Caixa-preta aponta que piloto não conseguiu desacelerar Airbus. SÃO PAULO - O piloto e o co-piloto que faziam o vôo 3054, que caiu após uma tentativa frustrada de pouso no dia 17 de julho no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, perderam o controle do Airbus da TAM, segundo dados da caixa-preta divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira, 1º. "Reverso um apenas." Segundo as gravações do diálogo entre o piloto e o co-piloto, eles sabiam que apenas um reverso estava funcionando no momento do pouso da aeronave. Em seguida, eles dizem "Spoiler nada", se referindo ao fato dos freios que ficam na parte de cima das asas da aeronave também não estarem operando corretamente. "Desacelera, desacelera, desacelera!" e "Não dá, não dá, não dá", são as frases que antecedem ao apelo, já divulgado anteriormente de "Vira, vira, vira", feito por um dos pilotos. Os dados das caixas-pretas foram entregues na terça-feira, 31, aos deputados da CPI do Apagão Aéreo, que, nesta quarta, às 9 horas, têm uma reunião fechada com os representantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o brigadeiro Jorge Kersul Filho, e o tenente coronel aviador, Fernando Silva Alves de Camargo. Estadão.
Dados de caixa-preta podem aliviar pressão sobre governo, diz jornal. A possibilidade de que a caixa-preta do Airbus-A320 da TAM, que bateu em um edifício também da TAM no mês passado e que deixou 199 mortos, mostre que o acidente ocorreu devido a falha do piloto pode aliviar a pressão sobre o governo, "que muitos brasileiros ainda culpam pelo pior desastre aéreo do país", segundo reportagem desta quarta-feira no diário americano "The Washington Post". Fontes ouvidas pelo jornal disseram ao "WP" que os investigadores trabalham com a hipótese de que o piloto do avião tenha ajustado incorretamente um dos manetes (alavancas de controle das turbinas), o que explicaria o desvio na pista molhada. Desde o acidente, ocorrido no dia 17 de julho, o governo brasileiros tem recebido duras críticas pelo que muitos chamaram de "acidente esperando para acontecer", diz o "WP". "Familiares das vítimas têm feito protestos contra um governo que acreditam ter ignorado os claros sinais de perigo e negligenciaram as melhorias necessárias no aeroporto mais movimentado da América Latina", diz a reportagem. Folha Online.
13 pilotos relataram pista escorregadia antes de acidente. BRASÍLIA - Nos dia 16 e no dia 17 de junho, quando houve o acidente com o Airbus 320 da TAM, em que morreram 199 pessoas, 13 pilotos relataram às torres de controle situações de perigo na pista principal do Aeroporto de Congonhas. Entre elas, relataram que se encontrava "molhada e escorregadia", "abaixo do mínimo para pouso", "levemente escorregadia", "escorregadia", "muito escorregadia", e "escorregadia com aquaplanagem". As ocorrências foram entregues ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que as enviou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo. Pelo conteúdo do relatório, verifica-se que funcionários fizeram pouco caso das advertências. A Infraero chegou a pedir no dia 15 que fossem feitas vistorias e informada a existência de lâmina de aquaplanagem na pista, logo depois do alerta de pilotos que pousavam. De acordo com os documentos enviados pela Aeronáutica, uma equipe comandada pelo supervisor Lucas, no entanto, concluiu, sem maiores detalhes, que a vistoria não era necessária. João Domingos e Luciana Nunes Leal, do Estadão.
Comissão deve sugerir que assessor de Lula não seja grosseiro em público. A Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, deve divulgar nesta quarta-feira a avaliação do órgão sobre os gestos obscenos feitos por Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sugerir que Garcia não aja mais de modo grosseiro publicamente. O assessor deve receber hoje a recomendação da comissão sobre o comportamento impróprio a um servidor público. Sem poderes punitivos, o órgão pode apenas fazer recomendações. Os conselhos orientam a conduta a ser seguida pelos servidores federais. da Folha Online, em Brasília; da Folha de S.Paulo, no Rio.
Jobim diz que ainda não tem nome do substituto de Pereira na Infraero. Há uma semana no cargo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira que ainda não tem o nome escolhido daquele que vai presidir a Infraero. Ele disse que está examinando as possibilidades. Mas já descartou a permanência na função do atual presidente do órgão, brigadeiro José Carlos Pereira. De acordo com o ministro, não há data para anunciar a substituição. Jobim reafirmou também que o Ministério da Defesa vai construir um terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo. Mas deu a entender que é uma medida que vai ser executada a longo prazo. De acordo com ele, os estudos consideram o aumento da demanda do setor aéreo com perspectivas até 2020. Ele destacou que esta "não será uma medida emergencial". Renata Giraldi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário