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sexta-feira, julho 18, 2008

CACCIOLA: ELOGIOS, DEBOCHES, [MAIS UMA] IMPUNIDADE E PREJUÍZOS AOS COFRES PÚBLICOS [leia-se: Aos Brasileiros...]

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''Não sou uma bomba'', diz Cacciola

O ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola garante não ser uma ameaça aos envolvidos no escândalo financeiro que resultou na quebra dos bancos Marka e FonteCindam e no prejuízo de R$ 1,6 bilhão ao Banco Central durante a desvalorização do real em janeiro de 1999. A afirmação foi feita pelo próprio Cacciola ontem, ao sobrevoar o Brasil, em suas primeiras declarações à imprensa após a extradição decidida pela Justiça do principado de Mônaco, onde estava preso desde 15 de setembro do ano passado."Não sou nenhuma bomba", assegurou, ao afirmar que tudo o que tinha a dizer sobre o caso já havia feito nos autos da Justiça e em seu livro Eu, Alberto Cacciola, confesso: o Escândalo do Banco Marka, publicado em 2001.Sério e muito tranqüilo, o ex-banqueiro falou ao Estado por menos de uma dezena de minutos, meia hora antes da aterrissagem no Aeroporto Internacional Tom Jobim, de onde foi levado para a prisão. Aquelas eram, até então, suas primeiras declarações à imprensa durante as 22 horas e 30 minutos de deslocamento entre Mônaco e o Rio de Janeiro.Na entrevista, Cacciola desmentiu os boatos de que pretenda fazer revelações sobre a falência do Banco Marka. O escândalo envolveu, entre outros, o então presidente do Banco Central Francisco Lopes e a diretora de Fiscalização da instituição Tereza Grossi. O ex-banqueiro também falou sobre seus dez meses detido em Mônaco, descrevendo a cadeia com vista para o Mar Mediterrâneo, com cela individual de 12 metros quadrados, TV e frigobar, como uma prisão como qualquer outra. O ex-banqueiro não detalhou as circunstâncias de sua detenção no balneário de Monte Carlo, mas disse ter errado ao deixar a Itália - país do qual tem cidadania e de onde não poderia ser extraditado - e viajar ao principado vizinho, onde não contava com a proteção.Sobre a volta ao Brasil, Cacciola se disse constrangido, mas sereno quanto ao olhar dos demais passageiros e da opinião pública. Ele também descartou o argumento - usado por seus advogados em São Paulo e na Europa - de que seja vítima de perseguição política pelo governo federal, e afirmou: "Eu confio na Justiça brasileira". A segunda e mais longa parte do vôo da extradição de Cacciola ocorreu entre a quarta-feira e a madrugada de quinta-feira, pelo horário de Brasília. A comitiva proveniente de Mônaco e Nice, na França, desembarcou no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, com atraso, às 18 horas de quarta-feira - 13 horas de Brasília. Cacciola foi transferido para uma área de circulação restrita, onde permaneceu até reaparecer minutos antes do vôo na área vip da TAM, a empresa aérea que faria o transporte. O ex-banqueiro embarcou na classe econômica do vôo JJ 8055 pouco antes das 22 horas - 17 horas de Brasília - e foi orientado a sentar-se na última fileira, no assento central, mais uma vez cercado por policiais. Nesse momento, o trabalho da imprensa foi prejudicado. Orientados pelo comandante do vôo, comissários de bordo proibiram fotos e impediram a passagem de repórteres ao fundo da aeronave, sem alegar nenhum motivo para as restrições. "Você não pode passar com câmera fotográfica", advertiu um comissário à reportagem do Estado, que não portava nem câmera fotográfica, nem telefone celular com câmera. Diante da argumentação, o comissário resumiu: "Você não pode fazer o que quer fazer". Protegido da imprensa, Cacciola fez um vôo tranqüilo. Conversou grande parte da noite, relatando "assuntos pessoais", segundo um agente da PF, e "sua versão dos fatos" para a quebra do Banco Marka, de acordo com Rodrigo Sagastume, assessor especial para extradições do Ministério da Justiça, que o acompanhava no deslocamento para o Brasil.Durante o vôo, o ex-banqueiro chegou a dormir e também teve momentos de relaxamento no fundo da aeronave, quando conversou de forma descontraída com comissárias e com poucos passageiros. Apenas no fim da madrugada - e contrariando apelos dos funcionários da TAM, que tentavam impedir a permanência de jornalistas no local -, o ex-banqueiro Cacciola aceitou falar.
PRISÃO A JORNALISTAS
