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quinta-feira, março 22, 2007

CHINAGLIA [In:] "COMPROMISSOS DE CAMPANHA"

Chinaglia descarta votar hoje reajuste salarial de R$ 16 mil a parlamentares:

O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), descartou colocar em votação hoje o projeto que eleva em 26,49% os salários dos deputados, senadores, ministros, presidente e vice-presidente da República. A Câmara poderia votar hoje a proposta se a assessoria técnica da Casa avaliasse que não existia nenhum impedimento regimental." A chance é zero [de votar o aumento hoje]. Não vota hoje", respondeu Chinaglia ao ser questionado sobre a possibilidade do projeto do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) entrar hoje na pauta de votações do plenário da Câmara. Para os parlamentares, o subsídio mensal sobe de R$ 12.847,20 para R$ 16.250,42 com a aprovação do projeto. Já o salário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobe de R$ 8.885,48 para R$ 11.239,24. O do vice-presidente passa de R$ 8.362,80 para R$ 10.578,11, e os ministros passam a receber R$ 10.578,11 contra os atuais R$ 8.362,80. O projeto de Virgílio --que corrige os salários do Executivo e do Legislativo pela variação acumulada do IPCA de janeiro de 2003 a fevereiro de 2007-- foi aprovado hoje na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. A proposta ainda precisa ser votada nos plenários da Câmara e do Senado para entrar em vigor. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou hoje que não pretende colocar tão cedo em votação essa proposta. "Se a Câmara votou, ele [o reajuste] vai ter que ser apreciado pelo Senado, mas não é demanda que os senadores considerem prioritária." Com a decisão de adiar a votação do projeto de Virgílio, Chinaglia evita duas polêmicas. A primeira é que ele poderia ser acusado de driblar o regimento ao colocar em votação o projeto com a pauta do plenário trancada por 12 MPs (medidas provisórias). A segunda é a polêmica em torno do próprio aumento, que pode arranhar a imagem do Legislativo. A Folha Online apurou que parte da assessoria técnica da Câmara entende que o projeto poderia ser incluído na pauta do plenário desta quinta-feira por se tratar de matéria administrativa, e não legislativa. Esse entendimento já foi tomado ontem, quando o plenário votou o recurso do PT contra a instalação da CPI do Apagão Aéreo. Folha Online.

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