12 de março de 2013
O Globo
Manchete: Trono vazio no Vaticano / Caderno especial : Conclave começa com brasileiro entre favoritos
Dom Odilo Scherer aparece na maioria das listas para ser o novo Papa.
O mundo espera, a partir de hoje, o sinal de fumaça branca na Capela Sistina, onde 115 cardeais se reúnem para eleger o Pontífice que comandará a Igreja Católica, em crise, com escândalos de pedofilia e corrupção.
Com os afrescos de Michelangelo como pano de fundo, 115 cardeais se trancam hoje na Capela Sistina para eleger o Papa que guiará 1,2 bilhão de católicos no mundo e herdará uma Igreja mergulhada em escândalos de pedofilia e corrupção. Pela primeira vez, um cardeal brasileiro, Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, aparece como um dos favoritos na maioria das listas de "papáveis" junto com o italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão. Especialistas citam também o americano Sean O'Malley e o canadense Marc Oullet. Mas não excluem uma surpresa e comparam este conclave com o que elegeu o polonês Karol Wojtyla, em 1978. O Vaticano estima que não haverá fumaça branca hoje.
Capela Sistina, o palco renascentista em seu 25º conclave.
Entrevistas
John Allen Jr.: Sem calor favorito
Vaticanista diz que indefinição pode levar a um candidato surpresa.
Giovanni Maria Vian: A imprensa purificadora
Diretor do "L'Osservatore Romano" diz que mídia ajudou a purificar Igreja.
As expectativas de fiéis brasileiros nos extremos da fé. (Págs. 1 e Caderno especial)
Incerteza na Venezuela: Maduro e militares dividem poder
Membros da alta cúpula chavista admitiram ontem que a Venezuela tem uma liderança compartilhada entre civis e militares, o que gerou críticas da oposição e de juristas. A chamada "alta direção político-militar" termo que vem sendo utilizado pelo presidente em exercício, Nicolás Maduro, já é uma realidade no país. (Págs. 1 e 26 e 27)
Direitos Humanos: PSC admite rever indicação de pastor
Bancada debaterá hoje se revê escolha do deputado Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos. Protestos contra ele marcaram o fim de semana. (Págs. 1 e 5)
Royalties, novos rumos: Alerj desiste de taxar petroleiras
Após pressão de Cabral, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) deve retirar da pauta hoje a recriação de taxa sobre as petroleiras para compensar perdas com royalties. (Págs. 1, 21 e Flávia Oliveira)
Projeto fracassado: Vale demite seis mil na Argentina
A Vale decidiu suspender o projeto de potássio Rio Colorado, na província argentina de Mendoza, avaliado em US$ 5,9 bilhões. Cerca de seis mil serão demitidos. (Págs. 1 e 19)
Além da imaginação: A gangue dos dedos de silicone
Após médica ser flagrada usando seis dedos de silicone para fraudar ponto biométrico, cinco médicos foram afastados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Ferraz de Vasconcelos (SP). (Págs. 1 e 6)
Peso da educação no IR: OAB pede dedução ilimitada de gastos (Págs. 1 e 21)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Bancos são "lenientes’ com crime de lavagem, diz Barbosa
Presidente do STF defendeu punição para instituições; Febraban não quis comentar a declaração
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, acusou bancos de serem lenientes com operações suspeitas de lavagem de dinheiro. E defendeu que a ocultação de valores seja “veementemente” reprimida. “Enquanto instituições financeiras não visualizarem a possibilidade de serem punidas por servirem de meio para a ocultação da origem ilícita de valores, persistirá o estímulo à busca do lucro, visto como combustível ao controle leniente que bancos fazem sobre abertura de contas e sobre transferência de valores”, afirmou. Ele falou em seminário sobre o assunto promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E ainda questionou a atuação dos tribunais. Dados do CNJ mostram que o número de denúncias caiu no ano passado. Foram julgados 61 processos por lavagem de dinheiro em 2012, ante 183 no ano anterior, e 29 pessoas foram condenadas, em comparação com 175 em 2011. A Febraban não comentou. (Págs. 1 e Nacional A4)
Resposta demorada
Segundo a procuradora da República Karen Kahn, bancos levam até 6 meses para responder a pedidos de quebra de sigilo em casos de crime de lavagem de dinheiro. (Págs. 1 e A4)
