e 22,4% no Rio Grande do Sul, embora o desempenho esteja inflado por uma baixa base de comparação.
Em alguns Estados, porém, como Santa Catarina e Espírito Santo, houve impacto negativo da Resolução 13, que reduziu o ICMS interestadual de importados para acabar com a guerra dos portos.
Os governos estaduais estão cautelosos em relação às projeções para o ano. O ritmo da recuperação ainda é incerto, apesar do início de ano promissor. (Págs. 1 e A3)
Venezuela no Mercosul agora ajuda
O governo brasileiro acompanha de perto os desdobramentos políticos resultantes da morte do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e boa parte da atenção está voltada aos sinais dos agentes políticos em relação à efetiva inclusão do país no Mercosul, medida considerada estratégica para as empresas brasileiras que lá operam.
O Brasil esperava que já no início do ano o país adotasse algumas das medidas em discussão - tarifa externa e nomenclaturas comuns, por exemplo. Na avaliação do governo brasileiro, o ingresso no Mercosul garante a segurança institucional necessária às empresas brasileiras que atuam no país. O vice-presidente Nicolás Maduro, responsável pelas negociações que levaram à adesão venezuelana ao bloco, é visto no Itamaraty como interlocutor confiável e favorito na eleição para suceder Chávez. (Págs. 1 e A11)
Lagarta provoca gastos bilionários
Uma lagarta antes subestimada nas lavouras brasileiras se tornou protagonista de uma crise fitossanitária que já levou os agricultores do oeste da Bahia, onde a situação é mais grave, a desembolsar cerca de R$ 1 bilhão para tentar erradicar a praga nas últimas duas safras. No país, estima-se algo em torno de R$ 2 bilhões. A lagarta Helicoverpa, uma praga comum no milho, passou a atacar culturas como soja e algodão, e virou tema de uma reunião marcada para hoje em Brasília, que deve ter representantes de produtores, do Ministério da Agricultura e da Casa Civil.
Um dos objetivos do encontro é delinear estratégias para evitar que o problema se espalhe para outros Estados, além dos 11 já afetados. (Págs. 1 e B16)
Tensão volta a crescer em Belo Monte
A tensão entre os 18 mil trabalhadores de Belo Monte e o consórcio que constrói a hidrelétrica nas margens do rio Xingu, no Pará, chegou a um nível crítico. O novo ponto de conflito com o grupo liderado pela Andrade Gutierrez tem origem nas horas extras pagas aos funcionários pelo tempo que gastam no deslocamento entre suas casas, em Altamira, até o canteiro de obras. Com a conclusão próxima dos alojamentos, essas horas extras deixarão de existir. Elas aumentam o salário em cerca de 20%. Os trabalhadores decidiram exigir compensação, chamada por eles de "hora confinamento". (Págs. 1 e B6)
Roberto Azevedo se consolida entre os favoritos à OMC (Págs. 1 e A2)
Oferta de ações da Multiplus
A Multiplus fará uma oferta pública de ações para captar R$ 800 milhões. Como a empresa não precisa de recursos, o mercado interpreta que o motivo da operação é abastecer o caixa da TAM, que hoje tem 72,8% da empresa de milhagem e será diluída. (Págs. 1 e B2)
BB capta no exterior para São Paulo
O Banco do Brasil vai captar US$ 2,41 bilhões para financiar investimentos do governo do Estado de São Paulo. As captações terão aval do Tesouro Nacional, mas o risco cambial será do governo paulista. (Págs. 1 e C1)
Amil vai resgatar debêntures
Em meio ao processo de reestruturação após a venda para a americana United Health, a operadora de planos de saúde Amil planeja uma oferta para resgatar duas emissões de debêntures em circulação no mercado, no valor de R$ 12 bilhão. (Págs. 1 e C3)
Banco médio enfrenta desafios
O lucro líquido dos oito bancos médios com ações em bolsa no país diminuiu 35,3% no ano passado, em comparação como resultado de 2011. Cinco deles tiveram redução no ganho, mas o pior resultado foi o prejuízo do PanAmericano. (Págs. 1 e C16)
TJ-SP Impõe limite à juro de mora
Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que o Estado não pode cobrar juros de mora superiores à Selic dos contribuintes com débitos de ICMS. A taxa em discussão era de 0,13% ao dia. (Págs. 1 e E1)
Cota para deficientes
Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio Grande do Sul anula multa imposta a empresa pelo Ministério do Trabalho por descumprimento da cota de deficientes. Apesar da busca e da capacitação de candidatos, o número de vagas não foi preenchido. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Edmar Bacha
Não há caminho para o Primeiro Mundo , que não passe pela integração econômica com o resto da comunidade global. (Págs. 1 e A12)
Stéphane Garelli
Financiar estatais com dinheiro público para ajudá-las a ter sucesso no exterior é a mais nova forma de protecionismo. (Págs. 1 e A13)
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