A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************
“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
----
''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
=========valor ...ria...nine
folha gmail df1lkrha
***
terça-feira, junho 04, 2013
''THE DREAM IS OVER'' (John Lennon)
O fim de uma era: Consumo menor e calote fazem banco frear crédito
Dinheiro em caixa |
Autor(es): Ronaldo D"Ercole |
O Globo - 04/06/2013 |
Mais seletivos na concessão de crédito, bancos elevam aplicações em operações de curto prazo
SÃO PAULO
A maior cautela dos bancos privados na concessão de financiamentos - motivada pelos ainda elevados índices de inadimplência e pelas incertezas quanto à recuperação da economia - fez aumentar significativamente o volume de dinheiro no caixa das instituições.
E, em vez de direcionar este montante ao crédito de pessoas e empresas, um enorme volume de recursos está sendo girado em aplicações de curto prazo entre os próprios bancos e o Banco Central.
O enxugamento do dinheiro para crédito coincide com um momento de vendas fracas e queda no consumo.
Estudo da Austin Rating, com base nos balanços de 126 bancos, mostra que, enquanto o total das operações de crédito cresceu 16,4% no ano passado, totalizando R$ 2,23 trilhões, os recursos que os bancos tinham em operações de curto prazo, como aplicações interfinanceiras de liquidez (AIL) e em títulos mobiliários, avançaram 33,5%, atingindo R$ 2,14 trilhões. Ou seja, para cada real emprestado a clientes os bancos tinham quase a mesma quantia alocada no mercado aberto. Na prática, o crescimento menor dos empréstimos significa menos dinheiro para investimentos de empresa e consumo de pessoas físicas.
Para manter a rentabilidade, as instituições privadas têm buscado aumentar as receitas com serviços, como seguros e cartões. Os balanços do primeiro trimestre confirmam que a postura dos bancos pouco mudou em relação a 2012. Dados de 23 bancos analisados pela Austin mostram que as operações de liquidez saltaram 47,1%, contra 16,7% do crédito.
- A contrapartida da redução da taxa de crescimento do crédito, nos bancos privados principalmente, foi o crescimento do volume de ativos, da liquidez do sistema - afirma Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin.
descompasso entre banco público e privado
Por trás desse aumento da liquidez no sistema bancário estão as próprias medidas do governo para estimular o crédito, como a redução dos depósitos compulsórios (que os bancos são obrigados a recolher no Banco Central) no ano passado. Os bancos também estão captando mais depósitos com o contínuo aumento do número de correntistas, decorrente do aumento da renda e da ascensão da chamada nova classe média.
As compras de dólares pelo Banco Central a fim de calibrar a taxa de câmbio, que o obriga a vender títulos da dívida pública para gerar reais, também são usadas pelos bancos para remunerar o excesso de caixa.
- Diferentemente do que desejava o governo, o dinheiro adicional que tem entrado no sistema bancário não tem ido para a economia real, na forma de mais investimentos para empresas ou renda ao consumo, mas está girando no mercado aberto - diz Santacreu.
O esforço dos bancos privados para "limpar" suas carteiras e baixar a inadimplência teve efeito direto no ritmo de contratação de novos financiamentos, observa Luiz Rabi, economista da Serasa Experian. Mais seletivos e exigentes, essas instituições encerraram 2012 com volume de créditos 7,6% maior que o do ano anterior. Porém, o calote (medido pela taxa de atrasos com mais de 90 dias em seus financiamentos) passou de 5,1%, em dezembro de 2011, para 5,4% no final do ano passado.
No mesmo período, a inadimplência dos bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) permaneceu estável em 1,8%, enquanto eles aumentaram em 27,9% os seus financiamentos. O descompasso se repete este ano. De janeiro a abril, o crédito nos bancos privados avançou 6% em relação a igual período de 2012, enquanto o calote recuou a 5,2%. Nos públicos, os empréstimos subiram 29% e a inadimplência foi a 2%.
- A inadimplência cai muito lentamente e isso faz com que os bancos privados reajam também lentamente. Daí essa montanha de dinheiro no mercado aberto. A torneira dos bancos privados está entupida - diz Rabi, acrescentando que os bancos tiveram R$ 92 bilhões em perdas com calote em 2012.
Se a inadimplência não contribui para destravar o crédito, tampouco a perspectiva de alta dos juros ajuda. O ciclo de aperto monetário, com a alta da Taxa Selic de 7,25% para 8% pelo Comitê de Política Monetária (Copom), encarece o crédito e dificulta a queda na inadimplência - condição que, em tese, tende a manter a oferta de crédito restrita.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário