PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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quinta-feira, maio 03, 2007

CPI DO APAGÃO AÉREO: "SUGESTÃO DO CHEF: À MODA DA CASA!"

Presidente da CPI votou em Lula em 2002 e em 2006.

A CPI do apagão aéreo será presidida por um aliado incondicional do Planalto. Chama-se Marcelo Castro (PMDB-PI). Votou em Lula na eleição presidencial de 2002. Repetiu o voto na disputa de 2006. Em Brasília, Marcelo Castro define-se assim: “Sou, evidentemente, da base do governo.” No Piauí, seu Estado, o deputado apóia a administração do governador Wellington Dias, do PT. Lula dificilmente poderia dispor de alguém mais confiável. Embora já escolhido pela cúpula do PMDB, Marcelo Castro ainda não teve seu nome formalmente divulgado. O anúncio será feito nesta quinta-feira (3), depois de reunião que o deputado terá com o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O blog conversou, na noite desta quarta-feira (2), com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). O repórter o alcançou às 23h, pelo celular. Temer acabara de desembarcar de um vôo procedente de Nova York. Preparava-se para tomar um outro avião para Brasília. Por que Marcelo Castro? “Fizemos a opção levando em conta o equilíbrio e a serenidade do Marcelo. Essa CPI será agitada. Equilíbrio e serenidade serão vitais para o exercício da presidência da comissão”, disse Temer. Antes de localizar Temer, o blog conversara com o próprio Marcelo Castro. Perguntou-lhe se seus traços governistas não o atrapalhariam na condução das sessões da CPI. E ele: “Não me sinto impedido de exercer a presidência. Qualquer um que fosse escolhido ou seria do governo ou da oposição.” E quanto à idéia da oposição de aprofundar as investigações, estendendo-a às denúncias de corrupção na Infraero e ao comando da Aeronáutica? “Isso vai depender da comissão. A articulação ficará a cargo das lideranças do governo. Se eu deixar o papel de presidente, para dizer que deve ser assim ou assado, estarei me envolvendo e a CPI pode se desgovernar.” Marcelo Castro disse que as balizas de sua atuação serão a Constituição e o regimento interno da Câmara: “Vou agir com prudência, comedimento e com segurança, sempre dentro da Constituição e do regimento”. O deputado é formado em medicina. Possui mestrado em psiquiatria, algo que talvez venha a ser útil na nova tarefa. Está em seu terceiro mandato. Antes de chegar a Brasília, foi deputado estadual no Piauí, também por três legislaturas. Já foi secretário de Agricultura do Piauí. Comandou, de resto, Instituto de Previdência do Estado, sempre sob o governo de Mão Santa (PMDB-PI), hoje um ardoroso opositor de Lula no Senado.
No Planalto, a escolha de Marcelo Castro foi festejada. Resta agora definir quem será o relator da CPI. Sabe-se que o cargo será confiado a um petista. Mas, reunida nesta quarta, a bancada do PT não conseguiu produzir um consenso. Optou-se por delegar a escolha ao líder do partido, Luiz Sérgio (PT-RJ), o mesmo que tentara, por meio de um recurso, levar à cova o requerimento de criação da CPI, de autoria do PSDB. Uma tentativa que foi brecada pelo STF. A escolha parecia inclinar-se para o deputado Marco Maia (PT-RS). Mas faltava um referendo do Planalto. Se Maia for escolhido como co-piloto da CPI aérea, terá muito o que conversar com o piloto. “Não conheço Marco Maia”, reconhece Marcelo Castro. Não devem, porém, enfrentar dificuldades para estreitar o relacionamento. Une-os um pendor governista que, na prática, faz de Lula uma espécie de controlador dos vôos da investigação. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

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