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quarta-feira, agosto 22, 2007

BRASIL/PIB-PRODUTO INTERNO BRUTO: PROMESSAS "PROMISSORAS"

Mantega descarta aperto fiscal e mantém aposta em PIB de até 5%

O Brasil não fará um aperto fiscal adicional para enfrentar a crise financeira, garantiu ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele disse também que não vê razão para que o Banco Central eleve a taxa de juros. ''''Qual é a lógica disso?'''' O ministro acredita que a economia brasileira não será afetada mesmo com uma desaceleração da economia mundial. ''''A locomotiva da economia brasileira é o mercado interno''''. Para ele a economia crescerá de 4,5% a 5% este ano e 5% até 2010. ''''A turbulência não terminou, vai demorar ainda um pouco. Mas aposto que o crescimento vai continuar. Estou empenhando minha reputação nisso.'''' A seguir, os principais trechos:
Como o sr. avalia a intervenção, até agora, do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) e dos bancos europeus? Estou avaliando de forma positiva. Neste momento tem que dar liquidez ao mercado. Caso contrário, desencadeia-se um efeito de inadimplência que atinge setores com problemas e também os que estão bons. E isso compromete a economia como um todo, criando uma crise sistêmica.
É suficiente o que foi feito? O mais importante que o Fed fez não foi exatamente a redução da taxa de desconto, mas a abertura para o redesconto de todo o tipo de títulos. Essa medida desafogou, porque tinha gente com título vencendo e sem saber onde colocar o crédito. Eu não sei se é suficiente, mas sinalizou para uma mudança na filosofia do Fed. Ele estava em dúvida sobre o que fazer: se combatia a inflação ou a crise. Embora uma parte da economia americana esteja com problemas, tem outros setores que estão melhores. Eles se preocupam com a inflação. Por isso, eles estavam dando uma sinalização mais dura. Essa crise também depende das expectativas.
As expectativas melhoraram? Com a atitude de sexta-feira, o Fed mudou as expectativas para melhor quando sinalizou uma postura mais flexível.
Uma redução dos juros nos Estados Unidos é boa para o Brasil? Uma redução dos juros é boa porque barateia o custo do capital. Uma das conseqüências para o Brasil foi o encarecimento do custo do capital. As taxas de juros, de um modo geral, subiram e o crédito ficou mais caro.
A volatilidade vai continuar? Eu acredito que haverá mais volatilidade porque a quantidade de títulos podres não foi ainda totalmente digerida. Há um desconhecimento de quantos ativos nessas condições existem e onde estão difundidos. Você não sabe exatamente quem e quantos estão com o mico. Esse processo tem de ser purgado. Haverá a desvalorização dos ativos, com novos preços relativos.
Quanto tempo ainda vai demorar esse processo de ajuste? Não sei. Só sei que não terminou. É um ajustamento mais demorado, mas pode se dar de forma benigna, pode ser um ''''soft land''''.
O sr. identifica risco às corporações? A maioria das corporações nos Estados Unidos e na Europa está sólida. Esse é um fator que deve ser levado em consideração. Aqui no Brasil o mercado financeiro está sólido, os grandes bancos estão sólidos porque não estão no mercado de subprime. Há perdas porque se tem o mercado de derivativos, de renda fixa, de câmbio, de juros e de renda variável. Mas não têm ramificações com o mercado de subprime.
O sr. concorda com avaliações de uma queda de 1% na economia dos EUA e aqui de 0,5% em 2008? Acredito que essa turbulência não afetará o crescimento da economia do Brasil. A desaceleração da economia americana já está ocorrendo. Isso não é novidade. O que temos de nos perguntar é se a locomotiva do mundo capitalista hoje são os Estados Unidos. Ou a China, a Índia, a União Européia e o Japão, que estavam crescendo a taxas maiores.
E se houver uma pequena desaceleração na economia mundial? Ainda assim afetará muito pouco o Brasil. Hoje, o dinamismo da economia brasileira depende mais do mercado interno do que do externo. A locomotiva da economia brasileira é o mercado interno que, por sinal, está bombando. As vendas no varejo estão crescendo a taxas de 13%.