Vale suspende investimento de US$ 6 bi na Argentina
A Vale anunciou a suspensão de um investimento de quase US$ 6 bilhões na Argentina. A delicada situação da economia do país motivou a decisão da mineradora, que planeja ocupar posição de destaque no mercado de fertilizantes. O projeto de potássio no Rio Colorado faria parte da pauta de um encontro entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, cancelado com a morte de Hugo Chávez. (Págs. 1 e Economia B1)
Conclave começa hoje com cardeais divididos em 4 grupos
O conclave para eleger o novo papa começa hoje, a partir das 16h30 (meio-dia no Brasil), quando os 115 cardeais votantes se reunirão na Capela Sistina. Eles chegam à votação divididos em quatro grupos: dois pró e dois contra a Cúria, informam os enviados especiais Jamil Chade e José Maria Mayrink. Para analistas, mais do que questões religiosas, prevalecerão disputas políticas internas. E, ao contrário de 2005, não há um nome favorito. O secretário de Estado do Vaticano, Tarcísio Bertone, garantiu aos cardeais ontem, último dia de reuniões, que o Banco do Vaticano, alvo de denúncias, é “transparente”, mas se negou a prolongar o debate. O número de religiosos que pediram para falar foi tão grande que nem todos puderam fazer intervenções. (Págs. 1 e Vida A13 a A17)
Expectativa: Toledo, no PR, vive euforia
D. Odilo Scherer é uma celebridade em Toledo (PR), cidade onde cresceu e onde mora parte de sua família, relata a enviada especial Ocimara Balmant. Por lá, o clima é de torcida e euforia. Parentes não escondem a ansiedade e até o padre, um primo-irmão do cardeal papável, tem de pedir calma à população. (Págs. 1 e Vida A16)
Em campanha, chavista troca acusações com a oposição
O presidente interino Nicolás Maduro e o governador de Miranda, Henrique Capriles, oficializaram as candidaturas à presidência da Venezuela e já partiram para a troca de acusações. As eleições serão em 14 de abril. Os EUA expulsaram dois diplomatas venezuelanos, em reciprocidade à medida adotada por Caracas semana passada. (Págs. 1 e Internacional A8 e A10)
‘Governos reinventam perseguição’, diz SIP (Págs. 1 e Nacional A7)
Ex-chefe de UTI em Curitiba é denunciada (Págs. 1 e Cidades C5)
Esportes: Corinthians cobra verba para Itaquerão
Encarregado pelo clube de cuidar da obra do estádio de Itaquera, o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez disse que há ameaça de paralisação dos trabalhos por causa da não liberação de R$ 400 milhões de linha de crédito do BNDES. O empréstimo está aprovado, mas o Estado apurou que faltariam garantias bancárias da construtora Odebrecht. (Págs. 1 e E1)
Fotolegenda: Tensão no júri de Mizael
TV em bar mostra ao vivo o 1º dia do julgamento de Mizael Bispo de Souza, acusado de matar Mércia Nakashima. Sessão teve briga, choro e imagens censuradas pelo juiz. (Págs. 1 e Cidades C1)
Rubens Barbosa
Chávez e o futuro do chavismo
A exploração da imagem de Chávez garantirá a continuidade de uma liderança renovada com nuances e mudanças que a conjuntura determinar. (Págs.1 e Espaço Aberto A2)
Dora Kramer
Moeda sem troca
Como ferramenta para cimentar na base de apoio à reeleição de Dilma Rousseff os partidos hoje aliados, uma reforma ministerial só não faz a obra. (Págs. 1 e Nacional A8)
José Paulo Kupfer
Portas fechadas
Novas séries de dados confirmam a posição brasileira de economia pouco aberta, com reduzida inserção internacional em produção e comércio. (Págs. 1 e Economia B7)
Notas & Informações
A jogada da cesta básica
Dilma Rousseff plagiou, com a maior naturalidade, uma proposta que vetara no ano passado. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: 115 cardeais, um único papa
O mundo inteiro estará de olho hoje na chaminé da Capela Sistina. Nesta manhã, 115 cardeais de 50 países se reúnem a portas fechadas no recinto. Eles só sairão de lá quando uma fumaça branca subir anunciando a 1,2 bilhão de fiéis que a Igreja Católica tem um novo papa. O conclave tanto pode terminar ainda nesta terça-feira, depois da primeira votação, à tarde, quanto se estender por tempo indeterminado. Enviado especial do Correio ao Vaticano, o repórter Diego Amorim relata que, embora haja favoritos — como o arcebispo de Milão, Angelo Scola, e o brasileiro dom Odilo Scherer —, o processo, iniciado após a inesperada renúncia de Bento XVI, pode terminar de forma tão surpreendente como começou. Isso porque, em tese, qualquer um dos cardeais que participam do encontro está apto a ocupar o trono de Pedro e usar a mitra que o artesão colombiano Luis Abel Delgado, 44 anos, confeccionou para o próximo pontífice. Para isso, o religioso precisa obter o voto de pelo menos 70 colegas. (Págs. 1 e 14 a 17)
