A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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segunda-feira, março 12, 2007
BUSH & LULA [in] "OS NOVOS COMPANHEIROS" (1a. parte)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai passar a noite do próximo dia 31 em Camp David, residência de campo dos presidentes dos Estados Unidos. Antes de Lula, apenas um presidente sul-americano, Fernando Henrique Cardoso, havia sido recebido em Camp David - pelo antecessor de Bush, Bill Clinton. Em pouco menos de um mês, será o segundo encontro entre Lula e Bush. "O fato de Bush convidar Lula para Camp David significa que ele quer passar a mensagem de que a relação entre os dois está tão boa quanto era a de Clinton e Fernando Henrique", diz Peter Hakim, presidente do Interamerican Dialogue, um dos principais centros de estudos das relações hemisféricas de Washington.
Na sexta-feira, Lula e Bush celebraram em São Paulo uma parceria para tornar o álcool combustível, o etanol, uma alternativa ao petróleo em todo o mundo. Durante a visita, Bush anunciou investimentos de US$ 1,6 bilhão em pesquisas na área de biocombustíveis. A assinatura do acordo do álcool foi marcada por marchas de protesto em todo o país, organizadas por movimentos de esquerda, com participação de dirigentes do PT e sindicalistas. Elas ganharam até um ar exótico, semelhante ao das manifestações européias, quando a jovem Janaína Bueno apareceu seminua, com os dizeres "Fora Bush" pintados no corpo. Protesto contra a visita de Bush na Avenida Paulista, em São Paulo. A aliança do álcool e o convite de Bush para Lula ir a Camp David contrastam com esse tipo de protesto e com as bandeiras antiamericanas que ainda continuam a ser levantadas por setores do PT e encontram eco em nichos do governo, embora não no Palácio do Planalto. Lula - ele mesmo, o ex-operário, o ex-sindicalista que metia medo nos empresários - está prestes a passar para a História como o presidente que mais fez pela aproximação entre Brasil e Estados Unidos desde que Getúlio Vargas obteve o apoio dos americanos para implantar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a base da industrialização do país, em troca do apoio brasileiro à luta americana na Segunda Guerra Mundial contra o Eixo nazifascista. A parceria do álcool combustível pode significar para o Brasil um passo de envergadura semelhante, ou até maior, ao dado por Getúlio (leia o artigo Brasil - EUA). Potencialmente, ela pode representar no campo econômico uma nova era para todo o planeta, que busca alternativas energéticas ao petróleo e está a cada dia mais preocupado com o aquecimento global. É no mínimo curioso que esse passo seja dado por Lula e Bush. O primeiro é, dos últimos presidentes brasileiros, o mais atacado por ter adotado uma política externa supostamente antiamericana. O segundo, entre os últimos presidentes americanos, é visto como o mais próximo à indústria do petróleo e como um dos maiores responsáveis pelo agravamento do aquecimento global, por ter retirado o apoio de seu país ao Protocolo de Kyoto, de combate ao efeito estufa. "As relações do Brasil com os EUA têm sido favorecidas pela conjuntura internacional", diz o ex-chanceler Celso Lafer. "Do lado dos EUA, há uma disposição em não criar áreas de atritos desnecessários. Do lado do Brasil, há uma combinação muito própria de realismo e retórica que caracteriza o estilo do presidente Lula." A proximidade de Lula com um dos presidentes americanos mais odiados pela esquerda em todo o mundo faz sobressair, mais uma vez, as naturezas essencialmente diferentes de Lula e do PT. Enquanto dirigentes do PT e de movimentos aliados do governo, como UNE e MST, continuam a alimentar o antiamericanismo como base de seu pensamento e de sua ação política, Lula, no governo, rumou em outra direção, mais pragmática. A falta de sintonia entre Lula e PT não é exatamente uma novidade. Embora Lula goste de proclamar que presidente e partido são indissociáveis, a relação do PT com o governo sempre foi ambivalente. Um exemplo foram as críticas recorrentes de petistas à política econômica no primeiro mandato. O descompasso aumentou com a reeleição. A consagradora vitória de Lula foi ancorada em seu carisma, em sua capacidade de comunicação com os eleitores mais pobres e obtida a despeito dos problemas que os petistas lhe arrumaram - como no antológico caso do dossiê armado contra candidatos tucanos às vésperas do primeiro turno. Os cientistas políticos criaram um neologismo para batizar o descolamento de Lula em relação ao PT: "lulismo". "Lula governa independente do partido há muito tempo", diz Fábio Wanderley Reis, professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Ele administra as diferenças e convive com elas", diz o cientista político José Augusto Guilhon Albuquerque. (ISTOÉ Online).
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