Qual o pior cenário? Uma desaceleração das exportações com um saldo comercial um pouquinho menor, mas ainda bastante positivo. Pode significar uma desvalorização do real e um estímulo para a exportação de manufaturados.
O fluxo financeiro está favorável? Eu estou monitorando dia-a-dia o fluxo cambial do País. Nós estamos positivos desde o primeiro dia da crise. De janeiro a junho deste ano, entraram US$ 59,5 bilhões. Nós vamos continuar tendo um fluxo positivo de dólares e isso impedirá uma desvalorização do real. Por isso, essas preocupações com o impacto do câmbio na inflação são infundadas.
A sua avaliação é otimista? Eu estou otimista. Acho que a turbulência não terminou, vai demorar ainda um pouco. Mas aposto que o crescimento vai continuar. Estou empenhando minha reputação nisso.
Não há o risco da inflação de demanda? Acompanho isso minuciosamente. Não vejo nenhum sinal de inflação de demanda. As pessoas estão se perguntando o que o BC brasileiro vai fazer. O temor é de que ocorra uma mudança na trajetória dos juros. Qual seria a lógica dessa mudança? Eu quero que alguém me explique a lógica dessa mudança porque ela não tem lógica. Por qual razão o BC teria que subir os juros? No passado, nós tínhamos que subir os juros numa situação dessas para atrair capital externo porque o Brasil sofreria uma fuga de capitais. Só que, hoje, o BC não precisa elevar os juros para atrair capital. Mesmo porque já não é mais função dele. Está nas regras que ele não pode olhar para o fluxo de capitais. As regras das metas de inflação deixam muito claro qual é a atribuição dele. Ele tem que olhar para o fluxo de inflação, para o movimento de preços. Se o movimento de preços está próximo do centro da meta ou está abaixo do centro da meta, ele não tem razão para fazer uma mudança na política monetária. Eu não vejo de que maneira essa turbulência possa, até agora, influir no BC. Acho até que existem alguns membros do mercado financeiro que gostariam de ver a taxa de juro ser elevada, não sei por que razões, vocês deduzam as razões disso. Vai ver que tem alguma vantagem nisso...
Essa combinação de pressão inflacionária dos alimentos e pressão de desvalorização do real não é motivo para um pouco de cautela? Não se pode trabalhar sob hipóteses subjetivas. É preciso olhar os números. A inflação (dos últimos) 12 meses está em 3,7%, dentro das estimativas de mercado. Se forem retirados os preços de alimentos e bebidas, ela cai para 2,1%. Se tirar leite e derivados, ela cai para 3,2%.
O senhor não vê razão, então, para que o Banco Central mude sua trajetória de taxa de juros? Não vou me manifestar sobre trajetória de taxa de juros, a 15 dias da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O que digo é que não vejo nenhuma pressão inflacionária. Fui o expositor na reunião no Palácio do Planalto (realizada na última segunda-feira, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva). O que falei na reunião foi que, com esse fluxo de capital que nós temos do exterior, mesmo que ele caia pela metade, para um terço, nós continuaremos a ter um fluxo positivo de dólares no País. O que vai pressionar para a valorização do real. Isso nos faz descartar a possibilidade de um ''''pass through'''', ou seja, de uma inflação trazida pela desvalorização da moeda. Na reunião, eu disse que não há temores de pressões inflacionárias.
O governo cogitou adotar medidas preventivas de ajuste fiscal para enfrentar a crise? Eu não cogitei. Se adotarmos uma retração do gasto público e do investimento, a medida levaria a uma desaceleração da atividade econômica. Você faria justamente o que não se deve fazer. Um País em que a receita cresce mais rapidamente do que a despesa, a dívida pública vem caindo, que tem reservas, por que teria de fazer um ajuste fiscal adicional?
Quem é Guido Mantega? Formado em Economia na FEA-USP, é doutor em Sociologia do Desenvolvimento, com especialização no exterior. Professor de Economia da FGV desde 1981 e do mestrado e doutorado da PUC-SP de 1984 a 1987. Foi um dos coordenadores do Programa Econômico do PT nas últimas eleições presidenciais. Estadão. Ribamar Oliveira e Beatriz Abreu.

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