PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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quarta-feira, agosto 01, 2007

LULA [In:] "TEMPO PARA PLANTAR, TEMPO PARA COLHER..."



Está virando rotina. Primeiro, no Maracanã. Depois, no Nordeste. Agora, em Mato Grosso. Por onde passa, Lula vai encontrando grupos e grupelhos dispostos a vaiar e vociferar contra seu governo. Até as faixas de “Fora, Lula”, veja você, começam a seguir-lhe os passos. Na seqüência do “maracanaço”, o presidente acusara o golpe. Revelara-se machucado com as seis rodadas de apupos com que fora brindado na abertura do Pan. Hoje, parece acostumado à zoeira. Nesta terça-feira (31), de passagem por Cuiabá (MT), arrostou novos protestos. Recebeu-os ora com gracejos ora com laivos de irritação. Na fase da pilhéria, disse que, graças à generosidade divina, possui duas orelhas –uma para ouvir as vaias e outra para escutar os aplausos (assista). Nos instantes em que fez cara feia, discorreu sobre “o lado mesquinho da política”. Afirmou coisas assim: “Se alguém acha que, com estupidez, vai atrapalhar o que a gente considera que precisa ser feito pode tirar o cavalo da chuva. (...) Eu sei que incomoda o fato de eu ter um diploma primário e um curso de torneiro mecânico”. Durante todo o tempo, insinuou que os que o reprovam são os bem-nascidos. Tratou de jogá-los contra os despossuídos. “A democracia pressupõe que o pobre tenha direito ao programa Bolsa Família e à reforma agrária. (...) Esse presidente tem tanto medo de manifestações que em 1975, quando diziam que era proibido fazer as greves, eu fazia. Não vão deixar o Lula dentro de gabinete, meu maior prazer é ficar no meio de vocês”. Ao tempo em que fazia oposição ao governo de Fernando Henrique Cardoso, o petismo e os agrupamentos que orbitam à sua volta mantiveram, a certa altura, uma política de adesão sistemática às tentativas de atear fogo ao quadro político. Os movimentos sociais vaiavam, a CUT tornou-se abre-alas do “Fora, FHC”, políticos do PT questionavam a legitimidade do presidente. Com seu o PT trabalha contra os próprios interesses. Na presente brigalhada entre partidos, pessoas, grupos e grupelhos acomodados — e mal — no condomínio do poder, o PT mais uma vez se deixou levar por seus reflexos condicionados. Não resistiu a aproveitar-se da ocasião para abraçar a causa de uma CPI no Congresso — ainda que uma CPI tão carregada de suspeitas manobras e particulares objetivos que de saída punha em dúvida a sinceridade dos alegados propósitos moralizadores. A atmosfera de histeria não combinava com o estágio do PT. O partido triunfava nas eleições municipais e estaduais. Credenciava-se para o vôo presidencial de 2002. Criou-se ali o padrão a tática da histeria como estratégia política de oposição. A mesma estratégia que começa a ser insinuada agora, ainda que de modo incipiente. Lula colhe hoje aquilo que o PT plantou ontem. A democracia, com seus meandros e suas alternâncias, é uma escola inestimável. Folha Online, Escrito por Josias de Souza. Foto Ricardo Stuckert/ABr.

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