O pastor e o delegado
Declarações polêmicas sobre direitos humanos marcam a atuação do deputado Marco Feliciano e do distrital Dr.Michel. (Págs. 1, 2 e 3)
Antes de a bola rolar
Um encontro hoje entre o governador Agnelo e o ministro Aldo Rebelo define os detalhes para a Copa das Confederações. (Págs. 1 e Super Esportes, 10)
Policial na cadeia
Além dos dois delegados detidos na semana passada, a Operação Infiltrados prendeu um agente por extorsão e ameaças. (Págs. 1 e 27)
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Valor Econômico
Manchete: Partidos disputam cargos em 6 agências reguladoras
A possibilidade de troca de comando em seis agências reguladoras até o fim do ano atraiu a cobiça dos partidos da base governista, especialmente PMDB e PTB, que se movimentam para obter as indicações. Estão em aberto ou ficarão livres 24 vagas nas diretorias dos órgãos reguladores até dezembro. O governo não terá um caminho fácil para apontar esses dirigentes. Uma manobra regimental na Comissão de Infraestrutura do Senado dificulta a aprovação de nomes escolhidos pelo Palácio do Planalto sem acordo prévio com os parlamentares.
As trocas nas chefias incluem Aneel (energia elétrica), Anatel (telecomunicações), Anac (aviação civil), Ancine (cinema e audiovisual) e os órgãos responsáveis pelas concessões de rodovias e ferrovias, como a ANTT (transportes terrestres), ou pela licitação de terminais e portos privados, como a Antaq (transportes aquaviários). (Págs. 1 e A6)
Desoneração inclui filé e até 'foie gras'
Até o "foie gras", cujo quilo pode custar mais de R$ 1,5 mil, entrou na lista de alimentos que serão desonerados pelo governo federal. A desoneração prevista na Medida Provisória nº 609, que zerou PIS/Pasep e Cofins, não se limitou a produtos da cesta básica. O corte de impostos anunciado pela presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira, inclui peixes nobres, como bacalhau e salmão, e carnes como o filé mignon. Estão na lista produtos mais populares: toucinho, carne salgada e miúdos de animais. A abrangência da medida está explicitada na MP, que se refere especificamente a produtos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). (Págs. 1 e A3)
Com R$ 10 bi, BTG se associa a 30 empresas
Com uma linha de atuação assumidamente agressiva, o BTG Pactual adquiriu participações em diversas áreas de negócios em pouco mais de 30 companhias desde 2009, seja por meio de recursos de terceiros ou aportes diretos do banco. Desde sua formação, há pouco mais de três anos, o banco alocou R$ 10 bilhões em diversas atividades, sem contar as do setor financeiro.
Nos últimos dias, o Valor entrevistou fontes próximas à instituição, economistas e empresários parceiros do banco para mapear o sentido dessas operações. Agora, com uma carteira de negócios mais estruturada, começou a ficar clara a lógica que norteia as decisões de investimento do banco comandado por André Esteves. Ela segue o mesmo raciocínio dos grandes em importantes segmentos da economia, como a infraestrutura, setor com forte potencial de crescimento no Brasil de hoje. Uma pessoa próxima do banco observa que, internamente, cultiva-se a ideia de que o Brasil atual tem algumas das premissas dos Estados Unidos da década de 50, como expansão de uma classe média consumista, maior geração de riquezas nas várias classes e desembolsos maiores em infraestrutura básica. (Págs. 1 e B2)
As reformas transformadoras de Peña Nieto
Os cem primeiros dias de Enrique Peña Nieto como presidente do México estão sendo descritos pela maioria dos especialistas como o começo de governo mais dinâmico já visto pelo país. “Os últimos cem dias foram transformadores", diz Juan Pardinas, diretor do Instituto Mexicano de Competitividade (Imco).
