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sexta-feira, abril 04, 2008

BRASIL: PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM ALTA

Amazonas, Pernambuco e PR puxam indústria no 1º bimestre

RIO - A produção industrial do País registrou alta em todas as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no primeiro bimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo os resultados da produção regional divulgados nesta sexta-feira, 4, pelo instituto, houve expansão também em todas as regiões, com nove delas crescendo acima da média nacional (9,2%), sendo oito com taxas de dois dígitos: Amazonas (17,7%), Pernambuco (15,6%), Paraná (15,3%), Espírito Santo (14,1%), Goiás (11,8%), São Paulo (11,5%), Minas Gerais (10,5%) e Rio Grande do Sul (10,5%).
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"Nesses locais, o dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à ampliação na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis e telefones celulares) e de setores produtores de bens de capital (para transporte, para fins industriais e para telefonia celular), à recuperação do setor agrícola (máquinas para colheita, tratores e adubos ou fertilizantes), e ao desempenho positivo das commodities exportadas (açúcar cristal, produtos siderúrgicos, petróleo e minérios de ferro)", dizem os técnicos do IBGE. Na comparação entre fevereiro e janeiro, na série com ajuste sazonal, a produção queda em cinco dos 14 locais pesquisados. Os Estados de São Paulo (-1,5%), Minas Gerais (-1,6%) e Rio de Janeiro (-0,9%), que respondem por cerca de 60% do total da indústria nacional, exerceram as pressões negativas mais relevantes sobre a taxa nacional (-0,5%, segundo divulgou o IBGE esta semana). Por outro lado, Ceará (3,4%), Bahia (2,8%) e região Nordeste (2,7%) destacaram-se entre as áreas com crescimento industrial acima do índice nacional. Os demais resultados ante mês anterior foram: Amazonas (-2,4%); Pará (1,9%); Pernambuco (0,1%); Espírito Santo (1,0%); Paraná (-1,5%); Santa Catarina (0,0); Rio Grande do Sul (0,4%) e Goiás (2,1%). Na comparação com fevereiro de 2007, houve aumento da produção em todos os 14 locais investigados, com destaque para Pernambuco (18,8%) e Goiás (18,1%), "beneficiados pelo desempenho positivo do setor de alimentos", segundo o documento de divulgação da pesquisa. Na média nacional, o crescimento nessa base de comparação foi de 9,7%.
São Paulo
A indústria de São Paulo, que responde por cerca de 40% da produção nacional, registrou queda de 1,5% em fevereiro ante janeiro, após avançar 2,8% em janeiro ante dezembro, na série ajustada sazonalmente. No confronto com fevereiro de 2007, a produção no Estado avançou 10,1%, décima quarta taxa positiva consecutiva nessa base de comparação. O índice acumulado no primeiro bimestre do ano apresentou expansão de 11,5% ante igual período do ano passado. Em 12 meses, a indústria paulista cresceu 7,4% até fevereiro de 2008. Segundo comentam os técnicos do IBGE no documento de divulgação, na comparação com fevereiro de 2007, o aumento de 10,1% está apoiado no desempenho positivo de 16 dos 20 ramos investigados. Veículos automotores (18,5%), máquinas e equipamentos (21,1%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (37,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (37,1%) e outros produtos químicos (16,7%) exerceram as contribuições mais significativas na expansão da indústria geral.
"Nestes setores, os principais itens responsáveis por seus acréscimos foram automóveis; elevadores/transportadores de mercadorias; produtos associados à telefonia celular; transformadores; e inseticidas, respectivamente. Por outro lado, não fosse a forte redução da indústria farmacêutica (-32,0%), com resultado atípico fortemente influenciado por uma paralisação técnica em grande empresa do setor, o índice global teria sido ainda mais elevado", avaliam os técnicos no documento. Jacqueline Farid, da Agência Estado. 0404.

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