O trajeto de Nice a Paris ocorreu sem incidentes, mas era o que mais preocupava o Ministério da Justiça, que temia incidentes que pudessem resultar no adiamento da transferência do ex-banqueiro. O incidente temido pelo Ministério da Justiça acabou acontecendo quando o chefe de segurança do Aeroporto Internacional de Nice-Côte d'Azur abordou a imprensa. O agente interpelou os repórteres- entre os quais o do Estado -, determinando a prisão de todos sob pretexto de que o registro fotográfico era ilegal no interior do terminal. O policial só voltou atrás ao saber que um de seus subordinados havia permitido o registro de imagens minutos antes.
A BORDO DO VÔO JJ 8055
As acusações"Não vou falar porque não tenho nada a falar. Tudo o que eu tinha a dizer está nos autos do processo e no livro que eu escrevi sobre o assunto. Se eu tivesse de falar alguma coisa, teria falado quando estava em Roma. Não sou nenhuma bomba."
Os outros
"O Chico Lopes (ex-presidente do BC) foi condenado. A Tereza Grossi (ex-diretora de Fiscalização do BC) foi condenada. E eles já estão em liberdade. Eu estava respondendo ao processo em liberdade, em Roma. Nunca fugi. Saí do Brasil apresentando o passaporte e vivia na Itália em liberdade."
A prisão em Mônaco
"Foi um erro ter ido. Mas não tenho nada contra Mônaco. Fui muito bem tratado por todos. A única coisa que posso dizer é que eu estava em uma prisão. Foram 10 meses na prisão."
A família
"Minha mulher me visitava. Minha filha veio duas vezes do Brasil e meu vinho vinha duas vezes por mês de Roma. Eram apenas os três com quem eu tinha contato. A única coisa que lamento foi não terem me permitido fazer uma ligação para os meus familiares no sábado, quando minha mãe morreu."
Perseguição política
"Eu estou tranqüilo. Eu confio na Justiça brasileira. Não acho que meu caso seja alvo de perseguição política. Não acho isso. Não sei o que meus advogados disseram, mas não acredito que eu esteja sendo alvo de nada."
A volta ao Brasil
"Eu estou sereno porque sou sereno. Fui muito bem tratado pelos agentes da Polícia Federal. Se a volta está sendo tranqüila, não é mérito meu, é mérito deles. É claro que o olhar das pessoas é desagradável, mas é compreensível. Eu estou sendo preso. É natural."
O CASO MAFRA
O caso dos bancos Marka e FonteCindam foi um dos maiores escândalos no País. Em janeiro de 1999, o BC mudou a política cambial, desvalorizando o real. Esses bancos haviam apostado na alta do real e não tinham como cobrir o prejuízo. Cacciola pediu socorro ao BC. Alegando temer uma quebradeira de mercado, o BC vendeu dólares abaixo da cotação aos bancos, o que resultou num prejuízo de R$ 1,55 bilhão aos cofres públicos
OS RÉUS
Francisco Lopes Ex-presidente do BC, foi condenado a 10 anos e ao pagamento de 120 dias/multa, no valor de 5 salários mínimos, por peculato. Abriu uma consultoria econômica para empresas
Luiz Augusto Bragança O ex-sócio de Chico Lopes e suposto intermediário entre Cacciola e o ex-presidente do BC foi condenado a 5 anos e pagamento de 60 dias/multa, no valor de 3 salários, por peculato
Demóstenes M. de Pinho Neto Ex-diretor do BC, ele foi condenado a dez anos de reclusão, por peculato. Foi absolvido da acusação de ato prejudicial ao sistema financeiro. Hoje, é diretor do Grupo Unibanco
Cláudio Ness Mauch Ex-diretor de Fiscalização do BC, foi condenado a 10 anos, pagamento de 120 dias/multa, no valor de 3 salários mínimos, e à perda do cargo público, por peculato
Tereza Grossi Funcionária de carreira, ex-chefe da fiscalização do BC, foi condenada a seis anos, ao pagamento de 72 dias/multa, no valor de três salários mínimos e à perda do cargo público, por peculato. Foi absolvida da acusação de praticar ato prejudicial ao funcionamento do sistema financeiro. Integra o Conselho de Administração do Banco Itaú
Roberto José Steinfeld Ex-diretor do FonteCindam foi condenado a dez anos de reclusão e ao pagamento de 120 dias/multa por gestão fraudulenta de instituição financeira e peculato. Morreu em 2005
Luiz A. Andrade Gonçalves Ex-funcionário do BC e ex-presidente do FonteCindam foi condenado a dez anos de reclusão por gestão fraudulenta de instituição financeira e peculato. Foi absolvido da acusação de corrupção ativa e passiva.
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Andrei Netto, PARIS-RIO, Estadão, 1807.

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