A expressão “transformador” surge graças às reformas que Peña Nieto e seu PRI já conseguiram aprovar no Congresso. Primeiro, antes mesmo de assumir a Presidência, houve a reforma das leis do trabalho, que deverá injetar dinamismo na economia. Depois, foi aprovada uma lei que força a transparência no sempre obscuro mundo das finanças estaduais e municipais. Mais recentemente, Peña Nieto conseguiu a aprovação de uma reforma do ensino que devolve poderes ao governo federal. (Págs. 1 e A15)
Em busca das novatas ideais para a bolsa
Procuram-se empresas com alto potencial de crescimento, atuação voltada ao mercado interno e previsibilidade na geração de receitas para fazer oferta inicial de ações. Os candidatos devem ter gestão profissionalizada, boas práticas de governança corporativa e balanços devidamente auditados. Esse é o perfil ideal de companhia que interessa aos bancos de investimentos levar à bolsa de valores. A tarefa de buscar novidades tem sido intensa num momento em que os investidores querem comprar ações de empresas brasileiras, mas se queixam da falta de boas opções.
“Todo mundo está tentando encontrar a nova Natura ou a nova Qualicorp”, diz Fabio Resegue, do Bank of America Merrill Lynch, em referência a duas ofertas que foram bem-sucedidas quando lançadas. Alguns nomes são velhos conhecidos na lista de desejos dos investidores. O Boticário e Bauducco são exemplos de empresas cujas ofertas de ações são esperadas há anos, mas que optaram por outros caminhos para se financiar. (Págs. 1 e C1 e C14)
País pode retomar produção de trilhos
A Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste vai disponibilizar R$ 1,4 bilhão para financiar a construção de uma fábrica de trilhos. Três empresas estrangeiras estariam interessadas no negócio. (Págs. 1 e A2)
Falco vai comandar a CVC
A CVC, maior operadora de turismo do país, contratou Luiz Eduardo Falco para assumir a presidência da empresa. Com passagens pela TAM e Oi, o executivo disse que foi atraído pelo desafio de atuar no setor de turismo durante grandes eventos como a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. (Págs. 1 e B4)
Vale suspende projeto na Argentina
A Vale decidiu suspender o projeto Rio Colorado, em Mendoza, na Argentina. Orçado em US$ 6 bilhões, o investimento inclui mina de potássio, 790 quilômetros de ferrovia e terminal portuário em Bahia Blanca. (Págs. 1 e B8)
Emergência contra a lagarta
Reunidos ontem com autoridades do governo federal, produtores de grãos e de algodão defenderam a decretação de emergência fitossanitária no país para acelerar o combate à lagarta Helicoverpa. (Págs. 1 e B14)
Santander capta em reais
O banco Santander Brasil encerrou ontem uma captação no mercado externo de R$ 750 milhões por meio da emissão de títulos denominados em reais, com vencimento em março de 2016. Os recursos serão destinados ao crédito. (Págs. 1 e C3)
Corretoras dão uma força com o leão
Para evitar surpresas na declaração anual do Imposto de Renda, corretoras de bancos e independentes oferecem sistemas de apuração automática do tributo em operações de renda variável, como ações, ETFs e fundos imobiliários. (Págs. 1 e Dl e D2)
Cadastro de Inadimplentes
A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal a prática dos órgãos de proteção ao crédito de incluir nos cadastros de inadimplentes os nomes de pessoas envolvidas em ações judiciais sobre débitos. (Págs. 1 e El)
Ideias
Delfim Netto
A inflação de hoje depende, de alguma forma, da inflação de ontem, corrigida por fatores que tenham impacto sobre ela. (Págs. 1 e A2)
Jorge Arbache
Retorno do investimento em educação está caindo, embora ela seja cada vez mais relevante na luta pelos melhores empregos. (Págs. 1 e A18)
Governo vai definir teto para os preços da praticagem nos portos do país (Págs. 1 e A4)
Supremo decidirá disputa entre BC e Cade em fusão bancária (Págs. 1 e C9)
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