Com base nova, IBGE revisa para cima PIB de 2002 a 2005:Com o novo sistema de contas nacionais, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira novos cálculos para os crescimentos econômicos de 2002 a 2005. A expansão da economia em 2004 passou de 4,9% para 5,7%. Em 2005, por exemplo, quando o país tinha registrado um PIB de 2,3% agora teve um crescimento de 2,9%. O crescimento referente a 2003 foi revisto para cima, de 0,5% para 1,1%; o de 2002 também teve revisão para cima, de quase 1 ponto percentual: de 1,9% para 2,7%. Em 2001, a expansão do PIB foi mantida em 1,3% e em 2000, a revisão foi de 4,4% para 4,3%. O PIB em valores em 2005, segundo a nova série das contas nacionais, ficou estimado em R$ 2,148 trilhões. Na serie antiga, o PIB havia ficado em R$ 1,937 trilhão. O ano de 2006 e os dados trimestrais entre 2000 e 2006 serão conhecidos no próximo dia 28. A nova base de cálculo do PIB incorpora pesquisas e permite mais precisão nas informações, segundo o IBGE. As novas contas nacionais passam a contar com referência dados de 2000 e abrangem pesquisas anuais de Indústria, Comércio, Serviços, Construção Civil e pesquisas domiciliares. Na pesquisa anterior a referência era o ano de 1985. Além disso, os dados do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas também compõem a nova base. Agora são 56 atividades econômicas e 110 produtos, contra 43 atividades e 80 produtos calculados anteriormente. O setor de Telecomunicações dá lugar aos Serviços de Informação. Ele contará além de telecomunicações com consultoria em hardware, software, processamento de dados, atividade de banco de dados e distribuição on-line, atividade cinematográfica, atividades de rádio e agências de notícias. Uma das grandes novidades da nova pesquisa é que a depreciação dos ativos do governo passa a fazer parte da conta do PIB. Isso significa que a estimativa do crescimento real do governo, que pesa cerca de 15% do total do produto, foi ampliado. Dessa forma, o valor bruto da produção do governo passará a ser feito pela soma dos gastos de custeio (consumo intermediário), as remunerações dos funcionários e o consumo do capital fixo (depreciação). O terceiro setor, como ONGs, igrejas e clubes, são agora contabilizados sob a ótica da demanda, ao lado de consumo do governo, consumo das famílias, formação bruta de capital fixo e exportação e importação. A atividade de intermediação financeira, por exemplo, ganhou maior abrangência e passam a ser contabilizados os fundos de investimentos. (Clarice Sptiz, Folha Online, RJ).
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