A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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segunda-feira, abril 14, 2008
DELFIM NETO & LULA [In:] "O TEMPO E O VENTO"
Na bica de comemorar aniversário de oito décadas, Delfim falou ao repórter José Roberto Toledo. A entrevista vale o desperdício de um naco do domingo. Nela, o ex-czar da economia enaltece Lula, desanca FHC, perscruta 2010 e antevê que os próximos PIBs do Brasil serão quase tão gordos quanto ele: “5%, 6% ao ano.” Sem prejuízo do acesso ao original, vai abaixo, um extrato das teorias “delfinianas”:
Lula: trata-se, na opinião de Delfim, de uma “inteligência absolutamente privilegiada”, “um sobrevivente.” Afirma que o presidente petista “salvou o capitalismo brasileiro.” Logrou um feito “elementar”: aumentou “a igualdade de oportunidades”. Além das qualidades pessoais, recebeu “uma mãozinha de Deus”. Resume-o numa frase: “O Lula é o Darwin Andando.” Acha que o protótipo da evolução da espécie à brasileira é beneficiado por uma vantagem providencial: “Nunca leu Karl Max.”
FHC: para Delfim, o principal legado do intelectual tucano foi um Brasil “falido”. Traduz a falência em números: “Fernando Henrique entregou o país com a inflação rodando a 30% [ao ano], com as exportações crescendo a 4,5% [ao ano], com a dívida externa crescendo a 6,5% [ao ano], e US$ 17 bilhões de reservas. Tanto que para o Fernando iria ser ‘Lula, o Breve’: em seis meses ia ter inflação em 100%, ele ia ter de voltar ao Fundo Monetário, e o Fernando ia ser chamado de volta para salvar o Brasil. O que aconteceu de 2002 para 2003? Durante oito anos de Fernando, a exportação cresceu 4,5%, no primeiro ano Lula, cresceu 22%. Houve uma explosão no mundo, houve o aparecimento da China, da Índia… Essa é que é a ‘mãozinha de Deus’. E hoje você está em uma situação de bonança que é quase inacreditável. Você está com reservas de US$ 193 bilhões, está com as exportações crescendo de 17% a 18% [ao ano], felizmente as importações estão crescendo a 45%, de tal forma que esse superávit comercial vai diminuir mesmo. O que melhorou, na verdade, foi isso, o resto não mudou nada. Nem sequer a política cambial é melhor do que a anterior.”
2010: Delfim enxerga três candidatos nos arredores de Lula: os ministros petistas Dilma Rousseff (Casa Civil) e Patrus Anananias (Desenvolvimento Social); e o deputado e ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE). Na seara oposicionista, vê outros dois: os governadores tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas). Espremendo-se as declarações de Delfim, depreende-se que ele parece atribuir mais chances de êxito a Serra e Aécio. Classifica Dilma como “a mais eficiente ministra do governo”. Mas “nunca foi submetida a eleição.” Os presidenciáveis tucanos, além de dispor de “um recall enorme”, realizam “bons governos”. Acha, porém, que a dupla tem contra si o PSDB, que é “uma coisa insondável.” O “recall” de Patrus, ex-prefeito de Belo Horizonte, seria “apenas local, não nacional.” Quanto a Ciro, Delfim considera que ultrapassou a fase do “azarão.” “Corre por fora”. Também dispõe de “recall”. O problema é que Ciro, “de vez em quando, tropeça nele mesmo.”
Economia: para Delfim, “o Brasil tem todas as condições de continuar crescendo entre 5% e 6% ao ano.” De onde vem o otimismo? “Os fatores que abortam o crescimento não vão aparecer. O Brasil poderá ter muitas surpresas, mas eu acho que o Lula está prevenindo a maior de todas as surpresas, que é a eventual queda dos preços dos produtos agrícolas e minerais que são exportados. Esse programa exportador industrial que está sendo montado pelo Miguel Jorge (ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) se destina a começar a construir de novo um setor exportador industrial enérgico.”
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 1404.
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