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terça-feira, abril 22, 2008

ITAIPU: LUGO vs. LULA [Diz aí, Amorim!]

Lugo quer renegociar tratado de Itaipu; Lula nega revisar o preço

O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, disse nesta segunda-feira que vai criar uma equipe técnica para discutir "um preço justo" para a energia de Itaipu que o Brasil compra do Paraguai. O presidente Lula cumprimentou Lugo pela vitória, mas advertiu que o Brasil não revisará o preço.
"Em Itaipu temos um tratado e vamos mantê-lo. Um tratado não se modifica", afirmou Lula.
Lugo também disse que espera abrir uma "mesa de diálogo de técnicos" com o Brasil o "mais rápido possível". "As primeiras medidas são as de formar um equipe técnica. Assim como conversamos com o presidente Lula, e ele mostrava sua disposição, independente das posturas diversas confrontadas", disse Lugo. Nesta segunda-feira, em Gana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o tratado "não muda", mas foi contrariado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
O chanceler afirmou que o Brasil pode reajustar o valor pago ao Paraguai pela energia excedente da hidrelétrica de Itaipu. Segundo Amorim, a medida já foi tomada no passado, apesar de o documento prever que o excedente de um dos sócios seja vendido ao outro pelo preço de custo.
"Vamos continuar discutindo com o Paraguai normalmente como ele pode obter uma remuneração adequada para sua energia. Isso é justo", disse o ministro. Questionado sobre o que faria se não houvesse entendimento com o governo brasileiro, Lugo disse que vai explorar todos os canais de negociação com o Brasil, mas levantou a possibilidade de convidar um terceiro país da região para atuar como mediador e não descartou recorrer aos tribunais internacionais para defender os interesses paraguaios. Lugo também procurou evitar comparações com o presidente Evo Morales, que nacionalizou o setor de gás e petróleo na Bolívia e usou o Exército para cercar refinarias da Petrobras. "Acho que temos uma diferença. O tratado que temos com o Brasil é binacional. A Bolívia não tinha um tratado binacional, era um acordo com uma empresa", afirmou.
Contradições
A renegociação do tratado de Itaipu, assinado em 1973, foi tema de declarações contraditórias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, nesta segunda-feira, em Acra, capital de Gana (África). Na manhã desta segunda, Lula afirmou que não vai alterar o tratado, como defende Lugo. "Nós temos um tratado, e o tratado vai se manter", disse depois de participar de uma reunião na Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento). De acordo com os termos do tratado de Itaipu, a energia gerada pela usina deve ser dividida igualmente entre os dois sócios. Mas o Paraguai utiliza apenas cerca de 5% dessa energia, quantia que é suficiente para suprir 95% de sua demanda. O excedente é vendido --a preço de custo-- ao Brasil, onde 20% da energia elétrica consumida vem de Itaipu.
Amorim afirmou que o mais importante é que exista harmonia entre os países da região. "Não creio que vá haver [chantagem por parte do Paraguai]. Vai haver uma atitude normal de conversa, de encontrar soluções para um país com o qual temos uma relação muito próxima". O ministro defendeu ajuda brasileira ao país vizinho. Uma das formas é a construção de uma linha de transmissão de Itaipu a Assunção, que aumentaria o acesso dos paraguaios à energia de Itaipu. "E um absurdo que a energia em Assunção seja ruim, mesmo o Paraguai sendo sócio da maior hidrelétrica do mundo", afirmou Amorim. "Vamos ajudá-lo a fazer linhas de transmissão importantes. É nossa responsabilidade ajudar os países mais pobres da região".
América unida
Na entrevista à rádio católica "Fé e Alegria", Lugo destacou que quer "continuar sonhando com os povos da América Latina", e citou vários presidentes da esquerda da região, como "os povos de Correa, de Bachelet, de Tabaré", referindo-se aos presidentes Rafael Correa (Equador), Michelle Bachelet (Chile) e Tabaré Vázquez (Uruguai). "Também com o de Evo (Morales, presidente da Bolívia), que entrou em contato conosco às duas da manhã para saber o resultado de domingo e se colocou à nossa disposição", contou. Lugo também se referiu aos presidente Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Nicanor Duarte (o atual presidente do Paraguai). "Continuo sonhando com a grande pátria, com uma América Latina integrada, sem fronteiras", afirmou Lugo. "O Paraguai não pode ser uma ilha afastada, deve se integrar ao continente".
Lugo, ex-bispo suspenso "a divinis" por envolver-se com a política, também comentou suas relações com os dirigentes da Igreja Católica. "Cada vez que me fazem essa pergunta sinto uma pontada no coração". O presidente eleito pediu perdão à Igreja pela "dor" que causou com sua desobediência às leis canônicas ao se lançar na disputa presidencial: "Se minha atitude e minha desobediência às leis canônicas causaram dor, peço, sinceramente perdão aos membros da Igreja". Lugo revelou que sua irmã mercedes, 66, será a "primeira-dama" do Paraguai: "Mercedes sempre foi minha conselheira, porque sou o mais novo de seis irmãos. Ela é muito trabalhadora", afirmou Lugo, dez anos mais novo que sua irmã. O presidente eleito, segundo estadista solteiro do Paraguai depois de Eligio Ayala (1928), afirmou que deseja continuar vivendo em sua atual casa, no bairro de Lambaré, nas cercanias de Assunção.
Folha Online. Com France Presse e Agência Brasil. 2204.

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