A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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quarta-feira, agosto 15, 2007
CPMF & LULA [In:] "CONTRIBUIÇÃO PERMANENTE"
A CPMF foi criada em 1993, no governo Itamar Franco, com o nome de Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) e uma alíquota de 0,25%. O objetivo era cobrir parte das despesas do governo federal com a saúde. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a cobrança, que só pode começar no ano seguinte, devido ao período de 90 dias entre sua aprovação e a entrada em vigor. O imposto durou até dezembro de 1994, como previsto, quando foi extinto. Em 1996, a idéia ressurgiu. Foi criada a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com alíquota de 0,2%, já no governo Fernando Henrique Cardoso. Em junho de 1999, a CPMF foi prorrogada até 2002 e a alíquota subiu para 0,38%. Esse 0,18 ponto adicional seria destinado a ajudar nas contas da Previdência Social. Em 2001, a alíquota caiu para 0,3%. Em março do mesmo ano, voltou para 0,38%, sendo que a diferença seria destinada ao Fundo de Combate à Pobreza. A contribuição foi prorrogada novamente em 2002 e, já no governo Lula, em 2004. A CPMF incide sobre as movimentações bancárias. As exceções são, entre outras, compra de ações na Bolsa, retiradas de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferência de recursos entre contas-correntes de mesma titularidade.
A favor
Contra
O diretor de Relações Institucionais da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Sérgio Barbour, faz parte da organização da campanha “Sou contra a CPMF”, que reúne assinaturas contra a prorrogação da contribuição por meio do site http://www.contraacpmf.com.br/. Ele diz que essa seria uma boa oportunidade para o governo promover uma redução da carga tributária, pois haveria hoje um excesso de arrecadação. Para ele, em 1996, quando a CPMF foi criada, o governo enfrentava um problema de falta de recursos. Mas hoje, a situação é diferente. “Existe hoje um excesso de arrecadação que corresponde a mais de uma CPMF. O país vive outro momento. A CPMF já cumpriu a sua função e, se o governo não fizer nada, ela acaba sozinha no dia 31 de dezembro”, diz Barbour. Ele diz que o governo deveria estar preparado para o fim da cobrança da CPMF, que estava previsto desde que o tributo foi prorrogado pela última vez, em 2004. “Se durante esse período o governo não se preparou, a culpa é dele.” Sobre os problemas trazidos pelo impostos, ele lembra o seu caráter regressivo, ou seja, ele pesaria mais na conta de quem ganha menos, principalmente para aqueles que recebem até dois salários mínimos. “Quando uma pessoa compra um pão, o produto traz embutido todo o valor da CPMF em cascata, com o tributo de todos os produtos que fazem parte do pão. Isso pode representar de 2% a 3% do preço.” Ele disse acreditar que existe a possibilidade de que o imposto deixe de existir, já que o governo não tem maioria no Senado e o tema é polêmico. “A vontade de toda a população é pela não continuação dessa contribuição. Mas tudo o que é provisório nesse país acaba se tornando definitivo.” G1, Eduardo Cucolo, SP. [O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)].
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