PT e PMDB não cedem no Rio e indicam rompimento de aliança
Após almoço com Cabral, vice-governador e presidente petista reafirmam candidaturas próprias para o governo
Wilson Tosta / Rio
Depois de almoço no Palácio Guanabara (sede do governo fluminense), que reuniu o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o presidente do PT, Rui Falcão, os dois partidos reafirmaram ontem o impasse na sucessão do governo do Rio.
Ambos insistiram na disposição de disputar as eleições de 2014 no Estado com candidaturas próprias - as de Pezão e do senador Lindbergh Farias (PT) - e não demonstraram vontade de ceder. A disputa significará o fim da aliança de sete anos e pode ameaçar o apoio do PMDB fie minense à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"O PMDB vai ter candidato. Hoje estou pré-candidato, escolhido pelo partido. O partido já tirou que teremos candidato. O PMDB não abre mão de ter candidatura", disse o vice-governador após o encontro.
O presidente do PT repetiu a intenção de concorrer com chapa própria. "Nossa prioridade é a eleição da presidente Dilma Rousseff. Temos Lindbergh como candidato", afirmou Falcão, que falou com jornalistas depois do almoço, mas antes do vice-governador, cuja presença no encontro não estava prevista. Cabral prometera ao petista uma conversa a sós.
Comportamento. Após deixar o palácio, reunido com dirigentes petistas, Falcão disse que fez os esclarecimentos sobre qual será o comportamento do PT na eleição fluminense. "Se o governador Sérgio Cabral tinha alguma dúvida, agora não tem mais." O PT tem marcada para 25 de novembro reunião do diretório regional em que deverá formalizar a saída da administração peemedebista.
Por sua vez, Pezão ressaltou que o PMDB quer palanque único no Rio para a disputa do governo e a candidatura Dilma. Vamos fazer todos os esforços possíveis para manter essa aliança. A gente entende que o PT tenha o direito de colocar a candidatura e respeita o partido. Agora, queremos cada vez mais ampliar nossa aliança. Essa aliança foi o segredo do Rio de Janeiro. A gente vai fazer um grande esforço para mantê-la."
Falcão disse que Cabral não fez apelos em relação à candidatura Lindbergh. "Mas naturalmente, ele gostaria muito que houvesse uma manutenção da aliança no Estado", afirmou. "E eu também insisti muito na importância da aliança com o PMDB no plano nacional. O governador Sérgio Cabral tem sido um apoiador muito firme tanto do presidente Lula quanto agora da presidenta Dilma."
Segundo o presidente do PT, no almoço, não houve nenhum tipo de imposição do governador. Na semana passada, Cabral conversou com Falcão por telefone, para tentar demover o PT de deixar o governo. A decisão, porém, foi reafirmada pela executiva regional, parlamentares e o próprio Falcão.
adicionada no sistema em: 18/10/2013 01:37 |
Um comentário:
O PT não deve abandonar o barco, ainda apoiam muito Cabral, está no memento de se articularem os interesses, há precipitação demais!
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